Desenvolvimento Económico Regional
Conceito Aumento sustentado do emprego, rendimento e produtividade Desenvolvimento = Desenvolvimento Económico?
séc. XIX anos 40 do séc. XX O conceito de desenvolvimento centrava-se nas dimensões económicas e no grau de substituição das estruturas pré-capitalistas por estruturas modernas.
Anos 40- Anos 70 Desenvolvimentismo O conceito de desenvolvimento está associado à melhoria das condições de vida, particularmente nos países do Terceiro Mundo, através do estímulo ao crescimento e à redistribuição para reduzir a desigualdade entre regiões. No processo de desenvolvimento as regiões teriam que passar por diversos estágios, desde a sociedade tradicional até ao estágio final de consumo de massa
Anos 70-2000 Globalismo O desenvolvimento está associado à participação das regiões no mercado global, com ênfase na remoção das falhas de mercado. Os poderes públicos regionais são os agentes responsáveis pelo desenvolvimento das suas regiões
Anos 2000 Post-desenvolvimentismo O conceito de desenvolvimento alargou-se para incorporar a sustentabilidade e abordagens holísticas e integradas nas preocupações económicas, sociais e ambientais. Enfatiza o papel da sociedade civil, enquanto conhecedora das aspirações sociais, necessidades e potencialidades regionais e locais, complementando o Estado e os mercados.
Económico Social Ambiental Política Cultural Tempo
Retirado Retiradode depike Pikeet etal. al.(2006) (2006)
Retirado de Pike et al. (2006)
Retirado de Pike et al. (2006)
Dimensão quantitativa Dimensão qualitativa Centra-se objectivamente em medidas numéricas; Responde à questão quanto de uma coisa ; O enfoque pode ser absoluto ou relativo entre períodos de tempo e/ou territórios; Ex: Taxa de crescimento do PIB/capita número de empregos criados Centra-se na natureza do desenvolvimento; Responde a preocupações mais subjectivas que dependem dos princípios e valores de cada região em cada momento; Ex: Impacto ambiental; precariedade do empregos criado; oportunidades de progressão na carreira
O sistema económico internacionalizouse/globalizou-se; tornou-se intensivo em conhecimento e mais competitivo; As estruturas governativas e de governação evoluíram para modelos com diversos níveis e âmbitos de actuação; Surgiram novos tipos e instrumentos de políticas públicas; O enfoque do discurso técnico e político sobre desenvolvimento deslocou-se do quantitativo para o qualitativo Desenvolvimento sustentável
Globalização Aumento na mobilidade: do capital do trabalho dos bens e serviços Liberalização das economias nacionais Programas de estabilidade macroeconómica Expõe todas as regiões, mesmo as mais remotas, à concorrência global, forçando empresas, locais e regiões a ajustarem-se às novas condições de competitividade
Positivas Redução da inflação Aumento dos fluxos de capital Incremento no comércio internacional Crescimento económico em diversas zonas do globo Negativas Não produziu um crescimento elevado a longo prazo (com algumas excepções) Não gerou emprego exclusão social dos trabalhadores indiferenciados e aumento do peso da economia paralela Aumento das desigualdades sociais e territoriais Numa perspectiva territorial apenas um pequeno número de regiões está a conseguir captar os benefícios resultantes das oportunidades geradas pelo processo de globalização
Regiões metropolitanas, onde estão concentradas actividades de serviços de elevado valor acrescentado Regiões industriais intermédias Atracção de actividades de investigação, desenvolvimento e design Atracção de investimento directo estrangeiro Menor custo do factor trabalho Elevado capital humano Boa acessibilidade Regiões turísticas Nicho de mercado
Regiões industriais em geral As vantagens comparativas vão-se tornando menos importantes Dificuldade em captar novos mercados Perda de quota de mercado nos seus mercados tradicionais Regiões agrícolas Regiões sem vantagens comparativas claras Competição com regiões tecnologicamente mais avançadas, com custos de produção muito baixos Mercados alimentares imperfeitos e relativamente fechados Indústrias produtoras de bens essenciais e de massa, frequentemente com posições dominantes nos seus próprios países, têm dificuldade em resistir à integração e competição dos mercados
As regiões com os maiores PIB per capita situam-se no sul da Alemanha e do Reino Unido, no Norte da Itália e na Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Irlanda, Áustria e Escandinávia. As regiões das capitais Madrid, Paris e Praga também se enquadram nesta categoria. As regiões com menores PIB per capita estão concentrados no Sul, Oeste e periferia sudeste da União, na região leste Alemanha e os novos Estados-Membros, Croácia, Macedónia e Turquia. * PPS Padrão de poder de compra Retirado de EUROSTAT (2010)
Na UE-27, o PIB por habitante varia desde 26% da média da UE-27, na região de Severozapaden na Bulgária a 334% na região da capital da Inner London no Reino Unido. O factor entre os dois extremos da distribuição é 13,1:1. O PIB em 67 regiões é inferior a 75% da média daue-27. 24,4% da população da UE vive nestes 67 regiões (três quartos nos novos estados membro e um quarto na UE-15. Retirado de EUROSTAT (2010)
Dinamismo económico acima da média no oeste, leste e nas zonas periféricas do norte, não só nos países da UE-15, mas também nos novos EM, Croácia e nalgumas regiões da Turquia. Entre os países da UE-15 observa-se um forte crescimento na Espanha, Irlanda e partes da Grécia, do Reino Unido, Finlândia e Suécia, em particular. Persiste a tendência de fraco crescimento nalguns países da EU-15. Em Portugal, apenas o Alentejo e as ilhas alcançaram um crescimento acima da média da UE. Retirado de EUROSTAT (2010)
D Dispersão do PIB per capita yi PIB per capita na regiãoi Y PIB per capita médiono país pi - População da região I P População do país n Nº de regiões Permite avaliar a convergência entre diversas regiões É zero se os valores do PIB per capita regional forem idênticos em todas as regiões do país; Será tanto maior quanto maiores forem as diferenças do PIB per capita entre as regiões; Ex: um valor de 30 % implica que o PIB de todas as regiões de um determinado país, ponderado em função da população regional, difere do valor nacional numa média de 30 %.
A maioria dos países da UE-15 tem menor dispersão que os novos Estados- Membros. Os valores nos países da UE-15 apresentam uma tendência decrescente. Nos novos Estados- Membros o processo de convergência económica com a EU tem andado de mão dada com o aumento das disparidades regionais. Retirado de EUROSTAT (2010)
Retirado de EUROSTAT (2010)
Retirado de EUROSTAT (2010)