Programa de Formação Médica Avançada. Programa Doutoral para Médicos (3ª Edição)



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Transcrição:

Programa de Formação Médica Avançada Programa Doutoral para Médicos (3ª Edição) 2010-2011

2 Programa de Formação Médica Avançada Programa Doutoral para Médicos As razões O extraordinário progresso da Biologia nas últimas décadas oferece hoje à Medicina oportunidades sem precedentes para uma melhor compreensão do normal e do patológico, novas abordagens à fisiologia de sistemas complexos e poderosos instrumentos de prevenção e terapêutica. A biomedicina contemporânea trouxe ainda consigo, os alicerces de uma nova taxonomia da doença, de carácter intrinsecamente preditivo, onde assinaturas moleculares específicas prometem a identificação pré-sintomática do indivíduo em risco e, desejavelmente, a prevenção da doença. Admirável promessa, mas de difícil translação para realidade se os Médicos-clínicos se alhearem do processo de produção do conhecimento. De facto, a investigação feita por um Médico clínico é marcada por duas características tão únicas quanto indeléveis: a sua experiência pessoal de cuidar o ser humano doente e uma formação orientada por uma visão centrada no organismo. Se a primeira explica que o clínico-investigador tenha, desde sempre, encarnado a ânsia de transpor para o doente os benefícios do progresso científico, a segunda, ao contribuir a sua perspectiva holistica para uma biomedicina tendencialmente reducionista, surge hoje como factor imprescindível ao próprio progresso da investigação biomédica fundamental. Nas últimas décadas, contudo, tem-se assistido a um declínio progressivo do envolvimento de médicos na prática da investigação. Fenómeno observado em todos os países desenvolvidos, deve-se, em grande parte, à dificuldade sentida pelo clínico de compatibilizar uma formação profissional longa e complexa, bem como uma actividade assistencial espartilhada por fortes restrições económicas, com a aquisição de competências que lhe permitam acompanhar o passo da ciência biomédica contemporânea. Este profundo divórcio entre o clínico e a ciência arrisca-se a converter o Médico num executor passivo de produtos derivados de uma agenda de investigação que ele próprio não determinou e para a qual não contribuiu. O corolário será, em última análise, uma séria ameaça ao desenvolvimento de investigação médica verdadeiramente útil para o doente.

3 Os objectivos O principal objectivo do Programa é o de contribuir para que Médicos interessados em aliar à sua actividade assistencial a investigação de problemas clínicamente relevantes, adquiram bases científicas sólidas e possam desenvolver projectos de investigação de qualidade nas suas áreas específicas de interesse. Duração do Programa O Programa tem a duração de 3 anos com início em 1 de Outubro de 2010. A quem se destina: Médicos, Internos ou jovens Especialistas, altamente motivados para actividades de investigação clínica ou de translação, que: Estejam convictos de que uma formação científica sólida é o alicerce de uma investigação médica de excelência e de uma melhor prática clínica. Desejem, no futuro, envolver-se em projectos multidisciplinares e cooperativos como complemento da sua actividade assistencial. Quem pode candidatar-se O Programa aceita até um total de dez (10) candidatos por ano, nas seguintes modalidades: 1) Dedicação em full-time às actividades do Programa (módulos formativos e investigação): Destinatários: Internos de Especialidade e jovens Especialistas. Os candidatos seleccionados nestas circunstâncias serão financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian durante a duração do Programa, excepto aqueles que possuam o grau de Especialista em Oncologia Médica (ou especialidades afins), cujas Bolsas serão atribuídas pela Fundação Champalimaud (até ao limite de 3/ano). 2) Dedicação em part-time às actividades do Programa: Vagas disponíveis: até cinco (5) por ano.

4 Destinatários: Internos de Especialidade que pretendam compatibilizar o Programa com o Internato Médico, ao abrigo do estipulado na Portaria nº 172/2008 de 15 de Fevereiro, dos Ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A Fundação Calouste Gulbenkian atribuirá aos candidatos seleccionados nestas circunstâncias, uma Bolsa que lhes permita a frequência integral da componente formativa do Programa, acrescido, posteriormente, de um subsídio para apoio de actividades de investigação. Em qualquer dos casos, os candidatos devem contar com a autorização da sua Instituição de Saúde e do seu Director de Serviço para o desenvolvimento de actividades de investigação durante e após a conclusão do Programa. Os candidatos admitidos em part-time deverão obter do seu Director de Serviço e Instituição de Saúde dispensa de serviço durante os 6 meses da componente educacional do Programa. O Programa oferece aos candidatos seleccionados: Uma formação de excelência em ciências biomédicas e clínicas, numa perspectiva pluridisciplinar. Apoio financeiro: 1. Candidatos em full-time: Especialistas: uma Bolsa de 30.000/ano, durante 3 anos, acrescido de 25.000 para apoio a actividades de investigação. Nota: Candidatos com o grau de Especialista em Oncologia médica, ou Especialidades afins, serão financiados pela Fundação Champalimaud (até ao máximo de 3/ano). Internos de Especialidade: uma Bolsa de 24.000/ano, durante 3 anos, acrescido de 25.000 para apoio a actividades de investigação. 2. Candidatos em part-time (apenas Internos de Especialidade):

5 Uma Bolsa de 2000/mês durante os 6 meses da componente formativa do Programa, acrescido de 25.000 para apoio a actividades de investigação. O que caracteriza o Programa Antes de se candidatar certifique-se de que o Programa se adequa aos seus objectivos e personalidade. Os primeiros 6 meses são dedicados à componente formativa, seguindo-se 2 anos e meio de actividade de investigação numa área do seu interesse, em Portugal ou no estrangeiro. Os módulos formativos são, na sua totalidade, orientados para a ciência, embora os diferentes tópicos de biologia fundamental sejam abordados numa perspectiva de integração com a prática médica. O ensino é tutorial, a cargo de cientistas e médicos-investigadores maioritariamente internacionais. Embora os módulos incluam alguns seminários formais a ênfase será posta na discussão informal. Terá, também, como colegas nos módulos formativos, cientistas nãomédicos, na sua maioria jovens estudantes de Doutoramento em Ciências Biomédicas os quais, não só apreciam o contacto com clínicos como necessitam de visões medicamente-informadas para o desenvolvimento da sua própria formação. Se tem gosto em partilhar os seus conhecimentos e é receptivo a aprender com gente de diferentes formações, o Programa é para si. Os locais do Programa Módulos formativos: Em 2010-2011, as Instituições associadas ao Programa são: Instituto Gulbenkian de Ciências em Oeiras, Instituto de Medicina Molecular em Lisboa IPATIMUP no Porto Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa

6 Investigação: Poderá desenvolver o seu projecto de investigação em Unidades de Saúde ou Institutos de Investigação em Portugal ou no estrangeiro. Nota: é desejável que Internos ou Especialistas que pretendam aderir ao Programa em regime de full-time tenham disponibilidade pessoal para desenvolver os seus projectos de investigação em instituições internacionais. A selecção dos candidatos Uma Comissão de Selecção que inclui o Coordenador do Programa e elementos indicados pelas Fundações Calouste Gulbenkian e Champalimaud, ouvidas a ACSS e a FCT, será responsável pela selecção dos candidatos. A Comissão de Selecção apreciará todas as candidaturas que tenham dado entrada no site da FCG até à data limite indicada no Edital do Programa. Num primeiro passo, serão considerados os dados curriculares dos candidatos bem como toda a informação que lhes é pedida no processo de candidatura. Os candidatos pré-seleccionados serão então convidados pela Comissão de Selecção para uma entrevista pessoal que terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian. A entrevista constituirá o factor determinante da selecção. Para a diferenciação dos candidatos a Comissão atribuirá especial importância aos seguintes aspectos: O interesse em conciliar as actividades clínica e de investigação como projecto profissional a longo prazo. A determinação em contribuir para o desenvolvimento científico da Unidade de Saúde que integram. Uma enorme motivação e capacidade de liderança. Nota 1: A decisão da Comissão de Selecção não é passível de recurso.

7 Nota 2: é desejável que Internos ou Especialistas que pretendam aderir ao Programa em regime de full-time tenham disponibilidade pessoal para desenvolver os seus projectos de investigação em instituições internacionais. Os candidatos admitidos iniciarão o Programa em 1 de Outubro de 2010. A componente formativa em maior detalhe O objectivo da componente formativa do Programa não é formar cientistas básicos mas médicos clínicos cientificamente informados. Por outras palavras, pretende-se familiarizar o clínico com os conceitos, a linguagem e as tecnologias da ciência biomédica contemporânea, conferindo-lhe capacidade de avaliar criticamente as respectivas contribuições para a Medicina clínica e oferecendo-lhe novos horizontes de investigação. O primeiro trimestre (Science & Medicine) concentrar-se-á em áreas da ciência com especial impacto na Medicina clínica - Biologia Celular e Molecular, Medicina Molecular, Genética, Medicina Evolutiva, Biologia Computacional, Bioestatística e Epidemiologia - vistas numa perspectiva de integração com a Medicina prática. O segundo trimestre (Challenges in Clinical & Translational Research) é integralmente orientado para novas abordagens na investigação, diagnóstico, prevenção e terapêutica de doenças frequentes de etiologia complexa, bem como para os desafios éticos da investigação médica contemporanea. O último módulo (Preparing for Research) é dedicado a aspectos metodológicos relacionados com redacção de artigos científicos, projectos de investigação e candidaturas a financiamento. Na maioria dos módulos, as sessões de formação terão lugar durante a manhã sendo as tardes reservadas para discussões de grupo, journal clubs ou, simplesmente, para estudo individual. Bibliografia seleccionada ser-lhe-á fornecida antecipadamente e sugeridas fontes adicionais de informação. Apesar do carácter intensivo dos módulos formativos, ser-lhe-á dado tempo suficiente para ler e pensar, bem como para aprofundar, por sua livre iniciativa, temas que o interessem especificamente.

8 Para ver o calendário e locais de ensino do programa formativo 2010-2011 consulte http://www.gulbenkian.pt/formacaomedica. Avaliação O seu progresso será avaliado informalmente ao longo dos módulos formativos. Os responsáveis pela formação receberão, por sua vez, o seu feed-back sobre a forma como decorreu o ensino e a adequação do mesmo às suas expectativas. Concluidos os módulos do programa formativo, seguir-se-á outra entrevista com a Comissão de Selecção, que procurará aperceber-se da forma como o programa o ajudou e onde serão avaliados a estrutura do pensamento científico adquirido, bem como os seus planos de investigação. A sua continuidade no Programa será decidida por acordo mútuo, dependente de uma avaliação recíproca favorável. Após a conclusão do programa formativo poderá dedicar-se ao seu trabalho de investigação. A natureza do projecto e onde será desenvolvido dependerão dos seus interesses, da qualidade e competências específicas da instituição de acolhimento, de colaborações que já tenha estabelecido ou queira vir a estabelecer. Dependerá também da fase da carreira médica em que se encontra. Por exemplo, um Médico especialista, em plena maturidade clínica, poderá ter um plano já estabelecido ou, eventualmente, já iniciado, na sua Instituição de Saúde, enquanto que um jovem Interno poderá saber apenas o assunto que quer investigar ou, eventualmente, tê-lo descoberto durante o programa formativo. Todas as possibilidades serão consideradas e discutidas individualmente consigo pela Coordenação do Programa. Em qualquer caso, o seu projecto será sempre sujeito a peer-review por especialistas na área externos ao Programa. Candidaturas As candidaturas devem ser submetidas electronicamente para http://www.gulbenkian.pt/formacaomedica até à data limite anunciada no Edital do Programa. O resultado da pré-seleccção é comunicado aos candidatos no prazo de uma semana.

9 As entrevistas com a Comissão de Selecção terão lugar na Fundação Calouste Gulbenkian na semana seguinte. Os candidatos admitidos deverão enviar as autorizações Institucionais e de Directores de Serviço por e-mail (ou por Correio), para o secretariado do Programa, nas duas semanas subsequentes. Informações adicionais: pgfmedica@gulbenkian.pt ou telefone - 21 782 32 62

10 Perguntas&Respostas Se quiser dedicar-me em full-time ao Programa durante 3 anos como posso garantir a manutenção do meu contrato com a Unidade de Saúde onde trabalho? A garantia do seu vínculo contratual depende, exclusivamente, da Direcção da Instituição onde trabalha e do seu Director de Serviço. Uma vez que a Fundação Gulbenkian lhe concederá uma Bolsa durante 3 anos, pode solicitar aos responsáveis institucionais autorização para interrupção de serviço durante o período de duração do Programa. Se é Interno de Especialidade, note que a legislação actual (Decreto-Lei nº 60/2007 de 13 de Março do Ministério da Saúde) lhe permite a interrupção do Internato Médico para a frequencia de programas de investigação clínica conducentes ao grau de doutor. Sublinha-se, contudo, que a aceitação neste Programa exige a aprovação do seu Director de Serviço. A dedicação em full-time ao Programa impede-me de exercer qualquer outra actividade? O objectivo da frequência do Programa em full-time é de natureza estritamente pedagógica e não burocrática. Oferece-lhe a possibilidade de se concentrar totalmente na componente formativa e no seu projecto de investigação. Os 6 meses da componente formativa são muito intensivos e dificilmente compatíveis com a manutenção de actividade clínica. Portanto, para concluir com sucesso o programa curricular, não poderá participar nas actividades do Serviço durante esse período. Nos dois anos e meio subsequentes, apenas em situações excepcionais, de absoluta necessidade do Serviço, poderá assegurar algum serviço clínico. As condições em que tal participação se processará serão acordadas entre a Direcção do Programa e o seu Director de Serviço. Se tem funções docentes numa Faculdade de Medicina, as mesmas podem ser mantidas, se o Professor responsável concordar em ajustar o seu horário às actividades do Programa durante os 6 meses de formação. Sou Interno de Especialidade. Em que consiste a modalidade part-time que o Programa oferece? O objectivo do programa é a sua formação científica. Como Interno de Especialidade tem duas alternativas possíveis: frequentar o Programa em full-time, caso em que interromperá o Internato Médico durante 3 anos, ou tentar compatibilizar a frequência do Internato com o Programa (Portaria nº 172/2008 de 15 de Fevereiro, dos Ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior). É à última alternativa que se aplica a modalidade part-time. A Fundação Gulbenkian concedelhe uma Bolsa durante os 6 meses da componente formativa, uma vez que o Programa não dispensa os candidatos admitidos da frequência total desta componente. Após a conclusão da componente formativa, regressará às actividades do Internato, altura em que passa a ser um Doutorando em part-time. A forma como será feita a compatibilização da actividade clínica com a componente de

11 investigação (obrigatória no Programa) será combinada entre a Direcção do Programa e o seu Director de Serviço. A minha admissão ao Programa em regime de part-time confere-me automaticamente o estatuto de Interno-Doutorando? De acordo com a legislação actual, para frequentar os 6 meses educacionais do Programa terá que interromper o Internato durante esse período (é por essa razão que a FCG atribui aos Internos em part-time admitidos ao Programa uma Bolsa de 6 meses). Face ao estipulado na Portaria nº 172/2008 de 15 de Fevereiro, a ACSS não poderá atribuir-lhe o estatuto de Interno-Doutorando enquanto estiver em interrupção de Internato. A Fundação Gulbenkian celebrou um protocolo com o Ministério da Saúde e a Fundação para a Ciência e Tecnologia, segundo o qual os internos em part-time que tenham concluido com sucesso a componente educacional do Programa obterão o estatuto de Interno-Doutorando a partir de 1 de Abril.

12 Instituições e contactos Fundação Calouste Gulbenkian Av. Berna, 45A 1067-001 Lisboa Telf: 21 782 3000 Fax: 21 782 3021 http://www.gulbenkian.pt/formacaomedica. External Advisory Board Professor Erna Möller, Karolinska Institutet, Sweden Professor David D. Sabatini, New York University, USA Professor JMM van Dongen, Erasmus University, NL Direcção do Programa Professora Leonor Parreira Faculdade de Medicina de Lisboa e Fundação Calouste Gulbenkian Gestão do Programa Drª Francisca Moura, Fundação Calouste Gulbenkian Apoio Técnico e Administrativo Maria Matoso/ José Ricardo, Fundação Calouste Gulbenkian Telf: 21 782 3262 Fax: 21 782 3018 e-mail pgfmedica@gulbenkian.pt Instituto Gulbenkian de Ciência Rua da Quinta Grande, 6 2780-156 Oeiras Telf: 21 4407900 Fax: 21 4407970 http://www.igc.gulbenkian.pt Instituto de Medicina Molecular Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Av. Professor Egas Moniz 1649-028 Lisboa, Portugal Telf: 21 799 9411 Fax: 21 799 9412 http://www.imm.ul.pt IPATIMUP Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto - Portugal Telf: +351 22 5570700 Fax: +351 22 5570799 http://www.ipatimup.pt