ANÁLISE DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS PARA O CONTEÚDO DE FUNÇÕES INORGÂNICAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA DO PNLD 2015.

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Transcrição:

ANÁLISE DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS PARA O CONTEÚDO DE FUNÇÕES INORGÂNICAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA DO PNLD 2015. Resumo As atividades experimentais no ensino de Química caracterizam-se como uma estratégia de ensino de suma importância para a observação de fenômenos e construção dos conceitos científicos nas aulas de Química. No que se refere a sua presença em alguns livros didáticos, observa-se que algumas não correspondem às propostas sugeridas nos documentos curriculares oficiais e pelas pesquisas em ensino de Química, que enfatizam a necessidade de trabalhar os roteiros dentro de uma perspectiva problematizadora e investigativa. Desta forma, este trabalho de pesquisa tem como objetivo analisar como os livros didáticos de Química do PNLD 2015 apresentam as atividades experimentais para o conteúdo de funções inorgânicas. A análise foi dividida em duas etapas, tomando como base os trabalhos de Nunes e Ferreira (2010) e Silva et al (2012).Os resultados revelam que das quatro obras, três apresentam roteiros experimentais para o conteúdo analisado dentro de uma abordagem construtivista e sociocultural. Palavras chave: Atividades Experimentais. Livros Didáticos. Química. Funções Inorgânicas. Abstract Experimental activities in the teaching of chemistry are characterized as a strategy of teaching of paramount importance for the observation of phenomena and construction of scientific concepts in chemistry classes. With regard to their presence in some textbooks, it is observed that some do not correspond to the proposals suggested in the official curricular documents and by the researches in teaching of Chemistry, that emphasize the necessity to work the scripts within a problematizing and investigative perspective. In this way, this research work has as objective to analyze how the textbooks of Chemistry of PNLD 2015 present the experimental activities for the content of inorganic functions. The analysis was divided in two steps, based on the works of Nunes and Ferreira (2010) and Silva et al (2012). The results reveal that of the four works, three present experimental itineraries for the content analyzed within a constructivist approach and Sociocultural Keywords: Experimental Activities. Didatic books. Chemistry. Inorganic Functions. A importância do Livro Didático no Ensino de Química. O Livro Didático é considerado um meio de informação de fácil acesso que está à disposição de alunos e professores nas maiorias das escolas, sendo ele em muitos casos, o principal recurso para o ensino. Nesse contexto, o LD tem sido uma forte referência de apoio ao estudante, que em muitos casos, não têm acesso a outras fontes de informação para auxiliar em seus estudos. (SANTOS e CARNEIRO, 2006), No que ser refere a sua escolha de forma criteriosa, Deo e Duarte (2004, p.4) argumenta: [...] não é suficiente ter um bom material se o professor não tiver consciência da prática pedagógica e das limitações do LD. O professor deve estar Processos e materiais educativos em Educação em Ciências 1

atualizado, ser reflexivo e bem preparado para poder valer-se de um livro ruim e transformá- lo, tornando-o uma ferramenta útil e eficaz em suas aulas. Vemos professores e alunos tornarem-se escravos do LD, perdendo até mesmo sua autonomia e senso crítico, pois ficam condicionados e não aprendem nada efetivamente. Não há o desenvolvimento da autonomia, do pensamento crítico, da competência, mas sim de um processo de alienação constante. Tais colocações reforçam a necessidade de investimentos na formação do professor e na educação como um todo. Em 1985, foi criado o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), através do Decreto nº 91.542, de 19/8/85 (BRASIL, 2012), que tem como finalidade propiciar a educadores um auxílio na prática pedagógica através da distribuição de materiais didáticos para estudantes da educação básica. Estes materiais são analisados por profissionais de áreas especificas, e após a realização da avaliação o MEC divulga um Guia de Livros Didáticos para cada componente curricular, na qual contêm as resenhas das coleções didáticas consideradas aprovadas pela comissão avaliadora (BRASIL, 2013). Segundo Santos (2006), alguns critérios devem ser observados na escolha dos livros didáticos de Química, onde ele destaca: as ilustrações existentes no livro didático; diagramas, editoras, conteúdos; vocabulário; livro do professor; atividades práticas; condições memoráveis da criação do saber; condições sociáveis; contexto da química; assunto de química e procedimentos metodológicos. No que se refere à disciplina de Química, cada obra foi avaliada levando em consideração os seguintes critérios: 1.Apresenta a Química como ciência de natureza humana marcada pelo seu caráter provisório, enfatizando as limitações de cada modelo explicativo, por meio de exposição de suas diferentes possibilidades de aplicação; 2. Aborda a dimensão ambiental dos problemas contemporâneos, levando em conta não somente situações e conceitos que envolvem as transformações da matéria e os artefatos tecnológicos em si, mas também os processos humanos subjacentes aos modos de produção do mundo do trabalho; 3. Apresenta o conhecimento químico de forma contextualizada, considerando dimensões sociais, econômicas e culturais da vida humana, em detrimento de visões simplistas acerca do cotidiano, estritamente voltadas à menção de exemplos ilustrativos genéricos que não podem ser considerados significativos como vivência; 4. Não emprega discursos maniqueístas a respeito da Química, calcados em crenças de que essa ciência é permanentemente responsável pelas catástrofes ambientais, fenômenos de poluição e pela artificialidade de produtos, principalmente aqueles relacionados com alimentação e remédios; 5. Trata os conteúdos articulandoos com outras disciplinas escolares, tanto na área das Ciências da Natureza quanto em outras áreas; 6. Aborda noções e conceitos sobre propriedades das substâncias e dos materiais, sua caracterização, aspectos energéticos e dinâmicos, bem como os modelos de constituição da matéria a eles relacionados; 7. Valoriza a constituição do conhecimento químico a partir de uma linguagem marcada por representações e símbolos especificamente significativos para essa ciência e que necessitam ser mediados na relação pedagógica; 8.Valoriza, em sua atividade, a necessidade de leitura e compreensão de representações nas suas diferentes formas, equações químicas, gráficos, esquemas e figuras a partir do conteúdo apresentado; 9. Não apresenta atividades didáticas que enfatizam exclusivamente aprendizagens mecânicas, com a mera memorização de fórmulas, nomes e regras, de forma descontextualizada; 10. Apresenta experimentos adequados à realidade escolar, previamente testados e com periculosidade controlada, Processos e materiais educativos em Educação em Ciências 2

ressaltando a necessidade de alertas acerca dos cuidados específicos necessários para cada procedimento, indicando o modo correto para o descarte dos resíduos produzidos em cada experimento (GUIA DE LIVROS DIDÁTICOS- BRASIL, 2015, p.13-14). O papel da Experimentação no Ensino de Química e a sua abordagem em Livros Didáticos de Química. As atividades experimentais se apresentam como relevantes, devido ao caráter investigativo e o papel pedagógico que propicia aos estudantes a oportunidade de investigar, refletir, discutir e compreender os conceitos científicos por meio dos fenômenos propostos (NANNI, 2004). Nesse contexto, torna-se importante que ao se trabalhar com esta estratégia metodológica, o professor possa assumir a característica investigativa e problematizadora na construção e mediação dos roteiros experimentais. Na visão de Francisco Jr. et al. (2008), as atividades experimentais investigativas devem ser abordadas antes da explanação teórica, com a finalidade de propiciar aos estudantes a obtenção de conhecimentos que auxiliem o processo discursivo, reflexivo e explicativo que oportunizará ao estudante não apenas o entendimento do aspecto conceitual, mas também das diversas maneiras de pensar e falar a respeito do universo através da ciência. Logo, na pedagogia problematizadora, o professor deve suscitar nos estudantes o espírito crítico, a curiosidade, a não aceitação do conhecimento simplesmente transferido (FRANCISCO JR. et al., 2008, p. 35). No que se refere à experimentação problematizadora, ela vai além da investigativa, sendo orientada pelos três momentos pedagógicos de Delizoicov (2005), que é dividida em: Problematização Inicial, Organização do Conhecimento e Aplicação do conhecimento (FRANCISCO JR, FERREIRA e HARTWIG, 2008). Tal metodologia busca propor um modelo de ensino de Ciências, levando em consideração as ideias de Paulo Freire. Nesse sentido, ressalta-se que se deve levar em consideração o uso de temas geradores e o contexto sociocultural do aluno, onde o sujeito estará diante de um problema que deverá ser resolvido, a partir da comunicação e do questionamento. Nesse processo, deve-se valorizar os seus conhecimentos prévios para ajudar a romper com concepções alternativas, facilitando a compreensão e resolução de situações para se ter uma aprendizagem significativa. Nesse contexto, torna-se importante identificar como os livros didáticos de Química têm apresentado as atividades experimentais, pois para Souza et al. (2012, p.1): A utilização da experimentação como estratégia didática há muito tempo vem sendo defendida em função de que esta, ao proporcionar maior motivação, pode contribuir para uma melhor aprendizagem. Todavia, as propostas de experimentos presentes na maioria dos livros didáticos, historicamente apresentam roteiros que pouco contribuem para a aprendizagem dos alunos. Em contraposição aos roteiros, a experimentação investigativa pode despertar nos estudantes pensamento crítico e reflexivo, tornando-os sujeitos de sua aprendizagem. Giani (2010) afirma que os professores tem se limitado a utilização da aula prática a partir de exemplos, utilizando de métodos práticos, sem aguçar o pensamento do aluno, sem problematizar o experimento, sem questionamentos, o que caracteriza uma abordagem de ensino voltada a confirmação de receitas prontas que não contribui para gerar uma aprendizagem significativa nos alunos. Junior (2014, p.13) aponta algumas limitações encontradas nos livros didáticos em relação à realização adequada de procedimentos experimentais, dentre os quais ele destaca: [...] o uso excessivo de simplificações conceituais, com a utilização de metodologias fracas para a reprodução de um experimento que não Processos e materiais educativos em Educação em Ciências 3

abrangem totalmente conceitos com maior complexidade. E também generalizações conceituais, onde as propostas experimentais não procuram oferecer variações em seus procedimentos, [...]. Outro fator importante apresentado nos experimentos propostos em livros didáticos é a concepção de ciência reproducionista, ou seja, a mera reprodução do experimento proposto. Tal concepção não oferece encargo suficiente para que o processo de ensino-aprendizagem seja alcançado. Diante do exposto, torna-se importante que o professor possa saber analisar os livros didáticos que serão utilizados, buscando verificar como se apresentam estes roteiros e qual perspectiva está sendo adotada com objetivo de oportunizar um ensino experimental numa perspectiva investigativa e problematizadora. Metodologia Foram analisados os quatros livros aprovados pelo PNLD 2015 direcionados aos estudantes do Ensino Médio, como será apresentado no quadro 1. Neste caso, os capítulos escolhidos para a análise referem-se ao conteúdo de funções inorgânicas, que por sua vez, encontra- se apresentados no volume 1 de cada obra, com exceção do livro Química dos autores Mortimer e Machado que apresenta o conteúdo nos volumes 2 e 3. Quadro 1: Livros Didáticos de Química analisados LIVROS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LDQ1 REIS, M. Química 1ª ed. Vol. 1. São Paulo: EA, 2014. LDQ2 MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Química. 2ª ed. Vol. 2 e 3. São Paulo: Scipione, 2010 LDQ3 LDQ4 CASTRO, E.N.F.; SILVA, G.S.; MÓL, G.S.; MATSUNAGA, R.T.; FARIAS, S.B.; SANTOS, S.M.O.; DIB, S.M.F.; SANTOS, W.L.P. Química cidadã. 2ª ed. Vol. 1. São Paulo: Nova Geração. 2013. LISBOA, J.C.F. Química Ser protagonista. 1ª ed. Vol. 1. São Paulo: SM, 2014. Desta forma, buscou-se analisar os capítulos com base em 2 critérios de análise. No primeiro momento analisaram-se como os autores apresentam as atividades experimentais ao longo do capítulo, levando em consideração duas subcategorias propostas por Nunes e Ferreira (2010), onde a primeira subcategoria irá verificar quantos experimentos são descritos por fluxograma, desenho ou fotos. Já a segunda subcategoria irá analisar quantos experimentos são apresentados com procedimentos para a realização. O segundo critério de pesquisa buscou analisar quais as concepções que as atividades experimentais apresentam para o estudo das funções inorgânicas. Dessa forma, a análise foi realizada buscando investigar a presença de três concepções adotadas na pesquisa de Silva et al. (2012), das quais são classificadas em: empirista-indutivista, sociocultural e a construtivista. Resultados e Discussão No primeiro momento, buscou-se examinar a maneira como os autores das obras em estudo apresentam os experimentos para o conteúdo em questão, com base nas ideias propostas por Nunes e Ferreira (2010). O quadro 2 apresenta os resultados obtidos. Quadro 2: Análise da maneira como as atividades experimentais são apresentadas nos livros didáticos de Química no conteúdo de funções inorgânicas. SUBCATEGORIAS QUANTIDADE DE EXPERIMENTOS Processos e materiais educativos em Educação em Ciências 4

Experimentos descritos por fluxograma, fotos ou desenhos. Experimentos com procedimentos para a realização LDQ1 LDQ2 LDQ3 LDQ4 1 4 2 1 1 5 3 0 Total 2 9 5 1 Ao analisarmos o LDQ1, observa-se uma pequena quantidade de atividades experimentais para o conteúdo de funções inorgânicas. Desta forma, percebe-se a presença de dois experimentos, sendo um experimento descrito por foto e um experimento com procedimento para a realização. No que se refere ao experimento descrito por foto, percebe-se a presença de uma imagem que mostra a reação entre o óxido de cálcio e a água, se apresentando de maneira ilustrativa, o que pode não contribuir para auxiliar a compreensão do fenômeno, já que não estimula o desenvolvimento cognitivo, a problematização, discussão, tomada de decisões diante do fenômeno apresentado. Já o experimento com procedimento para realização apresenta uma possibilidade dos estudantes ampliarem seus conhecimentos em relação ao estudo das funções inorgânicas, a partir da reação química entre o ácido acético com a pedra de dolomita para a formação de cristais. Esse experimento traz questões que contribui para o estudante investigar o fenômeno, buscando compará-lo com a chuva ácida e os estragos ambientais provocados por este fenômeno. Além disso, induz o aluno a pesquisar sobre a composição química da dolomita, como também compreender dentre outras situações que tem relação com o fenômeno apresentado. No LDQ2 verificou-se que este livro propõe para o conteúdo em estudo, uma grande quantidade de atividades experimentais, dos quais quatro experimentos estão representados através de fotos e cinco experimentos por meio de procedimentos de realização. Os experimentos por meio de procedimentos de realização, embora não tragam questionamentos para levantar os conhecimentos prévios dos estudantes, trabalha as atividades experimentais numa perspectiva problematizadora. No Volume 3 desta obra, no capítulo 3, que tem como título Água nos ambientes urbanos: Química para cuidar do Planeta, na página 181, é apresentado um experimento que ajudará o aluno a entender, por exemplo, como medir o ph de uma amostra de água a partir de uma escala de ph. Percebe-se que as experiências nesta obra, apresentam antes o aporte teórico referente ao experimento que será trabalhado, voltado ao tema central do capítulo (tema gerador), que na sequência propõe o roteiro a ser seguido e após a execução do mesmo problematiza a proposta experimental com algumas perguntas, que tem por objetivo propiciar aos estudantes discussões que sejam benéficas para a compreensão dos princípios teóricos discutidos em conjunto com a prática, numa perspectiva problematizadora. No LDQ3, observou-se a presença de cincos experimentos para o conteúdo proposto, sendo dois experimentos descritos por fotos e três com procedimentos para a realização. No que se refere aos experimentos com procedimentos para realização, é perceptível que eles contribuem para que os estudantes pensem, questionem, adotem uma postura investigativa ao longo das etapas. No final de cada experimento, há perguntas para que os alunos investiguem sobre os fenômenos trabalhados. Um exemplo nesta obra pode ser observado no volume 1, na página 273, onde o roteiro irá trabalhar com a identificação de substâncias ácidas e básicas, onde ele é dividido em 3 etapas que ajuda o aluno a saber preparar o extrato de indicador de acidez, a escala de acidez, e em seguida eles deverão testar diversos materiais do cotidiano. No que se refere ao LDQ4, observa-se que ele apresenta apenas um experimento que está representado por foto e não apresenta nenhum com procedimento para a realização. Processos e materiais educativos em Educação em Ciências 5

Fazendo uma análise geral, é importante enfatizar que as atividades experimentais necessitam serem abordadas numa perspectiva investigativa, não devendo ser apresentada como algo inquestionável e verdadeiro ou apenas com a função de ilustrar os princípios teóricos, conforme algumas obras apresentaram. (BOCATO, 2014). No entanto, percebe-se que algumas obras, já adotam em seus roteiros a experimentação numa perspectiva investigativa e problematizadora, o que vai de encontro com as discussões presentes nas pesquisas em Ensino de Química. Suart e Marcondes (2009) deixam evidente que quando as atividades experimentais são bem planejadas e trabalhadas com ênfase na participação do estudante, podem colaborar efetivamente para o seu desenvolvimento cognitivo, já que nesse tipo de atividade, os estudantes são estimulados a discutir, levantar hipóteses e ideias iniciais sobre o problema proposto, levando em consideração o contexto teórico, e realizar a coleta e análise dos dados obtidos na experiência realizada a fim de resolver a problemática inicial. No segundo momento deste trabalho de pesquisa, buscou-se avaliar quais as concepções utilizadas nas atividades experimentais propostas pelos livros didáticos. Diante disso, foram analisados apenas os roteiros procedimentais, visto que eles oportunizam aos alunos o acesso à execução dos experimentos na prática, o que auxilia para que os sujeitos consigam observar os fenômenos, elaborando explicações científicas e articulando as observações com situações do seu dia a dia. Essas características se fundamentaram no trabalho de Silva et al. (2012) que classificou as concepções em: empirista-indutivista, sociocultural e construtivista, conforme será expresso no Quadro 3. Quadro 3: Análise das concepções utilizadas nas atividades experimentais referentes ao capítulo de funções inorgânicas. CONCEPÇÃO UTILIZADA NAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS CLASSIFICAÇÃO LIVROS DIDÁTICOS ANALISADOS LDQ1 LDQ2 LDQ3 LDQ4 Empirista-indutivista ---- ---- ---- ----- Sociocultural X X X ----- Construtivista X X X ----- No LDQ1, de acordo com os experimentos analisados, é possível caracterizá-lo dentro de uma perspectiva construtivista, já que a atividade experimental que apresenta roteiro para realização aborda algumas questões no final do experimento que possibilitam ao estudante investigar sobre os fenômenos observados. Podemos também classificá-lo como sociocultural, já que o experimento é voltado às questões ambientais, conforme já foi citado anteriormente na primeira análise. No LDQ2, percebem-se que as atividades se caracterizam dentro da perspectiva sociocultural, pois os experimentos são trabalhados a partir do tema gerador que é apresentado no capítulo. Também é possível caracterizá-lo como construtivista, devido à atividade experimental apresentar uma pequena introdução do conteúdo antes da realização do experimento e alguns questionamentos ao final da experiência. É importante enfatizar que para se obter resultados mais satisfatórios na aprendizagem dos estudantes, faz-se necessário a intervenção direta do professor durante todo o processo experimental. O LDQ3 se apresenta dentro de uma perspectiva construtivista, pois antes do experimento traz uma breve abordagem introdutória com questionamentos e após a realização do experimento propõe algumas questões para que os estudantes possam refletir e investigar sobre os possíveis resultados do experimento. Já o LDQ4 não apresenta roteiros experimentais, apenas uma Processos e materiais educativos em Educação em Ciências 6

ilustração com foto do experimento. Por essa razão, não iremos classificá-lo dentro das três características. Para Bocato (2014) as atividades experimentais que objetivam a simples observação podem propiciar ao estudante um entendimento errado e incompleto do fenômeno, pois segundo o autor desenvolver uma aula seguindo um método rigoroso de anotações e observações neutras, reforçam uma visão ingênua e distorcida da ciência e seus métodos e acaba transferindo concepções equivocadas da atividade científica aos alunos (BOCATO, 2014, p.6). Desta forma, torna-se importante que as atividades experimentais sejam apresentadas numa perspectiva contextualizada, visando à formação da cidadania no Ensino de Química. Para Santos e Mortimer (1999), há necessidade do Ensino de Química buscar uma articulação entre os conceitos químicos com aspectos tecnológicos, propondo um ensino que possa desenvolver valores e atitudes relacionados ao papel da ciência na sociedade e seus impactos no meio social. Considerações Finais Na análise realizada, verificou-se que os livros observados trazem alguns experimentos por meio de fotos, com o intuito de mostrar aos estudantes como ocorre determinados fenômenos químicos, porém este modelo de abordagem pode não contribuir de forma significativa para a aprendizagem do aluno, pois não contribui para que o aluno entenda o fenômeno na prática, ajudando- a construir explicações científicas em articulação com o seu contexto sociocultural, visando a sua formação crítica cidadã. Dessa forma, foi possível observar que dentre os quatro livros analisados, as obras LDQ2 e LDQ3, apresentaram uma quantidade considerável de atividades experimentais com procedimentos de realização, trabalhando dentro de uma perspectiva construtivista, oportunizando que o estudante possa questionar, investigar e problematizar os fenômenos, construindo hipóteses, refutando-as quando necessário, como também estas obras apresentaram a abordagem sociocultural, trazendo aspectos que estão dentro do contexto sociocultural dos alunos. A obra LDQ1 apesar de apresentar apenas um experimento com procedimento para realização, também se caracterizou por apresentar a abordagem construtivista e sociocultural. Neste sentido, torna-se importante que os professores sejam bastante rigorosos e criteriosos no momento de selecionar as atividades experimentais para trabalhar o estudo das funções inorgânicas, buscando compreender a necessidade de oportunizar um ensino construtivista, levando em consideração a necessidade de trabalhar com a experimentação problematizadora e investigativa, contribuindo para que os estudantes compreendam os diversos fenômenos estudados na Química para a formação crítica do exercício da cidadania. Referências BOCATO, D. C. C. C. Atividades experimentais investigativas na disciplina de química: perspectivas e possibilidades. Colloquium Humanarum, Presidente Prudente, v. 11, n.1, p.01-12, 2014. BRASIL. MEC. FNDE. Histórico do Programa Nacional do Livro Didático. Brasília, 2012. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/livro-didaticohistorico>. Acesso em: 12 mar. 2015.. MEC. FNDE. Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Brasília, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/pnld/apresentacao>. Acesso em: 25 mar. 2015.. Ministério da Educação. Guia PNLD 2015. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/guias-do-pnld/item/5940-guia-pnld-2015> acesso em: 05 de abril de 2016. DELIZOICOV, D. Problemas e problematizações. In: Pietrocola, M. (Org.). Ensino de Física: Conteúdo, Metodologia e Epistemologia em uma Concepção Integradora. Processos e materiais educativos em Educação em Ciências 7

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