15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

Documentos relacionados
15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

CARTA DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA E INUNDAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM PARÁ

Análise da Susceptibilidade a Processos Erosivos, de Inundação e Assoreamento em Itajobi-SP a Partir do Mapeamento Geológico- Geotécnico

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Departamento de Ciências Geográficas Programa de Pós-Graduação em Geografia

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS SUSCEPTÍVEIS A EVENTOS DE ALAGAMENTO NO MUNICÍPIO DE NITERÓI RJ

Caracterização dos processos evolutivos e da dinâmica erosiva em Rondon do Pará, com ênfase na prevenção de desastres.

PROPOSTA METODOLÓGICA PARA ELABORAÇÃO DE CARTAS GEOTÉCNICAS VOLTADAS À PREVENÇÃO DE EROSÃO

ESTIMATIVA DE ÁREAS COM POTENCIAL DE DESLIZAMENTO DE TERRA NA REGIÃO DO MORRO DO BAÚ, SANTA CATARINA, ATRAVÉS DO MODELO DE RELAÇÃO DE FREQUÊNCIA E SIG

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

Extração de cicatrizes de movimentos de massa na região de Cubatão SP por meio de técnicas de Interpretação de Imagens

Prática Introdutória de Mapeamento Geológico-Geotécnico Detalhado. Learning how to preparing detailed field geotechnical maps

ANÁLISE DE MAPAS DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA E INUNDAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO PARA O MUNICÍPIO DE UNAÍ- MG RESUMO ABSTRACT

COMPARAÇÃO DE MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO PARA A ILHA DE SÃO SEBASTIÃO - SP Nº 11503

Caracterização da Ecorregião do Planalto Central

Cartografia de Risco a Escorregamentos, em Detalhamento Progressivo, da Serra do Piloto, Mangaratiba, RJ.

ÁREAS DE RISCO AO USO/OCUPAÇÃO DO SOLO NA SUB-BACIA DO CÓRREGO DO SEMINÁRIO, MUNICÍPIO DE MARIANA MG. COSTA, R. F. 1 PAULO J. R. 2

ZONEAMENTO DA SUSCEPTIBILIDADE À OCORRÊNCIA DE ESCORREGAMENTOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DO YUNG JUIZ DE FORA

Relevo da Bacia do Rio das Antas (GO): Revisão Bibliográfica

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT Centro de Convenções Sul América - Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2018

ANÁLISE DOS PADRÕES DE RELEVO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ GELADINHO MARABÁ/PA

MOVIMENTOS DE MASSA NO MUNICÍPIO

Fragilidade Ambiental Método auxílio multicritério à tomada de decisão

MAPEAMENTO DE PLANÍCIES FLUVIAIS: contribuição metodológica a partir do caso do Rio Paraibuna em Juiz de Fora, MG

Diretrizes para mapeamento de inundações no Estado do Rio de Janeiro PATRICIA R.M.NAPOLEÃO CARLOS EDUARDO G. FERRIERA

NETO, Duclerc Siqueira 1 ; COSTA, Bruno Lopes 2.

Fragilidade Ambiental Método: Processo Hierárquico Analítico (AHP)

Cartas de suscetibilidade: conexões com outras cartas geotécnicas e utilização no planejamento territorial.

EAD SR-II Geomorfologia. Ciência que estuda o Relevo da Superfície Terrestre. Teresa G. Florenzano DSR/OBT/INPE

MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO À INUNDAÇÃO NA CIDADE DE GUARAPUAVA-PR

Docente do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria. de contato: 3

A.E.S. Abreu, O. Augusto Filho, J.N. Hirai Escola de Engenharia de São Carlos - USP. São Carlos, SP - Brasil

Mapeamento do risco de deslizamento de encostas na região da Serra do Mar no Estado do Rio de Janeiro

MAPEAMENTO DE PLANÍCIES FLUVIAIS: contribuição metodológica a partir do caso do Rio Paraibuna em Juiz de Fora, MG.

PARÂMETROS TOPOGRÁFICOS DERIVADOS DE MODELO DIGITAL DO TERRENO: SUBSÍDIO PARA AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE MOVIMENTOS DE MASSA NA ZONA DA MATA PERNAMBUCANA

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental. CARTAS GEOTÉCNICAS APLICADAS AO PLANEJAMENTO TERRITORIAL alguns ajustes no instrumento

Costa, B.L. 1 ; PALAVRAS CHAVES: Planejamento ambiental; Geoprocessamento; Geomorfologia

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO PORTO ORGANIZADO DE ÓBIDOS

CLASSES DE DECLIVIDADE DA SUB-BACIA HIDROGRAFICA DO RIACHO DO SANGUE CE: AUXILIO A GOVERNANÇA TERRITORIAL

USO DE GEOTECNOLOGIAS NA ESTRUTURAÇÃO DA BASE CARTOGRÁFICA DO PARQUE ESTADUAL DO BACANGA, SÃO LUÍS-MA RESUMO

SUSCEPTIBILIDADE E POTENCIALIDADE À EROSÃO LAMINAR NA BACIA DO CÓRREGO BARREIRO - GOIÂNIA GO

UTILIZAÇÃO DO SIG NO CONTOLE DE EROSÃO EM ÁREAS SUCPTÍVEIS A INSTABILIDADE DE ENCOSTAS: BARRAGEM SERRO AZUL PALMARES (PE)

MAPEAMENTO DAS FORMAS E DA DISSECAÇÃO DO RELEVO

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental MAPEAMENTO DOS PERIGOS NATURAIS NA SEDE URBANA DE SANTARÉM PA

ELABORAÇÃO DE MAPA GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE SP.

A CARTOGRAFIA DO RELEVO COMPARADA: APLICAÇÕES NA BACIA DO RIBEIRÃO ESPIRITO SANTO (JUIZ DE FORA, MG)

Noções de Mapeamento de Risco. Camila Viana

UNIDADES DE RELEVO DA BACIA DO RIO PEQUENO, ANTONINA/PR: MAPEAMENTO PRELIMINAR

CARTOGRAFIA AMBIENTAL

O PROCESSO INTERATIVO NA ELABORAÇÃO DA CARTA GEOTÉCNICA DE APTIDÃO

GEOTECNOLOGIAS E MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO PEIXE, OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE SP, BRASIL.

ANÁLISE DAS ÁREAS DE RISCO A ENCHENTES E INUNDAÇÕES EM ALFENAS-MG.

CARTA DE UNIDADES GEOAMBIENTAIS - FOLHA ITIRAPINA, ESCALA 1:

Cartografia de Áreas de Risco a Escorregamentos, em Regionalização Progressiva, no distrito de Xerém, Duque de Caxias-RJ.

9º SINAGEO - Simpósio Nacional de Geomorfologia 21 à 24 de Outubro de 2012 RIO DE JANEIRO / RJ

16º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

EIXO TEMÁTICO: TÉCNICA E MÉTODOS DE CARTOGRAFIA, GEOPROCESSAMENTO E SENSORIAMENTO REMOTO, APLICADAS AO PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAIS

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

COMUNICAÇÃO TÉCNICA.

COMPARTIMENTAÇÃO MORFOLÓGICA DA BACIA DO RIO SÃO THOMÉ, MUNICÍPIOS DE ALFENAS, SERRANIA E MACHADO (MG)

RESUMO. Palavras Chave: Deslizamentos de Terra, Sistema de Informação Geográfica, Inundação, Água Subterrânea, JTC-1 ABSTRACT

Avaliação da Suscetibilidade aos Escorregamentos Translacionais Rasos na bacia do Rio Guaxinduba em Caraguatatuba (SP)

ARTICULAÇÕES ENTRE GEOMORFOLOGIA REGIONAL E CONDICIONANTES ANTRÓPICOS NA COMPREENSÃO DE PROCESSOS E FEIÇÕES GEOMORFOLÓGICAS EM CHAPADÃO DO SUL (MS)

Disciplina: Cartografia Geoambiental

Luis Eduardo de Souza Robaina 2 ; Tanice Cristina Kormann 3 ; Gerson Jonas Schirmer 4

Figura 10- Mapa da Planície de Inundação para a cota de 15 m, nas proximidades da cidade de Propriá.

PALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DA FORMAÇÃO BARREIRAS NA PORÇÃO CENTRO-SUL DA ÁREA EMERSA DA BACIA DE CAMPOS (RIO DE JANEIRO)

Topodata (III): desenvolvimento banco de dados geomorfométricos locais em cobertura nacional

16º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

Rosana Okida Instituto de Geociências. Universidade de São Paulo - USP Paulo Veneziani instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

UNIDADES DO RELEVO E CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO. Módulos 29 e 30 Livro 2 paginas 122 a 124 / 127 a 129

MAPEAMENTO GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ARROIO SARANDI, SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL

CARTAS GEOTÉCNICAS DE APTIDÃO À URBANIZAÇÃO: INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO PARA PREVENÇÃO DE DESASTRES E PARA A GESTÃO DO USO DO SOLO

LEVANTAMENTO DA REDE DE DRENAGEM ARTIFICIAL COMO ELEMENTO PARA ELABORAÇÃO DE UM MAPA DE RISCO. MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS, RIO DE JANEIRO.

SISTEMA NACIONAL DE CLASSIFICAÇÃO E SUAS DEFINIÇÕES de março 2015 Paramaribo, Suriname

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental ANÁLISE MULTITEMPORAL DO FENÔMENO DAS TERRAS CAÍDAS SANTARÉM/PA

MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PORTO, PIAUÍ MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PORTO, PIAUÍ

COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LAGO VERDE, MUNICÍPIO DE LAGOA DA CONFUSÃO, TO.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "CAMPUS" DE RIO CLARO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS

GEOGRAFIA DO BRASIL Relevo e Solo

Topodata (I): contexto, fundamentos e aplicações

MAPA GEOMORFOLÓGICO PRELIMINAR DA PORÇÃO SUDOESTE DE ANÁPOLIS- GO EM ESCALA 1/ Frederico Fernandes de Ávila 1,3 ;Homero Lacerda 2,3 RESUMO

16º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

SELEÇÃO DE MUNICÍPIOS CRÍTICOS A DESLIZAMENTOS

ESTUDO DAS ANOMALIAS DE DRENAGEM COMO INDICADOR DE NEOTECTÔNICA NA BACIA DO RIO DOURADINHO, MUNICÍPIO DE LAGOA DA CONFUSÃO TO.

Mapeamento e análise de Áreas de Risco a Deslizamentos nas Encostas da Serra do Mar no Nordeste de Santa Catarina

MAPEAMENTO GEOMORFOLÓFICO COMO SUBSÍDIO À ANÁLISE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SUL RS

A ANÁLISE MULTIFATORIAL UTILIZADA NA DETERMINAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE À OCORRÊNCIA DE MOVIMENTOS EM MASSA NA BACIA DO RIO ARAGUARI-MG.

9º SINAGEO - Simpósio Nacional de Geomorfologia 21 à 24 de Outubro de 2012 RIO DE JANEIRO / RJ

BACIA HIDROGRÁFICA: UNIDADE DE PLANEJAMENTO AMBIENTAL

USO DO SOLO E MAPEAMENTO DE ÁREAS DE EROSÃO ACELERADA

USO DE GEOTECNOLOGIAS PARA ANALISE GEOMORFOLÓGICA USANDO O USO E COBERTURA DE TERRA NO MUNICÍPIO DE NITERÓI-RJ.

ESTRUTURAS E FORMAS DE RELEVO

Transcrição:

15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental CONTRIBUIÇÃO DA CARTA DE PADRÕES DE RELEVO PARA O MAPEAMENTO DE SUSCETIBILIDADE A INUNDAÇÃO E MOVIMENTOS DE MASSA DE ORIXIMINÁ-PA Patrícia Simões 1 ; Raimundo Almir Costa Conceição 2 Keren Vasconcelos 3 Resumo O mapeamento da suscetibilidade à inundação e movimentos de massa é um instrumento para o planejamento da expansão urbana pelo gestor público. Um dos produtos utilizados para elaborar esse mapeamento é a Carta de padrões de relevo, que é produzida tendo como critérios a declividade e a amplitude altimétrica. O objetivo desse trabalho é analisar a contribuição dessa classificação do relevo para a elaboração da Carta de suscetibilidade no município de Oriximiná. A área de estudo apresenta 99% da sua área com baixa suscetibilidade a movimentos de massa, sendo que a suscetibilidade à inundação é quase que totalmente alta. Observa-se que as áreas dos rebordos erosivos e curtas escarpas dos Platôs e chapadas apresentam alta e média suscetibilidade a movimento de massa, devido à alta declividade e amplitude desse tipo de relevo. Já as áreas de baixa suscetibilidade correspondem aos relevos de topo aplainado dos Baixos platôs e Baixos platôs dissecados. As Cartas de suscetibilidade à inundação e movimentos de massa apresentam resultados satisfatórios para o objetivo do mapeamento, contudo vale ressaltar que a classificação dos padrões de relevo contribui na produção do mapeamento de suscetibilidade, tanto na elaboração dos pré-mapas, quanto na validação da modelagem no trabalho de campo. Palavras-Chave suscetibilidade, relevo, movimentos de massa, inundação. Abstract The mapping of susceptibility to flooding and mass movement is a tool for planning the urban sprawl by public officials. One of the products used to prepare this mapping is the Charter of relief patterns, which is produced having as criteria the slope and the relief amplitude. The aim of this study is to analyze the contribution of this relief rating for the drafting of the Charter of susceptibility in the municipality of Oriximiná. The study area has 99% of its area with low susceptibility to mass movement, and flooding is almost completely discharged. It is observed that the edges of the Plateaus have high and medium susceptibility to mass movement, due to the high steepness and relief amplitude of the hillslopes. The areas of low susceptibility correspond to the top of the Lower flattened and dissected plateaus. Netherlands. The flooding and mass movement susceptibility maps show satisfactory results for the purpose of mapping, however worth noting that the classification of relief patterns helps in the production of susceptibility mapping, both in the preparation of pre-maps, as the validation of modeling field work. keyword susceptibility; relief; mass movements; flood. 1 Analista em Geociências, Serviço Geológico do Brasil CPRM, patrícia.simoes@cprm.gov.br 2 Pesquisador em Geociências, Serviço Geológico do Brasil CPRM, raimundo.conceiçao@cprm.gov.br 3 Aluna de geologia da UFPA,kerenvasconcelos@gmail.com 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 1

1. INTRODUÇÃO Devido à necessidade de prevenção de desastres causados por eventos naturais, como deslizamentos, desmoronamentos, corrida de detritos e inundações, o Serviço Geológico do Brasil foi incumbido pela Casa Civil do Governo Federal do mapeamento da Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação. Este mapeamento faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento PAC, integrando o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais do Governo Federal (PNGRRDN) de acordo com a lei 12.608/2012 (BRASIL, 2012) que determina que os municípios com predisposição à ocorrência de processos naturais que provocam situações de risco geológico sejam mapeados, de maneira a fornecer produtos para que os gestores municipais tenham condições de implementar o planejamento e ocupação do território. Nesse contexto produziu-se o mapeamento de suscetibilidade a movimentos de massa e inundação do munícipio de Oriximiná, que está situado na porção oeste do estado do Pará, próximo da divisa com o Amazonas, às margens do Rio Trombetas (figura 01) Este munícipio é um dos dezoito do estado que foram inseridos nesse projeto, contudo devido a grande extensão territorial e baixa densidade demográfica, o mapeamento não abrange todo o munícipio. Deste modo, a área de mapeamento se restringe a uma circunferência 30 quilômetros de raio de distância a partir da sede do munícipio, de acordo com o Termo de Referência do Projeto Suscetibilidade para a Amazônia. A escala de mapeamento é de 1:100.000. A região em que está inserida está porção de Oriximiná é caracterizada pelos depósitos aluvionares e a Formação Alter do Chão, que é composta por arenitos avermelhados, argilitos, conglomerados e brechas intraformacionais de idade cretácica, pertencentes à Bacia Sedimentar do Amazonas (CPRM, 2010; Mendes et. al., 2012). Figura 01 Mapa de localização da área de estudo em Oriximiná - PA O objetivo desse mapeamento é fornecer aos gestores públicos um instrumento para planejar a expansão urbana da sede do município, de forma a reduzir a ocorrência de desastres. Nesse sentido uma das informações utilizadas para a identificação das áreas de maior suscetibilidade a movimentos de massa e inundação é o mapeamento sistemático de padrões de relevo. As características dos diferentes tipos de relevo indica, a partir dos parâmetros geomorfológicos, sua suscetibilidade. Assim sendo, o objetivo desse trabalho é analisar a contribuição da Carta de Padrões de Relevo para o mapeamento da Suscetibilidade a Movimentos de Massa e Inundações. 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 2

2. MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia de mapeamento de áreas suscetíveis à inundação e movimentos de massa foi proposta por meio de uma parceria entre a CPRM (Serviço Geológico do Brasil) e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), com base nas seguintes publicações: Zuquete (1993), Prandini et al. (1995), Vedovello et al. (1995), Cerri et. al. (1996), Zuquete e Nakasawa (1998), Guzzetti et al. (1999), Freitas (2000), Zaine (2000), Fernandes et al. (2001), Zuquette e Gandolfi (2004), Fell et al. (2008), Abreu e Augusto Filho (2009), Julião et al. (2009), Sobreira e Souza (2012) e Nogueira e Souza (2013). A metodologia completa está descrita em Bitar et al., (2014). Tal metodologia engloba duas etapas de trabalhos, de gabinete e campo. O trabalho de gabinete refere-se à compilação bibliográfica e estruturação de base de dados; análise, classificação e fotointerpretação das feições associadas ao processo analisado; modelagem estatística e elaboração dos pré-mapas de suscetibilidade. Na etapa de trabalho de campo os mapas são validados. Ao final é feita uma revisão e elaboração do mapa síntese. A carta de padrões de relevo é uma ferramenta que compõe os dados utilizados para produção dos pré-mapas de suscetibilidade, pois os tipos de relevo são definidos por parâmetros geomorfológicos, como amplitude altimétrica e declividade, que são imprescindíveis para a definição da suscetibilidade do município. A classificação do relevo é elaborada nas seguintes etapas: primeiramente é feita uma interpretação do MDE, produzido com o Topodata (resolução espacial de 30 metros, ano: 2008), das imagens de satélite do RapidEye (resolução espacial de 5 metros, ano: 2011/2012) e do relevo sombreado, produzido a partir do MDE, com iluminação artificial com azimute de 315 e inclinação de 45. Nessa análise são identificadas e delimitadas as distintas unidades de relevo. Essa base cartográfica é fornecida em um Kit que é produzido e organizado pelo Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia). Posteriormente, essas imagens são classificadas de acordo com os padrões de relevo estabelecidos na tabela de padrões de relevo do IPT (figura 02), adaptada para as necessidades do projeto de Cartas de Suscetibilidade da CPRM (IPT/CPRM, 2014), utilizando como critérios a amplitude altimétrica e a declividade. Figura 02 Tabela de padrões de relevo do IPT (adaptada para o Projeto de Cartas de Suscetibilidade da CPRM). 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 3

A Carta de Padrões de Relevo é utilizada para confirmação do mapeamento de suscetibilidade a inundação e movimentos de massa no trabalho de campo, e ainda é uma dos dados para a produção da modelagem de inundação. 3. PADRÕES DE RELEVO DE ORIXIMINÁ O relevo dessa área do município de Oriximiná se caracteriza pela estrutura sedimentar das rochas da Formação Alter do Chão. Esse tipo de estrutura favorece a formação de relevos tabulares, suavemente aplainados e com bordas declivosas. A área de estudo apresenta como padrões de relevo (figura 03): as planícies e terraços fluviais, platôs e chapadas, baixos platôs e os baixos platôs dissecados. As planícies e terraços fluviais se situam ao longo dos cursos fluviais, no Rio Trombetas, dos seus afluentes e próximo da confluência com o Rio Amazonas. Esse padrão de relevo é uma extensa área aplainada com declividades abaixo de 5 e amplitude altimétrica entre 0 20 metros (figura 04-A). Figura 03 Carta de Padrões de Relevo de Oriximiná - PA Os platôs e chapadas ocorrem de forma concentrada nas extremidades leste e oeste da área de estudo. Estas são formas de relevo elevadas com topo aplainado e bordas mais declivosas, amplitude que alcança os 50 metros e declividade de aproximadamente 8, sendo mais elevada nas bordas das chapadas. Os baixos platôs e os baixos platôs dissecados que abrangem a maior parte da área de estudo apresentam topos aplainados com amplitude de 40 metros e declividade mais elevada apenas em suas bordas, principalmente nos baixos platôs dissecados (figura 04-B). 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 4

A B Figura 04 A: Planície ás margens do Rio Trombetas; B: Topo aplainado do Baixo Platô. As características dos tipos de padrões de relevo exercem influência na suscetibilidade a inundação e aos movimentos de massa nessa área do munícipio de Oriximiná, uma vez que a amplitude e declividade das formas de relevo são características que condicionam a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa (Munoz, 2005). 4. CONTRIBUIÇÃO DOS PADRÕES DE RELEVO PARA O MAPEAMENTO DA SUSCETIBILIDADE A INUNDAÇÃO E MOVIMENTOS DE MASSA DE ORIXIMINÁ O mapeamento de suscetibilidade a inundação e movimentos de massa (figura 05) demonstra que esta porção do município apresenta quase que a totalidade das áreas de planícies e terraços fluviais com alta suscetibilidade a inundação. De fato os gestores municipais devem dedicar uma maior atenção para as ações de prevenção desse tipo de desastre natural. E nesse sentido, a identificação e delimitação das planícies e terraços fluviais na carta de relevo contribuem para a definição das áreas restritivas para a expansão urbana. Existem, ainda, algumas áreas isoladas de baixa suscetibilidade a inundação na planície do Lago Jacunpará, situado na margem direita do Rio Trombetas, já bem próximo da sua confluência com o Rio Amazonas. Todavia, não devemos desconsiderar a presença populações tradicionais que ocupam esparsos aglomerados humanos ao longo das extensas várzeas da planície amazônica. Os denominados povos das várzeas que habitam e se adaptam essas planícies periodicamente inundáveis a cada cheia sazonal do rio Amazonas vivem, conscientemente, numa área de alta suscetibilidade à inundação e baseiam seu modo-de-vida na pesca e na agricultura de subsistência. Entretanto, demandam uma atenção especial do poder público devido às limitações impostas pelo terreno, mas sem que haja necessidade de realocação. 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 5

Figura 05 Carta de Suscetibilidade a Inundação e Movimentos de massa de Oriximiná. Esta porção do município apresenta 99% da área com baixa suscetibilidade, contudo pode-se destacar algumas áreas de média e alta suscetibilidade a movimentos de massa. Estas áreas são correspondentes aos relevos de platôs e chapadas e as áreas adjacentes, que apresentam as mais altas declividades da área de estudo; e parte da borda do baixo platô na margem do rio Trombetas (figura 06), possivelmente pela alta capacidade erosiva do rio nesse trecho, acarretando no fenômeno de Terras Caídas. Figura 06 Deslizamento em borda declivosa do Baixo Platô, às margens do Rio Trombetas. As baixas suscetibilidades a movimentos de massa são correspondentes aos extensos baixos platôs e baixos platôs dissecados que ocupam grande parte da área estudada. Estas são formas de relevo suave aplainado, características de relevo em rochas sedimentares. 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 6

5. CONCLUSÕES A Carta de Suscetibilidade a inundação e movimentos de massa é um instrumento essencial para o planejamento da expansão urbana dos municípios. Deste modo, o gestor terá um estudo indicando quais são as áreas mais adequadas para ocupação, e quais são as regiões que devem ter o uso do solo restrito. Nesse sentido, verificou-se que as cartas de padrões de relevo são uma fonte de informação eficiente no processo de produção da Carta de Suscetibilidade, pois utiliza como critério para definição das formas de relevo os mesmos critérios que influenciam na suscetibilidade a inundação e movimentos de massa de uma área, que são: amplitude altimétrica e declividade. A carta de padrões de relevo de Oriximiná se mostrou satisfatória para os objetivos do Projeto, contudo é primordial a aquisição de imagens em uma resolução espacial mais detalhada, uma vez que a região da Amazônia apresenta algumas peculiaridades que justificam este investimento, como: vegetação densa e com porte arbóreo, o que dificulta a aquisição de um MDE com informações da superfície; excesso de nuvem, o que restringe o período de aquisição de imagem de satélite. Nesse sentido, é importante ressaltar o quanto o mapeamento dos padrões de relevo auxilia e facilita a produção da Carta de Suscetibilidade, tanto na elaboração do pré-mapas, quanto na etapa de campo. BIBLIOGRAFIA ABREU, A. E. S.; AUGUSTO FILHO, O. Mapeamento geotécnico para gestão municipal. Geotecnia (Lisboa), v. 115, p. 45-80, 2009. BITAR, O.Y. (Coord.) (2014). Cartas de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundações 1:25.000: nota técnica explicativa. São Paulo: IPT/CPRM, 50p. (IPT Publicação 3016) (publicação on-line). BRASIL (2012) ABREU, A. E. S.; AUGUSTO FILHO, O. Mapeamento geotécnico para gestão municipal. Geotecnia (Lisboa), v. 115, p. 45-80, 2009. BITAR, O.Y. (Coord.) (2014). Cartas de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundações 1:25.000: nota técnica explicativa. São Paulo: IPT/CPRM, 50p. (IPT Publicação 3016) (publicação on-line). BRASIL (2012) LEI Nº 12.608, DE 10 DE ABRIL DE 2012. Política Nacional de Proteção e Defesa Civil PNPDEC. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12608.htm. Acesso:10/04/2015. CERRI, L.E.S.; AKIOSSI, A.; AUGUSTO Filho, O. & ZAINE, J.E. 1996. Cartas e mapas geotécnicos de áreas urbanas: reflexões sobre as escalas de trabalho e proposta de elaboração com o emprego do método de detalhamento progressivo. In: ABGE Cong. Bras. Geologia de Engenharia, 8, Rio de Janeiro, 1996. Anais, v.2, p.537-548. CPRM Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais. Geologia e Recursos Minerais do Estado do Pará. Escala 1:1.000.000 GEOBANK, 2010. FELL, R; COROMINAS, J.; BONNARD, C.; CASCINI, L.; LEROI, E.; SAVAGE, W. Z. (2008). On behalf of the JTC-1 Joint Technical Committee on Landslides and Engineered Slopes. Guidelines for landslide susceptibility, hazard and risk zoning for land use planning. Engineering Geology, n. 102, p. 85-98. FERNANDES, N.F.; GUIMARÃES, R.F.; GOMES, R.A.T.; VIEIRA, B.C.; MONTGOMERY, D.R.; GREENBERG, H. (2001) Condicionantes geomorfológicos dos deslizamentos nas encostas: 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 7

avaliação de metodologias e aplicação de modelo de previsão de áreas susceptíveis. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 2, n. 1, p. 51-71 FREITAS, C.G.L. Cartografia geotécnica de planejamento e gestão territorial: proposta teórica e metodológica. Tese de Doutorado, USP, FFLCH, Departamento de Geografia, São Paulo, 2000, 230p. GUZZETTI, F.; CARRARA, A.; CARDINALI, M.; REICHENBACH, P. (1999) Landslide hazard evaluation: a review of current techniques and their application in a multi-scale study, Central Italy. Geomorphology, n. 31, p. 181-216. IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas/CPRM Companhia de Pesquisas e Recursos MInerais. Carta de Suscetibilidade a movimento gravitacionais de massa e inundação Nota técnica. Escala 1:25.000. 2014. JULIÃO, R. (coordenador) et. al. (2009) - Guia Metodológico para a Produção de Cartografia Municipal de Risco e para a Criação de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de Base Municipal, Autoridade Nacional de Protecção Civil e Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano/ Instituto Geográfico Português. MENDES, A. C., TRUCKENBROD, W., NOGUEIRA, A.C.R. Análise faciológica da Formação Alter do Chão (Cretáceo, Bacia do Amazonas), próximo à cidade de Óbidos, Pará, Brasil. Revista Brasileira de Geociências. 42(1): p.39-57. Março/2012. MUNOZ, V.A. Análise comparativa de técnicas de inferência espacial para identificação de unidades de suscetibilidade aos movimentos de massa na região de São Sebastião, São Paulo, Brasil. São José dos Campos, 2005. 50 p. Anexos. Especialização (XVIII Curso Internacional em Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informação Geográfica) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais / INPE. NOGUEIRA, F. R.; SOUZA, L. A.. CARTA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS MÚLTIPLOS NO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP. In: 14º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, 2013, Rio de Janeiro. Anais do 14º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental. São paulo: ABGE, 2013. PRANDINI, F. L. et al. Cartografia geotécnica nos planos diretores regionais e municipais. In: Curso de Geologia Aplicada ao Meio Ambiente. São Paulo. p 187-202. 1995. SOBREIRA, Garcia Frederico; SOUZA, Leonardo Andrade. Cartografia Geotécnica Aplicada ao Planejamento Urbano. Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental. São Paulo, v. 2, n. 2, p. 79-98, maio. 2012. VALERIANO, M. M. Topodata: Guia para utilização de dados geomorfológicos locais. Projeto de Produtividade em Pesquisa Modelagem de dados topográficos SRTM, CNPq, processo nº 306021/2004-8 (NV), São José dos Campos, SP : INPE, 2008. Disponível em: < http://mtcm18.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/mtc-m18@80/2008/07.11.19.24/doc/publicacao.pdf>. Acesso: 02 fev. 2015. VEDOVELLO, C. Science Parks and the University-Industry Links: A Case Study of the Surrey Research Park. PhD Thesis, Brighton, UK: SPRU, University of Sussex, 1995. ZAINE, J.E. 2000. Mapeamento geológico-geotécnico por meio do método do detalhamento progressivo: ensaio de aplicação na área urbana do município de Rio Claro (SP). Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Campus de Rio Claro, 149 p. ZUQUETTE, L. V. 1993. Importância do Mapeamento Geotécnico no Uso e Ocupação do Meio- Físico: Fundamentos e Guia para Elaboração. São Carlos. Tese de Livre Docência. Escola de Engenharia de São Carlos - USP. Vol 1. 256p. ZUQUETTE, L.V. & NAKAZAWA, V.A. Cartas de Geologia de Engenharia. In: OLIVEIRA, A.M.S. & BRITO, S.N.A. (Eds.). Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1998. cap. 17, p.283-300. ZUQUETTE, L.V. & GANDOLFI, N. Cartografia Geotécnica. Oficina de Textos, São Paulo, 2004, 190p. 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 8

CERRI, L.E.S.; AKIOSSI, A.; AUGUSTO Filho, O. & ZAINE, J.E. 1996. Cartas e mapas geotécnicos de áreas urbanas: reflexões sobre as escalas de trabalho e proposta de elaboração com o emprego do método de detalhamento progressivo. In: ABGE Cong. Bras. Geologia de Engenharia, 8, Rio de Janeiro, 1996. Anais, v.2, p.537-548. CPRM Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais. Geologia e Recursos Minerais do Estado do Pará. Escala 1:1.000.000 GEOBANK, 2010. FELL, R; COROMINAS, J.; BONNARD, C.; CASCINI, L.; LEROI, E.; SAVAGE, W. Z. (2008). On behalf of the JTC-1 Joint Technical Committee on Landslides and Engineered Slopes. Guidelines for landslide susceptibility, hazard and risk zoning for land use planning. Engineering Geology, n. 102, p. 85-98. FERNANDES, N.F.; GUIMARÃES, R.F.; GOMES, R.A.T.; VIEIRA, B.C.; MONTGOMERY, D.R.; GREENBERG, H. (2001) Condicionantes geomorfológicos dos deslizamentos nas encostas: avaliação de metodologias e aplicação de modelo de previsão de áreas susceptíveis. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 2, n. 1, p. 51-71 FREITAS, C.G.L. Cartografia geotécnica de planejamento e gestão territorial: proposta teórica e metodológica. Tese de Doutorado, USP, FFLCH, Departamento de Geografia, São Paulo, 2000, 230p. GUZZETTI, F.; CARRARA, A.; CARDINALI, M.; REICHENBACH, P. (1999) Landslide hazard evaluation: a review of current techniques and their application in a multi-scale study, Central Italy. Geomorphology, n. 31, p. 181-216. IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas/CPRM Companhia de Pesquisas e Recursos MInerais. Carta de Suscetibilidade a movimento gravitacionais de massa e inundação Nota técnica. Escala 1:25.000. 2014. JULIÃO, R. (coordenador) et. al. (2009) - Guia Metodológico para a Produção de Cartografia Municipal de Risco e para a Criação de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de Base Municipal, Autoridade Nacional de Protecção Civil e Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano/ Instituto Geográfico Português. MENDES, A. C., TRUCKENBROD, W., NOGUEIRA, A.C.R. Análise faciológica da Formação Alter do Chão (Cretáceo, Bacia do Amazonas), próximo à cidade de Óbidos, Pará, Brasil. Revista Brasileira de Geociências. 42(1): p.39-57. Março/2012. MUNOZ, V.A. Análise comparativa de técnicas de inferência espacial para identificação de unidades de suscetibilidade aos movimentos de massa na região de São Sebastião, São Paulo, Brasil. São José dos Campos, 2005. 50 p. Anexos. Especialização (XVIII Curso Internacional em Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informação Geográfica) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais / INPE. NOGUEIRA, F. R.; SOUZA, L. A.. CARTA DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS MÚLTIPLOS NO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP. In: 14º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, 2013, Rio de Janeiro. Anais do 14º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental. São paulo: ABGE, 2013. PRANDINI, F. L. et al. Cartografia geotécnica nos planos diretores regionais e municipais. In: Curso de Geologia Aplicada ao Meio Ambiente. São Paulo. p 187-202. 1995. SOBREIRA, Garcia Frederico; SOUZA, Leonardo Andrade. Cartografia Geotécnica Aplicada ao Planejamento Urbano. Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental. São Paulo, v. 2, n. 2, p. 79-98, maio. 2012. VALERIANO, M. M. Topodata: Guia para utilização de dados geomorfológicos locais. Projeto de Produtividade em Pesquisa Modelagem de dados topográficos SRTM, CNPq, processo nº 306021/2004-8 (NV), São José dos Campos, SP : INPE, 2008. Disponível em: < http://mtcm18.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/mtc-m18@80/2008/07.11.19.24/doc/publicacao.pdf>. Acesso: 02 fev. 2015. 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 9

VEDOVELLO, C. Science Parks and the University-Industry Links: A Case Study of the Surrey Research Park. PhD Thesis, Brighton, UK: SPRU, University of Sussex, 1995. ZAINE, J.E. 2000. Mapeamento geológico-geotécnico por meio do método do detalhamento progressivo: ensaio de aplicação na área urbana do município de Rio Claro (SP). Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Campus de Rio Claro, 149 p. ZUQUETTE, L. V. 1993. Importância do Mapeamento Geotécnico no Uso e Ocupação do Meio- Físico: Fundamentos e Guia para Elaboração. São Carlos. Tese de Livre Docência. Escola de Engenharia de São Carlos - USP. Vol 1. 256p. ZUQUETTE, L.V. & NAKAZAWA, V.A. Cartas de Geologia de Engenharia. In: OLIVEIRA, A.M.S. & BRITO, S.N.A. (Eds.). Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1998. cap. 17, p.283-300. ZUQUETTE, L.V. & GANDOLFI, N. Cartografia Geotécnica. Oficina de Textos, São Paulo, 2004, 190p. 15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 1 0