E RETRIBUIÇÃO Esta cartilha tem o objetivo de instruir os servidores para a forma adequada para o pagamento de ressarcimento e retribuição relativo a projetos realizados na UNIFEI, em consonância com a Norma de Regulamentação das Relações entre a Universidade Federal de Itajubá e suas Fundações de Apoio. Nesta referida Norma está prevista a existência do ressarcimento e da retribuição, que são duas parcelas distintas, previstas para serem pagas para a universidade quando da execução das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Esta norma está disponível para consulta no site da Universidade e reflete as condições que estão expressas na Lei 8.958/94 e no Decreto 7.423/2010. Para realização de atividades de ensino, pesquisa ou extensão para qualquer docente, discente ou fundação o procedimento é o mesmo, devendo ser feita solicitação de autorização para realização da atividade. Esta solicitação apresenta os elementos básicos para caracterização da atividade, dentre os quais os valores correspondentes do ressarcimento e da retribuição. RESSARCIMENTO Quando da realização das atividades de ensino, pesquisa e extensão a universidade incorre em custos. Sendo estas atividades de exclusivo interesse da Universidade, estes custos são suportados pelo orçamento da mesma. Nos casos em que a atividade é financiada por um ente externo à Universidade, torna-se necessário a apuração dos custos e a avaliação da necessidade de ressarcir a Universidade destes custos incorridos. 1
Existe previsão legal para este procedimento, por exemplo, quando a atividade é realizada com a interveniência de uma de nossas fundações de apoio credenciadas. Esta previsão aparece no Art.6º da Lei 8958/1994, que estabelece: No cumprimento das finalidades referidas nesta Lei, poderão as fundações de apoio, por meio de instrumento legal próprio, utilizar-se de bens e serviços das IFES e demais ICTs apoiadas, pelo prazo necessário à elaboração e execução do projeto de ensino, pesquisa e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e de estímulo à inovação, mediante ressarcimento previamente definido para cada projeto. O ressarcimento para o uso das áreas da universidade é calculado com base no valor do custo operacional mais um valor correspondente a amortização do imobilizado utilizado. O custo operacional é apurado a cada ano com base nos custos incorridos no ano anterior. O valor deste custo é atualizado anualmente pelo DCF e fica disponível na página da PROEX no site da UNIFEI para fins de cálculo do ressarcimento. O cálculo do custo operacional, calculado pelo DCF e comunicado à PROEX, leva em conta as seguintes despesas anuais da UNIFEI: limpeza e conservação; vigilância ostensiva; manutenção e conservação de bens imóveis; manutenção e conservação de máquinas e equipamentos; serviços de energia elétrica; serviços de água e esgoto; serviços de telecomunicações; comunicação de dados. O custo operacional mensal total é a somatória de todos esses itens anteriores. Com ele se calcula o custo mensal por metro quadrado, onde se divide o custo mensal total pela área construída do Campus Itajubá (área especializada) que é considerada como sendo de 49.747 m 2. O custo de amortização da instalação física é obtido com base no custo da construção mais o custo de mobílias e utensílios. Este custo é avaliado com base nos custos das obras 2
e mobiliários da universidade. Para se obter o valor mensal é utilizado um período de amortização de 20 anos para estes custos. O valor anual do custo de amortização da instalação física é informado pela Divisão de Materiais da Prefeitura do Campus anualmente, sendo medido em R$/m 2. Esse valor é atualizado anualmente e fica disponível na página da PROEX no site da UNIFEI para fins de cálculo do ressarcimento. Deste modo, o valor do ressarcimento mensal por m 2 (R$/ m 2.mês) é dado pela somatória do custo operacional mensal por m 2 e da parcela de amortização mensal por m 2, que chamaremos de. Portanto, o valor do ressarcimento devido é obtido a partir da somatória dos ressarcimentos calculados pela área utilizada da UNIFEI (área não especializada), pela depreciação dos equipamentos, pela área utilizada pelo equipamento (área especializada), subtraída do investimento na Universidade. O ressarcimento calculado pela área utilizada da UNIFEI é obtido pela Equação [1], onde: R au = θxauxhuxtu 160 [1] Rau = Ressarcimento calculado pela área utilizada (R$); = Valor do ressarcimento mensal por m 2 (R$/mês.m 2 ) definido anualmente pela PROEX e disponibilizado em seu sítio na internet; AU = Área da UNIFEI utilizada para a ação de extensão (m 2 ) área não especializada; HU = Total de horas de utilização da área por mês (h/mês); TU = Tempo de utilização da área (em meses). 3
Esta área de que trata a Equação 1 é a área considerada não especializada, como o gabinete do servidor, a sala de aula, o auditório e áreas similares. O ressarcimento calculado pela depreciação do equipamento é obtido pela Equação [2], onde: R de = CAE VUEx12x160 [2] Rde = Ressarcimento calculado pela depreciação do equipamento (R$/h); CAE = Custo de aquisição do equipamento (R$); VUE = Vida útil estimada do equipamento (anos). O ressarcimento calculado pelo uso da área do equipamento é obtido pela Equação [3], onde: R ae = AOExθ 160 [3] Rae = Ressarcimento calculado pelo uso da área do equipamento (R$/h); AOE = Área da UNIFEI ocupada pelo equipamento (m 2 ) área especializada; = Valor do ressarcimento mensal por m 2 (R$/mês.m 2 ) definido anualmente pela PROEX e disponibilizado em seu sítio na internet. Esta área de que trata a Equação 3 é a área considerada especializada, como a bancada de um laboratório, a área de utilização de um dado equipamento e áreas similares, onde tecnicamente se desenvolverá a atividade. A parcela de investimento na Universidade é calculada considerando-se os equipamentos a serem adquiridos, com recursos do projeto, e tombados como patrimônio da UNIFEI; os custos das obras civis a serem construídas em áreas pertencentes à UNIFEI com recursos 4
de projeto, e com finalidade de atender a demandas de ensino pesquisa e extensão; o montante de recursos a ser despendido com bolsas regulamentadas pela UNIFEI a serem concedidas, com recursos do projeto, a alunos regulares de graduação e pós-graduação; e os recursos previstos no projeto para melhorar a infraestrutura dos laboratórios de pesquisa, de forma a criar condições propícias ao desenvolvimento da inovação e da pesquisa científica e tecnológica na UNIFEI. O cálculo final do ressarcimento devido é dado pela Equação [4], onde: Rd = ((Cfi + Cme + Rde + Rae) x Tue) + Rau - IU [4] Rd = Ressarcimento devido (R$); Cfi = Custo de ferramental e insumos (R$/h) estimado pelo coordenador da atividade; Cme = Custo de manutenção do equipamento (R$/h) estimado pelo coordenador da atividade; Rde = Ressarcimento calculado pela depreciação do equipamento (R$/h); Rae = Ressarcimento calculado pelo uso da área do equipamento (R$/h); Tue = Tempo de utilização do equipamento (horas) considerando o total de horas de uso dos equipamentos do projeto; Rau = Ressarcimento calculado pela área utilizada (R$); IU = Investimento na Universidade (R$). Quando a parcela de investimento na Universidade for maior que o valor a ser ressarcido para a UNIFEI, esta diferença gera créditos futuros para outros projetos que tenham o mesmo financiador. A parcela referente ao ressarcimento deverá ser recolhida à Conta Única do Tesouro Nacional na rubrica de recursos próprios arrecadados pela Universidade e terá sua 5
titularidade atribuída da Unidade Acadêmica ou órgão ao qual o bem ou serviço estiver vinculado. RETRIBUIÇÃO Sobre as atividades a serem executadas nas situações em que o instrumento jurídico que regre a ação for um contrato, deve-se prever a incorporação à conta de recursos próprios da Universidade de uma parcela a título de retribuição. Para o cálculo da retribuição, adota-se a base de cálculo da seguinte forma: Onde: BC= base de cálculo; BC = T (Rda + Imp + IU + Ressarcimento Devido) [5] T = valor total (receita) do contrato; Rda = Restituição de despesa administrativa paga a fundação de apoio; Imp = impostos relativos a emissão de Nota Fiscal (quando houver); IU = Investimento na Universidade; Ressarcimento Devido = Valor efetivamente pago de ressarcimento à UNIFEI (dado pela Equação 4). Considera-se o valor de 10% (dez por cento) da base de cálculo (BC) como retribuição. Nas hipóteses em que não for possível a apuração da base de cálculo (BC), a parcela de retribuição será calculada como sendo de 15% da soma da remuneração bruta recebida pelos servidores pela participação no projeto. A parcela de retribuição deve ser recolhida à Conta Única do Tesouro Nacional na rubrica de recursos próprios arrecadados pela Universidade e será assim dividida: 30% para os 6
grupos de pesquisa dos servidores envolvidos no projeto, 50% para as Unidades Acadêmicas a que pertencem os docentes envolvidos no projeto e 20% destinados à melhoria e à manutenção de laboratórios didáticos. Visando incentivar a execução de atividades julgadas de relevante importância para a UNIFEI ou para a comunidade, o ressarcimento e/ou a retribuição poderão ser diminuídas ou até mesmo eliminadas, por proposta da Unidade Acadêmica ou instância equivalente responsável pelo projeto, submetidos à apreciação e decisão do CEPEAd, desde que devidamente justificadas nos Termos de Acordo correspondentes. 7