Documento de Referência sobre as celebrações do dia 1 de Dezembro Dia Mundial de Luta contra o HIV e SIDA

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Transcrição:

Page1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE CONSELHO NACIONAL DE COMBATE AO HIV/SIDA SECRETARIADO EXECUTIVO Documento de Referência sobre as celebrações do dia 1 de Dezembro Dia Mundial de Luta contra o HIV e SIDA 1. Contextualização No Dia 1 de Dezembro de 2016, celebra-se em todo o mundo, o Dia Mundial de Luta contra o HIV e SIDA. O Dia Mundial de Luta contra o HIV e SIDA foi instituído pelas Nações Unidas, em 1988, com o objectivo de reforçar a esperança de todos aqueles que estão envolvidos na erradicação da epidemia. Em Moçambique, o HIV e SIDA, para além de ser um problema de saúde pública é um problema que condiciona, de forma dramática, os esforços de desenvolvimento nacional. Os dados anunciados pelo Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Infecção pelo HIV, INSIDA 2009, revelaram uma epidemia generalizada, com uma prevalência de 11.5% em adultos dos 15-49 anos. No seio dos adolescentes, na faixa etária dos 12 14 anos, o INSIDA 2009 estima uma prevalência de 1.8%, sem grandes diferenças entre raparigas e rapazes. No entanto, nas mulheres jovens a prevalência é de 11.1%, três vezes maior que nos homens jovens que é de 3.7%. Os dados do Inquérito Demográfico e de Saúde, IDS 2013, revelam que cerca de 70 mil adolescentes viviam com o HIV e que em 17 mil novas infecções de HIV nos adolescentes, 75% ocorreram no seio das raparigas. Recentemente, O Ministério da Saúde lançou o Relatório de Indicadores Básicos de Imunização, Malária e HIV e SIDA em Moçambique, IMASIDA 2015. Este Relatório fornece informações sobre as mudanças e tendências de comportamentos em relação ao HIV e SIDA e a cobertura de serviços de testagem. O Relatório do IMASIDA2015 levanta alguns problemas ao nível de conhecimentos dos modos de transmissão, métodos de prevenção e comportamentos que podem ajudar a prevenir a transmissão do HIV. Rua António Bocarro, 106/114 Maputo Telefones: 21 495604/5, 21 495396, Faxes: 21 485001 21 495395

O Relatório do IMASIDA 2015 revela, por exemplo, o decréscimo do conhecimento abrangente sobre o HIV e SIDA entre os jovens quando comparado com estudos anteriores como o INSIDA 2009. Entre os jovens de 15-24 anos, o IMASIDA 2015 aponta que 31% das mulheres e 30% dos homens é que possuem o conhecimento abrangente sobre HIV e SIDA, contra 36% das mulheres e 34% dos homens de acordo com o INSIDA 2009. O conhecimento abrangente tem a seguinte composição: i) Saber que tanto o uso do preservativo como a limitação de número de parceiros sexuais a um parceiro não infectado e sem outros parceiros sexuais pode reduzir o risco de infecção; ii) Saber que uma pessoa aparentemente saudável pode estar infectada pelo HIV; iii) Ter a capacidade de rejeitar concepções erradas comuns de que o HIV pode ser transmitido pela picada de mosquitos e que se pode contrair o HIV partilhando alimentos com uma pessoa infectada. Os dados do Relatório do IMASIDA 2015 sugerem, globalmente, que é necessário continuar a mobilizar, consciencializar e capacitar, com especial atenção, os adolescentes e jovens, de modo a elevarem os seus conhecimentos sobre os modos de transmissão do HIV, os métodos disponíveis de prevenção, os serviços de testagem disponíveis e, sobretudo, a adoptarem comportamentos que diminuem o risco de ocorrência de novas infecções. A situação actual do HIV e SIDA em Moçambique impõe que todo o movimento de fortalecer a juventude, desencadeado no dia 1 de Dezembro de 2015, seja retomado com inovação, tendo em vista a não ocorrência de novas infecções, em prol de uma geração livre do HIV e SIDA. 2. Objectivo Geral Relançar os esforços do Governo de Moçambique e de todas as forças vivas da sociedade na direcção da eliminação do HIV e SIDA. 3. Objectivo específico Reforçar os conhecimentos da população em geral, particularmente dos adolescentes e jovens, sobre os modos de transmissão, os métodos de prevenção e a adopção de comportamentos seguros para uma vida saudável. 2

4. Metodologia Usar o acto central das celebrações do dia 1 de Dezembro, os actos provinciais, os programas específicos dos órgãos de comunicação social, as ferramentas de diálogo comunitário como as actividades culturais, a exposição de materiais de informação, educação e cultura e outros recursos disponíveis para descrever, com recurso à informação oficial sobre o HIV e SIDA no país, os factores de risco e de vulnerabilidade, os meios disponíveis de prevenção, testagem e de tratamento da doença. Envolver as lideranças (governantes, deputados, magistrados, pastores, padres, médicos tradicionais, empresários e professores, entre outros) e pessoas influentes e destacáveis nas áreas do desporto, arte e cultura, na disseminação das mensagens chave. Envolver as escolas, organizações comunitárias de base, empresas, instituições públicas e privadas, organizações da sociedade civil, parceiros de cooperação e todos os intervenientes na Resposta Nacional ao HIV e SIDA na organização e promoção de actividades com enquadramento no Plano Estratégico Nacional, PEN IV. 5. Objectivos de Comunicação Promover o conhecimento sobre as determinantes da infecção pelo HIV na população em geral, especialmente no seio dos adolescentes e jovens e no seio de populações chave (homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas e trabalhadora (e)s de sexo). Promover o conhecimento de atitudes críticas, comportamentos, normas sociais e factores culturais que favorecem a exposição dos adolescentes e jovens ao risco de infecção pelo HIV. Promover o acesso à informação sobre serviços de Aconselhamento e Testagem, Circuncisão Masculina e Tratamento do HIV. Promover o conhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos 3

6. Resultado esperado Despertado um movimento nacional, de actividades contínuas e sustentáveis de promoção da saúde e bem-estar, relacionadas com o HIV e SIDA no seio da população em geral, particularmente, no seio dos adolescentes e jovens. 7. Lema Por amor à vida eu protejo-me do HIV e SIDA 8. Mensagens chave As mensagens chave arroladas neste documento podem ser adaptadas em função das circunstâncias de cada contexto para ajudar na elaboração e produção de palestras, discursos, dísticos, cartazes, folhetos, painéis, vídeos, spots para rádio e televisão, teatro, musica, concursos, entre outras. As mensagens chave são um apoio importante para passar informação correcta e abrangente sobre o HIV e SIDA. As mensagens estão divididas em subcapítulos temáticos. Sobre o HIV 1. O HIV é o vírus da imunodeficiência humana que ataca as defesas do corpo humano (sistema imunológico) e causa a SIDA. 2. A SIDA é a manifestação de várias doenças oportunistas que se aproveitam da fraqueza das defesas do corpo humano deixando o indivíduo doente. Sobre os modos de transmissão 4

3. O HIV pode passar de uma pessoa infectada para a outra que não esta infectada, através de quatro vias: Relação sexual vaginal, anal e oral sem o uso do preservativo com uma pessoa infectada (homem ou mulher). De mãe Infectada para o bebé durante a gravidez, parto ou aleitamento materno. Ao receber sangue Infectado durante uma transfusão. No uso de agulhas, lâminas e outros objectos cortantes ou perfurantes infectados. Sobre comportamentos de risco 4. Os comportamentos que expõem uma pessoa ao risco de infecção pelo HIV são: Não usar sempre o preservativo nas relações sexuais ocasionais. Manter relações sexuais com mais de um parceiro. Ter e não tratar as infecções de transmissão sexual (ITS s). Consumo abusivo das bebidas alcoólicas e drogas. Sobre a prevenção da infecção 5. Podemos prevenir a infecção pelo HIV do seguinte modo: Usando sempre e correctamente o preservativo Praticando fidelidade mútua e ambos fazerem o teste de HIV regularmente Reduzindo o número de parceiros Cumprindo com as recomendações do PTV (Prevenção da Transmissão Vertical para a mulher grávida ou que amamenta Não usar ou partilhar material cortante e perfurante não esterilizado Praticando abstinência sexual 5

6. A mulher grávida deve cumprir todas as consultas pré-natais para obter cuidados de saúde, incluindo o teste do HIV. Se o resultado for positivo, ela beneficiará do tratamento para a sua própria saúde e para evitar que o bebé fique infectado. Este tratamento é gratuito e está disponível em quase todas as Unidades Sanitárias; 7. Para os homens, a Circuncisão Médica é uma opção adicional, que ajuda a aumentar a higiene pessoal e a protecção contra infecções de transmissão sexual. Sobre o estigma e descriminação 8. O estigma refere - se à crenças, atitudes e sentimentos negativos em relação às pessoas vivendo com o HIV, seus familiares, pessoas próximas ou outras populações que estão em maior risco de infecção pelo vírus. Por sua vez, a discriminação refere-se ao tratamento desigual e injusto de um indivíduo baseado no seu estado de HIV real ou percebido 9. As pessoas discriminam e isolam os que tem HIV porque, por um lado, não estão bem informadas e, por outro lado, existem muitos tabus ligados à sexualidade, assim como há muitos preconceitos que associam, erradamente, a infecção pelo HIV com uma conduta sexual imoral. 10. É importante que as pessoas que têm HIV conversem com as pessoas da sua confiança sobre o seu estado serológico, porque assim podem se sentir em melhores condições para medicarem e para cuidarem da sua saúde. 11. Ajudar o próximo é o que nos torna seres humanos mais dignos. É importante que a família, os líderes religiosos, os praticantes da medicina tradicional, os líderes comunitários e as pessoas de confiança ajudem as Pessoas Vivendo com HIV na adesão aos serviços de saúde, à toma dos comprimidos, incentivando-as a irem às consultas, amparando-as emocionalmente e encorajando-as a aceitarem a sua situação de saúde. 12. A pessoa que tem HIV deve cumprir com as consultas médicas, tomar a medicação prescrita e deve procurar um grupo de apoio na sua comunidade. 6

Sobre o tratamento 13. O tratamento anti-retroviral é por toda a vida e nunca deve ser interrompido. É importante tomar os antiretrovirais de acordo com as instruções do pessoal de saúde (tomar todos os dias e sempre nos mesmos horários). 14. A pessoa em tratamento deve usar sempre o preservativo nas relações sexuais para evitar a reinfecção. 15. O tratamento deve ser acompanhado por uma alimentação saudável e equilibrada. 16. Quem toma a medicação sem falhar, pode ter uma vida normal (trabalhar, praticar desporto, estudar, etc.). 17. Cumprir com o tratamento melhora a saúde das pessoas vivendo com HIV e reduz o risco de elas infectarem as outras pessoas. 18. Cumprir o tratamento é uma forma de prevenção de novas infecções pelo HIV. Sobre os Direitos sexuais e reprodutivos 19. A mulher e o homem têm direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada, doenças de transmissão sexual e HIV e SIDA. 20. A mulher e o homem têm direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos. 21. A mulher e o homem têm o direito de escolher se quer ou não ter uma relação sexual. 22. A mulher e o homem têm o direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação. 9. Principais actividades a serem realizadas 7

1. Dispor e disseminar informação de qualidade sobre a prevenção do HIV e serviços de Saúde para adolescentes e jovens nas escolas, locais de trabalho, igrejas, recintos desportivos e de espectáculos e outros locais concorridos, especialmente por jovens. 2. Reactivar e advogar pela sustentabilidade do Programa da Geração Biz (PGB, lançado em 1999) Dado que continua a ser um programa multissectorial para a promoção da saúde sexual e reprodutiva (SSR) e prevenção do HIV e SIDA entre adolescentes e jovens. É um programa abrangente, que compreende uma abordagem baseada na Saúde (MISAU); Abordagem baseada na escola (Ministério da Educação); e uma abordagem baseada na comunidade (Ministério da Juventude e Desportos). 3. Fortalecer as actividades de comunicação e prevenção com recurso às tecnologias de informação e comunicação, particularmente as plataformas facebook, twiter e watssap, porque oferecem formas inovadoras para alcançar os jovens com informações sobre saúde sexual e reprodutiva e sobre o HIV e SIDA. 4. Criar espaços seguros integrados, como feiras de saúde para que, os adolescentes e jovens possam conhecer os seu estado serológico e seus direitos, e possam ter acesso à programas e serviços de saúde sexual e reprodutiva e prevenção do HIV e SIDA. 5. Organizar torneios desportivos, espectáculos, feiras de saúde e outros eventos com potencialidades de atrair os jovens de modo a expo - los as mensagens de prevenção ao HIV e SIDA e comportamentos de vida saudáveis. 10. Local da cerimónia Central Cidade de Maputo 8