Seminário "Proteção do Solo e Combate à Desertificação: oportunidade para as regiões transfronteiriças"

Documentos relacionados
Seminário Nacional. Iniciativas para limitar a Degradação das Terras nas áreas Susceptíveis à Desertificação em Portugal

VOLUME II Introdução e enquadramento

Intervenções locais para a Adaptação das florestas mediterrânicas às alterações climáticas na Europa

Enquadramento. Multifuncionalidade - Integração de várias funções no mesmo espaço e tempo, numa determinada escala >>> conceito analítico

Relatório Breve do Workshop de 15 Fevereiro 2016

Comercialização de produtos diferenciados na perspectiva do produtor Alfredo Sendim. Exploração Familiar. Produção Extensiva. Montado 1.

A Agricultura e o Desenvolvimento Territorial Integrado Sistemas de Agricultura e Atractividade dos Territórios Rurais

FarmPath Transições na Agricultura: Trajectórias para a Sustentabilidade Regional da Agricultura na Europa

Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DE SINTRA-CASCAIS 5. PLANO OPERACIONAL DE GESTÃO

Factores de perda de biodiversidade

1. ENQUADRAMENTO 2. O PROJECTO EM CURSO

Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro (CPA)

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO RURAL PDR 2020

ESTRATÉGIAS DE EFICIÊNCIA COLECTIVA

Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas. Agro-Ambientais e Silvo-Ambientais

AS MEDIDAS AGRO-AMBIENTAIS Conciliação da Actividade Agrícola com a Conservação da Biodiversidade

projecto LIFE Lince Press-Kit Moura/Barrancos Contactos Coordenação e Equipa técnica

VOLUME II Introdução e enquadramento

No seguimento de uma estratégia definida pelo Município do Fundão para o concelho, despoletou-se o processo da Agenda 21 Local para o território

Uma Agemda para o Interior. Teresa Pinto Correia ICAAM / University of Évora - PORTUGAL

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

O FENÓMENO DA DESERTIFICAÇÃO EM PORTUGAL CONTINENTAL

Valorização de Serviços Ambientais de Agro-Ecossistemas em áreas Protegidas

Os sistemas agrícolas extensivos na paisagem mediterrânica perspectivas de evolução

Ajudas ao Montado no PDR Portugal

Gestão de Recursos Naturais e Competitividade: do conhecimento à geração do compromisso

Avaliação Ambiental Estratégica

Apresentação pública dos resultados do projecto MURAL*

Mestrado em Engenharia do Ambiente 4º ano / 2º semestre

Ano de Comissão de Protecção da Natureza Relatório Anual de Actividades. Sociedade de Geografia de Lisboa

Programa de Desenvolvimento Rural

Fundação Serrão Martins Plano de Actividades Plano de Actividades 2010

A Bolsa Nacional de terras Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa - 30 de maio de 2017

VOLUME II Introdução e enquadramento

Olivais tradicionais: desenvolvimento local e mercado global

Alterações Climáticas e funções da Agricultura em Portugal

AGRUPAMENTO EUROPEU DE COOPERAÇÃO TERRITORIAL DUERO-DOURO (AECT) José Luis Pascual, Director Geral AECT João Henriques, Coordenador Territorial AECT

Alteração ao PDM da Maia

O PAPEL DA REDE RURAL NACIONAL

Um olhar prospectivo nas redes de desenvolvimento das comunidades locais e regionais no contexto do território do EuroACE

Alterações Climáticas, Florestas e Biodiversidade

Desenvolvimento Local. Aula 15. Política de desenvolvimento Rural em Portugal: Principais instrumentos de financiamento para o período

Serviços do Ecossistema em Espaços Florestais Contributos para uma Economia Verde em Portugal

RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ANUAL 2014/2015 CITIZEN S REPORT

Ambiente e Política Agrícola Impactes actuais e potenciais. Terra Sã 2013 Colóquio Agricultura 2020 Lisboa

ALCOUTIM E O FUTURO. Conferência Debate sobre Desenvolvimento Local Sustentável

Espaços verdes em Gaia... porquê?

Faia Brava - a biodiversidade como valor acrescentado para a agricultura

Ecossistemas.indd :28:44

Região do Médio Tejo. Características e Desafios

Inovação e Sustentabilidade na produção de alimentos: - O contributo do Setor Cooperativo PORTO

RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ANUAL 2016 CITIZEN S REPORT

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. PLANO NACIONAL DIRECTOR DE IRRIGAÇÃO 1 Lisboa, Outubro de 2011

LIVRO VERDE dos MONTADOS Teresa PINTO-CORREIA e Nuno RIBEIRO ICAAM, Universidade de Évora, PORTUGAL José Mira POTES IPS-ESA Santarém

MONTADO & CLIMATE; A NEED TO ADAPT LIFE15 CCA/PT/ INTER LIFE PT de Novembro 2016, Luso

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020

Olival Tradicional. Olivais da freguesia de Vila Verde de Ficalho, Serpa. Pedro Reis INIAV, I.P.

GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ORLA COSTEIRA

Avaliação Ambiental Estratégica: Âmbito e Alcance

Em Defesa da Biodiversidade

S.R. DA AGRICULTURA E FLORESTAS Despacho Normativo n.º 11/2012 de 3 de Fevereiro de 2012

Colóquio: O Mundo Rural, o Desenvolvimento Sustentável e a Protecção da Natureza. A mudança de paradigma da Sociedade Rural

PECUÁRIA BIOLÓGICA. (Reg. 2082/91, modificado)

Política Agrícola Comum

CONFERÊNCIA NACIONAL ESTATUTO DA AGRICULTURA FAMILIAR PORTUGUESA. ESAC - Escola Superior Agrária de Coimbra 23 e 24 de Junho 2017

CEABN InBIO. A nossa missão Esforçamo-nos para produzir conhecimento científico para uma sociedade mais consciente e sustentável.

BIODIVERSIDADE EM EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

III Congresso Europeu das Áreas Comunitárias

Projecto Gestão Integrada dos Recursos Hídricos na Zona Costeira

PROJECTO NASCENTES PARA A VIDA: Gestão Florestal: estratégias para o futuro e boas prática de gestão e de investimento

ANEXO B. Enquadramento noutra(s) Estratégia(s) relevante(s)

Maneio do gado bovino em áreas de presença de lobo no noroeste de Portugal: problemas e soluções

Segundo Encontro Temático FIL Auditório 2 22 Janeiro 2009

Modelo n.º 1. Revisão do Plano Diretor Municipal do Seixal. Lisboa Península de Setúbal Seixal

Case study. Integrar a Conservação da Biodiversidade no Modelo de Gestão Florestal BIODIVERSIDADE E CERTIFICAÇÃO FLORESTAL EMPRESA ENVOLVIMENTO

FICHA DE DADOS ESTATÍSTICOS DE PLANO DIRECTOR MUNICIPAL N.º 5 da Portaria n.º 138/2005, de 2 de Fevereiro

A DESESTRUTURAÇÃO DO MUNDO E O RISCO DE INCÊNDIO O CASO DA SERRA DA CABREIRA (VIEIRA

Nascentes para a Vida

CALENDÁRIO INDICATIVO DE PAGAMENTOS DAS AJUDAS DO PEDIDO ÚNICO CALENDÁRIO INDICATIVO DE PAGAMENTOS DAS AJUDAS DO PEDIDO ÚNICO

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

ha Área a Irrigar por Alqueva ha

Programa Conservação e produção rural sustentável: uma parceria para a vida" no Nordeste de Minas Gerais

Ordenamento e gestão do território Grandes empreendimentos obras públicas e construção sustentável

Problemas ambientais globais. Gestão da Floresta Desertificação. 1º Ano Eng.ª Ambiente /2017. Tipos de florestas e sua importância

Programa de Desenvolvimento Rural 2020

Programa Operacional Regional Alentejo 2007/2013

PROT NORTE ESTRUTURA REGIONAL DE PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO AMBIENTAL

Grupo de Trabalho Temático: Valorização da Floresta Gestão Florestal. - Sistemas Agroflorestais Extensivos -

educação TAGUS, 21 de Janeiro de 2015

PACTO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DO LINCE-IBÉRICO

Recursos Genéticos para Alimentação e Agricultura:

LIFE Food & Biodiversity: critérios efetivos de biodiversidade para selos e rótulos do sector alimentar

0 1 2 Km MAPA DO ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO DO MUNICÍPIO DE SOBRAL DE MONTE AGRAÇO LIMITES ADMINISTRATIVOS ENQUADRAMENTO NACIONAL

Agricultura e Alterações Climáticas em Portugal

A Estratégia Regional para a Paisagem do Alto Minho no contexto da conservação e valorização do património natural

SECTOR AGRÍCOLA E AGROPECUÁRIO NA REGIÃO DE LEIRIA

Sobre o abandono rural em Portugal: Potenciais das amenidades das paisagens rurais no NE Alentejano

PROJECTO ACES Diagramas casuais: perceber a relação entre serviços de ecossistemas e bem-estar rural. 5 de Agosto de 2015 Lichinga

PARQUE DE NATUREZA DE NOUDAR UM MODELO DE TEIA FUNCIONAL, APLICADO AO DESENVOLVIMENTO RURAL DE TERRITÓRIOS EM REDE NATURA 2000

PAISAGEM E O.T. - DO VOLUNTARISMO À AÇÃO ORIENTADA

Transcrição:

Seminário "Proteção do Solo e Combate à Desertificação: oportunidade para as regiões transfronteiriças" Bragança, 29 de Outubro de 2012 ADPM Associação de Defesa do Património de Mértola

índice 1. A missão 2. Desde o inicio o combate à desertificação 3. Enquadramento biofísico e social de Mértola 4. Proteção do Solo e Combate à Desertificação: oportunidade para as regiões transfronteiriças 2 / 17

1. a missão Fundação: 1980 Preocupações chave: conciliação entre a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento socio-económico, como estratégia para o futuro sustentável das áreas rurais. Soluções encontradas: formação de uma equipa multidisciplinar, que trabalha em conjunto para um projecto colectivo, em que o envolvimento com as comunidades locais tem tido um papel preponderante. 3 / 17

2. Desde o inicio o combate à desertificação CADISPA- Conservation and Development in Sparcely Populated Areas (WWF)(1992) Constituição do Parque Natural do Vale do Guadiana PNVG (1995) UM CORDÃO VERDE PARA O SUL DE PORTUGAL (WWF MEDpo) (2000) Projecto de Demonstração do Monte do Vento de Restauro de Ecossistemas Florestais (FLR)(2005) Processo Cordão Verde pelo Sudoeste da Península Ibérica (2006) 4 / 17

2. Desde o inicio o combate à desertificação PROJECTO FAJA III RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA FAIXA PÍRITICA IBÉRICA RESTAURO ECOLÓGICO DE LINHAS DE ÁGUA, em parceria com a CCDR Alentejo e a Junta de Andaluzia (2006) Entidade Gestora do PROVERE _ Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo Uma Estratégia para as Áreas de Baixa Densidade do Sul de Portugal (2008) VASCOLHAR: Conservar a biodiversidade da Ribeira do Vascão sob um novo olhar (2009) Projecto Acções Demonstrativas de Reabilitação Ecológica em Linhas de Água Mediterrânicas (2009) Projecto Mosaicos Mediterrânicos Modelo de Resiliência dos Ecossistemas Mediterrânicos (2010) Membro da Comissão Regional de Combate à Desertificação do Sul 5 / 17

3. Enquadramento biofísico e social de Mértola Região transfronteiriça com bacia hidrográfica partilhada (Rio Guadiana) Elevado Índice de Susceptibilidade à Desertificação Solos esqueléticos (Litossolos - Ex) e delgados (Mediterrânicos Vx e Px) Precipitação média anual de 400 a 500mm 6 / 17

3. Enquadramento biofísico e social de Mértola Baixa Densidade Populacional 9,70 hab/km2 Elevado Índice de Envelhecimento Alentejo 2º maior do Baixo Desemprego elevado, especialmente desemprego feminino Baixo Poder de Compra Dinâmica Territorial Rural frágil Principais actividades económicas cinegética, turismo agricultura extensiva, Zona afectada pela desertificação 7 / 17

4. Proteção do Solo e Combate à Desertificação: oportunidade para as regiões transfronteiriças Valorização das paisagens rurais - Valorização dos valores naturais e sociais; - Valorização dos serviços ambientais fornecidos; - Valorização dos valores culturais e tradições. Paisagem no Monte do Vento Integração dos neo-rurais (aumento da dinâmica territorial) - - Promoção da instalação de jovens agricultores; - Acompanhamento e integração dos neo-rurais; - Formação para neo-rurais (PAM, tecelagem, apicultura, olaria). Workshop de tecelagem ciclo da lã 8 / 17

4. Proteção do Solo e Combate à Desertificação: oportunidade para as regiões transfronteiriças Promoção dos recursos locais (aumento da actividade Participação de produtores na BIOFACH 2012 - - Promoção das Cadeias de Abastecimento Curtas; - Promoção da agricultura em regimes de qualidade (MPB, DOP, IGP). Melhoria dos sistemas de produção (aumento das dinâmica territorial e capacitação dos agricultores) - Formação em compostagem na exploração agrícola; - Promoção das raças autóctones (ovinos, bovinos, caprinos) Acção demonstração em pastoreio de gado com cães Promoção da partilha transfronteiriça de recursos (Convénio de Albufeira, Parques Transfronteiriços, Observatório Ibérico dos Montados) 9 / 17

Associação de Defesa do Património de Mértola Paulo Silva interambiental@adpm.pt Largo Vasco da Gama 7750-333 Mértola www.adpm.pt;