Capítulo 8 Interface com o mundo analógico

Documentos relacionados
ELE 0316 / ELE 0937 Eletrônica Básica

Capítulo 11) Interface com o mundo analógico

Eletrônica Digital II. Engenharia de Computação

controle em instrumentação

UFJF FABRICIO CAMPOS

SEL 405 Introdução aos Sistemas Digitais. Prof. Homero Schiabel

28/05/2017. Interface com Conversores A/D e D/A. Interface com Conversores A/D e D/A SEL-433 APLICAÇÕES DE MICROPROCESSADORES I

CONVERSORES D/A e A/D. SEL Sistemas Digitais Prof. Homero Schiabel

Sistemas Digitais Conversão Digital-Analógico

Interface com A/D e D/A

Experiência 5: Circuitos osciladores e conversores digital-analógicos

INTERFACE COM O MUNDO ANALÓGICO

Técnicas de Interface: conversor A/D e D/A

Conversores D/A e A/D e Multiplexadores em Instrumentação

10.0 Conversores DA. Conceitos básicos:

INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA. UFRN - DEE Rodrigo Marques de Melo Santiago

Conversores Digital/Analógico (D/A) e Analógico/Digital (A/D)

CONVERSORES D/A e A/D

Sistemas Digitais Conversão Analógico-Digital

Sistemas Microcontrolados

Sistemas Microcontrolados

Universidade Federal do ABC

ET53C - SISTEMAS DIGITAIS

Conversão Digital Analógico e Analógico Digital. Disciplina: Eletrônica Básica Prof. Manoel Eusebio de Lima

EA075 Conversão A/D e D/A

Elementos de processamento de sinais

Sistemas Digitais II. Interface com o mundo analógico. Prof. Marlon Henrique Teixeira Abril/2014

Interface de Sistemas Sigitais com Analógicos

Campus de Guaratinguetá Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá Professor Carlos Augusto Patrício Amorim

EXERCÍCIOS DE PREPARAÇÃO PARA PROVA B2

Introdução Conversão Digital Analógica Conversão Analógica Digital Referências. Conversão D/A e A/D. Aula 01 - DAC / ADC

Módulos Funcionais para Instrumentação

Nome...Nota... T /R,COUNT

Prof. André Rabelo LÓGICA DIGITAL INTRODUÇÃO

Campus de Guaratinguetá Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá Professor Carlos Augusto Patrício Amorim

Sistemas Digitais Módulo 1 Introdução e Sistemas de Numeração

Conversores A/D e D/A

IST ELECTRÓNICA II. Conversores Analógico Digital º semestre

Sistemas Microcontrolados. Período Aula Saulo O. D. Luiz

Eletrônica Digital. Prof. Gilson Yukio Sato sato[at]utfpr[dot]edu[dot]br

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Campus de Guaratinguetá Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá Professor Carlos Augusto Patrício Amorim

Introdução aos conversores D/A

Conversor Analógico-Digital - ADC

CONVERSOR ANALÓGICO-DIGITAL (AD)

Eletrônica Digital. Conversores A/D e D/A PROF. EDUARDO G. BERTOGNA UTFPR / DAELN

Nome: Como soube do mestrado? Considere o arranjo de cargas sobre os vértices de um triângulo eqüilátero de lado a, como mostrado abaixo:

Sistema Supervisório - IHM

Conversor A/D por aproximações sucessivas

Lab2. Germano Maioli Penello IF-UFRJ aula 15.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS CENTRO POLITÉCNICO CURSO DE ENGENHARIA ELETRÔNICA DISCIPLINA DE INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA. Trena Ultrassônica

Sistemas Embarcados:

EPUSP PCS 2021/2308/2355 Laboratório Digital GERADOR DE SINAIS

Laboratório de Microprocessadores e Microcontroladores. Experimento 6:

ADC0804 (CONVERSOR A/D)

Conversão Digital Analógico e Analógico Digital. Disciplina: Eletrônica Básica Prof. Manoel Eusebio de Lima

Laboratório de Microprocessadores e Microcontroladores. Experimento 7:

HARDWARE DOS RELÉS NUMÉRICOS

Laboratório de Microprocessadores e Microcontroladores. Experimento 6: Conversor Analógico/Digital e Conversor Digital/Analógico

CONVERSOR ANALÓGICO DIGITAL POR APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS

Laboratório de Microprocessadores e Microcontroladores. Experimento 6: Conversor Analógico/Digital e Conversor Digital/Analógico

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Campus de Guaratinguetá Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá Professor Carlos Augusto Patrício Amorim

UNIVERSIDADE Anhanguera-Uniderp Disc. Eletrônica Digital II Profª M. Sc Daniela Luiza Catelan Carneiro EE - Turma N50 JOHNNY M. MARQUES R.A.

Capítulo 4 Conversores AD e DA

UNIP 1.a Prova Sistemas Digitais EE - 8P/7W-01 Turma A Sem Consulta Tempo 180 min. Permitido o uso de calculadora a interpretação faz parte da prova.

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

Técnico em Eletrônica

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Campus de Guaratinguetá Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá Professor Carlos Augusto Patrício Amorim

EPUSP PCS 2011 Laboratório Digital GERADOR DE SINAIS

V i CIRCUITOS DIGITAIS. Introdução

SSC512 Elementos de Lógica Digital. Contadores. GE4 Bio

Conversor Analógico Digital do MSP430G2553

A INTERPRETAÇÃO FAZ PARTE DA PROVA

CONVERSORES DIGITAIS-ANALÓGICOS (DA)

Nome...Nota... N.o da Lista

Figura do exercício 1

Conversor pleno monofásico: Conversor pleno trifásico: onde V s é a tensão eficaz de fase e α o ângulo de disparo dos tiristores.

Departamento de Engenharia Elétrica SEL 384 Laboratório de Sistemas Digitais I PRÁTICA Nº5B

ENTRADAS ANALÓGICAS CONVERSOR A/D

INSTRUMENTAÇÃO E AQUISIÇÃO DE DADOS 2274 Eng. Engenharia Electrotécnica (4º Ano/1º Semestre)

9.0 Conversores DA. Um conversor digital analógico simples com saída em tensão

Automação Industrial. Interfaces de Entrada e saída (I/O) Professor Miguel Neto

Sistema Digitais. Bacharelado de Informática UEM DIN - Prof. Elvio 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA

8. Instrumentação Digital 1

FACULDADE LEÃO SAMPAIO

Universidade Federal do ABC

Conceitos Introdutórios Capítulo 1. Prof. Gustavo Fernandes de Lima

LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DIGITAL CONVERSOR DIGITAL-ANALÓGICO - MANUAL

EPUSP PCS 2011 Laboratório Digital GERADOR DE SINAIS

CONVERSOR DELTA-SIGMA

Universidade Federal de Pernambuco

Universidade Federal de Itajubá ELT039. Conversores de Dados (Introdução e Conversores D/A)

- SISTEMAS DIGITAIS II

OHMÍMETRO DIGITAL. 1 O Projeto. 1.1 Sensor. 1.2 Conversor A/D

Fundamentos para Eletrônica e Sistemas de Medidas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA. Capacímetro Digital. Instrumentação Eletrônica

ELETRÔNICA DIGITAL APLICADA Aula 8- Registradores de deslocamento como contadores

Aula 15 Instrumentos de medidas elétricas

Objetivos MICROCONTROLADORES HARDWARE. Aula 03: Periféricos. Prof. Mauricio. MICRO I Prof. Mauricio 1. Arquitetura de um Microcontrolador

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CEFET/SC - Unidade de São José. Curso Técnico em Telecomunicações REGISTRADORES. Marcos Moecke. São José - SC,

Transcrição:

Capítulo 8 Interface com o mundo analógico.0 Introdução A maioria das grandezas físicas é analógica por natureza e pode assumir qualquer valor dentro de uma faixa de valores contínuos. Podemos citar: temperatura, pressão, intensidade luminosa, velocidade de fluxo. Como os sistemas digitais realizam operações internas utilizando circuitos digitais, então qualquer informação que entram nesses sistemas tem que ser convertida para o formato digital. Na saída ocorre o processo inverso,a informação digital deve ser convertida para analógica.o esquema abaixo ilustra os conceitos acima citados. Figura Esquema geral de um sistema de aquisição. Os elementos acima podem ser definidos como: a) Transdutor = converte a variável física em variável elétrica, alguns transdutores são: termistores, medidores de vazão, fotocélulas. A saída elétrica do transdutor é uma tensão ou corrente analógicos, que é proporcional a variável física monitorada. b) Conversor analógico-digital(adc) = A saída elétrica do transdutor serve como entrada ao conversor. O ADC converte essa entrada analógica em saída digital. A saída digital consiste de um número de bits que representa o valor da entrada analógica. c) Sistema digital = realiza operações sobre dados digitais e gera saídas digitais, em função deste processamento. d) Conversor digital-analógico(dac) = realiza a operação inversa do ADC,ou seja, a partir de entradas digitais gera na saída uma tensão,ou corrente, proporcional a esses dados. e) Atuador = o sinal analógico do DAC é freqüentemente concectado em algum dispositivo ou circuito que converte um sinal elétrico em mecânico, hidráulico...por exemplo,o atuador pode ser uma válvula controlada eletricamente para controlar o fluxo de água, neste caso a regulagem vem através do DAC..0 Conversor Digital-Analógico. Características dos DACs Basicamente, a conversão de digital para analógico,é o processo em que o valor representado em código digital é convertido para uma tensão ou corrente, que é proporcional ao valor digital. O esquema da Figura mostra os elementos básicos de um conversor DAC. Podemos observar que temos uma tensão de referência, esta tensão é usada para determinar a saída de fundo de escala. Como temos quatro entradas, o número de combinações possíveis é de dezesseis, se adotarmos V ref = 5V, então podemos construir a Tabela.

Figura Esquema de um DAC de quatro bits. Podemos observar, que nenhuma consideração é feita de como se gerou os níveis de tensão na saída.neste momento desejamos apenas determinar os elementos principais de um conversor DAC. Tabela D C B A Vo(V) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 7 0 0 0 8 0 0 9 0 0 0 0 0 0 0 0 4 5 No entanto podemos escrever a seguinte expressão, que é válida, para todo DAC: V o = K * entrada _ digital com o valor de K =V, então obtêm-se os valores da Tabela. Exemplo: Um DAC de cinco bits tem uma saída em corrente. Para uma entrada digital de 000, é gerada uma corrente de 0mA. Qual o valor de I o para a entrada digital de 0? Solução: Entrada_digital_= 000 = 00 produz uma corrente de 0mA, portanto podemos escrever, semelhante a expressão acima,: I o = K * entrada _ digital

Io K = entrada _ digital = 0. 5mA / digito para a entrada digital 0 = 90 I o = K * entrada _ digital = 0. 5mA * 9 = 4. 5mA. Tipos de DACs Existem diversos tipos de conversores digitais para analógico. Neste parágrafo iremos estudar alguns destes conversores. a) DAC com resistores de ponderação O Circuito da Figura mostra a implementação deste tipo de conversor. Figura DAC com resistores ponderados. Podemos obter a expressão da tensão na saída através de seguinte forma: I VD = I VD = I VD = I 0 = V D0 0 onde : I, I, I, I0 = são as correntes nos resistores e V, V, V, V = as tensões nas entradas, D D D D0 a tensão na saída pode ser escrita como sendo: v = I e I = I + F I + I + I O F F 0

v V V V V O = F + + + com as seguintes condições : D D D D0 0 F = F = F = 4 F 0 = 8 então a tensão na saída vale: onde podemos escrever: v O VD VD VD0 = VD + + + 4 8 onde : V = V D D ref V = V D D ref V = V D D ref V = V D D0 ref 0 D, D, D, D0 = são entradas digitais e valem 0 ou. Exemplo: Considerando o circuito da Figura com F = k,obter a tensão na saída para as dezesseis combinações possíveis na entrada e os parâmetros do conversor. A tensão de referência vale 5.0V. Solução: a) Substituindo os valores na expressão acima, sabendo-se que um valor digital equivale à tensão de 5V e valor digital 0 de 0V, podemos construir a seguinte tabela de conversão Tabela D D D D 0 v O (V) 0 0 0 0 0 0 0 0-0.65 0 0 0 -.50 0 0 -.875 0 0 0 -.500 0 0 -.5 0 0 -.750 0-4.75 0 0 0-5.000 0 0-5.65 0 0-6.50 0-6.875 0 0-7.500 0-8.5 0-8.750-9.75

b ) parâmetros desde conversor ) Tensão fundo de Escala ( A FS ) A FS = -9.75 V ou seja o valor da tensão para o maior valor presente na entrada( ) ) número de bits do conversor (n) O número de bits do conversor depende do número de entradas digitais, neste caso n=4. ) resolução ( K) a resolução e o valor da tensão na saída para a variação na entrada de bit, logo: K = -0.65V ou podemos obter K utilizando a fórmula comum a todos os conversores: K = A FS n = 9. 75-0.65V 4 4) resolução percentual %K = n = 6.67% A precisão deste conversor depende da precisão dos resistores. Para um DAC de quatro bits é fácil obter uma boa precisão, no entanto para um DAC de 8 bits se torna mais difícil. Portanto, este conversor deve ser utilizado somente quando o número de bits é baixo, ou quando a precisão não é fundamental. b) DAC malha - Neste tipo de conversor necessitamos de apenas dois valores precisos de resistores, daí o nome -. O circuito que implementa este conversor é mostrado abaixo.

Figura 4 DAC do tipo - A tensão na saída pode ser determinada por: 0 ( * * * 0 * ) V = V + V + V + V 8 o D D D D V, V, V, V = as tensões nas entradas. D D D D0 Podemos escrever que V = V D D ref V = V D D ref V = V D D ref V = V D D0 ref 0 D, D, D, D0 = são entradas digitais e valem 0 ou, então 0 ( D * D * D * D 0 * ) Vref Vo = + + + 8 Exemplo: Considerando o circuito da Figura 4 obter a tensão na saída para as dezesseis combinações possíveis na entrada e os parâmetros do conversor. A tensão de referência vale 5.0V. Solução: a) substituindo os valores de D D D D 0,,, na equação iremos obter uma tabela igual a obtida no exemplo anterior. Portanto o resultado na saída é igual a da Tabela.

b) Todos os parâmetros são semelhantes ao do exemplo anterior. Portanto concluímos que a grande melhoria deste conversor refere-se a facilidade de obter a relação entre os resistores, neste caso 50kΩ e 00kΩ. c) outros tipos. Conversores DACs comerciais Existem diversos DACs disponíveis no mercado. Esses conversores variam em função do número de bits de entrada, do tipo de conversão, da precisão e rapidez na conversão. Neste parágrafo vamos analisar um desses conversores. a) DAC 0808 O conversor DAC 0808 possui 8 entradas binárias, e produz na saída uma corrente de acordo com a expressão abaixo: Figura 5 DAC 0808. I O Vref D7 D 6 D5 D4 D D D D0 = + + + + + + + 4 8 6 64 8 56 VO = I O * V o Vref D 7 D 6 D 5 D 4 D D D D 0 = + + + + + + + 4 8 6 64 8 56

.4 Aplicação O circuito da Figura 6 mostra uma aplicação do DAC para gerar uma tensão na saída V O em função da entrada digital. Como a entrada está variando de 0 a 55(contador de 8 estágios) a saída varia de acordo com: Figura 6- Aplicação do conversor DAC como atuador. Vref = 5. 0V = 4. 7kΩ I = 5. 0 D7 D D D D D D D O k + 6 + 5 + 4 + + + + 0 4. 7 4 8 6 64 8 56 portanto a tensão na V O será: V = I = O O * D D D D D D D D V = 7 + 6 + 5 + 4 + + + + 0 o 5. 0 4 8 6 64 8 56 logo a tensão na saída terá a forma mostrada abaixo: Figura 7 Gráfico da tensão na saída Vo.

.0 Conversor Analógico-digital Um conversor analógico-digital recebe uma tensão analógica de entrada e após um certo tempo produz um código digital na saída, que corresponde a entrada analógica. Existem diversos tipos de conversores analógicos, neste parágrafo iremos estudar os seguintes conversores: rampa, rampa dupla e aproximação sucessiva. a) conversor tipo rampa O diagrama de um conversor analógico-digital do tipo rampa é mostrado na Figura abaixo: Figura 8 Conversor analógico-digital do tipo rampa. A conversão é feita através das seguinte etapas: Um pulso na entrada start inicia a conversão.a lógica de controle habilita o sinal de clock,para permitir o incremento no contador. O contador é inicializado com todas as saídas em zero, como conseqüência a tensão na saída do conversor D/A vai para o valor 0.Neste instante o sinal EOC vai para nível lógico 0, indicando que uma conversão está em curso. Como a tensão vi é maior do que v x, então através da lógica de controle, o clock irá incrementar o contador, neste momento a saída do D/A aumenta, refletindo a alteração ocorrida no contador; Conforme o contador avança, a saída do D/A aumenta, um grau de cada vez, este processo persiste que enquanto a tensão v for maior do que v. i 4 No instante t C,a tensão de entrada passa a ser menor do que a tensão v x, saída do conversor D/A. Neste momento a saída do comparador é alterada e bloqueia a passagem x

do clock. O sinal EOC vai para o nível lógico, indicando o final da conversão. O valor convertido será aquele disponível na saída do contador, ou seja D7 D0. A Figura 9 mostra o diagrama de tempo da conversão. Figura 9 - Diagrama de tempo do conversor do tipo rampa. O tempo de conversão é o intervalo entre o final do pulso de Start e a ativação do sinal EOC. Para o este tipo de conversor o tempo de conversão depende da tensão de entrada. O tempo máximo é dado por : onde: N = número de bits do conversor; T = período do clock. t (max) = ( ) N c T Exemplo: Para o conversor do tipo rampa simples, calcule o tempo de conversão, sabendo-se ao tensão de entrada é igual a,75v, sendo os seguintes dados fornecidos: Solução:. clock do conversor é de 500kHz;. número de bits N=8 ;. e a tensão de entrada de fundo de escala de 5V.

5 0 6 T = = = = 0 = µ s F 500 0 5 o valor máximo do tempo de conversão é de : N tc (max) = ( ) T = 56 µ = 5µ s que equivale a tensão de 5.0V, logo podemos escrever a seguinte relação: 5V 5µs,75V X,75 5µ s X = = 84µ s 5 portanto o tempo de conversão é de : X = 84µs b) conversor tipo rampa dupla O circuito do conversor analógico-digital de rampa dupla será analisado neste parágrafo. A primeira parte deste conversor é o circuito integrador mostrado na Figura X. A tensão V o depende do nível da entrada de controle. Quando inicia-se a conversão, a tensão no ponto Controle é de 5V, fazendo com que a entrada v in apareça no resistor, neste instante a tensão de saída é determinada por: v int Vo = C Figura 0 Circuito integrador

portanto o capacitor está sendo carregado para a tensão negativa. Este processo continua até que a tensão na entrada Controle mude de 5V para 0. Esta mudança de nível ocorre no tempo T, dado pela expressão: T = 7 T = F onde F é a freqüência do clock do sistema, neste caso F=00kHz, logo: T 7 5 T = T = 8* 0 =. 8ms colocando V =. 5 in V, a tensão V o será : V o v int = =. 5*. 8* 0 = 4. 4V 9 C * 0 * * 0 A partir deste instante uma tensão negativa de 0.7V carrega o capacitor positivamente. Durante o tempo T, e a tensão V o varia de 4.4V até 0, quando a contagem é terminada, portanto o valor de T será : V T o VEFT 0. 7 * T ( T ) = 4. 4 = = C 8. * 0 * * 0 = 4. ms portanto o valor de N será : N T 4. ms = = = 5 T 0 9 logo o valor a ser verificado no contador, Figura, é N = A Figura mostra a saída do comparador que indica o final da contagem.

Figura Saída do comparador, que indica final da contagem. Figura Contador de 7 bits, com indicador de fim de contagem através do pino controle. O circuito mostrado abaixo permite a inicialização e conversão do valor v in. Inicialmente coloque a entrada B no GND, utilizando-se a conexão mostrada abaixo. Este sinal serve para zerar o contador. Em seguida retire o entrada B do GND, e coloque a entrada A no GND. Esta condição permite o inicio da conversão. Após alguns segundos o valor convertido estará na saída dos contadores.

Figura Unidade de controle do conversor. c) conversor de aproximação sucessiva O diagrama em bloco de um conversor analógico digital de aproximações sucessivas é mostrado na Figura 4. Os diversos elementos deste conversor são: Figura 4 Conversor analógico-digital de aproximações sucessivas. S.A.. = registrador de aproximações sucessivas; D/A = conversor digital-analógico de oito bits; Lógica de controle = controla a conversão; clock = freqüência que determina o tempo de conversão; STAT = sinal que inicializa a conversão; EOC= sinal que indica o final da conversão;

V in = sinal analógico a ser convertido. O conversor D/A possuí V = 0. 0 FS V, e a tensão de entrada é V in tensão na saída do conversor pode ser calculada como sendo: = 5.4V. O valor da O conversor funciona da seguinte forma: v V D D D D D D D D 7 6 5 4 0 d = FS + + + + + + + 4 8 6 64 8 56 a) A entrada STAT deve estar no nível lógico para iniciar a conversão. Através da lógica de controle o SA é zerado, o que produz um nível de tensão V d igual a 0.0 V. b) no próximo clock o SA coloca a saída Q 7 =, o que produz uma tensão na saída do D/A de 5.0V. Como a entrada é de 5.4V e Vin > Vd nesta condição Q 7 é mantida em ; c) no próximo clock o SA coloca a saída Q 6 =, o que produz uma tensão na saída do D/A de 7.5V. Como a entrada é de 5.4V e V < V, a saída do comparador é de nível alto, nesta condição é Q 6 é colocada em 0; in d d) no próximo clock o SA coloca a saída Q 5 =, o que produz uma tensão na saída do D/A de 6.5V. Como a entrada é de 5.4V e V nível alto, nesta condição éq 5 é colocada em 0; in < V, a saída do comparador é de d e) no próximo clock o SA coloca a saída Q 4 =, o que produz uma tensão na saída do D/A de 5.65V. Como a entrada é de 5.4V e V < V, a saída do comparador é de nível alto, nesta condição éq 4 é colocada em 0; in d f) no próximo clock o SA coloca a saída Q =, o que produz uma tensão na saída do D/A de 5.5V. Como a entrada é de 5.4V e V nível baixo, nesta condição é Q é mantido em nível ; in > V, a saída do comparador é de d g) no próximo clock o SA coloca a saída Q =, o que produz uma tensão na saída do D/A de 5.468V. Como a entrada é de 5.4V e V nível alto, nesta condição éq é colocada em 0; in < V, a saída do comparador é de d h) no próximo clock o SA coloca a saída Q =, o que produz uma tensão na saída do D/A de 5.078V. Como a entrada é de 5.4V e V nível baixo, nesta condição é Q é mantido em nível ; in > V, a saída do comparador é de d

i) no próximo clock o SA coloca a saída Q 0 =, o que produz uma tensão na saída do D/A de 5.49V. Como a entrada é de 5.4V e V < V, a saída do comparador é de nível alto, nesta condição éq 0 é colocada em 0; j) após 8 clocks,o sinal é convertido e o pino EOCvai para o nível lógico, indicando o fim da conversão, e o valor convertido é : in d Q 7 Q 6 Q 5 Q 4 Q Q Q Q 0 0 0 0 0 0 Uma importante característica do conversor de aproximações sucessivas é que independente da tensão de entrada, o tempo de conversão é sempre constante, neste caso 8 vezes o clock do sistema. Abaixo um circuito contendo um ADC de 8 bits de aproximação sucessiva: