AS REVISTAS LATINO-AMERICANAS COMO OBJETOS DE INVESTIGAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL

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Transcrição:

AS REVISTAS LATINO-AMERICANAS COMO OBJETOS DE INVESTIGAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL Profa. Dra. Regina Crespo Centro de Investigaciones sobre América Latina y el Caribe CIALC Universidad Nacional Autónoma de México - UNAM PROGRAMA As revistas literárias e culturais têm ocupado um lugar relevante no campo cultural latino-americano e sua análise vem recebendo uma atenção cada vez maior entre os estudiosos dedicados à história cultural, política e intelectual, à sociologia da cultura e aos estudos literários. Lugar por antonomasia da ação política e cultural dos intelectuais, as revistas comprovam que os movimentos de ideias não podem ser entendidos sem referência aos meios materiais e sociais que propiciam a sua produção e circulação. Nas revistas se reúnem intelectuais que, a partir de um projeto político-cultural comum, buscam angariar um público que os escute e apóie. Por isso, para entender a inserção e o papel das revistas no contexto político-social em que circulam ou circularam, é importante estudá-las em termos de seu projeto ideológico e editorial, da composição de seu conselho editorial e de redação, de seu organograma e de seus critérios de hierarquização (firma de artigos, distribuição do espaço entre os temas a serem tratados etc.). E por isso é igualmente importante estudá-las em suas relações (de identidade ou antagonismo) com outras revistas e os grupos que representam, além de não perder de vista os seus vínculos com o Estado ou sua oposição a ele. As revistas ocupam um lugar intermediário entre a transcendência dos livros e a transitoriedade dos jornais. Colocam-se numa zona híbrida, pois pertencem simultaneamente ao espaço jornalístico e ao campo artístico-intelectual Ainda que não tenham que trabalhar com os fatos no calor da hora, como sucede com os jornais, as revistas não podem conquistar a autoridade atemporal plasmada nos livros porque se associam justamente ao imediato e ao transitório. Tal circunstância, a princípio desfavorável, oferece-lhes, em contrapartida, a possibilidade de estabelecer um compromisso muito maior com a sua própria conjuntura política, social, e cultural e, de certo modo, de interferir sobre ela. O tema das revistas é o seu presente. Observar este presente a partir do estudo das revistas implica proceder a uma espécie de imersão em suas páginas a fim de entender a sua inserção política, o seu papel social, a sua função cultural, o seu projeto estético e, principalmente, a vitória ou o fracasso de suas apostas ideológicas na época em que circularam. As revistas são um espaço de intervenção pública de caráter tradicionalmente coletivo e conformam uma rede de sociabilidades, feita de identidades e divergências. São o lugar da consolidação de trajetórias individuais e também da manifestação de movimentos intelectuais e artísticos. Neste curso, analisaremos as revistas principalmente a partir de sua influência na criação e condução de projetos político-culturais e de seu papel de mediação na construção de redes intelectuais nacionais, regionais e continentais. Estudaremos algumas revistas literárias e culturais latino-americanas a partir de uma perspectiva

teórico-metodológica multidisciplinar. Trabalharemos de maneira paralela e complementar com estudos monográficos e obras de índole primordialmente teórica, relacionadas aos campos da história, da sociologia da cultura e da crítica literária. Como fonte básica para os estudos sobre revistas, utilizaremos três livros coletivos incluídos na bibliografia, editados por Sosnowski (1999); Schwartz e Patiño (2004) e Crespo (2010). Entre os temas que serão discutidos ao longo das cinco sessões que compõem o curso estarão: O lugar das revistas no debate político-cultural latino-americano, a partir do processo de urbanização, industrialização e modernização econômica de finais do século XIX. A consolidação do mercado editorial: a decadência do "homem de letras", a ascensão do especialista e suas consequências na estrutura, objetivos e alcance das revistas literárias e culturais. As tarefas de criação, crítica e difusão: intelectuais e escritores como jornalistas, analistas e críticos. As revistas como baluartes culturais e como porta-vozes de partidos, facções ou correntes políticas. As revistas e os movimentos estéticos e sociais. As condições de produção, circulação e recepção das publicações literárias e culturais. O papel das revistas na produção e difusão de imagens e símbolos de incidência significativa incidencia nos imaginários sociais A América Latina como tema de análise conjuntural e debate filosófico nas publicações: os conceitos de nacionalismo, integração, tradição e identidade, entre a ação e a retórica. O lugar e o papel político das revistas de grande circulação e sua relação com o mercado cultural. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Assistência (80%) (10%) Participação em classe e controle de leituras (20%) Trabalho final (70%) Como trabalho final os alunos poderão escolher entre as seguintes opções, ainda que possam propor algum trabalho alternativo, que seja pertinente ao programa do curso: 1. Um estudo monográfico sobre uma revista, com base em algum dos temas trabalhados durante o curso.

2. Uma comparação entre as distintas formas de trabalhar revistas, presentes nos estudos analisados durante o curso ou constantes da bibliografia. 3. Uma análise crítica de temas analisados no curso, a partir dos textos constantes do programa. O texto deverá obedecer as seguintes indicações: Extensão de 10 páginas em espaço 1.5; caracteres Times New Roman 12; notas de rodapé Times New Roman 10, bibliografia citada no final do texto. Total (100%) BIBLIOGRAFIA BÁSICA Estudos monográficos e metodológicos sobre revistas, edições fac-similares bibliografia geral e AAVV, America, Le discours culturel dans les revues latino-américaines de 1940 à 1970. Cahiers du CRICCAL, París, Sorbonne la Nouvelle, Núm. 4-5 (1990), 9-10 (1992), 15-16 (1996), números coordenados por Claude Fell. AAVV, Las revistas literarias de México. 2 v. México, Instituto Nacional de Bellas Artes, Depto. de Literatura, v. 1, 1963 y v. 2, 1964. AAVV, Revista Iberoamericana. Vol. LXX, Núms. 208-209, Julio-diciembre, 2004, coordenados por Jorge Schwartz e Roxana Patiño. Altamirano, Carlos (director), Términos críticos de sociología de la cultura. Buenos Aires, Paidós, 2002. Amauta [ed. facsimilar]. Introducción de Alberto Tauro, Lima, Empresa Editorial Amauta, 1976. Baptista, Íria e Karen Abreu, A história das revistas no Brasil: um olhar sobre o segumentado mercado editorial. http://paginas.unisul.br/agcom/revistacientifica/artigos2010/iria_baptista_karen_abreu.p df Barros Filho, Omar. L. Versus. Páginas da Utopia. Antologia de reportagens, narrativas, entrevistas e artigos. Rio de Janeiro,Azougue editorial, 2007. Beigel, Fernanda, Las revistas culturales como documentos de la historia Latinoamericana, em Utopía y Praxis Latinoamericana. Año 8. Nº 20 (Marzo, 2003) Pp. 105-115. http://www.redalyc.org/pdf/279/27902007.pdf Beired, José Luís, Vertentes da História intelectual, em Barbosa, Carlos e Garcia, Tânia (orgs.), Cadernos de Seminários de Pesquisa. Cultura e políticas nas Américas, vol. 1, Assis, UNESP, 2009, pp. 86-98.

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CRONOGRAMA 15 de maio de 2017 Fundemos uma revista, façamos política cultural (Beatriz Sarlo) Revistas: formações ou instituições? Intelectuais: críticos culturais? Leituras obrigatórias Carlos Altamirano, Intelectuales, em Altamirano (director), Términos críticos de sociología de la cultura. Buenos Aires, Paidós, 2002, pp. 148-155. Raymond Williams, La hegemonía, Tradiciones, instituciones y formaciones, Dominante, residual y emergente, em Marxismo y literatura. Barcelona, Península, 1997, pp. 129-149. https://docs.google.com/file/d/0b1kblet4uj5zb1q3lvgtsufurdzctxj2sndjtmo 5UQ/edit Beatriz Sarlo, Intelectuales y revistas: razones de una práctica. En America, Cahiers du CRICCAL, París, Sorbonne la Nouvelle, Núm. 9-10 (1992), pp. 9-16. Leitura complementar Raymond Williams, Formações, em Cultura. 2ª. ed., São Paulo, Paz e Terra, 2000, pp. 57-85. 22 de maio de 2017 Questões de método. Muitas formas de estudar revistas. Leituras obrigatórias Fernanda Beigel, Las revistas culturales como documentos de la historia Latinoamericana em Utopía y Praxis Latinoamericana. Año 8. Nº 20 (Marzo, 2003) Pp. 105-115. http://www.redalyc.org/pdf/279/27902007.pdf Crespo, Regina, Revistas culturais e literárias latino-americanas: objetos de pesquisa, fontes de conhecimento histórico e cultural. En: Junqueira, Mary & Stella Maris Franco (Orgs.) Caderno de Seminários de Pesquisa Cultura e Políticas nas Américas. Vol. II. São Paulo, Universidade de São Paulo/Humanitas, 2011, pp. 98-116.

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5 de junho de 2017 1. Ação política e movimentos sociais: as revistas como porta-vozes, os intelectuais como atores. Leituras obrigatórias Arturo Vilchis, Boletín Titikaka (1926-1930): literatura y política en el corazón de los Andes, em Crespo, Regina (coord.), Revistas en América Latina: proyectos literarios, políticos y culturales. México, UNAM/Eón, 2010, pp. 149-178. Gabriela Espinosa, Intelectuales orgánicos y Revolución Mexicana: Crisol (1929-1934), em AAVV, Revista Iberoamericana. Vol. LXX, Núms. 208-209, Juliodiciembre, 2004, coordenados por Jorge Schwartz e Rossana Patiño, pp. 795-810. 2. O lugar da literatura na imprensa alternativa brasileira. Um estudo de caso. Leituras obrigatórias: Bernardo Kucinski "Apresentação", em Jornalistas e revolucionários. Nos tempos da imprensa alternativa. São Paulo, Scritta, 1991, pp. xiii-xxxiii Jeferson Candido. Versus: a arte como arma I, em Boletim de Pesquisa NELIC v. 5, n. 6/7, Polêmicas (2003) https://periodicos.ufsc.br/index.php/nelic/article/view/1366/1064 Textos de análise: Barros Filho, Omar. L. Versus. Páginas da Utopia. Antologia de reportagens, narrativas, entrevistas e artigos. Rio de Janeiro,Azougue editorial, 2007. Marcos Faerman "As palavras aprisionadas", pp. 86-90 Rodolfo Walsh "A carta da morte". pp. 142-149 Editoriais, aniversários, dissidências e rupturas. pp. 270-277.