Poda: uma técnica a ser explorada



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Transcrição:

Google: Banco de imagens Google: Banco de imagens Eng. Agr. MSc. Décio Joaquim Campo Consultoria

Imagens do Banco Google

A poda nas plantas cítricas adultas NÃO é uma prática usual no Brasil. Comum nos países produtores do Mediterrâneo Nos EUA a poda mecânica é prática comum mesmo em pomares cujos frutos são destinados à indústria

A poda enérgica é desnecessária à planta produtiva e sadia; prejudica seu desenvolvimento e produção; acarreta despesa e pode ocasionar infecção...o conselho final é podar o menos possível; quando há dúvida, não se poda... (LARANJA, Ariosto Rodrigues Peixoto, Ministério da Agricultura, RJ, 1963). A PODA SÓ É FEITA, QUANDO NECESSÁRIA. Isso porque, em pomar de citros não se faz poda, a não ser para tirar galhos doentes, secos ou para rejuvenescer pomares velhos. CULTURA DOS CITROS, Cati, 1973

Objetivos básicos: Formação e manutenção da arquitetura da planta, de modo que tenha uma maior exposição ao sol e melhor conversão de energia; Favorecer a utilização de máquinas e equipamentos, além de padronizar o tamanho de plantas, maximizando tratos culturais e colheita; Formação de uma arquitetura capaz de sustentar melhor o peso da produção, com um mínimo de dano aos galhos; Acentuada melhora da produtividade do pomar (relação produção/área - stand produtivo); Antecipação da idade produtiva; Diminuição do tempo de retorno do investimento; Aumento da área produtiva, com a renovação e a recuperação de áreas perdidas; Redução de alternância de safra e melhor convivência com variedades problemáticas; Aumento de produção.

TIPOS DE PODA 1. Formação É a poda básica feita no viveiro; obedece legislação; o tronco principal é podado entre 40 e 60 cm de altura, objetivando formar plantas com 3 a 5 pernadas, preferencialmente saindo de posições diferentes em espiral na parte superior; ou mudas de palito (pavio), sem pernadas; Como complemento desta poda, quando a muda tiver pernadas, elas serão reduzidas a 20 30 cm antes de sair do viveiro; Quando de pavio, poderão ser conduzidas no campo.

JUVENILIDADE: espinhos acentuados, folhas grandes, dominância apical, ramos grossos etc DOMINÂNCIA APICAL Foto: Décio Joaquim Caráter a ser evitado

DOMINÂNCIA APICAL Os ramos crescem, se fortalecem, apresentam fortes espinhos e folhas acima do tamanho padrão, sem que haja brotação lateral; A concentração de Auxina (AIA) no meristema apical, talvez seja a principal razão da DA, mas com certeza não é a única; A Auxina faz do ápice caulinar um dreno para a Citocinina produzida na raiz, o que pode ser outro fator preponderante para a DA; também os nutrientes (Fósforo) são conduzidos para o ápice; Outro fator: ao se remover o ápice e quebrar a DA, aumentam bastante os níveis de Auxina nas gemas laterais e diminuem os níveis inibidores de ABA, proporcionando a brotação das axilares.

JUVENILIDADE O crescimento em altura está restrito ao meristema apical; Os tecidos e os órgãos juvenis (que são formados inicialmente) localizam-se na base da parte aérea; A fase juvenil das plantas lenhosas podem durar muitos anos; Em citros, registra-se entre 5 e 8 anos; nesse caso, as estruturas juvenis podem compor uma parte expressiva da planta madura; Alcançar um tamanho suficientemente grande parece ser mais importante do que a idade cronológica da planta na determinação da transição para a fase adulta;

JUVENILIDADE Condições que retardam o crescimento tendem a prolongar a fase juvenil ou mesmo causar um rejuvenescimento das partes aéreas (deficiências minerais, baixa intensidade luminosa, estresse hídrico, desfolhamento, baixas temperaturas etc); Por outro lado, condições que promovam crescimento vigoroso aceleram a transição para a fase adulta; ACELERAR O CRESCIMENTO PODE RESULTAR EM FLORESCIMENTO PRECOCE

Fotos: Décio Joaquim JUVENILIDADE

JUVENILIDADE Tamanho apenas não basta! Para transmitir a quantidade suficiente de estímulo floral para o ápice, é preciso incrementar o número de folhas; Uma vez alcançada a fase adulta, a mesma é relativamente estável;

JUVENILIDADE A enxertia tem, também, a função de antecipar a entrada da fase adulta. Borbulhas retiradas do alto de plantas adultas grandes desenvolvem mais cedo sua condição de florescer; O mesmo se dá com borbulhas de plantas mais velhas nas borbulheiras; A exposição à baixa condição luminosa prolonga a juvenilidade ou provoca a sua volta (rejuvenescimento). POR QUÊ? POR CAUSA DA REDUÇÃO NO SUPRIMENTO DE CARBOIDRATOS (SACAROSE) ENVIADO AO ÁPICE

VIGOR DA COMBINAÇÃO COPA/CAVALO JUVENILIDADE se mostra mais acentuada nos primeiros anos, principalmente em certas variedades e/ou combinações: Pera IAC 2000, Valência, Hamlin, Westin, Rubi, Folha Murcha etc

MUDAS ENVELHECIDAS Cultura prática da laranjeira, Trajano Monteiro, Melhoramentos, sem data

ROTEIRO PARA A CONDUÇÃO DAS PLANTAS, NO CAMPO 1º. passo: determinação do número de pernadas; 2º. passo: seleção das gemas que formarão as pernadas; 3º. passo: corte das pernadas, em função do seu comprimento; 4º. passo: supressão do excesso de brotação e eliminação da brotação interior; 5º passo: manutenção.

Uniformidade do stand Fotos: Décio Joaquim

Fotos: Décio Joaquim

TIPOS DE PODA 2. Rejuvenescimento Para recuperar plantas mais velhas, com pouca vegetação, com folhas pequenas e queda de produção. Não devem ter problemas fitossanitários que comprometam sua recuperação; Para recuperar plantas com Leprose, por exemplo; Tipo de poda drástica, com completa renovação da copa; Deve-se selecionar as novas brotações; procurar eliminar os brotos mais internos e aqueles em duplicidade nas gemas; Imprescindível pincelamento do tronco, logo após a poda; A esqueletização poderá ser empregada, também.

TIPOS DE PODA 3. Tratamento de inverno Para ser empregada a qualquer momento, não apenas no inverno; Objetiva a limpeza de ramos com doenças e pragas (Leprose, Rubelose, Cochonilhas, Brocas, CVC etc; Retirada de galhos secos como controle de Pinta Preta, por exemplo; Facilita o controle futuro de pragas e doenças, promovendo aeração; Indicado para ser realizada após a colheita.

TIPOS DE PODA 4. Poda lateral Poda de controle do tamanho da planta; antecipa o fechamento e a falta de insolação; abre mais espaço para os tratos culturais; facilita as pulverizações; Melhora as condições para pegamento interno; Melhora o tamanho médio da fruta; Aumenta o número de pontos de florescimento; Deve ser repetida anualmente; alinha o pomar; Concentra a importância das teses de cortar pouco e saber o momento de fazer.

TIPOS DE PODA 5. Poda de topo Promove o aumento do número de brotações em uma área da planta de grande produtividade; Concorre para diminuir o tamanho da planta ou mantê-la em um modelo que deve variar para cada variedade; Não deve ser empregada para reduzir o tamanho da planta drasticamente, pois promoverá decréscimo de produção, além de promover rejuvenescimento do material vegetativo maduro; É clássica a informação que relaciona maior quantidade de material vegetal cortado com a diminuição da produção.

TIPOS DE PODA 6. Outros tipos de poda em cítricos Supressão de ramos: usada em tangerinas, por exemplo; Desbrota: eliminação de ramos ladrão; eliminação de excesso de pernadas etc Desponte: corte de ramos dominantes; Desbaste de plantas: retirada de plantas ou de partes delas, ganhando mais espaço para as remanescentes; eliminação de plantas doentes;

Fonte: Ramiro Ojeda PERA/CLEÓPATRA, plantio 2002 Densidade: 408 plantas/ha (7,0m x 3,5m) Grupo Branco Peres, Pirajuí, SP

Fonte: Ramiro Ojeda PERA/CLEÓPATRA, plantio 2002 Densidade: 408 plantas/ha (7,0m x 3,5m) Grupo Branco Peres, Pirajuí, SP

Fonte: Ramiro Ojeda PERA/CLEÓPATRA, plantio 2002 Densidade: 408 plantas/ha (7,0m x 3,5m) Grupo Branco Peres, Pirajuí, SP

Fonte: Ramiro Ojeda Hamlin/Swingle, 1993 Densidade 520 pl/ha (6,4 m x 3,0 m Grupo Branco Peres, Reginópolis, SP Safra 00/01 Sem poda = 38,2 t/ha Safra 01/02 Sem poda = 36,9 t/ha Safra 02/03 Poda lateral = 75,9 t/ha Safra 03/04 Poda topo = 52,7 t/ha Safra 04/05 Poda lateral = 92 t/ha Safra 05/06 Poda topo = 62 t/ha Safra 06/07 Poda lateral = 63 t/ha Safra 07/08 Poda topo = 65 t/ha

Quando podar? : Inputs ambientais mais comuns para o florescimento: comprimento do dia e temperatura; O estímulo ocorre na folha a partir de certo momento em que os fitocromos são ativados pela diminuição da luz; O estímulo floral é transmissível, parecendo ser transportado pelo floema, de natureza química; A velocidade ou taxa do movimento do estímulo floral ou do transporte do sinal pode ser medida; O estímulo pode ser fisicamente bloqueado por anelamento, por exemplo;

Quando podar? : O estímulo floral é translocado junto com os açúcares no floema; sujeito às relações fonte:dreno; Uma folha induzida localizada próxima ao ápice tem maior probabilidade de causar florescimento do que uma folha que alimenta raízes, localizada na base do caule; Uma folha induzida não conseguirá atingir as gemas do ápice que são preferencialmente abastecidas por folhas mais próximas.

Quando podar? : Sílvio Roberto Penteado, Enxertia e Poda de Fruteiras, 2010, aconselha: Para as fruteiras tropicais e subtropicais, que têm folhas perenes, a melhor época é depois da colheita e/ou então, após o período do pegamento da frutificação. Nessas fruteiras, se for feita antes do florescimento, a planta pode vegetar e não frutificar...

PROCESSO FLORAL 3 SEMANAS EVOCAÇÃO DIFERENCIAÇÃO (FLORADA) INDUÇÃO DIFERENCIAÇÃO (FOLHAS NOVAS) ESTRESSE HÍDRICO Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev OUTONO INVERNO PRIMAVERA VERÃO

Para podar, lembrar que: Os citros produzem flores em gemas produtivas formadas em ramos maduros (de 2 a 4 meses de idade); O início da formação dos ramos de Primavera (indução), começa em meados do Outono, influenciado por uma relação com a diminuição da luz diária; A poda de qualquer ramo trará como resultado a quebra da dominância apical e, consequente brotação, nem sempre associada ao florescimento; Portanto, deverão ser evitados cortes feitos imediatamente antes à indução e, posteriormente, antes do florescimento; pode sempre após a colheita.

O ideal é que a poda seja leve (deve-se pentear a planta); ramos entre 3 mm e 15 mm; Quanto mais intensa for a poda, mais tempo a planta demorará a recompor os níveis de produção anteriores à poda ( Juvenilidade); Não podar com a finalidade única de abrir as ruas; não esperar para podar. Na Primavera, tem-se a seguinte situação: Gemas formadas no último Outono (com 6 meses) = 40% brotam com 2 brotos cada; Gemas formadas no último Verão (com 8 meses) = 25% brotam e, apenas com 1 broto cada; Gemas formadas na última Primavera (12 meses) = praticamente não brotam.

A poda melhora a qualidade da fruta produzida; A poda uniformizará o pomar; estabelecerá um padrão de crescimento para as variedades; Facilitará, melhorará e barateará os controles fitossanitários; Uniformizará as brotações e permitirá melhor acompanhamento de inspeções de pragas e doenças; Consegue-se determinar diferentes resultados para talhões e variedades diferentes em função da época em que se poda o pomar; tamanho e desenvolvimento de brotos serão diferentes em função do momento da poda; Após poucos anos, cada produtor criará uma logistíca de poda para seu pomar (época de corte, tamanho dos cortes, inclinação de corte (em torno de 5 a 15%, para a poda lateral e, de 15 a 30% para a poda de topo), conjunção ou alternância dos cortes laterais e de topo etc)

A PODA EXIGE MANUTENÇÃO A PODA EXIGE CUIDADOS POSTERIORES COM A BROTAÇÃO A PODA NÃO TERMINARÁ COM A DOMINÂNCIA APICAL A PODA, POR SI SÓ, NÃO CONTROLA DOENÇAS A PODA, POR SI SÓ, NÃO MANTÉM ALTA A PRODUÇÃO Inteligente o produtor que souber tirar proveito da poda, a partir da primeira florada posterior à ela

Fotos: Décio Joaquim

Google: Banco de imagens Google: Banco de imagens Eng. Agr. MSc. Décio Joaquim Campo Consultoria Fone: (14) 3769-1153