Prioridades estratégicas



Documentos relacionados
ENTIDADES AUTO-REGULADORAS DO MERCADO ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

A CVM e a Autorregulação no Mercado de Capitais

Por que abrir o capital?

Os Segmentos de Listagem da BM&FBOVESPA para Pequenas e Médias Empresas 15/10/13

Apresentação. Apresentação. Adesão ao Nível 1 de Governança Corporativa. Requisitos para Adesão ao Nível 1

Aos Fundos exclusivos ou restritos, que prevejam em seu regulamento cláusula que não obriga a adoção, pela TRIAR, de Política de Voto;

Fundos de Investimento

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

Comitê Consultivo de Educação Programa TOP Derivativos II Regulamento

21º Congresso APIMEC: O Papel do Mercado de Capitais em um Mundo Sustentável. Autorregulação e a Atividade do Profissional de Investimento

La Supervisión de los Custodios en Brasil. Aspectos Legales

Termo de Referência para contratação de consultor na modalidade Produto

Proposta da CVM pode reduzir acesso a investimentos isentos de IR; mercado questiona

4º PAINEL: INVESTIMENTO PRIVADO, INVESTIMENTO PÚBLICO E MERCADO DE CAPITAIS NO BRASIL

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (NEPEC/UCB)

Banco Mercedes-Benz RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ Base: Janeiro 2014

Os dados apresentados na exposição de motivos demonstravam que:

Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

AGENDA DE CURSOS E EVENTOS

Pesquisa de Satisfação

ANÚNCIO DE INÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO DO Fundo de Investimento Imobiliário Votorantim Securities CNPJ/MF: /

Procedimentos e Controles Internos - Distribuição de Fundos de Investimento Imobiliários. RB Capital DTVM

INSTRUÇÃO CVM Nº 554, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA INSTRUÇÃO CVM Nº 564/15.

Equipe da GCO: 1. Carlos Campana Gerente 2. Maria Helena 3. Sandro 4. Mariana

GARDEN CITY PARTICIPAÇÕES E GESTÃO DE RECURSOS LTDA. POLÍTICA DE EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO EM ASSEMBLÉIAS DEZEMBRO/2013

Alternativas de Funding para Infraestrutura no Mercado de Capitais Brasileiro

Nível 1. Governança Corporativa

CARTA DE OPINIÃO - IBGC 1 Comitê de Auditoria para Instituições Financeiras de Capital Fechado


9) Política de Investimentos

Gerenciamento de capital e ICAAP

O Comitê de Pronunciamentos - CPC. Irineu De Mula Diretor da Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Estágio das Ações 2014

Parecer do Comitê de Auditoria

Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação PETI

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG POSIÇAO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008

Política de Exercício de Direito de Voto em Assembleias Março / 2014

Unidade III. Mercado Financeiro. Prof. Maurício Felippe Manzalli

Programa de Incentivo ao Mercado de Renda Fixa BNDES

Pesquisa Política de Divulgação e Negociação

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

Workshop de Securitização FIDC E CRI. Comitê de FIDCs da ANBIMA Ricardo Augusto Mizukawa

PLANO DE TRABALHO Rede Nacional de Jovens Líderes

experiência Uma excelente alternativa em serviços de auditoria

Política de Suitability

Dar exclusividade de parceria a FURNAS, por si e suas afiliadas, no caso de participação nos Leilões promovidos pela ANEEL.

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI

Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Pelotas - PREVPEL. Política de Investimentos Exercício de 2013

Política de Exercício de Direito de Voto em Assembleias Gerais Legal Brasil e Uruguai

1. Esta Política Institucional de Gestão de Continuidade de Negócios:

Discurso 04/12/2003. Dr. Alfredo Setubal

1. COMPETÊNCIAS DAS DIRETORIAS

DOUTOR MAURÍCIO CARDOSO-RS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO VICENTE

Padrão de Gestão e Transparência do Terceiro Setor

As principais alterações trazidas pela Instrução CVM 571 encontram-se resumidas abaixo.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2015

POLÍTICA DE VOTO 1.1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO

Conselho de Regulação e Melhores Práticas de Negociação de Instrumentos Financeiros DELIBERAÇÃO Nº 10

Política do Programa de Voluntariado Corporativo GRPCOM ATITUDE

Manual de Marcação a Mercado

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O VIDA FELIZ FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ / OUTUBRO/2015

Comitê Consultivo de Educação Programa TOP XIV. Dia 28 de julho de 2014 segunda-feira

e) visa estabelecer diretrizes aplicáveis ao posicionamento estratégico de comunicação e marketing das entidades integrantes do Sicoob.

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 %

EDITAL AUDITAR PROCESSO SELETVO Nº 2/2010

O QUE É A CVM? II - a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;

Curso de CPA 10 CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ANBIMA SÉRIE

POLÍTICA DE EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO DEX CAPITAL GESTÃO DE RECURSOS LTDA.

Política de Exercício de Direito de Voto

GESTOR DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO

Proibida a reprodução.

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SPINELLI FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ / SETEMBRO/2015

Política de Exercício de Direito de Voto

Supervisão de Mercados Penalidades e Termos de Compromisso

Depósito Centralizado, Custódia e Escrituração As novas regras vigentes a partir de julho 2014

RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 23 DE JULHO DE Brasil. CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Administração Financeira e Orçamentária I

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

POLÍTICA DE EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO EM ASSEMBLÉIAS GERAIS. CAPÍTULO I Do Objetivo

Como funcionam os fundos de investimentos

Tribunal de Contas da União. Controle Externo

POLÍTICA DE EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO EM ASSEMBLÉIAS METODO ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS LTDA.

Desafios Estratégicos para a Indústria de Fundos de Investimento. Marcelo Trindade mtrindade@trindadeadv.com.br Rio de Janeiro,

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ. 1 Objetivo. 2 Diretrizes. 2.1 Princípios para Gerenciamento do Risco de Liquidez

Mercado de Títulos Ligados ao Setor Imobiliário para Fundos de Pensão

PLANO DE TRABALHO Rede Nacional de Jovens Líderes

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO IBRI

RESULTADOS FINAIS DO ENCONTRO NACIONAL - ÁREA MEIO - ESTRATÉGIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

A Indústria de Fundos de Investimento no Brasil. Luiz Calado Gerente de Certificação da ANBID

Transcrição:

iniciativas 2013

Apresentação Este relatório traz um retrato das principais atividades da ANBIMA em 2013. Foi um ano de muito trabalho para a Associação: consolidamos nossos compromissos com os mercados que representamos, e isto se refletiu nas nossas principais iniciativas no período. Para facilitar a consulta, o documento está dividido em três partes. No primeiro bloco, mostramos um resumo do que de mais importante aconteceu no ano, consolidando as informações por temas. A segunda parte traz os destaques da atuação dos comitês, e a terceira, as estatísticas da supervisão de mercados. Superintendência geral e Comitê Executivo Sumário Prioridades estratégicas... 3 Associados e aderentes... 4 Pleitos atendidos... 5 Convênios e parcerias... 7 Relacionamento... 8 Outras frentes de atuação com reguladores... 10 Eventos... 11 Autorregulação... 12 NMRF... 13 Informações... 14 Educação... 16 Atuação internacional... 17 Selic, Galgo, RTM, Brain e IBCPF... 18 Comunicação... 19 Gestão interna... 20 Atuação dos Comitês... 21 Estatísticas da Supervisão... 47 Organismos da Supervisão... 50

Prioridades estratégicas Desenvolver o mercado de títulos privados e ações no Brasil Promover o aprimoramento tributário nos mercados financeiro e de capitais Estimular a transformação do mercado com maior foco na distribuição Incentivar a educação financeira do investidor Os avanços alcançados em 2013 contemplam iniciativas relativas ao aprimoramento dos produtos de captação, com a evolução da regulação das letras financeiras e a regulamentação do COE. Em relação aos esforços para o fomento à liquidez, merecem destaque as propostas para as compromissadas com títulos privados e para a flexibilização das operacões de derivativos de crédito. Finalmente, a Associação engajou-se no projeto para ampliar o acesso das companhias ao mercado de capitais, um esforço conjunto de diversas entidades e instituições. Veja nas páginas 5, 6, 8, 24 e 35 O fortalecimento da interlocução da Associação com o governo, especialmente com o Ministério da Fazenda, contribuiu para um endereçamento mais sistemático das questões tributárias de interesse dos mercados representados pela entidade. Paralalamente, foi concluido o mapeamento dos temas tributários nos diversos organismos da Associação, de forma a consolidar a pauta e a permitir que a Diretoria ratificasse uma priorização dos pleitos endereçados ao governo. Veja nas páginas 5, 6, 8, 26 e 43 A Associação deu passo importante em direção a um mercado mais focado no investidor com a ampliação das práticas de API (suitability) para todos os produtos de investimento, por meio da autorregulação. Atuou ainda no universo de pessoas jurídicas, contribuindo com proposta para a regulação do suitability neste segmento. O ano também registrou uma interlocução próxima e intensa do mercado com a CVM com o objetivo de discutir o novo arcabouço regulatório para os fundos 409. Veja nas páginas 6, 8, 22 e 31 A Associação passou a estimular os associados a engajarem-se nos esforços de educação. O ano também registrou o aumento da projeção internacional da ANBIMA, que agora faz parte do conselho do IFIE (Fórum Internacional de Educação de Investidores). Ainda em 2013 a entidade relatou sua experiência em educação em evento da OCDE e co-organizou evento internacional de educação junto com a CVM. Avançou também o projeto da universidade do investidor, que será lançado no início de 2014. Veja nas páginas 11, 16, 17 e 39 Fortalecer a representação e a coordenação dos interesses dos associados A entidade discutiu e concluiu proposta de reestruturação dos organismos de fundos. Reuniões multidiciplinares ao longo do ano ajudaram no endereçamento de temas complexos que envolvem vários segmentos de mercado. Também evoluiu o relacionamento com diversas instituiçoes públicas e privadas, com processo de aproximação com CNF, Fazenda, CVM, BC e Abrapp. Foi firmado convênio com o BNDES, além de expandidas as pautas com a Cetip e a BM&FBovespa. A Associação também participa ativamente das atividades do GT Interagentes. Veja nas páginas 7 e 8 Aprimorar a eficiência e eficácia da gestão interna da Associação A nova estrutura interna da Associação buscou fortalecer os compromissos de representar e educar, com a criação das superintendências de Educação e de Representação Técnica. A nova organização da área de Produtos, que passou também por reestruturação, buscou também aprimorar a atividade. A Associação consolidou ainda novo desenho de governança para área de TI. Concomitantemente com as reorganizações estruturais, a entidade fortaleceu as politicas de RH, com programa de treinamento e formação de lideranças. Veja na página 20 3

Associados e aderentes Mais de 140 Reuniões Individuais com Associados Relacionamento com associados A ANBIMA busca manter um canal aberto e permanente com as instituições associadas. Em 2013, ocorreram mais de 140 reuniões individuais com associados para identificar e entender suas principais demandas e endereçá-las internamente. Algumas dessas solicitações e sugestões foram atendidas como, por exemplo, a criação do guia de prazos dos códigos de autorregulação (veja mais na página 12) e a possibilidade de os associados assistirem aos workshops da ANBIMA pela internet. Também foram visitadas 27 instituições aderentes, das quais três se tornaram associadas. Fechamos o ano de 2013 com 309 associados. Filiações e adesões Até setembro de 2013, a ANBIMA recebeu três pedidos de filiação e 179 de adesão aos códigos, o que representa 87 instituições interessadas em aderir às melhores práticas de mercado. O Conselho de Ética é responsável por avaliar a documentação e recomendar ou não a aprovação da filiação/adesão à Diretoria. Adesão ao Código de Fundos O processo de adesão ao Código de Fundos de Investimento para instituições que não possuem fundos sob administração e/ou gestão sofreu alterações. As instituições que aderirem ao código em situação préoperacional terão o prazo de 180 dias para iniciar suas atividades, ou seja, passarem a gerir ou administrar ao menos um fundo. Haverá também aplicação de prazo para retorno às atividades das instituições já aderentes e que tenham deixado de ser operacionais. Perfil dos Associados CTVM 44 Banco de Investimento 7 Banco Comercial 13 Demais instituições - 6 DTVM - 39 309 ASSOCIADOS Banco Múltiplo - 72 Assets 128 140 120 100 80 60 40 20 0 309 associados, 151 participam de comitês Veja a distribuição por segmento 128 59 Assets 38 Banco Múltiplo 72 5 13 Banco Comercial 7 7 Banco de Investimento Associados com participação em comitês 18 CTVM 44 21 DTVM 39 3 6 Demais Instituições Total de associados Distribuição Geográfica 1,9 % - Nordeste 0,6 % - Norte 1,3 % - Centro-Oeste 3,9 % - Sul dados até novembro/2013 92,3 % Sudeste São Paulo - 59,9% Rio de Janeiro - 28,5% Minas Gerais - 3,6% Espírito Santo - 0,3% dados até novembro/2013 4

Pleitos atendidos Durante o ano, 11 sugestões e propostas enviadas pela Associação foram incorporadas em mudanças promovidas pelos órgãos reguladores. Inclusão dos CRIs e FIDCs na Lei nº 12.431 Em julho, com a publicação da Lei nº 12.844, que alterou a Lei nº 12.431, foram incluídos os CRIs e FIDCs no conjunto de ativos que oferecem benefícios fiscais aos investidores. A nova lei incorporou os dispositivos previstos anteriormente na MP nº 601. Divulgação de materiais publicitários durante oferta pública Em julho, a CVM divulgou ofício que orienta as instituições intermediárias sobre os materiais publicitários que podem ser veiculados durante o período de uma oferta pública. Foram destacadas exigências para materiais impressos, enviados por e-mail ou disponíveis em sites, áudio e vídeo. Os participantes dos comitês de Finanças Corporativas e Produtos Financeiros Imobiliários contribuíram com o envio de sugestões. Redesconto de um dia para instituições não bancárias O CMN autorizou em março, por meio da Resolução nº 4.191, as instituições não bancárias a realizarem operações de redesconto de um dia, possibilitando às corretoras, distribuidoras, cooperativas de crédito e financeiras o acesso à linha de liquidez oferecida pelo BC. Antes, apenas os bancos tinham acesso a esse benefício. A medida é resultado de discussões do Comitê de Mercado com o BC. Aplicação de recursos de entidades fechadas de previdência complementar O CMN alterou, no final de outubro, as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas EFPCs (Entidades Fechadas de Previdência Complementar) por meio da publicação da Resolução nº 4.275. Entre as novidades está a possibilidade de realização de empréstimos de títulos por fundos multimercados. A permissão foi sugestão enviada pela ANBIMA para a Previc em 2012. Mercado de câmbio e capitais internacionais Em setembro, o BC alterou a norma referente ao mercado de câmbio e de capitais internacionais. Uma das sugestões atendidas foi a manutenção do número de códigos de capitais estrangeiros que devem ser informados nos investimentos realizados no Brasil. A medida foi publicada na Circular nº 3.667, que altera a Circular nº 3.626 e o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais. Representantes do Subcomitê de Serviços de Investidores Estrangeiros discutiram a circular nº 3.626 junto à Febraban e contribuíram com o envio de proposta para a autarquia. A circular nº 3.626 previa a adoção de mais códigos, que entrariam em vigor em outubro. Com a nova circular, o número de códigos permanece o mesmo e passa a vigorar em fevereiro de 2014. Regulamentação do COE Pauta de longa data da Associação, a regulamentação do COE, anunciada em setembro, traz uma nova opção de produto aos investidores. Por meio de um único instrumento, as instituições financeiras passarão a oferecer estratégias sofisticadas de investimento como, por exemplo, as que podem envolver referências de remuneração ligadas a vários tipos de ativos, como ações, taxas de câmbio e índices. Além disso, o COE propicia maior transparência aos reguladores, que terão uma ideia mais clara da exposição dos clientes. As discussões para criação do produto aconteceram desde 2007 por meio do Comitê de Produtos de Tesouraria e do Subcomitê de Derivativos de Balcão. //// continua 5

Pleitos atendidos Durante o ano, 11 sugestões e propostas enviadas pela Associação foram incorporadas em mudanças promovidas pelos órgãos reguladores. Distribuição das letras financeiras A minuta da audiência pública da ICVM nº 400, publicada em março, alterou o PDC (Programa de Distribuição Contínua) das letras financeiras, incorporando propostas dos Comitês de Tesouraria e de Finanças Corporativas. A principal mudança é a possibilidade de as instituições financeiras transmitirem algumas informações apenas no momento do registro da distribuição, isto é, quando ocorrer efetivamente a emissão. Práticas de investor education nas ofertas A ICVM nº 538, publicada em outubro, reconhece o trabalho de educação de investidores realizado pelos analistas de valores mobiliários. Com a finalidade de evitar conflitos de interesse nas ofertas, instrui estes profissionais a utilizarem relatórios de análise sem a indicação de recomendação, a não se comunicar com pessoas ligadas à área de Distribuição da emissora e a manter registros dos investidores que participaram das atividades de educação. A ANBIMA discute o tema desde 2010, quando a CVM colocou a Instrução em audiência pública, e os representantes do Comitê de Finanças Corporativas contribuíram com o envio de sugestões. Ampliação dos tipos de operações realizadas durante ofertas públicas Em abril, a CVM ampliou o conjunto de operações que pode ser realizado pelas instituições intermediárias durante o período de oferta pública. Entre as mudanças, merece destaque a admissão de operações destinadas a cumprir obrigações assumidas antes do início do contrato de vedação, decorrentes do vencimento de contratos de compra e venda a termo. A alteração foi resultado do esforço conjunto da autarquia com o Comitê de Finanças Corporativas, que participou desde 2011 dos debates e reuniões sobre o tema. Tributação de fundos para investidores não residentes A publicação da MP nº 627, em novembro, alterou a legislação tributária federal relativa aos fundos. Um dos destaques é a concessão do benefício de alíquota zero para os rendimentos decorrentes da aplicação de investidores não-residentes (exceto de paraísos fiscais) em cotas de fundos. O único pré-requisito é que os fundos contenham em suas carteiras ativos sujeitos à isenção de IR ou alíquota zero, quando pagos ou creditados para esses investidores. Essa norma iguala o investimento dos nãoresidentes em ativos e fundos, em linha com os pleitos da Associação. Procedimentos de suitability A CVM editou no mês de novembro a ICVM nº 539, que regulamenta o dever de suitability. A nova regra torna obrigatória a verificação da adequação dos produtos e serviços ao perfil do cliente no mercado de valores mobiliários. Diversos organismos da ANBIMA, em especial o Comitê de Distribuição de Produtos no Varejo, participaram das discussões sobre a nova Instrução que acabou contemplando várias sugestões da Associação. Entre essas, ficou estabelecida a obrigatoriedade do procedimento na realização da operação ou na recomendação do valor mobiliário suprimindo-se o termo oferta dessas situações. Além disso, analistas e administradores de carteira foram excluídos da obrigatoriedade de verificação, uma vez que esses profissionais têm suas atividades voltadas para o produto e não para o cliente. Outra mudança foi a dispensa do processo no caso de pessoas jurídicas classificadas como investidores qualificados objeto de pleito formal da ANBIMA e para investidores não-residentes e analistas, administradores de carteiras e consultores em relação a seus recursos próprios. 6

Convênios e parcerias Uma forma de articulação dos interesses dos associados acontece por meio de convênios formais e parcerias de cooperação. Confira os firmados ao longo de 2013. BNDES Convênio para intercâmbio de informações entre as entidades, cuja finalidade é fomentar e estimular os mercados financeiro e de capitais, especialmente o segmento de renda fixa no país. Assinado em novembro durante o 5º Seminário de Renda Fixa e Derivativos de Balcão, o convênio também prevê o acesso do BNDES ao Sistema REUNE ANBIMA, no qual poderá registrar suas negociações de debêntures realizadas no mercado secundário. Consulado Britânico Parceria no projeto Suporte da Experiência Britânica no Fortalecimento da Regulação Financeira no Brasil, com o objetivo de analisar comparativamente os mercados de dívida corporativa britânico e brasileiro e propor soluções para melhorar a emissão e a negociação destes ativos no Brasil. Composição: ANBIMA, Brain, CNI e CVM. CAF Apoio à criação do órgão de autorregulação, que busca assegurar condições equitativas nas ofertas públicas de aquisição de ações e operações de reorganização societária. Em setembro foi realizado evento na ANBIMA para apresentação da estrutura e detalhamento do funcionamento do organismo. Composição: ANBIMA, Amec, BM&FBovespa e IBGC. GT Interagentes Criação de grupo com o objetivo de estreitar a colaboração entre instituições públicas e privadas para elaboração de uma agenda positiva visando a fortalecer o mercado de capitais brasileiro. Há três subgrupos de trabalho: GT Relacionamento Público-Privado, GT Responsabilidade dos Administradores e GT Efetividade da Regulação e Autorregulação. Composição: Abrapp, Abrasca, Abvcap, Amec, ANBIMA, Apimec, BM&FBovespa, Brain, IBGC (coordenação), Ibmec e Ibri. Instituições observadoras: CVM e BNDES. Abrapp Aproximação entre as duas entidades visando parceria no desenvolvimento de projetos para aprimorar o arcabouço regulatório dos investidores institucionais, intercâmbio de informações técnicas e divulgação das atividades das entidades para os seus públicos. GT Intermediários Formação de grupo visando ao aperfeiçoamento e racionalização de processos para otimizar as atividades realizadas pelas corretoras e distribuidoras, e discutir proposta de novo modelo do segmento de intermediação. Composição: ANBIMA, Ancord, BSM e Cetip. 7

Relacionamento Confira as principais atividades que a ANBIMA manteve com órgãos reguladores e outras entidades de mercado ao longo do ano. Banco Central GT de entendimentos com o Denor. Discussão de temas relevantes para o mercado:» Desenvolvimento do mercado de títulos privados, com ênfase na possibilidade de o BC realizar operações compromissadas com títulos privados;» COE e derivativos de crédito;» Medidas de desindexação;» Custos de observância e revisão das atividades das corretoras/distribuidoras;» Racionalização de informações (em conjunto com CVM);» Aperfeiçoamentos no sistema Selic (ver páginas 18 e 33);» Programa Otimiza BC. Cade Participação em grupo de discussão da Resolução nº 02. Em fevereiro foi finalizada a análise realizada pela ANBIMA, a pedido da autarquia, sobre os impactos do documento na indústria de fundos. CVM Participação no debate do planejamento estratégico da CVM para os próximos 10 anos. GTs de entendimentos com comitês de Fundos de Investimento; Finanças e Produtos Imobiliários. Participação no GTRI Grupo de Trabalho de Regulação Internacional. Mesas-redondas: Dívida Corporativa e Reformas no Mercado de Derivativos de Balcão. Reforma da ICVM nº 409. Suitability para pessoa jurídica. Atividade das corretoras/distribuidoras Racionalização de informações (em conjunto com BC) Resposta aos editais de audiência pública (veja seção Atuação dos Comitês, págs 21 a 46). Debate sobre regulamentação de ETF de Renda Fixa. CNF Interlocução com os poderes legislativo, executivo e judiciário sobre assuntos de interesse do setor financeiro brasileiro. Durante o ano a ANBIMA passou a acompanhar de forma mais sistemática o trabalho da Confederação, que incluiu na sua pauta temas da agenda estratégica da ANBIMA, como o estímulo ao financiamento de longo prazo e a educação financeira. Receita Federal Discussões sobre o Dirf e informe de rendimentos, informe de renda variável (IN nº 1349), implicações decorrentes do fim do RTT (Regime de Tributação Transitório) e os impactos do Siscoserv. Tesouro Nacional Discussão das regras de dealers. Debate sobre alteração do convênio para a utilização da família IMA como benchmarks de ETF de Renda Fixa. Ministério da Fazenda Trabalho conjunto no aprimoramento da Lei nº 12.431 e no fomento do financiamento de longo prazo de infraestrutura. Debate sobre derivativos de crédito no âmbito do GT Governo de Derivativos. Ciência sem fronteiras Doação de 100 bolsas de estudos, o equivalente a US$ 2,7 milhões, para o programa Ciência sem fronteiras, do governo federal. A iniciativa tem o objetivo de promover o intercâmbio de estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação em universidades internacionais. Previc Realização de reuniões do convênio para acompanhamento dos pleitos enviados. Realização de workshops para a área técnica da Superintendência sobre FIDCs, FIPs, CRIs e o arquivo de posição de ativos 5.0. Realização de consulta formal sobre os limites de aplicação dos fundos de pensão em CRI. CRSFN Indicação de Bruno Meyerhof Salama para o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, em setembro, em substituição a Gilberto Frussa, que terminou seu mandato. Susep Realização de reuniões do convênio para discussão de aprimoramento regulatório e ampliação do rol de produtos a serem ofertados pelo Sistema Financeiro às sociedades supervisionadas pela Susep. 8

Relacionamento Confira as principais atividades que a ANBIMA manteve com órgãos reguladores e outras entidades de mercado ao longo do ano. Abrasca BM&FBovespa Codim Cetip Participação de membros do Comitê de Fundos de Ações na Comissão Julgadora do 15º Prêmio Abrasca. Apimec Indicação de representante para o Conselho de Supervisão do Analista de Valores Mobiliários da entidade. Abvcap Debate para o aprimoramento do convênio, firmado em 2011, com o objetivo de desenvolver as práticas de private equity e venture capital no mercado brasileiro. Ancord Participação em grupo misto, junto com BM&FBovespa e Cetip, para discussão da ICVM nº 89. Apresentação de proposta de novo modelo de segmento de intermediação financeira ao comitê da Ancord. Discussão das atividades do Grupo de Estudo de Reformulação do Segmento de Intermediação. Participação em grupo misto, junto com Cetip e Ancord, para discussão da ICVM nº 89. Realização de apresentações técnicas sobre plataformas de negociação da BM&FBovespa. Discussão de temas:» Projeto de integração das clearings;» Atividades do Grupo de Estudo de Reformulação do Segmento de Intermediação ;» Desenvolvimento do mercado de títulos privados;» Possibilidade de registro das operações compromissadas longas e das operações de empréstimo de títulos privados de renda fixa;» Possibilidade de registro exclusivo em garantias nas câmaras/depositárias;» Esclarecimento de dúvidas dos custodiantes locais e investidores estrangeiros;» Classificação de fundos imobiliários;» ICVM nº 472. Endereçamento de melhorias nos processos operacionais e legais relativos às operações de debêntures. Participação nas discussões mensais sobre melhores formas de divulgação de informações das companhias abertas. CIP Realização de reuniões regulares para adequar o sistema C3 (Central de Cessão de Crédito) aos FIDCs. Febraban Discussão conjunta sobre:» Fatca;» Naturezas cambiais estabelecidas pela Circular nº 3626 (ofício conjunto). Ibracon Discussão das práticas contábeis e da elaboração da diretriz de precificação e provisionamento dos FIDCs e revisão das cartas de conforto (NPA 12); Participação em grupo de estudos sobre produtos híbridos. Participação em grupo misto, junto com BM&FBovespa e Ancord, para discussão da ICVM nº 89. Realização de apresentações técnicas sobre plataformas de negociação da Cetip. Discussão de temas:» Desenvolvimento do mercado de títulos privados;» Atividades do Grupo de Estudo de Reformulação do Segmento de Intermediação ;» Possibilidade de registro das operações compromissadas longas e das operações de empréstimo de títulos privados de renda fixa;» Possibilidade de registro exclusivo em garantias nas câmaras/depositárias.» Melhorias no sistema de registro e de negociação de FIDCs e de CRIs. Endereçamento de aprimoramentos operacionais referentes à atividade de escrituração de ativos e melhorias nos processos operacionais e legais relativos às operações de debêntures. 9

Outras frentes de atuação com reguladores Frente conjunta com CVM e BC Desde agosto, a Associação, o BC e a CVM mantém um fórum conjunto que tem o objetivo de racionalizar processos ou procedimentos regulatórios, sobretudo informacionais, dos mercados financeiros e de capitais. Já foram realizados dois encontros e enviado um ofício, em novembro, com sugestões envolvendo procedimentos de ouvidoria, auditoria, controles internos, cadastrais e de envio de informações que podem ser otimizados. Infraestrutura Um grupo multidisciplinar composto por representantes de diversas instituições associadas foi criado com o propósito de analisar os instrumentos compatíveis com a Lei nº 12.431. Com a evolução do trabalho, o grupo passou a reunir esforços para a elaboração de um produto específico: o fundo de infraestrutura de renda fixa, veículo que poderá oferecer isenção de IR para pessoas físicas e não residentes, no âmbito da lei. A proposta do novo instrumento foi elaborada e apresentada à CVM e à SPE. Regulação Internacional O grupo discute as principais reformas regulatórias em andamento no nível internacional, bem como seus impactos no Brasil. Além de representantes dos comitês da ANBIMA, conta com a participação de profissionais da Cetip, da BM&FBovespa e da CVM. Entre as principais atividades realizadas no ano estão a mesa-redonda promovida para os players do mercado sobre a reforma regulatória de derivativos de balcão e a produção de um estudo comparativo entre a regulação brasileira do mercado de derivativos e a americana. 10

Eventos 7º Congresso ANBIMA de Fundos de Investimento 9º Seminário ANBIMA de Direito do Mercado de Capitais 5º Seminário de Renda Fixa e Derivativos de Balcão Discussão sobre os novos caminhos que estão sendo traçados na gestão de fundos, com um olhar ainda mais focado nas necessidades do investidor. Debate sobre as questões atuais da legislação do mercado financeiro brasileiro e as soluções jurídicas vislumbradas pelos principais especialistas. As iniciativas necessárias para fomentar o financiamento de longo prazo pautaram o encontro. 1.100 participantes 205 participantes Workshops Mesas-redondas com reguladores Em 2013, os encontros passaram a contar com a transmissão via internet por sistema de webinar, o que permitiu a participação de maior número de associados e aderentes. Dívida corporativa agosto Confira os encontros desse ano: Autorregulação de Fundos Imobiliários Apresentação e detalhamento das novas regras desses fundos incluídas no código. 145 presentes 440 online Comunicação com Investidor Ofertas Públicas Código de Fundos Compartilhamento de informações, experiências e metodologias com o objetivo de sensibilizar os associados sobre a importância da comunicação com os investidores. Apresentação da atuação da supervisão de ofertas nos últimos anos, abrangendo atividades de autorregulação, o convênio com a CVM e o NMRF. Explicação sobre o escopo do código, o processo de inserção e evolução de suas regras e apresentação dos procedimentos de supervisão. 120 presentes 53 online 121 presentes 32 online 61 presentes 120 online 268 participantes Objetivo discutir formas de incentivar as emissões de valores mobiliários de dívida corporativa no Brasil. Foram debatidas propostas de alterações regulatórias nas instruções nos 480, 400 e 476 da CVM. Participantes ABBC, BM&FBovespa, Cetip e CVM Derivativos de Balcão agosto Objetivo debate sobre as reformas regulatórias do mercado de derivativos de balcão em curso em outros países e seus impactos no Brasil. Participantes BC, CVM COE novembro Objetivo levantar questões, dúvidas e esclarecimentos referentes ao COE e detalhar o funcionamento do novo produto Participantes BC, BM&FBovespa, Cetip 11

Autorregulação Atualizações nos Códigos Certificação CEA passou a ser obrigatória. Fim da possibilidade de novas isenções CGA, bem como mudanças para sua atualização. Fundos Reorganização do conteúdo, que passou a ser dividido por capítulos gerais e anexos específicos (fundos regulados pela Instrução nº 409, FIDCs e fundos imobiliários), com destaque para a inserção dos fundos imobiliários, incluindo o início da construção de uma base de dados para este segmento. Ofertas Públicas Esteve em audiência pública até outubro, para reorganização do conteúdo, que passou a ser dividido em regras gerais e capítulos por tipo de valor mobiliário. Foram incluidas regras para as ofertas de CRI, para a atividade dos agentes fiduciários e previsão de base de dados para alguns valores mobiliários. Private Novas regras de qualificação e treinamento como, por exemplo, a obtenção da certificação CFP (Certified Financial Planner) de 75% dos gerentes e desenvolvedores de negócios até 2016. O primeiro prazo de adequação é no final de 2013. Até essa data, 30% desses profissionais deverão possuir certificação CFP. Gestores de Patrimônio Definição mais clara da figura do gestor de patrimônio estabelecendo novas exigências mínimas como, por exemplo, a obrigatoriedade de possuir junto a CVM registro de administrador de carteiras e possuir contrato de gestão de patrimônio com cada cliente. Negociação de Instrumentos Financeiros Reorganização e atualização do conteúdo com a inclusão, por exemplo, de práticas de natureza prudencial. Participação em livro O modelo de autorregulação da ANBIMA e os procedimentos de supervisão e enforcement foram tema de capítulo do livro La protección del inversor em Iberoamérica, lançado pelo IIMV (Instituto Ibero-americano de Mercados de Valores) em abril. A Associação foi a única entidade autorreguladora que participou da publicação. Varejo Em setembro, foi concluído o processo de adesão das instituições ao Código de Varejo, que entrou em vigor em 1º de fevereiro. Ao todo, 93 instituições deverão seguir as melhores práticas na comercialização de produtos no segmento, sendo que 20 ainda aguardam a aprovação do Conselho de Regulação. Entre elas estão bancos, distribuidoras e corretoras. No segundo semestre, foram divulgadas as diretrizes de API (Análise do Perfil do Investidores) e de base de dados. A primeira estabelece procedimentos mínimos que deverão ser seguidos pelas instituições para verificar a adequação dos produtos ao perfil de seus investidores. Já a de base de dados estabelece as regras para envio de informações de comercialização dos produtos no segmento. Veja as estatísticas e a composição dos organismos de supervisão nas páginas 47 e 50 Guia de prazos A Associação divulgou um guia de orientação para o cumprimento dos prazos estabelecidos nos códigos de autorregulação. Destinado às instituições associadas e aderentes aos códigos, o guia lista todos os documentos que devem ser enviados à entidade periodicamente, com seus respectivos prazos. Guia de orientação para cumprimento dos prazos estabelecidos nos Códigos de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA Supervisão in loco Versão 3 - Atualizado em: 15/07/2013 O documento, atualizado constantemente, pode ser consultado utilizando-se o QR-Code acima. A partir deste ano, a área de Supervisão passou a aplicar um questionário de avaliação para as instituições que passaram por supervisão in loco, de forma a avaliar a efetividade dos trabalhos realizados e coletar sugestões de melhorias. Além disso, no primeiro semestre começou a supervisão in loco das instituições aderentes aos códigos de Negociação de Instrumentos Financeiros e de Gestão de Patrimônio Financeiro. Convênio CVM/ANBIMA para as ofertas de CRI Com a ampliação do Convênio CVM/ANBIMA para CRI, duas ofertas foram analisadas pela ANBIMA neste ano, sendo que uma delas foi cancelada por condições de mercado e outra, da Ápice Securitizadora Imobiliária, foi registrada em novembro, demonstrando a consolidação do procedimento para este valor mobiliário. Desde 2008, quando foi firmado o convênio, 131 ofertas públicas foram analisadas pelo procedimento simplificado, sendo que 19 delas no exercício de 2013. 12

nmrf Fortalecimento do nmrf No último trimestre do ano, a Diretoria da ANBIMA aprovou mudanças nas regras do Código para o Novo Mercado de Renda Fixa, editado em 2011. O objetivo é fortalecer o NMRF como um ambiente indutor do desenvolvimento do mercado de títulos privados de renda fixa e ampliar o papel do mercado de capitais como fonte de financiamento de longo prazo das empresas brasileiras, por meio da padronização das emissões, que são identificadas pelo selo do NMRF. confira as propostas Os ativos passarão a ser registrados como nível I e nível II. No primeiro, os ativos devem atender às regras atuais do NMRF, sem a distinção dos segmentos de curto e longo prazo. No segundo, os ativos contarão com regras mais restritivas para o alongamento e desindexação: serão admitidos apenas ativos emitidos por instituição não-financeira, ofertados publicamente por meio da ICVM nº 400, com prazo médio ponderado superior a quatro anos, remuneração prefixada e que atendam a critérios de padronização mínima. Para incentivar as emissões de nível II, será criado um selo ao qual se buscará atrelar incentivos fiscais específicos. transparência às informações Com o objetivo de dar maior visibilidade ao cumprimento das exigências estabelecidas no código da ANBIMA para as emissões registradas no NMRF, foi desenvolvida uma área no portal da Associação que incluirá o conceito e o propósito da iniciativa e uma tabela com consulta direta às emissões para acesso a informações como a situação do registro da oferta e o detalhamento das características dos ativos por série. Também serão disponibilizados links para ferramentas que auxiliam nas negociações, como a calculadora Confere, as informações de precifi cação e os resultados dos negócios. A etapa de testes já foi concluída e a novidade está em fase de implantação. registros Foram concedidos seis registros de ofertas no NMRF. Destes, quatro tiveram as emissões canceladas por condições desfavoráveis de mercado. iniciativas 2013 13

Informações O compromisso da ANBIMA de produzir e disseminar informações sobre os mercados foi fortalecido com a expansão do conjunto de informações disponibilizadas. Textos para discussão Lançada em setembro, a série trata de maneira mais aprofundada e técnica de assuntos relacionados aos mercados e à indústria de fundos. O primeiro número teve como tema os debates realizados no 7º Congresso de Fundos de Investimento, que aconteceu em maio. A próxima edição está sendo elaborada e trará os debates travados no 5º Seminário de Renda Fixa e Derivativos de Balcão. Novas Bases de dados A ANBIMA passou a divulgar duas novas bases de dados no ano: a do segmento de varejo e a de gestão de patrimônio financeiro. A primeira traça o retrato trimestral da distribuição dos produtos para os clientes varejo e varejo alta renda. Já a base de gestores, divulgada semestralmente, traz um mapeamento do segmento com dados como ativos sob gestão e distribuição geográfica dos clientes. Boletim de Varejo Paralelamente à divulgação da nova base de dados de varejo, a ANBIMA lançou o boletim anual do segmento. A publicação mostra o detalhamento das estatísticas, além de segregá-las por segmento varejo e varejo alta renda. Produtos de captação Ao longo do último trimestre do ano, foi elaborado um novo número da série Produtos de Captação, que tratará dos fundos imobiliários e deve ser lançado no início de 2014. A publicação aborda as principais características dos produtos, em especial aqueles em estágio incipiente de desenvolvimento. Boletins de fundos e de mercado de capitais Durante o ano, foram reformulados os boletins estatísticos mensais de mercado de capitais e de fundos de investimento. Os lançamentos serão em dezembro e janeiro, respectivamente. Informes de legislação Em 2013, foram divulgados dez novos informes de legislação, sempre em linha com as atualizações e publicações de novas normas pelo governo e órgãos reguladores. Os temas tratados pelos informes foram: aplicação de recursos de entidades abertas de previdência complementar, registro de garantias no mercado de capitais e SPB, Otimiza BC, Basileia III no Brasil, COE, fundos de índice de renda fixa, suitability no mercado de valores mobiliários, dealers do TN e do BC (atualização), redesconto para titulares de conta de liquidação (atualização) e letras financeiras (atualização). IDkA 15 Lançado no mês de novembro, o subíndice IDkA IPCA 15A reflete o comportamento de títulos públicos sintéticos atrelados ao IPCA e com prazo de 15 anos. O novo indicador visa a adequação da atual distribuição de durations dos títulos públicos indexados ao IPCA. Relatório de Acompanhamento Macroeconômico Publicação elaborada com base na reunião do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico, que acontece a cada 45 dias, sempre antes da reunião do Copom. O relatório, lançado em agosto, traz a análise dos mais de 20 economistas participantes do comitê e as projeções para os principais indicadores da economia e do mercado. Calculadora Confere No ano, foram incluídas 110 debêntures na ferramenta o que representa, no total, 79% do volume negociado no mercado secundário de debêntures. Além disso, passou a contar uma nova função: a divulgação de preços e taxas de ativos em operações com liquidação no dia seguinte, conhecidas como D+1. Antes a calculadora só permitia o cálculo para ativos liquidados no mesmo dia. 14

informações O compromisso da ANBIMA de produzir e disseminar informações sobre os mercados foi fortalecido com a expansão do conjunto de informações disponibilizadas. Sistema REunE AnBiMA Em 2013, o sistema completou um ano de funcionamento. No período, foram registradas 318 séries de debêntures. Entre as novidades deste ano estão: Integração com as ferramentas TOMS, da Bloomberg, e Trader e Voice, da Cetip; Criação de novas funções, como a possibilidade da criação de grupos de operadores e perfis de profissionais de compliance, que passaram a poder visualizar todas as transações registradas por suas instituições. Versão online do Anuário de Fundos A iniciativa da Associação em parceria com a FGV, que tem fi nalidade de traçar um retrato da indústria de fundos, ganhou uma versão online. O hotsite traz informações da versão impressa do Anuário de Fundos para consulta de dados de maneira ágil e possibilita o download das informações quantitativas de qualquer instituição. produtos estruturados Começaram a ser criadas, em 2013, as bases de dados de produtos estruturados (fundos imobiliários, CRI, FIDC E FIP). Durante o último trimestre, foi desenvolvido projeto para disponibilizar as informações disponíveis sobre esses produtos no portal da ANBIMA. O primeiro módulo, previsto para o início de 2014, deverá ser composto pelas informações de CRI e fundos imobiliários. iniciativas 2013 indicadores reune O relatório mensal, lançado no mês de agosto, traz informações consolidadas sobre a liquidez de debêntures negociadas no mercado de balcão. A publicação é construída com base nos dados dos negócios registrados pelos players do mercado no Sistema REUNE ANBIMA. Precificação A Associação passou a dar preço diariamente para 29 novas séries de debêntures. Com as inclusões, a ANBIMA passou a precificar 88% do total dos negócios no mercado secundário. curvas de crédito Em novembro, foi lançada uma nova ferramenta que permite a consulta diária das estimativas das curvas de spread de crédito divididas por níveis de risco (rating). O objetivo é servir como referência para precificação de ativos de crédito privado e contribuir para o aumento de transparência no mercado. Rankings A Associação propôs alteração da metodologia do Ranking do Mercado Doméstico, que é composto por ofertas de renda variável, renda fi xa e produtos híbridos. As mudanças preveem a separação da metodologia de renda variável da de renda fi xa e produtos híbridos, e, na parte de renda variável, a unifi cação dos Rankings de Originação e Distribuição e a inclusão de novos instrumentos, como ETFs e títulos mandatoriamente conversíveis. 15

Educação Participações em eventos de educação Com o objetivo de ser uma das principais provedoras de informações na área de Educação de Investidores, a ANBIMA participa de fóruns nacionais que discutem o tema. Outubro Encontro com investidores O evento, promovido pela CVM, discutiu temas como operações do mercado de capitais, instrumentos financeiros e ações de proteção e orientação ao investidor. Dezembro Conferência de Educação do Investidor e Finanças Comportamentais A CVM e a ANBIMA realizarão, em parceria, o primeiro grande encontro no Brasil sobre como a educação pode influenciar, de maneira efetiva, o comportamento financeiro das pessoas. Veja na página 17 a atuação internacional da área de Educação. Trilha do conhecimento A área de Treinamento da ANBIMA passou por uma reformulação após análise dos programas de treinamento, da demanda dos alunos e do corpo docente. O trabalho levou cerca de cinco meses e resultou em um novo posicionamento para a Associação em sua atuação no setor: ser referência na educação continuada para o mercado. O público-alvo serão os profissionais certificados. Para isso, foi desenvolvida uma trilha do conhecimento que o profissional deve percorrer para se capacitar no desempenho de suas funções. Três novos cursos entrarão na grade em 2014: legislação do mercado de capitais, psicologia do investidor e planejamento financeiro, este último voltado para os profissionais do varejo. Certificações Até novembro, mais de 33 mil profissionais foram aprovados nas certificações da ANBIMA e aproximadamente 60 mil provas foram realizadas. A Associação atingiu a marca de 333,9 mil certificações emitidas desde 2002, ano em que o Programa de Certificação Continuada foi lançado. Confira abaixo os números das certificações (CPA-10, CPA-20, CGA e CEA) emitidas durante o ano por região: Universidade do investidor Já foram iniciadas as etapas de desenvolvimento do projeto piloto Universidade do investidor em parceria com a FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). Trata-se de um curso livre de educação financeira e de investidores para alunos universitários com o intuito de prover noções de como lidar com dinheiro. O lançamento do projeto está previsto para fevereiro de 2014. Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 0 5.000 10.000 15.000 1.293 4.888 3.176 6.833 Educação financeira no ensino médio 17.241 dados até novembro/2013 A AEF (Associação de Educação Financeira do Brasil), cujo Conselho a ANBIMA integra, conseguiu patrocínio para expansão do projeto piloto de educação financeira nas escolas de ensino médio. As aulas começarão no ano que vem em três mil escolas públicas em todo o Brasil. CGA A CGA (Certificação de Gestores ANBIMA) completou quatro anos com cerca de 400 profissionais certificados, superando as expectativas de adesão do mercado. A certificação é destinada a gestores de recursos de terceiros. cerca de 400 profissionais CGA 16

Atuação internacional Algumas atividades envolvem a participação da ANBIMA em fóruns ou em eventos internacionais. Em 2013, essa atuação internacional priorizou o acompanhamento das discussões regulatórias, tendo em vista a importância da agenda de reformas em curso e de seus desdobramentos no país, e a troca de informações na área de Educação do Investidor. No último caso, a ANBIMA integra a diretoria do Ifie (Fórum Internacional de Educação do Investidor) e lidera a divisão americana desse fórum, com papel relevante na organização das respectivas iniciativas, e participa das reuniões da OECD (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento). No que se refere à regulação internacional, a atuação é organizada em duas frentes principais. Uma delas refere-se à Iosco (Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários), da qual é membro desde 2005, ao seu AMCC (Comitê Consultivo de Membros Afiliados), atualmente presidido pela Associação, e ao Cosra (Conselho Regional de Reguladores). As atividades da ANBIMA por meio dos fóruns da Iosco estendem-se à discussão de princípios norteadores da regulação de valores mobiliários e da aplicação harmônica das regras nos diversos países que integram a entidade. Em 2013, a ANBIMA presidiu quatro reuniões do AMCC e participou, a convite da diretoria da Iosco, de discussões com participantes da indústria sobre temas e riscos emergentes. A partir de 2014, passará a integrar a diretoria da Iosco como observadora permanente. Outra frente é a representação internacional dos segmentos de fundos de investimento e de mercados de capitais, por meio de fóruns como a IIFA (Associação Internacional de Fundos de Investimento) também presidida pela ANBIMA, a ICMA (Associação Internacional do Mercado de Capitais) e a ICSA (Conselho Internacional das Associações de Valores Mobiliários). Em 2013, a Associação foi convidada a apresentar as tendências recentes do mercado brasileiro e de seu modelo de autorregulação nas reuniões da IIFA, e nos encontros anuais da Efama (Associação Europeia de Administradores de Fundos de Investimento) e da Alfi (Associação de Fundos de Investimento de Luxemburgo). O impacto das mudanças regulatórias também foi o tema predominante nos encontros dessas entidades e a Associação assegurou a visibilidade de seu modelo de representação e de autorregulação. Confira a agenda dos eventos dividida pelas frentes de atuação: Educação do Investidor Ifie (Fórum Internacional de Educação de Investidores): participação em painéis e em reuniões paralelas para compartilhamento de experiências na área. Ifie America s Chapter: discussões mais regionalizadas sobre educação de investidores. Superintendência do Mercado de Valores do Panamá: participação em evento sobre educação de investidores como membro do Ifie. OECD (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento): participação em palestra sobre comportamento financeiro. Iosco e outros fóruns Diretoria da Iosco (Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários): participação na mesa-redonda entre a diretoria da Iosco e participantes da indústria. AMCC (Comitê Consultivo de Membros Afiliados da Iosco): coordenação da reunião semestral e participação em painéis da 6ª edição do treinamento. Cosra (Conselho de Reguladores das Américas): participação nas reuniões semestrais. Participação de reunião com representantes dos segmentos de mercado (Stakeholder Meeting). Conferência Anual da Iosco: participação na reunião de presidentes e na mesa-redonda e coordenação de plenária e da reunião extraordinária do AMCC. AMCC: coordenação de reunião extraordinária com o secretariado geral da Iosco para discussão da estratégia de reorganização do comitê e criação das forças-tarefa de fundos, tecnologia e riscos emergentes. Representação Fundos de Investimento e Mercado de Capitais ICMA (Associação Internacional do Mercado de Capitais): participação na assembleia geral e conferência anual. ICSA (Conselho Internacional das Associações de Valores Mobiliários): participação em encontros semestrais. Alfi (Associação de Fundos de Investimento de Luxemburgo): apresentação da indústria de fundos brasileira e principais tendências em encontro anual. IIFA (Associação Internacional de Fundos de Investimento): apresentação do modelo de negócio da ANBIMA e de desafios da indústria de fundos brasileira na conferência anual da entidade. Cumberland Lodge: mesa redonda reunindo os principais responsáveis pela regulação do mercado financeiro. Efama (Associação Europeia de Administradores de Fundos de Investimento): participação como debatedor em painel sobre reformas regulatórias internacionais. Fiafin (Federação Ibero-americana de Fundos de Investimento) organização do 7º Encontro Anual realizado em São Paulo. 17

A ANBIMA mantém uma parceria público-privada com o BC para operacionalizar o Selic, ambiente no qual as instituições financeiras registram e liquidam suas operações de títulos públicos. Neste ano, foram realizados aprimoramentos na Plataforma de Negociação Eletrônica, sistema desenvolvido em 2012 para cadastramento de ordens de compra e de venda. Um deles foi a criação da planilha de negociação. As instituições passaram a ter uma opção alternativa para negociar por meio de uma planilha integrada à Plataforma de Negociação. Antes os participantes do Selic podiam efetuar os registros de compra e de venda apenas no site do Selic na RTM. Representantes da ANBIMA e dos demais condôminos do Sistema Galgo discutiram, ao longo de todo o ano, diretrizes para um novo acordo de acionistas. O objetivo é buscar uma alternativa que possa alinhar os interesses de todos os condôminos. Os representantes ainda avaliam as alternativas apresentadas ao longo do período. Atendendo a demandas do mercado a RTM concluiu dois projetos: expandiu a capacidade do seu site de contingência em suas dependências em São Paulo, que passou a contar com mais de 200 posições, e investiu em backbone próprio, oferecendo aos clientes acesso a duas redes distintas. Outra novidade foi a extensão do sistema de videoconferência, anteriormente restrito ao departamento de Mercado Aberto do BC, para a área de Fiscalização da autarquia. Com isso, agora é possível agendar encontros com qualquer participante do mercado que esteja conectado à extranet financeira da RTM, que reúne mais de 500 usuários entre bancos, corretoras, distribuidoras, assets. Além disso, ao longo do ano, a RTM participou de reuniões de comitês de representação da ANBIMA com objetivo de disseminar informações sobre a rede entre os representantes das instituições associadas à ANBIMA. O Instituto Brain (Brasil Investimentos & Negócios), entidade da qual a ANBIMA é uma das fundadoras, passou por mudanças internas com objetivo de aprimorar sua governança corporativa. A ANBIMA assumiu o compromisso de auxiliar a entidade em seu processo de reestruturação, especialmente com a internalização de algumas atividades, como administrativo-financeiro, recursos humanos e jurídico. Foi criado, também, o cargo de diretor-presidente, posto novo ocupado pelo diretor da ANBIMA Pedro Bastos. Ele passa a ser o responsável por fazer a ponte entre a equipe interna e o Conselho de Administração. Luiz Sorge, diretor da ANBIMA, foi escolhido presidente do Instituto em maio. A nova diretoria conta, ainda, com dez diretores indicados pela Associação e oito eleitos pelos profissionais CFP associados do IBCPF. No ano, foram realizados dois eventos: o 4º Seminário de Planejamento Financeiro Pessoal, em maio, que reuniu 310 pessoas, e o Workshop de Planejamento Financeiro Pessoal, em novembro na ocasião, foi entregue o 2º Prêmio Excelência em Planejamento Financeiro. O evento marcou o encerramento do Programa Avançado que envolveu a participação de mais de 70 pessoas, sendo 51 participantes dos grupos que desenvolveram os planos financeiros baseados no estudo de caso desenvolvido pelo instituto. Também foram promovidos encontros de educação continuada destinados à atualização de temas de interesse dos profissionais certificados e que contaram com a participação de cerca de mil profissionais, presencialmente e pela internet. 18

Comunicação Estratégia da marca Em continuidade ao projeto de definição de estratégia da marca da ANBIMA, desenvolvido em 2012, ao longo de 2013 a Associação promoveu ações para disseminar a visão, missão e compromissos da entidade. A estratégia passou a estar presente em toda a comunicação escrita e verbal. O Comitê Interno de Comunicação da Diretoria, constituído para orientar o projeto de disseminação da estratégia da marca, apresentou a conclusão do trabalho aos demais diretores em outubro. Informar Educar Representar Autorregular Política de distribuição de e-mails Autorregular Para racionalizar e otimizar o envio de informações por meio de correio eletrônico para os associados, a Associação Representar desenvolveu uma política de envio de informações por e-mail. A política prevê a adoção de sistema Educar que permita aos associados e outros usuários das informações da ANBIMA eleger as informações Informar que gostariam de receber. Os sistemas estão em fase de desenvolvimento e a política deve entrar em vigor no primeiro trimestre de 2014. Relacionamento com a imprensa A Associação reforçou a atuação com a imprensa em 2013, aumentando o número de entrevistas concedidas, releases encaminhados aos veículos de comunicação e de conferências telefônicas para analisar o comportamento dos mercados. A estratégia de relacionamento com os veículos de comunicação levou ao aumento da exposição da Associação na imprensa, fortalecendo seu papel de porta-voz dos mercados que representa. 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Press releases enviados 23 70% 39 14 2012 2013 Congresso de Fundos 16 8 4 2 1 Teleconferência com jornalistas 4 150 % 14 2012 2013 100 90 80 60 70 40 50 30 20 10 0 Entrevistas concedidas 82 35,5 % 103 2012 2013 19

Gestão interna Uma das prioridades estratégicas em 2013, o aprimoramento da eficiência da gestão interna avançou em diversas frentes. O primeiro passo foi o alinhamento da percepção de todos os executivos com relação ao direcionamento estratégico da ANBIMA. Ao longo do ano, foram identificados os principais desafios e, com a ajuda de um mapa estratégico, foram estabelecidos planos de ação e metas por área. O terceiro ponto foi o desenvolvimento individual das lideranças da Associação: os gestores tiveram suas competências mapeadas e participaram de dois workshops sobre comunicação assertiva e gestão do desenvolvimento. Ambos envolveram cerca de 45 gerentes e coordenadores. Reestruturação interna Com o intuito de refletir na estrutura interna da Associação os compromissos de representar, autorregular, informar e educar, foram promovidas algumas alterações na estrutura organizacional. Além da superintendência geral, a ANBIMA passou a contar com cinco superintendências (Representação Institucional, Representação Técnica, Supervisão de Mercados, Educação e Controladoria, Serviços e Tecnologia), uma gerência de Recursos Humanos e duas assessorias (Comunicação Institucional e Jurídica) que se reportam diretamente à superintendência geral. A reformulação da área de Representação foi uma das novidades. A área conta agora com duas frentes de atuação: as superintendências de Representação Institucional e de Representação Técnica. Também foi criada a superintendência de Educação. Já a superintendência de Supervisão de Mercados passou a contar com uma nova coordenação destinada ao monitoramento dos fundos estruturados. As áreas de Produtos e Serviços e de Gestão e Infraestrutura foram unificadas na superintendência de Controladoria, Tecnologia e Serviços, responsável pelas gerências Administrativa e Financeira, Tecnologia e Infraestrutura, Selic, Produtos e Projetos e Sistema Galgo. Outra mudança é a criação da Assessoria de Comunicação Institucional (antes denominada superintendência de Comunicação Institucional). Pesquisa de clima No segundo semestre, foi realizada pesquisa de clima com os funcionários. Cerca de 67% dos colaboradores afirmaram que confiam na liderança da ANBIMA, o que representa evolução de 14 pontos percentuais em relação à última pesquisa, realizada em 2011, e dois pontos percentuais a mais que a média das 155 empresas utilizadas como benchmark. O maior desafio identificado foi a comunicação: os colaboradores acreditam que é necessário fluir mais as informações e integrar os processos de trabalho. A média geral de favorabilidade foi de 65%. Confira a avaliação de acordo com cada praça: Média da Associação Selic RJ SP 57% 65% 75% 69% 92% dos colaboradores participaram 0% 20% 40% 60% 80% 100% Diagnóstico da área de Tecnologia Com o objetivo de dar mais agilidade e eficiência às iniciativas da ANBIMA que envolvem desenvolvimento de sistemas ou adoção de soluções tecnológicas, foi realizada uma revisão do modelo operacional de governança de TI. O diagnóstico, feito pela empresa KPMG, identificou oportunidades de melhoria para que haja maior alinhamento entre as áreas de tecnologia e de negócios. Como resultado do estudo, em 2014 serão realizados os ajustes necessários na estrutura. 20