A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E OS BENEFICIOS DA PRATICA EQUOTERAPICA PARA O ASPECTO PSICOMOTOR

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Transcrição:

A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E OS BENEFICIOS DA PRATICA EQUOTERAPICA PARA O ASPECTO PSICOMOTOR PALAVRAS-CHAVE: Psicomotricidade; Equoterapia; Educação Inclusiva. Jéssica Barbosa de Figueiredo1 1 Bruna Nogueira Pereira 2 Douglas de Araujo Mesquita 3 José Ricardo da Silva Ramos 4 INTRODUÇÃO A Associação Brasileira de Psicomotricidade (2015) define a psicomotricidade como Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. A psicomotricidade acolhe por inteiro as pessoas, considerando suas limitações e dificuldades, a partir disso se relaciona as duas áreas: A Equoterapia e a Psicomotricidade, pois ambas trabalham as potencialidades dos seus alunos/praticantes, a elevar aspectos sociais, psicológicos e afetivos, principalmente, o envolvimento com o animal, a qual a terapia é assistida. Os aspectos Psicomotores também podem ser classificados como o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistémicas entre o psiquismo e a motricidade. (ABP, 2015) A Equoterapia é um método terapêutico educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, que busca o desenvolvimento de pessoas com deficiência e/ou necessidades especial. Os benefícios da prática equoterápica já são citados desde a época de Hipócrates (458 a 377 a.c) sendo dito por ele em seu livro Das Dietas que a prática da equitação serve para trazer melhorias na saúde, para a preservação do corpo humano de doenças e para o tratamento de distúrbios do sono tais como a insônia. A Equoterapia é reconhecida pelo conselho Regional de medicina como uma prática terapêutica pela resolução 348/2008. A associação que a regulamenta no Brasil é a Associação Nacional de Equoterapia -ANDE-BRASIL, fundada em 10 Maio de 1989. Para se falar de Equoterapia faz se necessário conhecer alguns princípios e particularidades da prática equestre e dos cavalos. A Equoterapia possui quatro programas básicos: a Hipoterapia, a educação/reeducação, o pré-esportivo e a prática esportiva paraequestre. 1

No nosso projeto entitulado: Equoterapia educacional reinventando o jeito de ensinar, são utilizados os programas de hipoterapia e educação e reeducação, por serem esses os programas que melhor se encaixam na nossa proposta. Existem três tipos de passadas que um cavalo pode possuir a que transpista, sobrepista ou antepista. No momento de se escolher qual cavalo será utilizado pelo praticante é considerado o tipo de passo do cavalo, para que se venha a colocá-lo num cavalo apropriado para sua necessidade. Os cavalos possuem três tipos de andaduras naturais: o passo o trote e o galope. Na Equoterapia a andadura utilizada é o passo, por possuir características que propiciem uma melhor prática equoterápica. O cavalo é considerado um agente cinesioterápico, pois através de sua montaria acontece um movimento tridimensional, ou seja, quando o praticante se encontra no centro de gravidade do cavalo, é proporcionado ao praticante um movimento, que é ao mesmo tempo para baixo e para cima, para um lado e para o outro e para frente e para trás. A Equoterapia é recomendada para pessoas com distúrbios motores/ sensoriais, problemas de comportamento, problemas ortopédicos e distúrbios de aprendizagem. Sendo contra-indicada para casos de instabilidade atlanto axial, osteoporose, rigidez articular, luxação de quadril, distrofia muscular, epilepsia, hidrocefalia, amputação, hipertensão, obesidade, quadros inflamatórios e infecciosos e alergias. Diante da importância da prática equoterápica e dos benefícios advindos da tal, tornou- se importante levar essa prática para um ambiente em que esta pudesse ser utilizada como auxílio as atividades desenvolvidas e para a sociabilização de tais saberes. Dentro deste contexto a escola surgiu como um local propício para se alcançar tal finalidade. Esta pesquisa realizada através do relato de experiência visa expandir as considerações da Psicomotricidade na Equoterapia, baseando-se na literatura internacional e nacional, sobre a abordagem terapêutica e educacional a fim de incentivar a prática. OBJETIVOS O objetivo do presente artigo é demonstrar e analisar os resultados obtidos através do projeto Programa de Iniciação a Docência-Capes (PIBID-UFRRJ) Educação Física, subgrupo Educação Inclusiva, a partir do trabalho equoterápico, desenvolvido pela equipe multidisciplinar com a utilização de atividades para promoção do desenvolvimento da psicomotricidade de forma efetiva e conceitual, consideração as deficiências e as necessidades especiais dos praticantes da equoterapia. METODOLOGIA Foi realizada uma pesquisa durante o projeto Programa de Iniciação a Docência-Capes (PIBID-UFRRJ) Educação Física, subgrupo Educação Inclusiva, a partir do trabalho equoterápico no Colégio de educação básica CAIC - Centro de Atenção Integral à Criança Paulo Dacorso Filho/UFRRJ na cidade de Seropédica RJ, durante um ano, uma vez por semana com crianças com deficiência e/ou necessidades especiais. A partir de observações das vivências dos monitores auxiliadores e mediadores das práticas equoterápicas com os praticantes, de modo a usufruir de anotações, analises diárias e registros audiovisuais. 2

ANÁLISE E DISCUSSÃO A pesquisa contextualiza as atividades terapêuticas, educacionais e esportivas a serem realizadas com crianças, com faixa etária entre 4 a 8 anos, com deficiência e/ou necessidades especiais. O projeto teve inicio no mês de Agosto de 2013 servindo como apoio pedagógico na Educação Infantil até o 5 ano do Ensino Fundamental dentro de uma escola de aplicação localizada dentro do Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)- Seropédica- RJ, o Centro de Atenção e Integração a criança Paulo Dacorso Filho com sessões de atividades equoterápicas específicas para cada criança com necessidades educativas especiais voltadas para o trabalho com o cavalo. O critério de seleção utilizado para se escolher as crianças que iriam participar do projeto foi: o de selecionar aqueles que possuem impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, restringida participação plena e efetiva na escola e na sociedade, transtornos globais de desenvolvimento, Síndrome do espectro de autismo, psicose infantil, altas habilidade e hiperdotação, distúrbios de aprendizagem funcionais específicos, dislexia, disortografia e disgrafia. Sendo atendidos, portanto alunos com necessidades educativas especiais e deficiências. Foram desenvolvidas as atividades equoterápicas, dependendo do propósito ou necessidades especiais individuais de cada aluno, sendo essas sessões feitas com grupos de 3 alunos ou mais. As crianças atendidas possuem encaminhamento médico e é realizado um acompanhamento individual de cada participante da equoterapia em todo o seu processo epistêmico e escolar avaliando-o permanentemente, diagnosticando os seus sucessos, limitações, os pontos de dificuldade escolar com registros periódicos, anedotários, estudos de caso e a sistematização de todos os avanços e recuos do aluno- praticante. No ambiente ao ar livre e sujeito a alterações da natureza contribui, também, para climatização da prática equoterápica, a tornar o animal, o cavalo, e o individuo, o praticante da Equoterapia, mais confortável e pré-dispostos a cooperação e a harmonia. Sendo utilizado como recurso o dorso do animal em conjunto com o ambiente a fim de adaptar a situações que propiciem integração e meios de realizar exercícios para a memória muscular e o desenvolvimentos: psicológico e motor. Este último inclui a coordenação motora, esquema corporal, lateralidade e noção espaço-tempo. CONCLUSÕES Desta forma através da revisão da literatura e dos resultados obtidos através do projeto: equoterapia educacional reinventando o jeito de ensinar, percebe-se que a prática equoterápica associada a psicomotricidade pode trazer importantes melhorias nos aspectos psicomotores de seus praticantes. Sendo um importante recurso para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com necessidades educativas especiais. 3

Demonstrando, portanto a importância da utilização da intervenção equoterápica na vida desses indivíduos, assim como da aplicação da psicomotricidade nas atividades propostas buscando potencializar os aspectos psicológicos, físicos, sociais e afetivos. REFERÊNCIAS ABP, Associação Brasileira de Psicomotricidade. Disponível em: http://psicomotricidade.com.br/ Acesso em: Março de 2015. ANDE-BRASIL, Associação Nacional de Equoterapia. Definição de Equoterapia Disponível em: <http://www.equoterapia.org.br/ >Acesso em: Março de 2015. EQUITAR, - Apostila curso de Hipoterapia, R.J, 2005. FREIRE, Heloisa Bruna Grubits, Equoterapia Teoria e Técnica: uma experiência com crianças autistas. São Paulo: Vetor Ed., 1999. LERMONTOV,Tatiana. A psicomotricidade na Equoterapia. Idéias e Letras. São Paulo, 2004. MARINHO, H. Psicomotricidade e suas interações Rio de Janeiro: Atlântica, 2005. MEDEIROS, M. & Dias, E. (2002). Equoterapia: Bases & Fundamentos. Niterói, RJ: Revinter. UZUN, Ana Luisa de Lara. Equoterapia: aplicação em distúrbios do equilíbrio. São Paulo: Vetor, 2005. WALTER, G.B.; VENDRAMINI, O. M. Equoterapia: terapia com o uso do cavalo. Minas Gerais: CPT/CEE-UFV, 2000. FONTE DE FINANCIAMENTO CAPES 4 Professor adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Coordenador do Programa de iniciação a Docência Educação Física-Inclusão (PIBID-Capes). Líder do Grupo de Pesquisa em Equoterapia: Campo Interdisciplinar de Educação, Saúde e Desporto-CNPq. Email: jricardo@ufrrj.br 4

¹ ² ³ Graduando em Educação física da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro(UFRRJ) e Bolsista do Programa de Iniciação a Docência (PIBID) email: brunanogueira.ufrrj@gmail.com; douglasaraujomesquita@yahoo.com, jessicabarbosadef@yahoo.com.br 5