Pequenas e Médias Empresas no Peru. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Documentos relacionados
Pequenas e Médias Empresas na Irlanda. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas na Argentina

Pequenas e Médias Empresas na Índia. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

EMPREENDEDORISMO NA AMÉRICA LATINA

Pequenas e Médias Empresas na Argentina

Pequenas e Médias Empresas no Brasil Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Paraguai. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

GEM 2018 GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR

GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR

Atuação do Sebrae no ambiente tecnológico de Casa & Construção. São Paulo

Os caminhos do empreendedorismo em tempos de crise

GEM 2016 GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR

O compromisso do Sebrae com a. Rio de Janeiro, 20 de julho de 2005

Perfil do Jovem Empreendedor Garibaldense

GESTÃO DE NEGÓCIOS, INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

COMO LEIS FACILITAM OU PREJUDICAM NEGÓCIOS?

SISTEMAS DE INCENTIVOS PORTUGAL 2020

Pensando Negócios Para Cidades Inteligentes

Plano Brasil Maior 2011/2014. Inovar para competir. Competir para crescer.

Gestão e Empreendedorismo

JULIO ARAUJO. Júlio Araújo é Empresário, Palestrante e Professor com mais de 25 anos de experiência motivando equipes e desenvolvendo talentos.

Referencial Teórico. Redes de cooperação produtivas:

OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO

Bioeconomia CONDIÇÕES ESTRUTURAIS NECESSÁRIAS PARA O BRASIL COMPETIR

QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO

PRECISA MELHORAR O SEU NEGÓCIO?

R E V I S T A S M A R T C I T Y B U S I N E S S R E V I S T A S M A R T C I T Y B U S I N E S S

SEBRAE REGIONAL NORTE. Maio a Agosto /2016. Especialistas em pequenos negócios / / sebraego.com.br

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

O PODER DA IGUALDADE: COMO O AVANÇO DA IGUALDADE DAS MULHERES PODE ACRESCENTAR US$12 TRILHÕES AO CRESCIMENTO GLOBAL

25 DE OUTUBRO DE 2013 AVEIRO - PORTUGAL

A IDEIA TERRITÓRIO 05/05/2016. Evolução de empresas e instituições 192. II Colóquio sobre Gestão Pública / UFRN

FINANCIAMENTO VERDE. CASO: Linha De Crédito Ambiental Pelo Grupo GEA PAÍS: Peru CIDADE: Lima POPULAÇÃO: (2018) FINANCIAMENTO VERDE

PROPOSTAS PRIORITÁRIAS PARA A AGENDA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS INOVADORAS

Divulgação do Programa Estratégico +E + I. CIM Alto Minho Arcos de Valdevez

Empreendedorismo EMPREENDEDORISMO

ATUAÇÃO DO SEBRAE NO AMBIENTE TECNOLÓGICO DE CASA & CONSTRUÇÃO

Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil

82% dos estudantes portugueses encara o empreendedorismo como solução para o seu futuro profissional

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS

FUNDAÇÃO ESPAÇO ECO. Organização sem fins lucrativos (OSCIP), instituída pela BASF em 2005, com apoio da GIZ (agência do governo alemão)

ÁFRICA OCIDENTAL MELHOR CLIMA PARA OS NEGÓCIOS E PARA O INVESTIMENTO NA

COMUNICADO. 1. Ambiente de Negócios 1.2 Contexto dos Pequenos Negócios no Brasil 1.3 Políticas públicas de apoio aos Pequenos Negócios

Longos prazos + Baixas taxas = CRÉDITO SUSTENTÁVEL

XI Seminário Internacional de Países Latinos Europa América. Contabilidad y Auditoría para Pymes en un Entorno Globalizado

Inovação como prioridade estratégica do BNDES

EMPREENDEDORISMO. Projeto Consultor

Rodrigo da Rocha Loures Presidente do CONIC-FIESP. São Paulo,07de Outubrode 2014

MISSÃO TÉCNICA EXPERIENCIAS E BENCHMARK MINISTÉRIO DEL AMBIENTE DEL PERÚ E CTB - AGENCIA BELGA DE DESARROLLO

Nota Conceito WORKSHOP EMPRETEC DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO. 10 Dezembro Local a ser confirmado, 14:00 17:00

QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO

INCENTIVOS FISCAIS PARA AS NOVAS TECNOLOGIAS JOZÉLIA NOGUEIRA

Ganhar dinheiro. ou mudar o mundo? capa

PROJECTOS DE EMPREENDEDORISMO FEMININO QUALIFICADO

OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO PARA AS EMPRESAS NO PORTUGAL 2020

SEBRAE REGIONAL METROPOLITANA DO DF MARÇO E ABRIL Especialistas em pequenos negócios / / sebraego.com.br

Crescimento do empreendedorismo no Brasil.

Comissão do Desenvolvimento Regional PROJETO DE PARECER. da Comissão do Desenvolvimento Regional

PORTFÓLIO. Alimentos

SEMANA DO MEI E MUTIRÃO DA SIMPLIFICAÇÃO

POCI 2020 PROGRAMA O PERACIONAL

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS

Soluções para Empreendedores. Vítor Ferreira ESTG, Leiria 22/02/2016

Espanha: o seu parceiro na Europa

03-08 GAMA OUTUBRO. (Setor Central) Ao lado da rodoviária. 8 às18h - seg a sexta 8 às 12h - sábado

Empreendedorismo Feminino

PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR

VIII Congresso Nacional de Excelência em Gestão

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS

PÓS-GRADUAÇÃO GESTÃO ESTRATÉGICA DA SUSTENTABILIDADE

Apoios ao Empreendedorismo

Empreendedorismo. Prof. MSc. Márcio Rogério de Oliveira

Sebrae, parceiro dos pequenos negócios

E para 2013, o cenário é ainda mais promissor. Fonte: Associação Brasileira de Startups - Abstartups

GEM SÃO PAULO 2016 GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR

AS MELHORES CAPACITAÇÕES COM DE MERCADO.

O QUE ORIENTA O PROGRAMA

PROJETO DE RELATÓRIO

ESTUDO DE CASO EXPLORATÓRIO QUESTÕES DE GÊNERO

A duração dos mestrados de doutorado é de dois anos como mínimo e máximo de quatro anos.

Empreendedorismo no Feminino Mo.vações Obstáculos Desafios. 29 Março de 2017

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS

Juntos Somos Fortes! Apresentação de Treinamento Empresarial Intraempreendedorismo. Equipe de Funcionários e/ou Colaboradores.

OPORTUNIDADE Nº 008/2018 PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO DE CONSULTORIA PARA PROJETO DE CAPACITAÇÃO E PEQUENOS SUBSÍDIOS PARA APOIAR MITIGAÇÃO E

Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Programa EaSI. Antonieta Ministro

CONTÉUDO PROGRAMÁTICO V CERTAME DA CERTIFICAÇÃO DE CONHECIMENTOS GESTÃO DE PROJETOS

Marco Legal de CT&I PARA FORTALECER O ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO NO BRASIL. Zil Miranda Diretoria de Inovação. Agosto 2018

Inovação e Empreendedorismo: o caso do ICE. 31 de maio de 2017

Empreendedorismo. Prof. Antonio Celso Duarte FATEC-SP 2011 FATEC SP 2011

Participe! DE 14 A 19 DE MAIO. Informações e Inscrições:

CIDADES INTELIGENTES CIDADES INTELIGENTES

Questões da Inovação

Inovação. Data: 12/04/2012. Inovação é a exploração com sucesso de novas idéias. United Kingdom Department of Trade & Industry

EMPREENDEDORISMO. Williana Souza, Ma.

Computação e Sociedade A Sociedade da Informação PROFESSORA CINTIA CAETANO

Indústria siderúrgica latino-americana prevê cenário positivo, mas com pontos de atenção

Sobre o. Onde estamos. Para garantir o atendimento aos pequenos negócios, o Sebrae atua em todo o território nacional.

Papel das micro e pequenas empresas no Desenvolvimento do Nordeste

A vida de quem tem uma micro e pequena empresa ficou mais simples. Isso porque a REDESIMPLES veio para melhorar o ambiente dos negócios no DF.

Transcrição:

Pequenas e Médias Empresas no Peru Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios A Lei peruana define as Pequenas e Micro Empresas (PMEs) como: "... a unidade econômica constituída por uma pessoa natural ou jurídica sob qualquer forma de organização ou gestão de negócios dentro da legislação vigente, que visa desenvolver atividades extração, processamento, produção, comercialização de bens ou serviços (...)e deve ter as seguintes características: Microempresa: Número total de trabalhadores: entre um e dez trabalhadores. Os níveis de vendas anuais não superiores a 50 UIT (Unidade Tributária é um valor de referência definido pelo Ministério da Economia e Finanças do Peru). Pequena empresa: Número total de trabalhadores: entre 11 e 50 trabalhadores. Níveis de vendas anuais entre 51 e 850 UIT. A Crescemype foi criada pelo despacho vice ministerial das PMEs e Indústria, responsável pela normalização industrial, sistema de controle, promoção e desenvolvimento da atividade industrial, cooperativas, micro e pequenas empresas e produtos comerciais domésticos. A Sociedade Peruana de Pymes é uma instituição sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado e de representação a nível nacional. Reúne pessoas naturais e jurídicas envolvidas no comércio, produção e serviços. Representa as micro, pequenas e médias empresas geridas por empresários empreendedores, estabelecido no Peru, contribuindo para o desenvolvimento do país, sem afinidade ou atividade político-partidária. O Cofide, o Banco de Desenvolvimento do Peru, participa ativamente no desenvolvimento sustentável e inclusivo do país por meio do financiamento de investimentos produtivos e infraestrutura básica. Tem como objetivo reduzir as diferenças

entre as cidades, criando novos postos de trabalho, contribuindo para o comércio, com a interligação de comunicações e melhoria da qualidade de transporte, educação e mobilização. Ele também apoia o empreendedorismo e empresários com produtos e serviços inovadores, por meio de aconselhamento e treinamento gratuito, desenvolvendo habilidades de gerenciamento para gerar crescimento e promover o empreendedorismo no país. A PME APC é uma instituição civil sem fins lucrativos que promove o fortalecimento das capacidades de prestadores de serviços de desenvolvimento de negócios, incluindo consultores, assessores, pesquisadores e capacitadores para micro, pequenas e médias empresas, promovendo o desenvolvimento do mercado de serviços empresariais, por meio da coordenação da oferta e da demanda por BDS todo o país. Atividade empreendedora e ambiente de negócios A taxa de atividade empreendedora em estágio inicial (TEA) no Peru aumentou de 23,4%, em 2013, para 28,8%, em 2014. O Peru continua a ser um dos países mais empreendedores na América Latina (média de 17,6%), apenas superada pelo Equador (32,6%) e, entre as economias orientadas para a eficiência empresarial (média: 14,04%). O aumento da TEA em 2014 ocorreu principalmente devido a um aumento na taxa de novos empreendedores (23,1%), enquanto a taxa de empreendedores nascentes (7,3%) apresentaram apenas um ligeiro aumento. Em 2014, a taxa de empreendedores estabelecidos aumentou de 5,4%, em 2013, para 9,2%. No entanto, a taxa de interrupção de negócios aumentou de 4,2% para 8% durante o mesmo período. Na verdade, o Peru continua sendo um dos países com maior taxa de descontinuidade de negócios na região da América Latina, atrás de El Salvador, Chile e Equador. Pelo quinto ano consecutivo, o empreendedorismo orientado para a oportunidade mostra uma tendência positiva. 58,9% das empresas foram criadas buscando uma oportunidade para aumentar a independência ou a renda do empreendedor. Enquanto isso, o empreendedorismo baseado na necessidade, quando não existe outra opção para o trabalho, diminuiu para 16,4%.

O empresário peruano médio tem de 36 anos de idade e é do sexo masculino. 50% possui nível médio de educação completo. 60% deles se definem como trabalhadores independentes. Aproximadamente 69,4% dos peruanos dizem ter as habilidades e experiência necessárias para iniciar um negócio e 62,3% da população vê boas oportunidades para iniciar um negócio no local onde vivem. No entanto, em 2014, 29,1% não iniciaram um negócio por medo de fracassar. As percepções em relação ao empreendedorismo aumentaram em 2014 e mais de 80% da população peruana vê o empreendedorismo como uma boa escolha de carreira, uma vez que os empreendedores de sucesso possuem um status elevado pela sociedade. A cobertura da mídia sobre empreendedorismo é bem considerada. No entanto, são poucas as empresas ambiciosas no país. Apenas 7,3% dos empresários em estágio inicial têm perspectivas de crescimento elevado de emprego, 14,5% apresentam um novo produto para o mercado e apenas 0,49% investem nos setores de média ou alta tecnologia. Facilitadores e restrições De acordo com especialistas, os três fatores mais importantes que influenciam positivamente o empreendedorismo no Peru são o clima econômico, as normas culturais e sociais e o apoio financeiro. Em 2014, um bom clima econômico foi considerado como o principal impulsionador do empreendedorismo no Peru. Esse fator contribuiu com uma melhor difusão da cultura empreendedora na mídia e espaços sociais. Por sua vez, um maior aporte de diversificadas fontes de financiamento para os empreendedores permitiu a criação de novas empresas. Por outro lado, os principais fatores que limitam o empreendedorismo são as políticas do governo, a educação e formação. Em 2014, especialistas observaram que as políticas públicas, especialmente aquelas relacionadas com a concessão do licenciamento e tributação, continuam a ser os principais obstáculos ao dinamismo empresarial. Além disso, as deficiências no ensino

básico não apenas evitam que as pessoas que deem início a um negócio, mas também impactam negativamente na qualidade dessas empresas. Iniciativas de apoio ao empreendedorismo Em 2014, o Ministério da Educação lançou o novo plano nacional para a educação básica, o qual incorporou o empreendedorismo como um tema fundamental. Essa medida permitirá que as crianças a partir de três anos possam desenvolver habilidades empreendedoras. Além disso, em julho de 2014, o governo emitiu uma lei que estabelece medidas fiscais, a simplificação de procedimentos e autorizações para a promoção e revitalização do investimento no país, incentivando a criação e o crescimento de novas empresas. Novembro foi declarado o "mês do empreendedorismo" e, com a participação de 53 instituições, o governo lançou a iniciativa Peruemprende - um calendário de atividades e eventos voltados para a sensibilização e promoção da cultura empreendedora na população, com mais de 100 eventos em todo o país. Tendências ao longo do tempo O ano de 2014 foi marcado com mais dinamismo do ecossistema empreendedor, especialmente na promoção orientada à oportunidade e empreendedorismo inovador. Devido a isso, um maior número de empresários ambiciosos é esperado nos próximos anos. As novas tecnologias facilitaram a divulgação dos conhecimentos e metodologias para empreender novos negócios. Há também um interesse crescente entre a população feminina na participação em diferentes setores da economia. As melhores condições para o investimento no país estão atraindo mais investidores e investidores-anjo, que devem ajudar o desenvolvimento de empresas com elevado potencial de crescimento e uso de tecnologia intensiva. Desafios para o futuro Há muito ainda a ser feito para facilitar o serviço burocrático para aqueles que começam um negócio. Existe um impulso voltado para a melhoria da qualidade da educação, mas ainda é insuficiente. O modelo educativo deverá incentivar a criatividade e

a inovação, mas, acima de tudo, promover o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora. No Peru, de acordo com a informação fornecida pelo Instituto Nacional de Estatística e Informação (Inei), por meio da Pesquisa Nacional de Domicílios (Enaho) de 2013, o país tem cerca de 1,7 milhões de micro e pequenas empresas, das quais, quase todas têm menos de 10 trabalhadores. As PMEs representam 99,5% de todas as empresas do país, são responsáveis por 49% da produção nacional. De acordo com estatísticas da Enaho, as PMEs são responsáveis por 60% do emprego total. Na última década, o setor das PMEs tem sido o mais dinâmico em relação à criação de novos postos de trabalho em crescimento a taxas de 9% ao ano, enquanto as grandes empresas crescem a taxas anuais de 2%. Fontes: http://m.gemconsortium.org/country-profile/97 http://cendoc.esan.edu.pe/fulltext/e-journals/pad/7/arbulu.pdf http://elcomercio.pe/noticias/pymes-519462 http://pad.edu/wp-content/uploads/2012/01/la_pyme_en_el_peru_jorge_arbulu1.pdf http://perupymes.com/sociedad-peruana-de-pymes http://www.americaeconomia.com/economia-mercados/finanzas/mas-del-99-de-lasempresas-del-peru-son-pequenas-y-medianas http://emprende.pe/inei-el-99-6-de-empresas-son-micro-pequenas-y-medianas-pero-lasgrandes-concentran-el-79-de-ventas/