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Transcrição:

RESUMO NÃO TÉCNICO O presente documento constitui o resumo não técnico do pedido de renovação da licença ambiental da Fábrica de Papel Ponte Redonda S.A, adiante designada por PR. A actividade PCIP realizada na instalação é a produção de papel incluída na categoria 6.1 b) do Anexo I do Decreto-Lei nº 127/2013, de 30 de Agosto, com uma capacidade instalada de 45 toneladas/dia. ÍNDICE 1 DESCÇÃO DA INSTALAÇÃO... 2 2 DESCÇÃO DA ACTIVIDADE INDUSTAL... 2 2.1 Actividade(s) exercida(s)... 2 2.2 Capacidade nominal da instalação... 2 2.3 Descrição dos Processos Produtivos... 3 2.3.1 Fabricação de Papel Reciclado... 3 2.3.2 Fabricação de Sacos... 5 2.4 Matérias primas e subsidiárias... 6 2.5 Produtos finais... 6 2.6 Equipamentos com licenciamentos específicos... 6 3 INFORMAÇÃO AMBIENTAL... 7 3.1 Regimes ambientais específicos... 7 3.2 Consumo de Água e Energia... 7 3.3 Emissão de Efluentes gasosos... 7 3.4 Emissão de Efluentes líquidos... 8 3.5 Produção de Resíduos... 8 3.6 Emissão de Ruído... 9 4 UTILIZAÇÃO DE MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS... 9 5 LAYOUT DO ESTABELECIMENTO INDUSTAL... 9 Data: 30-10-2015 Página: 1/9

1 DESCÇÃO DA INSTALAÇÃO A PR situa-se a três quilómetros a sul de Espinho, na freguesia de Silvalde. A Vila de Silvalde localizase no Norte de Portugal, na Província do Douro Litoral, no Distrito de Aveiro, Concelho de Espinho. Dista 20 km do Porto e 50 km de Aveiro e confronta com as seguintes Freguesias: Paramos, Anta e Espinho (Concelho de Espinho) e ainda com S. Paio de Oleiros (Concelho de Santa Maria da Feira). As instalações da PR existem neste local desde 1848, junto do rio Maior também conhecido por ribeiro de Paramos, e ocupam um terreno com 15082 m 2 (área coberta) numa área completa pertencente à Fábrica de Papel Ponte Redonda S.A. de 60440 m 2. É limitada a Norte pela EN 109, a Sul pelo ribeiro de Paramos, a Oeste por terrenos particulares dos herdeiros da família Manuel de Oliveira Violas e a Este por terrenos do próprio e terrenos de Palmira Pinto Ribeiro. As coordenadas de localização são 40 58 53.09 N e 8 37 01.12 W. A instalação encontra-se dividida nas seguintes secções: escritórios, instalações sociais (refeitório, posto médico, balneários e sanitários), armazéns de matérias prima e produto acabado, zonas de fabrico de papel reciclado (desfibradoras e máquinas de papel), zonas de fabrico de sacos de papel (pavilhões 1, 2, 3), armazém de expedição, serralharias, oficina automóvel, carpintaria e armazém de produtos químicos. Em anexo são apresentadas plantas à escala 1:500, com localização das secções de fabricação, e de apoio à fabricação, armazéns e depósitos de armazenamento de combustíveis. 2 DESCÇÃO DA ACTIVIDADE INDUSTAL 2.1 Actividade(s) exercida(s) A Fábrica de Papel Ponte Redonda S.A. exerce a actividade de Fabricação de papel e de cartão canelados (inclui embalagens), CAE Rev3 nº 17211. A actividade PCIP realizada na instalação é a produção de papel a partir de papel velho incluída na categoria 6.1 b) do Anexo I do Decreto-Lei nº 127/2013, de 30 de Agosto, com uma capacidade instalada de 45 toneladas de papel por dia. Como operador de gestão de resíduos, a instalação encontra-se autorizada a proceder à valorização material (R3) dos resíduos não perigosos classificados com os seguintes códigos LER: LER 150101 (embalagens de papel e cartão); LER 191201 (papel e cartão); LER 190814 (lamas de outros tratamentos de águas residuais industriais não abrangidas em 190813); LER 200101 (papel e cartão). 2.2 Capacidade nominal da instalação A capacidade nominal da instalação, considerando a capacidade produtiva da instalação para um período de laboração de 24 horas, 365 dias por ano, independentemente do seu regime, turnos, horário de laboração ou valor da produção efectiva para resposta à procura do mercado, é de 45 toneladas de papel por dia. Data: 30-10-2015 Página: 2/9

2.3 Descrição dos Processos Produtivos A produção da Ponte Redonda é dividida em duas grandes famílias de produtos: Papel Reciclado e Sacos de Papel. Estes dois processos desenvolvem-se em duas linhas de fabrico independentes, contudo, apesar de se tratar de produtos distintos, existe uma interligação entre os processos uma vez que o papel produzido na primeiro linha de produção poderá também ser usado como matéria-prima à segunda. Papeis para sacos Processo de Fabrico de Sacos de Papel Processo de Fabrico de Papel Reciclado Papel Reciclado Sacos de Papel Clientes Fluxograma do processo genérico da Ponte Redonda A instalação funciona em regime de laboração com 3 turnos diários, 5 dias por semana, com um total de 131 trabalhadores. 2.3.1 Fabricação de Papel Reciclado O sector de produção de papel reciclado é constituído por máquinas de fabricação de papel, sendo uma de forma redonda com 1,70 m de largura para papéis até 240 grs/m2, crepados e outras especialidades, e outra de mesa plana com 2,55 m de largura para papéis até 150 grs/m2, testliner, fluting, etc. Estas máquinas trabalham alternadamente de acordo com as necessidades do mercado. A capacidade de produção, ao ritmo actual, ronda as 3.000 toneladas por ano. Podem ser fornecidos papéis em bobines ou folhas nas dimensões requeridas. Data: 30-10-2015 Página: 3/9

Processo Tecnológico / Operação Unitária: Entrada de matéria-prima: entrada de resíduos de papel e cartão nas desfibradoras (Pulpers) para preparação da massa de papel. Desfibradoras (Pulper): preparação da massa de papel, ocorre no Pulper que não é mais do que uma tina com um rotor no fundo, desenhado para separar as fibras de celulose do papel velho promovendo a suspensão aquosa destas. Nesta etapa são adicionados produtos químicos que promovem determinadas características pretendidas no papel resultante. Depuração massa grossa: Na depuração grossa ocorre a separação de contaminantes da fibra, os materiais mais densos do que a fibra (maioritariamente plásticos de alta densidade, metais e areias) são retirados da massa. Refinação: Nesta etapa, as fibras são obrigadas a passar num refinador favorecendo a sua coesão. Depuração massa fina: A massa é obrigada a passar por uma depuração fina, permitindo uma formação mais homogénea da folha com a gramagem pretendida. Máquinas de papel: Depois de formada a folha nas máquinas, esta é prensada para retirar o máximo possível de água antes de entrar na secaria. Secaria/Bobinadora/Rebobinadora: Secagem final por meio de cilindros ocos fundidos, aquecidos no interior por calor gerado pela caldeira de vapor. A folha de papel contínua é enrolada no final das máquinas em bobines, que são, posteriormente, rebobinadas em tamanho adequado para cliente final. Matéria-Prima Desfibradoras (Pulper) AA Água processo, circuito fechado Aparas de Papel AA Máquina de Papel 1 Diagrama da Actividade: Depuração massa grossa Refinação Depuração massa fina Prensas Secaria Bobinadora Rebobinadora Expedição AA Máquina de Papel 2 V Legenda: Abastecimento Água, AA Energia Eléctrica, Vapor, V Emissões Gasosas, EG Resíduos Industriais, Águas do Processo, AP Equipamentos auxiliares: Caldeira, Gerador de vapor Postos de transformação Central de ar comprimido Gás Propano AA AA Caldeira Caldeira V EG Data: 30-10-2015 Página: 4/9

2.3.2 Fabricação de Sacos No sector produtivo dos sacos de papel funcionam 7 linhas de produção com impressão em linha nos tubos até 4 cores. Utiliza como matéria-prima rolos de papel kraft e papel proveniente da fabricação de papel reciclado. As variedades de sacos fabricados são: abertos/colados, abertos/cosidos, válvula/colados, válvula/cosidos, saquetas com e sem pegas de asas, sacos especiais para fins específicos a pedido dos clientes. A capacidade instalada poderia atingir os 60 milhões de sacos/ano, mas devido ao tipo de encomenda em que se especializaram (pequenas e médias) obriga a uma realidade de 45 a 50 milhões. Processo Tecnológico / Operação Unitária: A primeira fase de produção do saco começa na Máquina de tubos, e consiste no seguinte: Colocação de um determinado número de bobines na máquina consoante o número e o tipo (cor e qualidade) de folhas pelas quais o saco é composto; Impressão da folha de uma a quatro cores (número máximo de impressoras que a máquina possui); Colagem das folhas, feita através de pingos (colagem transversal) e discos (colagem longitudinal); Fecho das folhas consoante as características do saco (com e sem fole). O cumprimento do saco é determinado pelo corte. Desta operação resulta o tubo (nome dado ao saco antes de ser fechado). O tubo é paletizado e, de seguida, fechado (fundo colado ou cozido) nas máquinas denominadas Máquinas de fundo ou Máquinas de costura, respectivamente. As tintas utilizadas no processo de impressão são todas de base aquosa. Associado a este processo de fabrico existe uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) para tratamento das águas de lavagem dos tinteiros e tabuleiros de cola das máquinas de tubos e fundos, e da lavagem dos clichés utilizados na impressão dos sacos. O efluente tratado é reutilizado em novas lavagens de tinteiros e tabuleiros de cola. Legenda: Abastecimento Água, AA Energia Eléctrica, Resíduos Industriais, Águas Residuais, AR Pré-Impressora AA Lavagem de tinteiros e tabuleiros de cola, e lavagem de clichés Máquina de Costura AR Água tratada Equipamentos auxiliares: Postos de transformação, PT1 e PT2 Central de vácuo Central de ar comprimido ETAR Diagrama da Actividade: Matéria-Prima e Subsidiárias Máquina de Tubos Acabamentos Armazém Expedição Máquina de Fundos ETAR Data: 30-10-2015 Página: 5/9

2.4 Matérias primas e subsidiárias O processo de fabricação de papel utiliza como matéria prima resíduos de papel e cartão, de origem externa, armazenado em armazém coberto e impermeabilizado com capacidade total para 490 toneladas. São ainda incorporadas como matéria prima, as aparas de papel produzidas ao longo do processo produtivo. Como matérias primas subsidiárias, é adicionado um corante e um floculante nas desfibradoras e os restantes produtos químicos ao longo do processo de fabricação. Os consumos de matéria prima e subsidiárias, no ano 2014, foram de: Descrição Consumo (Kg) Papel e Cartão velhos 3.247 Corante 8.810 Floculante 17.550 Desinfectante 4.845 Anti-espuma 2.350 Cola 31.800 O processo de fabricação de sacos utiliza como matéria prima rolos de papel kraft e papel proveniente da fabricação de papel reciclado. Como matérias subsidiárias utiliza filme/manga plástica, colas, tintas base aquosa e antiderrapante. Os consumos no ano 2014, foram de: Descrição Consumo (ton) Papel Kraft para sacos 6.215 Papel reciclado para sacos 356 Filme/Manga 113 Colas 143.055 Tintas flexográficas 76.164 Antiderrapante 9.400 2.5 Produtos finais Processo Produto final Produção 2014 (ton) Fabricação de Papel Papel Reciclado 3.070 Fabricação de Sacos Sacos Multi-folhas 6.647 2.6 Equipamentos com licenciamentos específicos Na Ponte Redonda a sujeição a licenciamentos específicos cinge-se a certos equipamentos auxiliares, nomeadamente o Reservatório de Ar Comprimido (RAC), os Reservatórios de Gás Propano e a Caldeira. Estão todos autorizados pela Direção Regional de Economia do Norte, DREN: RAC: Autorização de Funcionamento, Certificado nº 351/2014 válido até 08/07/2020. Reservatório: Autorização de Funcionamento, Certificado nº 262-DSE/2011 válido até 17/12/2022. Reservatório: Autorização de Funcionamento, Certificado nº 217-DSE/2011 válido até 17/12/2022. Reservatório: Autorização de Funcionamento, Certificado nº 262-DSE/2011 válido até 17/12/2022. Caldeira: Autorização de Funcionamento, Certificado nº 10/2014 válido até 14/09/2017. Data: 30-10-2015 Página: 6/9

3 INFORMAÇÃO AMBIENTAL 3.1 Regimes ambientais específicos Tendo em conta a actividade de fabrico de papel ou cartão com uma capacidade de produção superior a 20 toneladas por dia, a Ponte Redonda encontra-se abrangida pelos seguintes regimes ambientais específicos: PCIP (Prevenção e Controlo Integrados de Poluição) e CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão) com licenças/títulos válidos para os referidos regimes: PCIP: Licença Ambiental nº 232/2008, e 1º Aditamento à LA emitido em 29/04/2013. CELE: Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa, TEG.087.05 III. 3.2 Consumo de Água e Energia A água de abastecimento da instalação provém de: Rede pública, utilizada para consumo humano, com um consumo anual em 2014 de 560 m 3 /ano; Três captações de água subterrâneas para utilização da actividade industrial, designadamente um furo (AC3) e dois poços (AC4 e AC7); Uma captação de água superficial para utilização na actividade industrial (AC5), efectuada através de uma vala/canal drenante com 50 metros de comprimento e poço de recolha de água com 4 metros de profundidade. O consumo anual pelas captações acima referidas durante o ano 2014 foi de 5147 m 3 /ano. A água destinada à caldeira é sujeita a desmineralização num sistema de resinas de permuta iónica. No que se refere à energia, os tipos, usos e consumos de energia são: Energia eléctrica, proveniente da Rede Eléctrica Nacional (REN), com uma potência total instalada de 1430 kva, tendo-se consumido 2.433.389 kwh na instalação (dados de 2014); Gasóleo para utilização em empilhadores, com um consumo anual de 19.000 litros (dados de 2014); Gás Propano, para utilização na caldeira de produção de vapor, com um consumo de 300 ton/ano (dados de 2014). A capacidade de armazenamento instalada do gasóleo corresponde a 2.000 litros e é constituída por 1 depósito superficial, aprovado por entidade acreditada. A capacidade de armazenamento instalada de gás propano corresponde a 66.6 m 3 e é constituída por três depósitos superficiais, cujos certificados de autorização de funcionamento dos equipamentos sob pressão, emitidos pela Direcção Regional de Economia do Norte, são válidos até 17.12.2022. A PR não possui qualquer tipo de equipamento de produção de energia elétrica nem grupo gerador. Tem uma potência elétrica instalada de 1430 kva alimentados a partir de dois postos de transformação, PT1 (630 kva) e PT2 (800 kva). 3.3 Emissão de Efluentes gasosos As emissões atmosféricas são provenientes de uma fonte de emissão pontual (FF1), com 30 metros de altura, para a qual contribui uma caldeira de produção de vapor, alimentada a gás propano, com 6,169 MWt de potência nominal. Os aspectos construtivos e secção de amostragem encontram-se em conformidade com legislação nacional a este respeito e norma portuguesa. Data: 30-10-2015 Página: 7/9

A monitorização das emissões para a atmosfera da fonte FF1 é realizada de 3 em 3 anos, aos poluentes SO2, NOx, partículas, CO, COV e H2S conforme licença ambiental. A última medição foi realizada em 2015, por laboratório acreditado, tendo-se concluído que: As concentrações medidas para todos os poluentes são inferiores aos VLE (valores limite de emissão) definidos na licença ambiental; Os caudais mássicos de todos os poluentes são inferiores aos limiares mínimos mássicos estipulados na legislação nacional em vigor. Não existe qualquer tipo de tratamento associado aos efluentes gasosos. Por utilizar um combustível limpo na caldeira (gás propano), e por emitir concentrações muito baixas de gases de combustão, a Ponte Redonda considera mínimos os efeitos no ambiente resultantes das emissões gasosas provenientes do funcionamento da caldeira. 3.4 Emissão de Efluentes líquidos Existem na instalação três redes separativas de águas residuais, designadamente: Água residual doméstica, proveniente das instalações sanitárias, balneários e refeitório; Água do processo, com origem na fabricação de papel nas etapas de depuração, refinação, máquinas de papel, prensas e secaria; Água residual industrial, com origem na fabricação de sacos nas etapas de lavagem de tinteiros e tabuleiros de cola, e lavagem de clichés. A água residual doméstica é encaminhada para 4 fossas sépticas com poço absorvente, existentes na instalação. A água do processo, com origem na fabricação fabricação de papel, circula em circuito fechado, e é encaminhada para as desfibradoras (pulpers) para nova fabricação de papel. A água residual industrial, com origem na fabricação de sacos, é encaminhada para a ETAR da instalação onde é sujeita a um tratamento por coagulação, floculação e sedimentação. A ETAR é composta pelos seguintes equipamentos: tinas de lavagem (sala de lavagem), tanque de reacção, dois tanques de água tratada, tanque de armazenamento de lamas e filtro prensa. A ETAR não possui descarga no meio hídrico, a água tratada é reutilizada em novas lavagens de tinteiros e tabuleiros de cola. 3.5 Produção de Resíduos Os resíduos produzidos na instalação são encaminhados para operadores de resíduos autorizados, ou reutilizados internamente nas desfibradoras. Nos diagramas das actividades são indicados os locais de produção de resíduos com origem nos processos de fabrico: Fabricação de Papel Resíduo P/NP Origem Quantidade anual (2014) Destino final Rejeitados NP Desfibradoras 34.860 Kg Operador de resíduos Depuração massa grossa Aparas de papel NP Rebobinadoras 428.591 Kg Reutilizado internamente nas desfibradoras Data: 30-10-2015 Página: 8/9

Fabricação de Sacos Resíduo P/NP Origem Quantidade anual (2014) Destino final Sacos de papel especiais NP Fabricação 157.400 Kg Operador de resíduos Clichés estragados NP Impressão nos sacos 500 Kg Operador de resíduos Embalagens contaminadas P Latas e cubas 1.460 Kg Operador de resíduos Resíduos de cola P Limpeza tabuleiros de cola 1.196 Kg Operador de resíduos Lamas NP ETAR 6.140 Kg Operador de resíduos P Perigoso, NP Não Perigoso Existem zonas específicas para armazenamento temporário dos resíduos produzidos na instalação, onde se inclui o parque de resíduos disponível para o efeito. Os resíduos são armazenados de forma a impedir a ocorrência de derrames ou fugas, evitando situações de potencial contaminação do solo e/ou água. Na selecção do destino final dos resíduos, a Ponte Redonda dá prioridade a operações de valorização em detrimento de operações de eliminação. Internamente, e sempre que possível, são adoptadas práticas para redução do volume de resíduos produzidos na instalação. A título de exemplo tem-se a reutilização interna de aparas de papel, e o investimento numa prensa para desidratação dos rejeitados com origem na fabricação de papel. 3.6 Emissão de Ruído A Ponte Redonda gera ruído para o ambiente, com origem nas máquinas e equipamentos em funcionamento na instalação. Em 2014 foi realizada uma medição do ruído para o exterior com origem na actividade da PR. Concluiu-se que a instalação cumpre os requisitos sonoros legais aplicáveis à emissão de ruído para a envolvente, impostos pelo Regulamento Geral do Ruído, uma vez que a sua actividade não origina níveis sonoros acima dos valores regulamentares, junto aos receptores sensíveis mais próximos. 4 UTILIZAÇÃO DE MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS A Ponte Redonda acompanha as Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) para a produção de pasta de papel, papel e cartão, consideradas na Decisão de Execução da Comissão de 26/09/2014. Tem implementadas MTD na instalação que incluem medidas para redução do consumo de combustíveis e energia, e melhorias no processo de fabricação de papel para redução dos consumos de água. 5 LAYOUT DO ESTABELECIMENTO INDUSTAL Em anexo são apresentadas plantas, à escala adequada, demonstrativas da concepção (layout) do estabelecimento industrial. Data: 30-10-2015 Página: 9/9