UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CÂMPUS SÃO LUÍS DE MONTES BELOS PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL MESTRADO PROFISSIONAL

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significativos, porém o material genético pode ser estocado por períodos indefinidos de tempo e então utilizado na IA (HOLTb 2000).

Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CÂMPUS SÃO LUÍS DE MONTES BELOS PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL MESTRADO PROFISSIONAL CAMILA DA SILVA CASTRO EFEITO DE DIFERENTES CRIOPROTETORES NO CONGELAMENTO DE SÊMEN EQUINO São Luís de Montes Belos 2016

CAMILA DA SILVA CASTRO EFEITO DE DIFERENTES CRIOPROTETORES NO CONGELAMENTO DE SÊMEN EQUINO Projeto de pesquisa apresentado junto à disciplina de Seminários Aplicados do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luís de Montes Belos. Área de Concentração: Desenvolvimento Rural Sustentável Linha de Pesquisa: Produção Animal Orientador: Prof. Dr. Klayto José G. dos Santos São Luís de Montes Belos 2016

RESUMO A criopreservação de sêmen equino vem crescendo no país, devido ao interesse comercial pelo uso da técnica de inseminação artificial associada com sêmen congelado, o que possibilita o armazenamento do material genético de animais de alto potencial por tempo indeterminado. Contudo dificuldades são encontradas com o uso desta prática para sêmen equino, pelas diferenças individuais de congelabilidade existente entre garanhões e/ou ejaculados do mesmo indivíduo, e também pela característica em equinos de apresentarem reduzida capacidade dos espermatozoides em resistirem aos danos causados pelos processos de congelamento, assim evidencia-se a necessidade do desenvolvimento de novas técnicas e estudos em busca de diferentes diluentes crioprotetores que agreguem melhores resultados ao processo. Diante do exposto objetivou-se analisar a viabilidade do sêmen equino fresco, refrigerado e descongelado através de avaliação espermática computadorizada (CASA) e Citometria de fluxo. Serão realizadas 10 coletas de sêmen em dois garanhões, totalizando 20 amostras, que serão submetidas a dois tratamentos (tratamento com adição de crioprotetor a base de gema de ovo e tratamento com adição de crioprotetor a base de leite desnatado). As amostras de cada tratamento passarão por avaliação computadorizada antes e depois do congelamento, ou seja, primeiramente refrigeradas e depois descongeladas, pelos aparelhos CASA e Citômetro de fluxo, avaliando respectivamente cinética espermática e morfologia e integridade da membrana. Os dados resultantes das avaliações espermáticas serão submetidos à análise de variância, e os dados encontrados passarão por teste de média. Espera-se assim encontrar os crioprotetores que melhor serão capazes de minimizar os danos causados, nas células espermáticas equina, pelo processo de criopreservação de sêmen. Palavras-chave: Criopreservação. Diluentes. Garanhões. Sêmen congelado.

LISTA DE QUADROS Quadro 1. Características seminais de equinos... 14 Quadro 2. Características desejáveis para dose de espermatozoides refrigerados.. 14 Quadro 3. Características desejáveis para dose de espermatozoides congelados.. 14 Quadro 4. Cronograma proposto para realização das atividades.... 24 Quadro 5. Orçamento proposto para realização das atividades... 25

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 6 2 REVISÃO DE LITERATURA... 7 2.1 Criopreservação de sêmen... 7 2.2 Agentes crioprotetores... 9 2.2.1 Álcoois... 10 2.2.2 Amidas... 10 2.2.3 Proteínas... 11 2.3 Coleta e avaliação de sêmen equino... 12 2.4 Congelamento e descongelamento de sêmen equino... 15 2.5 Principais crioprotetores utilizados no congelamento de sêmen equino... 16 3 JUSTIFICATIVA... 19 4 OBJETIVO... 20 4.1 Objetivos Específicos... 20 5 METODOLOGIA... 20 5.1 Local e período experimental... 20 5.2 Colheita e processamento de material... 20 5.3 Adição de crioprotetores e congelamento das amostras... 21 5.4 Avaliações computadorizadas... 22 5.5 Análises estatísticas... 23 6 RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS... 23 7 RISCOS E DIFICULDADES... 23 8 CRONOGRAMA DE TRABALHO... 24 9 ORÇAMENTO... 24 REFERÊNCIAS... 26

6 1 INTRODUÇÃO O Brasil é o terceiro maior criador de cavalos do mundo, com quase seis milhões de cabeças, perdendo apenas para China e México. A maior população desses animais encontra-se na região Sudeste, logo em seguida aparecem nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte. A equideocultura no país gera milhões de empregos diretos e indiretos, movimentando R$ 7,3 bilhões por ano com essa produção, confirmando assim o tamanho da equideocultura que forma no Brasil uma importante cadeia do agronegócio, com forte interação com setores ligados ao lazer, cultura e turismo (BRASIL, 2016). A equinocultura no país está em expansão onde a intensificação e tecnificação das criações estão sendo cada vez mais requeridas. A utilização de biotécnicas reprodutivas como a Inseminação Artificial (IA) e a Transferência de Embriões (TE) estão crescendo para melhorar a produção (FARIAS, 2013). Na equideocultura mundial é cada vez maior a utilização do sêmen congelado devido à recente liberação do seu uso por grande parte das associações dos criadores. Dada a notoriedade do interesse comercial pelo uso da técnica de IA com sêmen congelado, pesquisas na área de criopreservação de sêmen equino têm sido constantemente desenvolvidas (ZIMMERMANN et al., 2009). A utilização da criopreservação de sêmen iniciou-se há aproximadamente 60 anos com a descoberta do glicerol como crioprotetor. Essa descoberta permitiu que os espermatozoides fossem congelados, armazenados por tempo indeterminado e usados com sucesso na IA. Sabe-se que boa parte dos garanhões não responde bem a essa biotécnica, o que faz com que o número de pesquisas nesse sentido venha aumentando cada vez mais, com o intuito de superar essa variação individual (VIDAMENT, 2005). A prática de criopreservação tem sido continuamente modificada e melhorada, notoriamente mais bem sucedida em bovinos do que em outras espécies domésticas (HAFEZ, 2004). No entanto a criopreservação de sêmen equino vem crescendo devido à facilidade de transporte e armazenamento do material genético de garanhões por longo período de tempo. Com isso, consegue-se um melhor aproveitamento genético de animais de grandes valores econômicos e zootécnicos (OLIVEIRA et al., 2013a).

7 Entretanto, a fertilidade do sêmen congelado ainda é baixa e isto dificulta a sua utilização em larga escala, pois o uso do sêmen equino congelado encontra dificuldades pelas diferenças individuais de congelabilidade espermática existente entre garanhões, ejaculados do mesmo indivíduo e também pela reduzida capacidade dos espermatozoides equinos de resistirem aos danos causados pelos processos de congelamento e descongelamento (CANDEIAS, 2010). Todavia sua utilização apresenta vantagens como armazenamento do sêmen congelado por tempo indeterminado; utilização do sêmen de animais excepcionais mesmo após a perda da capacidade reprodutiva ou morte; maximização do número de descendentes de um único reprodutor; controle de doenças sexuais e facilidade no transporte a longas distâncias. Contudo, o processo encontra desafios como a variabilidade do congelamento de sêmen entre garanhões e o transporte de garanhões a centros especializados em congelamento (DE VITA et al., 2011). Por isso é de grande importância ressaltar os diferentes tipos de protocolos de crioprotetores, diluidores e curvas de congelamento utilizadas na criopreservação, para que se adéque cada protocolo para cada indivíduo (OLIVEIRA et al., 2013a). Diante das necessidades de novos estudos nessa área objetivou-se avaliar a ação de diferentes diluentes crioprotetores comercias no processo de criopreservação de sêmen equino. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Criopreservação de sêmen A criopreservação é uma tecnologia por meio da qual células, tecidos ou embriões são preservados a temperaturas abaixo do ponto de congelamento da água, tendo como premissa a preservação da composição e da viabilidade das células por tempo indefinido (PEGG, 2002). Os primeiros relatos de criopreservação de sêmen vêm da descoberta do glicerol como crioprotetor, há aproximadamente 60 anos, permitindo assim que os espermatozoides fossem congelados, armazenados por tempo indeterminado e utilizados com sucesso na IA. Desde então várias técnicas têm sido testadas para a criopreservação espermática utilizando diferentes velocidades e meios de

8 centrifugação, curvas e meios de congelamento, crioprotetores e suas concentrações, bem como protocolos de descongelamento, embora ainda não haja uma metodologia de congelamento universalmente especifica para a espécie (OLIVEIRA, 2013). O processo de criopreservação de sêmen promove grande estresse celular e impõe aos espermatozoides condições desfavoráveis à manutenção de sua viabilidade (PURDY, 2006). Passando pelas fases de diluição do sêmen fresco, centrifugação, adição do diluente crioprotetor de congelamento, refrigeração, preenchimento das palhetas e congelamento. Provoca várias situações de estresse para as células espermáticas que podem comprometer a viabilidade das mesmas após o descongelamento, devido ao grande estresse térmico, mecânico, químico e osmótico que é imposto aos espermatozoides, especialmente à sua membrana plasmática, além da formação de cristais de gelo intracelulares. Com o intuito de proteger os espermatozoides dos efeitos críticos de criopreservação e estabilização dos componentes da membrana plasmática, são utilizados diluentes tanto no processo de resfriamento, quanto no congelamento (WATSON, 2000; GONÇALVES e NEVES, 2011). A passagem da membrana plasmática do seu estado líquido para seu estado cristalino, é a fase de transição que provoca mais danos a integridade da membrana espermática. O resfriamento provoca mudanças na forma estrutural das moléculas de fosfolipídios, impossibilitando a movimentação aleatória dessas proteínas, o que resulta em aumento de permeabilidade da membrana e decréscimo da atividade metabólica (AMANN e PICKETT, 1987). Quaisquer modificações na organização em mosaico fluído da membrana, como assimetrias na bicamada lipídica e sua interação com as proteínas, podem provocar alterações nos receptores de membrana, o que altera suas funções. A membrana plasmática afetada pelo frio pode sofrer mudanças na sua permeabilidade, que resulta em alterações funcionais e metabólicas, prejudicando a motilidade e a capacidade fecundante dos espermatozoides (NUNES et al., 2006). Os espermatozoides dos garanhões respondem de maneira diferente à criopreservação, produzindo na sua maioria sêmen de intermediária ou má qualidade com relação à congelabilidade. De acordo com CANDEIAS (2010) que avaliando 80 garanhões das raças Hannoveriano, Holsteiner, Trackner e Quarto de Milha, percebeu que metade apresentaram bons padrões de motilidade no sêmen pósdescongelamento; no entanto, nas raças como Mangalarga e Mangalarga Marchador,

9 esse percentual caiu para apenas 15%, demonstrando que há variação entre raças e muitas vezes variação individual relacionado à congelabilidade e o uso do glicerol. Constatando assim que além das diferenças individuais entre a espécie equina existe um fator racial que interfere na resistência espermática ao congelamento. Apesar de ainda apresentar baixa eficiência, por mostrar diferenças individuais com relação a sua preservação (LAGARES et al., 2000) a criopreservação de sêmen equino faz-se necessária devido ás exigências do mercado, pois viabiliza a criação de bancos de armazenamento de material genético de alto valor agregado por longos períodos (TERRACIANO et al., 2008). Buscando melhorar os resultados e minimizar esses efeitos agressivos do congelamento e descongelamento, que estão sendo adicionados aos meios diluidores agentes crioprotetores. 2.2 Agentes crioprotetores Os agentes que constituem bons diluidores tem, entre outras, as funções de proporcionar nutrientes como fonte de energia, proteger as células espermáticas do efeito prejudicial do resfriamento rápido e durante o congelamento (HAFEZ, 2004). Assim o uso de crioprotetores que possuem função de proteger as células e tecidos dos efeitos deletérios causados na morfologia dos espermatozoides durante o congelamento e descongelamento faz se necessário independente dos protocolos ou técnicas utilizados (ALVARENGA et al., 2005). Os crioprotetores são divididos entre penetrantes ou intracelulares, como glicerol e amidas, e não penetrantes ou extracelulares, como proteínas do leite e da gema de ovo e açúcares. Os crioprotetores capazes de atravessar a membrana plasmática do espermatozoide como os penetrantes, devido ao pequeno tamanho molecular, são essenciais para minimizar ou prevenir a formação de cristais de gelo intracelular. Por sua vez os que não têm essa capacidade, pelo seu maior tamanho das partículas, como os não penetrantes, auxiliam na estabilização da membrana plasmática durante o processo de congelamento e descongelamento (AMANN e PICKETT, 1987).

10 2.2.1 Álcoois O glicerol, um álcool polihídrico altamente permeável, é usado quase que universalmente como agente crioprotetor para congelar sêmen (HAFEZ, 2004). No entanto se utilizado em altas concentrações apresenta toxidade para a célula e compromete a fertilidade (AMANN e PICKETT, 1987). A maioria dos diluidores utilizados para o congelamento contém entre 2,5 a 5 % de glicerol em sua composição (CANDEIAS, 2010). O etilenoglicol, também é definido como álcool, pode realizar ligações de hidrogênio na membrana do espermatozoide (KUNDU, 2000). Estudos comparativos realizados por ALVARENGA et al. (2000) entre glicerol e etilenoglicol demonstraram atuação semelhante destes, sendo que a combinação possibilita a redução do teor de glicerol, diminuindo o seu efeito tóxico. Já ARRUDA (2000) avaliou a substituição do glicerol pelo etilenoglicol como agente de criopreservação de sêmen equino, concluindo que ambos apresentam basicamente as mesmas propriedades crioprotetoras. 2.2.2 Amidas As amidas são compostos orgânicos formadas por três pontos de ligação ao hidrogênio, portanto três ligações a menos que o glicerol, sendo assim menos viscosas e menos solúveis em água, o que leva à menor permeabilidade da membrana. Característica esta que é favorável na criopreservação, pois diminui a possibilidade de danos celulares por estresse osmótico (BALL e VO, 2001). As amidas apresentam resultados favoráveis nos diversos parâmetros espermáticos avaliados, em especial para garanhões que apresentam resultados desfavoráveis ao uso de glicerol (ALVARENGA et al. 2000). A dimetilformamida é uma das amidas que vem sendo bastante utilizada por melhorar os processos de vitrificação e estabilização em água, superando o glicerol, se mostrando eficiente para a criopreservação de tecidos vivos (BAUDOT e BOUTRON, 1998). Outro estudo mais recente relatou que a dimetilformamida protege as células espermáticas do garanhão dos efeitos deletérios do processo de criopreservação (MEDEIROS, 2003).

11 Em experimento utilizando diluidor de congelamento a base de gema de ovo e leite, com variação do crioprotetor de: (1) 5% glicerol; (2) 5% dimetilformamida; (3) 5% metilformamida; (4) 3% de dimetilacetamida, e realizando análise computadorizada da motilidade total e progressiva após o descongelamento, demonstraram superioridade da dimetilformamida e metilformamida para o congelamento de sêmen de garanhões da raça Mangalarga Marchador e baixo resultado no congelamento obtido quando o glicerol foi usado como crioprotetor (GOMES et al., 2002). 2.2.3 Proteínas A gema de ovo é largamente utilizada na composição dos diluidores, por conter lecitina, a qual se acredita proteger a membrana espermática por restaurar os lipídios perdidos durante o choque térmico (WATSON, 1995). Trabalhando com aspectos relacionados ao congelamento de sêmen concluiu-se que a porção proteica de baixa densidade (leucina) da gema de ovo protege as células espermáticas do choque térmico, da fase de transição dos lipídeos e dos danos causados a membrana pelas temperaturas abaixo do ponto de congelamento da solução (HOLT, 2000). As concentrações de gema de ovo nos diluidores usados para congelamento de sêmen equino variam de 2 a 20%, dependendo do diluidor utilizado e do nível de glicerol e leite (CLULOW et al. 2007). Através da adição de 20% de gema de ovo de galinha ou 20% de gema de ovo de ema em amostras de dois diluentes comerciais à base de gema de ovo, leite desnatado e glicerol ou aminoácidos, glicídios, gema de ovo, glicerol e dimetilformamida, LINDEN (2012) concluiu que a gema de ovo de ema pode ser uma alternativa para produção de diluentes para congelamento de sêmen de equinos, contudo uma redução na integridade da membrana plasmática foi observada quando associado ao diluente que usa apenas glicerol com crioprotetor. As proteínas do leite exercem um papel na criopreservação, semelhante ao da gema de ovo, não sendo, contudo capaz de substituí-la plenamente. O leite é mais utilizado para diluir e armazenar o sêmen in natura ou refrigerado. Os diluidores para sêmen equino comercializados no Brasil são EZ Mixin (CST), Max Sêmen (Agrofarma); Botu-Sêmen e Botu-Turbo (Biotech Botucatu) Equimix (Nutricell), sendo que todos utilizam leite e ou derivados em sua composição (RAPHAEL, 2007).

12 Segundo FREITAS (2013) o leite desnatado UHT, utilizado como único diluente do sêmen para a centrifugação durante o processo de congelamento é suficiente para a proteção do espermatozoide. Através de experimento avaliou 14 ejaculados equinos divididos em dois grupos, grupo controle (diluição 1:1 em meio comercial Botu- Sêmen ) e grupo leite (diluição 1:1 em leite desnatado UHT) para o processo centrifugação e posterior adição de crioprotetor (Botu-Crio ) para congelamento em ambos os grupos. Os resultados pós-descongelamento obtidos através das avaliações da cinética espermática, da integridade de membrana plasmática e de membrana acrossomal, e da viabilidade espermática, demonstraram que não houve diferença, na utilização do leite desnatado na centrifugação em relação ao diluente comercial. 2.3 Coleta e avaliação de sêmen equino O sêmen pode ser satisfatoriamente coletado em garanhões com 24 meses de idade, com o número de espermatozoides por ejaculado variando entre sete e quinze bilhões, volume de 60 a 100 ml, sujeito a sofrer variações estacionais. Após a coleta do sêmen, sua qualidade e quantidade devem ser verificadas por meio do exame andrológico (AX et al., 2004). As características do sêmen são influenciadas pelo grau de estimulação sexual, frequência de ejaculação, idade, tamanho, testicular e método de coleta (HAFEZ & HAFEZ, 2004). A coleta pode ser realizada em manequim ou na própria égua no cio, estimulando o garanhão a ejacular dentro da vagina artificial, a qual deve simular condições anatômicas semelhantes as apresentadas no interior da vagina da égua (MARTINS, 2011). A mucosa interna da vagina deve ser preenchida com água morna aproximada a 45ºC e completada com ar afim de atingir pressão suficiente para causar atrito e estimular o macho (BERBER, 2015). Esse processo inicia-se com a preparação da vagina, passando pela excitação e limpeza do pênis, seguida da monta, terminando com a ejaculação. Após coletado o sêmen deve ser rapidamente transportado ao laboratório para a avaliação e posterior processamento (AX et al., 2004), podendo ser utilizado fresco, diluído e resfriado, ou congelado que sugere maior flexibilidade de manejo. As avaliações laboratoriais básicas com o objetivo de estimar o potencial de fertilidade de uma partida de sêmen e que seguem os padrões mínimos exigidos pelo

13 Colégio Brasileiro de Reprodução Animal (CBRA) para avaliação do sêmen, in natura ou criopreservado, são: motilidade espermática (%); vigor (1-5); concentração espermática (milhões/ml); anormalidades espermáticas (%) e teste de integridade de membrana plasmática e acrossomal (ARRUDA et al., 1992). Segundo o CBRA (2013) a motilidade é expressa em porcentagem (0 a 100%) a proporção de espermatozoides móveis, através de avaliações subjetivas de uma gota de sêmen em microscópio binocular ou métodos mais precisos como avaliação computadorizada. O vigor representa a força do movimento e consequente velocidade com que os espermatozoides se movimentam, sendo classificado de 0 a 5, onde zero é a ausência de movimento progressivo, exclusivamente oscilatório e cinco resulta em movimento retilíneo progressivo e muito rápido. Já a concentração representa o número de espermatozoides por cm³ ou ml, onde o procedimento mais comum de cálculo é pela contagem das células na câmara de Neubauer, ou de forma mais exata pela espectrofotometria ou métodos computadorizados. Os valore médios das características seminais de equinos estão descritos no quadro 1. E as características desejáveis para espermatozoides equinos refrigerados ou congelados nos quadros 2 e 3. Os valores padrões seminais desejáveis para efeito de seleção de garanhões para monta natural são 70% de motilidade progressiva, vigor 3 e total de espermatozoides anormais máximo de 30%. Serão considerado fora do padrão para sêmen refrigerado e congelado os que apresentarem motilidade progressiva menor que 30%, vigor abaixo de 3, acima de 40% de anormalidades espermáticas e número de espermatozoides com motilidade progressiva no ato da inseminação ou no pós-descongelamento menor que 200 bilhões por dose (CBRA, 2013). Alguns equipamentos foram desenvolvidos para facilitar essas avaliações e minimizar as imprecisões das análises subjetivas realizadas sob uso de microscopia óptica, tornando-as computadorizadas. O exemplo dos aparelhos CASA (Computer Assisted Sperm Analysis), que apresenta relevância na determinação do potencial genético de fertilidade dos espermatozoides através da avaliação automatizada da motilidade, e Citômetro de Fluxo que tem sido utilizado para avaliar a integridade da membrana plasmática e o estado do acrossoma do espermatozoide equino, essencial para o funcionamento do mesmo (ARRUDA et al., 2007).

14 Quadro 1. Características seminais de equinos Características Valores Médios Volume (livre de gel) 40-60 ml Cor Branca acinzentada Odor sui generis Movimento de massa Ausente Motilidade espermática 60% Vigor 3 Concentração espermática 100-200 x 10 6 /ml Nº total de espermatozoides 5x10 9 Espermatozoides normais 70% Fonte: Adaptado de CBRA (2013). Quadro 2. Características desejáveis para a dose de espermatozoides refrigerados Características Valores Motilidade espermática 50% Vigor 3 Dose inseminante convencional 200-500 x 10 6 móveis Espermatozoides normais 60% Fonte: Adaptado de CBRA (2013). Quadro 3. Características desejáveis para a dose de espermatozoides congelados Características Valores Motilidade espermática 30% Vigor 3 Nº espermatozoides por palheta (0,25 e 0,50 ml) 100-200 x 10 6 móveis Dose inseminante convencional 400 x 10 6 móveis Espermatozoides normais 60% Fonte: Adaptado de CBRA (2013).

15 2.4 Congelamento e descongelamento de sêmen equino Durante o processo de criopreservação o sêmen deve ser refrigerado da temperatura corpórea à temperatura ambiente (37º a 20º C), sem ocasionar danos ao espermatozoide. Para isto é necessário diluir o sêmen em meio adequado. O estresse inicial se dá devido a transição da membrana plasmática do estado líquido para o estado de gel, quando o espermatozoide é submetido a temperatura de refrigeração a 5º C (SQUIRES et al., 1999; SOARES e GUERRA, 2009). As taxas de resfriamento podem ser divididas dentro de três categorias: lentas (<0,33ºC/min.); médias (0,33ºC/min. a 1,0 C/min.) e rápidas (>1,0ºC/min.) segundo DOUGLAS-HAMILTON et al. (1984). De acordo com AMMAN e PICKETT (1987) na maioria dos protocolos para o congelamento é utilizada uma curva de congelamento rápida de -60 C/min., sendo obtida pela exposição das palhetas horizontalmente, três cm acima do vapor de nitrogênio, durante 20 minutos. Estes pesquisadores também concluíram que o descongelamento de amostras contidas em palhetas com capacidade para 0,5 ml, deve ser feito à temperatura de 37 C por 30 segundos. Dentre os tipos de curvas de congelamento utilizadas, na curva lenta os espermatozoides sofrem danos por excessiva desidratação da célula, impedindo a formação de cristais de gelo intracelular, porém altas concentrações de soluto podem gerar lesões nas células. Se congelados muito rápido, os espermatozoides não perdem água suficiente, provocando a formação de cristais de gelo intracelular, que geram danos irreversíveis. Sendo assim a curva de congelamento deve ser suficientemente lenta para permitir a saída de água de dentro da célula evitando os cristais de gelo, e suficientemente rápida para minimizar os danos caudados pela exposição prolongada a concentrações altas de solutos (WATSON, 1995). O processo de descongelamento depende do método em que o sêmen foi congelado, a curva de aquecimento deve acompanhar a velocidade com que ocorreu o congelamento. Assim se a curva de congelamento utilizada foi lenta, a de descongelamento também deve ser permitindo lentamente a reidratação da célula e quebra dos cristais de gelo intracelulares. E vice e versa, caso o sêmen tenha sido congelado rapidamente, também deve ser descongelado na mesma velocidade possibilitando assim que o gelo intracelular que se formou não tenha tempo de recristalizar (AMMAN e PICKETT, 1987).

16 A fim de facilitar o processo máquinas de congelamento automático e programáveis estão sendo utilizadas. São convenientes para o congelamento de grandes quantidades de palhetas de sêmen, além de controlar a taxa de congelamento. O benefício do congelamento automatizado é que a curva de refrigeração pode ser programada, por exemplo, 4 a 5º C por 4 min., de -5 a -110º C por 25 min. e de -110 a -140º C por 35 min. e, somente então, as palhetas de sêmen são mergulhadas em nitrogênio líquido (PURDY, 2006). Foram avaliadas amostras de 36 ejaculados equino em três curvas diferentes de congelamento programadas em máquina automatizada (TK3000 ). O período de resfriamento a 5º C foi controlado para todos os tratamentos em uma curva automatizada de 0,5º C/min. O tratamento controle foi congelado em caixa de isopor contendo nitrogênio líquido, na qual as palhetas eram dispostas a 6 cm do nível do nitrogênio por 20 minutos e congeladas por imersão direta no mesmo. Já as curvas programadas na máquina foram: Curva 1: 15 C/min. entre +5 C e - 60 C 4 C/min. entre -60 C e -100 C ; Curva 2: 20 C/min. entre +5 C e -100 C e Curva 3: 20 C/min. até -60 C e posteriormente a uma curva de 10 C/min. entre -60 C e -100 C. Concluindo que todas as três curvas testadas no experimento foram eficientes na congelabilidade de sêmen equino em relação aos parâmetros espermáticos motilidade e integridade da membrana e a máquina de congelamento TK3000 foi tão eficaz quanto à metodologia de congelação em caixa de isopor (DE VITA, 2008). 2.5 Principais crioprotetores utilizados no congelamento de sêmen equino Em experimento MEDEIROS (2003) objetivou testar diferentes formas de amidas como agentes crioprotetores em comparação ao glicerol a 5%. Os tratamentos de crioprotetores foram divididos em: DA1- dimetilacetamida a 1% (v/v), DA3- dimetilacetamida a 3% (v/v), DA5-dimetilacetamida a 5%, MF5- metilformamida a 5% (v/v), DF5-dimetilformamida a 5% (v/v) e GL5- glicerol a 5%. O agente crioprotetor glicerol foi inferior a todos os derivados de amidas, no sentido de proteger os espermatozoides de garanhões contra os danos do congelamento e descongelamento, e dentre as amidas estudadas a dimetilformamida foi de uma forma geral mais eficiente em crioproteger os espermatozoides de garanhões. Já JULIANI e HENRY (2008) utilizando 24 ejaculados de garanhões para testar os efeitos de um diluidor a base de gema de ovo associado com diferentes

17 concentrações dos crioprotetores glicerol, etilenoglicol, acetamida e leite desnatado. Observaram que o tratamento contendo apenas glicerol apresentou os maiores valores de motilidade total e progressiva, já os diluentes contendo leite em composição apresentaram maiores valores de integridade funcional e estrutural da membrana. Concluindo que as modificações incorporadas aos meios diluidores testados não resultaram em melhor efeito crioprotetor que o meio à base de glicerol 5% no congelamento do sêmen equino. Outro estudo da viabilidade do sêmen de garanhões no pré e pós congelamento utilizando glicerol e metilformamida, propôs que quando utilizados em concentrações usuais os mesmos não causam nenhum efeito deletério durante o processo de refrigeração, e ainda foram eficientes em proteger as células espermáticas dos danos do congelamento nas concentrações 2,3, e 4,5%, com melhores resultados para metilformamida comparados com glicerol (FERREIRA, 2008). Utilizando duas curvas de congelamento e dois diluentes comerciais, maior eficiência na criopreservação de sêmen equino foram encontradas utilizando a curva automatizada e um diluente que continha em sua composição açucares, aminoácidos, gema de ovo, glicerol e metilformamida, quando comparado ao diluente composto por leite desnatado e gema de ovo, com glicerol como crioprotetor e que não continha amidas em sua formação. Resultados que indicam a adoção de diluentes contendo amidas como crioprotetor obtiveram melhores resultados segundo TERRACIANO et al. (2008). Foram inseminadas 104 éguas, divididas em dois experimentos, para avaliar a fertilidade do sêmen congelado de garanhões da raça Crioula (n=5), com 5% de dimetilformamida ou 5% de glicerol, como crioprotetores. A utilização da dimetilformamida para criopreservação do sêmen de garanhões da raça Crioula resultou em motilidade pós-descongelamento superior e em índices de prenhes maiores, quando comparada com a utilização do glicerol, em protocolos de inseminação 6h pós-inseminação. Segundo estudos realizados por OLIVEIRA et al. (2013b). Equinos das raças Quarto de Milha e Mangalarga Marchador foram avaliados por COSTA et al. (2014) utilizando dois diluentes a base de gema de ovo e glicerol, sendo que um continha metilformamida em sua composição, e apresentou melhores resultados quando os valores de motilidade e vigor e a integridade de membrana plasmática, pós-congelamento. Também não apresentaram diferentes entre as raças

18 quanto motilidade total e vigor do sêmen fresco, bem como para essas análises no teste de termoresistência pós-congelamento. No entanto os garanhões da raça Quarto de Milha apresentaram percentual maior de defeitos maiores na análise de patologia espermática, comprovando assim a grande variação observada entre indivíduos da espécie equina, na habilidade dos espermatozoides sobreviverem ao processo de congelamento. Características de motilidade total, vigor e integridade de membrana plasmática e acrossomal avaliadas no pós-descongelamento dos espermatozoides de garanhões da raça Mangalarga Marchador (n=5), foram avaliadas empregando três diluentes (1% de glicerol e 4% de metilformamida; 5% de glicerol; e 2% de glicerol e 3% de dimetilformamida) de criopreservação. Para o sêmen de garanhões da raça Mangalarga Marchador, considerados de baixa congelabilidade, diluentes que combinam concentrações de glicerol de 1 ou 2%, com crioprotetores alternativos como a metilformamida e dimetilformamida, foram mais eficazes na proteção da célula espermática pós-descongelamento, quando comparados ao diluente contendo apenas o glicerol na concentração de 5% (NASCIMENTO et al. 2015). Avaliando as características do sêmen a fresco e descongelado de garanhões da raça Nordestina, SANTOS et al. (2015) descobriram que embora a criopreservação tenha provocado queda na motilidade seminal, o uso de diluidor contendo amidas minimizou os danos osmóticos nas células espermáticas e manteve a integridade morfológica, funcional e estrutural da membrana plasmática do espermatozoide. Dentre as alternativas de crioproteção propostas no congelamento do sêmen equino, a dimetilformamida e metilformamida vêm se destacando com sucesso no congelamento nesta espécie, inclusive com melhores resultados quando comparados com o glicerol. A associação entre a dimetilformamida e o glicerol, ainda proporcionaram uma melhor proteção da célula espermática durante o congelamento, obtendo excelentes resultados pós-descongelamento e aumentando os índices de fertilidade. O uso do etilenoglicol associado a um diluente contendo lactose e gema de ovo, também pode ser empregado na criopreservação do espermatozoide equino sem interferir na fertilidade do sêmen. Éguas inseminadas com sêmen congelado obtiveram 80 % prenhes utilizando-se tanto o glicerol como o etilenoglicol como crioprotetores (MELO, 2003). Existe a necessidade de realização de mais experimentos referentes à composição dos meios de congelamento, por não existir consenso sobre o diluidor

19 mais eficiente na preservação da viabilidade espermática para a maioria dos garanhões. No entanto SNOECK et al. (2007) também destacaram que tanto a composição dos diluidores de congelamento de sêmen quanto ao envase utilizado, também são fatores que podem afetar os resultados da criopreservação. 3 JUSTIFICATIVA A equinocultura deve ser encarada como uma atividade econômica de atual importância no Brasil, e por isso se torna cada vez mais necessário que seja tratada com maior nível técnico. Buscando desenvolvimento dessa atividade e disseminação de genéticas cada vez mais superiores é que se vem investindo na criopreservação de sêmen equino devido à facilidade de transporte e armazenamento do material genético de garanhões por longo período de tempo. Com isso, consegue-se um melhor aproveitamento genético de animais de grandes valores econômicos e zootécnicos. Dentre as biotecnologias da reprodução IA é a mais importante e mais utilizada para melhoramento genético animal, e vem avançando cada vez mais no mundo da equideocultura, inclusive conjunta a utilização de sêmen congelado, se tornando imprescindível assim o aprimoramento de técnicas de coleta e conservação do sêmen. Sabe-se que a utilização de sêmen fresco ou resfriado tem taxa de fertilidade maior se comparados com o sêmen congelado devido ao processo de criopreservação, que possui alguns efeitos deletérios sobre os espermatozoides. Assim os meios utilizados para a diluição do sêmen visando à criopreservação são compostos por substâncias que atuam contra esses efeitos deletérios das oscilações da temperatura e para melhor proteção do espermatozoide, ainda são adicionados aos diluidores alguns tipos de crioprotetores que diminuem os efeitos agressivos do congelamento e descongelamento. A fim de que a criopreservação do sêmen equino seja bem-sucedida, é essencial a interação do crioprotetor, do diluidor, da curva de resfriamento e do aquecimento no processo de criopreservação.

20 4 OBJETIVO Avaliar a ação de diferentes crioprotetores comerciais sobre amostras de sêmen equino fresco, refrigerado e descongelado. 4.1 Objetivos Específicos Comparar a viabilidade espermática do sêmen antes e depois do processo de congelamento. Analisar as características físico-químicas e avaliar a qualidade do sêmen através da citometria de fluxo, fotometria e avaliação computadorizada do movimento espermático (CASA). Avaliar os crioprotetores que apresentam os melhores resultados quanto à cinética espermática. 5 METODOLOGIA 5.1 Local e período experimental O experimento será conduzido no laboratório de Reprodução Animal da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Goiás no período de março a abril de 2017. Serão utilizados dois garanhões com fertilidade comprovada e em plena atividade sexual, mantidos sob as mesmas condições de manejo, alojados na região de São Luís de Montes Belos - GO. 5.2 Colheita e processamento de material Depois de atestado positivo do exame andrológico dos animais, os mesmos serão coletados para esgotamento das reservas extragonadais e em seguida submetidos a dez coletas de sêmen em dias alternados, obtendo assim um total de

21 20 ejaculados por meio de vagina artificial modelo Botucatu composta por tubo rígido, camisa sanitária descartável e copo coletor com filtro de náilon acoplado para obtenção da fração livre de gel. Momentos antes da coleta a mesma deverá ser preenchida com ar e água aquecida a 45º C. Para realização das coletas e estimular o garanhão, será utilizada uma égua em cio devidamente contida. No instante da monta o pênis ereto deverá ser desviado em direção da vagina artificial para coleta do ejaculado, logo após a coleta o sêmen será avaliado quanto às características de volume, cor, odor, aspecto, turbilhonamento, motilidade, vigor, concentração e patologias. O percentual de espermatozoides móveis e a velocidade do movimento serão avaliados com 20μL de sêmen in natura colocados entre lâmina e lamínula previamente aquecidas a 37ºC, em microscópio óptico classificando a motilidade total de 0 a 100% e o vigor espermático de 0 a 5 (CBRA, 2013). Após serão confeccionados esfregaços de cada amostra de sêmen in natura, os quais serão corado pelo método de coloração em Panótico para avaliação de patológica espermática. Somente os ejaculados que apresentarem acima de 70% de motilidade espermática e 30% e defeitos totais serão encaminhados para o laboratório e submetidos ao congelamento (CARVALHO, 2013). 5.3 Adição de crioprotetores e congelamento das amostras As amostras de ejaculados serão separadas em dois grupos de tratamentos pela adição de crioprotetores comerciais: um grupo com crioprotetor a base de gema de ovo (T1) e outro grupo com crioprotetor a base de leite desnatado (T2). Uma parcela de cada amostra ainda será avaliada a fresco como tratamento controle, sem adição de crioprotetores (T0). O cálculo da concentração espermática será realizado através do Fotômetro, para se obter uma diluição com concentração final de 200x10 6 espermatozoides/ml. Após a homogeneização, o conteúdo será utilizado para o preenchimento das palhetas de 0,5mL, as quais serão acondicionadas na máquina de congelamento automatizado TK 4000 compacta (TK tecnologia em congelação Ltda., Uberaba, MG, Brasil) para curva de refrigeração de 0,25º C/min. até atingir 5º C estabilizando por três horas e posteriormente curva de congelamento de 20ºC/min. até atingir 140º C, momento em que as palhetas serão removidas do recipiente e imersas no

22 nitrogênio líquido para serem acondicionadas em raques previamente identificadas nos canecos do botijão criogênico a -196º C. Para a avaliação pós-descongelamento e análises da viabilidade do sêmen as palhetas serão descongeladas em banho-maria a 37º C por 30 segundos, uma semana após o congelamento de todas as amostras para a avaliação cinética espermática pelo CASA, integridade das membranas espermáticas, capacitação e potencial de membrana mitocondrial por citometria de fluxo, teste de termoresistência (TTR). 5.4 Avaliações computadorizadas As amostras de cada tratamento passarão por três avaliações computadorizada antes e depois do congelamento (-196º C), ou seja, primeiramente a fresco (37º C), depois refrigeradas (5º C) e por fim descongeladas (37º C). Serão submetidas a avaliações computadorizada de características do movimento espermático pelo aparelho CASA, e os parâmetros morfológicos e integridade da membrana serão analisados pela Citometria de fluxo. A cinética espermática será avaliada pela técnica computadorizada do movimento espermático (CASA), sendo previamente ajustado para análise de sêmen equino. Para a avaliação da motilidade, dez microlitros de sêmen serão colocados em uma câmara de Makler, previamente aquecida a 37º C. No mínimo, três campos serão selecionados para a leitura e análise da motilidade total (%; MT), motilidade progressiva (%; MP), velocidade de trajeto (μm/s; VAP), velocidade 11 retilínea (μm/s; VSL), velocidade curvilinear (μm/s; VCL), amplitude lateral de cabeça (μm; ALH), frequência de batimentos (Hz; BCF) e linearidade (%; LIN). Já as análises de integridade das membranas plasmática e acrossomal, fluidez de membrana plasmática e potencial mitocondrial dos espermatozoides serão realizadas por citômetro de fluxo (Guava EasyCyte ), contando-se 10.000 células por análise/animal/tempo de incubação. Os dados fornecidos em pontos bidimensionais numa escala logarítmica serão analisados pelo software GuavaSoft 2.6. Em cada análise, uma amostra de sêmen será adicionada à microtubos pré- aquecidos a 37 C, os quais conterão soluções com as sondas fluorescentes para as respectivas análises e incubadas por 8 min a 39º C.

23 Para o teste de termoresistência rápido, o sêmen será incubado em banhomaria a 46º C por 30 minutos, enquanto o teste de termoresistência lento será realizado com incubação do sêmen em banho-maria a 38º C, por 5 horas. Após o período de incubação de cada teste, o sêmen será avaliado quanto ao padrão de motilidade pelo CASA e análise espermática em Citômetro de fluxo, de acordo como descrito anteriormente. 5.5 Análises estatísticas O delineamento experimental será inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x3, com dois tratamentos e três avaliações. As informações obtidas em campo serão editadas em planilhas do aplicativo Excel disponível no pacote computacional Microsoft Office. E os testes de comparação dos resultados de avaliação das amostras calculados pelo programa estatístico SISVAR, através da análise de variância e teste de médias Tukey a 5% de significância. 6 RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS Espera-se com a realização dessa pesquisa encontrar melhores resultados na criopreservação de sêmen equino, tendo como princípio diminuir as dificuldades encontradas com as particularidades individuais do sêmen equino em resistir aos danos causados pelos processos de congelamento e descongelamento, e assim encontrar os crioprotetores que melhor serão capazes de minimizar esses danos. 7 RISCOS E DIFICULDADES Os riscos estão relacionados a fatores ambientais e enfermidades que podem acometer os animais a serem coletados e danificar a qualidade do sêmen. O manejo incorreto dos garanhões e a utilização inadequada dos equipamentos de laboratório também podem influenciar os resultados. As dificuldades encontradas estão na disponibilidade de animais sadios, treinados e em atividade reprodutiva para coleta de

24 sêmen, além da escassez de mão de obra capacitada e pouco consenso dos estudos realizados na área. 8 CRONOGRAMA DE TRABALHO Quadro 4. Cronograma proposto para realização das atividades. Atividades 1 Escolha do Tema X CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 2016 2017 2018 A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M 2 Revisão bibliográfica X X X X X X X X X X X X X X X X X X 3 Elaboração do projeto X X 4 Apresentação do projeto X X 5 Treinamento de colaboradores X X X X 6 Escolha dos animais X 7 Coletas das amostras X X 8 Análise das amostras X X X 9 Tabulação dos resultados X 10 Análise estatística X 11 Interpretação das análises X X 12 Redação da dissertação X X X X X X X 13 Conclusão do Projeto X 14 Entrega da dissertação X 15 Qualificação X 16 Defesa do Mestrado X X 17 Publicação de artigos X 9 ORÇAMENTO O Câmpus São Luís de Montes Belos dispõe e disponibiliza toda estrutura da fazenda escola e laboratório de reprodução animal para ser utilizada na execução de projetos de pesquisas e extensão, cadastrado em programa regulamentado.

25 Quadro 5. Orçamento proposto para realização das atividades. Equipamentos Quantidade Valor (R$) Fonte de recurso Unitário Total Botijão de Nitrogênio 1 1500,00 1500,00 UEG Microscópio 1 2500,00 2500,00 UEG Placa aquecedora 1 1200,00 1200,00 UEG Banho Maria 1 1500,00 1500,00 UEG Citômetro de Fluxo 1 290.000,00 290.000,00 UEG CASA 1 150.000,00 150.000,00 UEG Fotômetro 1 32.000,00 32.000,00 UEG TK 4000 1 18.000,00 18.000,00 UEG TOTAL 496.700,00 Itens Quantidade Valor (R$) Fonte de recurso Unitário Total Pipeta 1 120,00 120,00 UEG Lâmina 1 cx. 50,00 50,00 UEG Lamínula 1 cx. 30,00 30,00 UEG Vagina Artificial (VA) 1 600,00 600,00 UEG Mucosa látex VA 1 25,00 25,00 UEG Camisinha para VA 1 cx. 70,00 70,00 UEG Copo coletor c/ filtro 1 19,00 19,00 UEG Lubrificante vaginal 1 fr. 30,00 30,00 UEG Crioprotetor Gema 10 fr. 30,00 300,00 UEG Crioprotetor leite 10 fr. 35,00 350,00 UEG Nitrogênio líquido 100 L 5,50 550,00 UEG Tubo de Eppendorf 100 0,30 30,00 UEG Palheta 0,50 200 0,35 70,00 UEG TOTAL 2.244,00

26 REFERÊNCIAS ALVARENGA, M. A. et al. Acrosomal ultrastructure of stallion spermatozoa cryopreserved with ethylene glycol using packaging systems. Equine Veterinary Journal, v.6, p.541-545, 2000. ALVARENGA, M.A. et al. Amides as cryoprotectants for freezing stallion semen: a review. Animal Reproduction Science, v.89, p.105 113, 2005. AMANN, R. P., PICKETT, B. W. Principles of cryopreservation and a review of cryopreservation of stallion spermatozoa. Journal of Equine Veterinary Science, v.7, p.145-173, 1987. ARRUDA, R. P.; BARNABE, V. H.; ALENCAR, M. M.; BARNABE, R. C. Avaliação de sêmen congelado de bovinos. Provas lente e rápida de termoresistência: efeitos sobre a fertilidade. Brasilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 29, n. 1, p. 131-137, 1992. ARRUDA, R. P. Avaliação dos efeitos de diluidores e crioprotetores para o espermatozoide equino pelo uso de microscopia de epifluorescência, citometria de fluxo, análises computadorizadas da motilidade (CASA) e da morfometria (ASMA). 2000. Dissertação (Livre Docência) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade São Paulo, São Paulo, SP, 2000. ARRUDA, R. P. et al. Biotécnicas aplicadas à avaliação do potencial de fertilidade do sêmen equino. Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte v.31, n.1, p.8-16, jan./mar. 2007. AX, R. L.; DALLY, M. R.;DIDIDON, B. A.; LENZ R. W.; LOVE, C. C., VARNER, D. D.; HAFEZ, B. e BELLIN, M. E. Avaliação do Sêmen e Inseminação Artificial In: HAFEZ, E. S. E.; HAFEZ, B. Reprodução Animal. 7 Ed. São Paulo: Manole, 2004. Cap. 25 e 26. BALL, B. A. e VO A. Osmotic tolerance of equine spermatozoa and the effects of soluble cryoprotectants on equine sperm motility, viability and membrane potential. Journal of Andrology, v.22, p.1061, 2001. BAUDOT, A. e BOUTRON, P. Glass-forming tendency and stability of aqueous solutions of dietilformamide and dimetilformamide. Cryobiology, v.37, p.187-199, 1998. BERBER, Rodolfo Cassimiro de Araújo. Coleta e Processamento de Sêmen Bovino. Online. Disponível em: <http://globalgenetics.blogspot.com.br/p/artigos.html> Acessado em: 18 ago2016. BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Equídeos. Online. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/animal/especies/equideos> Acessado em: 19 ago. 2016.

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28 GONÇALVES, N. M. e NEVES, M. M. Sêmen fresco, resfriado ou congelado: existe diferença entre ele? Online. Disponível em: <https://www2.cead.ufv.br/espacoprodutor/scripts/verartigo.php?codigo=27&acao=e xibir> Acessado em: 22 ago. 2016. HAFEZ, E. S. E. Preservação e Criopreservação de gametas e embriões In: HAFEZ, E. S. E.; HAFEZ, B. Reprodução Animal. 7 Ed. São Paulo: Manole, 2004. Cap. 30 HAFEZ, E. S. E.; HAFEZ, B. Reprodução Animal. In: 7 Ed. São Paulo: Manole, 2004. 513p. HOLT, W. V. Basic aspects of frozen storae of semen. Animal Reproduction Science, v.62, p. 3-22, 2000. JULIANI, G. C. e HENRY, M. Efeito do glicerol, etilenoglicol, acetamida e leite desnatado na criopreservação de espermatozoides equinos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.60, n.5, p.1103-1109, 2008. KUNDU CN, CHAKRABORTY J, DUTTA P, BHATTACHARYYA D, GHOSH A, MAJUMDER GC. Development of a simple sperm cryopreservation model using a chemical defined medium and the goat caudal epididymal spermatozoa. Cryobiology, v.4, p.117-125, 2000. LAGARES, M. A.; MEIRELLES, L. S.; WALD, V. B.; GREGORY, R. M.; MATTOS, R. C. Efeito de diferentes diluidores sobre a membrana plasmática do espermatozoide equino e fertilidade do sêmen resfriado. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 7, n. 3, p. 153-156, set./dez. 2000. LINDEN, L. S. Criopreservação de sêmen equino: comparação da gema de ovo de em (Rhea americana) com a gema de ovo de galinha. Dissertação (Mestre em Medicina Animal: Equinos) Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. MARTINS, Marlon Scherri. Reprodução, Reprodução de Equinos. TCC. Instituto de Pós Graduação Qualittas, Piracicaba-SP, 2011. MEDEIROS, A. S. L. Utilização de vários tipos de amidas como agentes crioprotetores para espermatozoides de garanhão. 2003. Dissertação de Mestrado - Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP: 2003. MELO, C. M. Ação dos crioprotetores na biotecnologia se sêmen congelado. (Seminário de Mestrado): Botucatu, 2003. NASCIMENTO, J. N.; BLUME, H.; OLIVEIRA, F. J. G.; OLIVEIRA, R. A. Utilização de diferentes diluentes na criopreservação de espermatozoides de garanhões Mangalarga marchador. Ciência Animal Brasileira v.16, n.3, p.324-330, jul./set. 2015.