EDITAL TEMFC Nº 16 Abril de 2014 Respostas aos recursos Resumo executivo: Analisados 12 recursos referentes a 10 questões. Anulação das questões 17, 26, 30, 54 e 56. Mudança de gabarito das questão 18 (para letra E). QUESTÃO 11 O recurso pede a anulação da questão, com argumentação de que a opção B também estaria correta. Para isso, cita trechos contidos na bibliografia do edital, porém sem construir argumentação consistente para a anulação da questão. Seguem abaixo as citações diretas e referências que evidenciam que a opção B está incorreta: 1. Não há evidencias científicas que falem a favor ou contra o uso de condroitina e/ou glicosamina. Referência: GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, Jose M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade Princípios, Formação e Pratica. Porto Alegre: ARTMED, 2012, Capítulo 30, Página 1720. 2. A melhor evidência atual sugere que o efeito desses suplementos (sulfato de glicosamina e condrointina), sozinhos ou combinados entre si, na dor, capacidade funcional e nas mudanças radiográficas da osteoporose é pequeno, sem significância clínica importante [...] Em uma análise de custo-efetividade, não se demonstrou benefício do uso de glicosamina ou condroitina. Apesar de algumas evidencias em favor do uso dessas medicações, o beneficio clínico ainda não foi demonstrado de forma inequívoca [...] Em resumo, o uso dessas medicações não é recomendado devido à provável ausência de beneficio e ao custo elevado.
Evidências. 4a edição. Porto Alegre: Artmed, 2013, pagina 1224. O parecer é pelo indeferimento do recurso, mantendo a questão 11 como válida. QUESTÃO 12 O recurso pede a anulação da questão, argumentando que possíveis falhas na impressão do gráfico contido na mesma teriam atrapalhado sua resolução. No entanto, após conferência com a empresa que organiza o TEMFC (Instituto Mais), averiguamos que quando da montagem da prova, há o cuidado rigoroso com a matriz gráfica enviada pelo elaborador da questão exatamente para que sejam evitados erros de impressão. Ainda assim, se se tratasse de um caso pontual de falha na impressão de uma única prova, a candidata poderia ter solicitado outro caderno ao fiscal, mas não houve registro de ocorrências quanto a isso. O parecer é pelo indeferimento do recurso, mantendo a questão 12 como válida. QUESTÃO 17 Um recurso pede a alteração de gabarito para a letra C e o outro para a letra D. Esta questão visa problematizar uma conduta comum observada em Atenção Primária, que é a prescrição desnecessária de soro de reidratação oral (SRO) para crianças não desidratadas, como é o caso da criança em questão. Apesar de constar na tabela da referência Duncan que a prescrição de SRO pode fazer parte do Plano A de tratamento, mais embaixo, na mesma tabela, o autor especifica as situações em que o mesmo deve ser prescrito (quando o paciente não puder voltar ao serviço de saúde ou se a região onde a família reside for uma área afetada por cólera ), o que não era o caso do paciente em questão. A alternativa D seria desqualificada em nosso entendimento pela palavra repetidos, estando assim incorreta. No entanto, ela pode de fato gerar outras interpretações, conforme argumentou o candidato, e o termo incoercíveis teria sido mais adequado. Diante disso, a questão ganha duas
alternativas corretas (A e D), justificando sua anulação. Note-se que o gabarito divulgado oficialmente apontava a letra B como correta, o que foi um erro de digitação. Referência: Duncan, Medicina ambulatorial, 4 edição, 2013. Capítulo 134, Página 1401 e 1402). QUESTÃO 18 Um recurso pede a anulação da questão e o outro a mudança de gabarito para a letra E. Ambos argumentam, corretamente, que o Caderno de Atenção Primária número 30, que trata de procedimentos em APS, contraindica a lavagem otológica em casos de cirurgias otológicas prévias. A alternativa E está correta, justificando a mudança no gabarito. O parecer é pelo DEFERIMENTO do recurso de MUDANÇA do gabarito para letra E. QUESTÃO 26 O recurso pede a anulação da questão, argumentando, corretamente, que o corticóide inalatório deve ser prescrito em pacientes com doença grave, e não para casos de DPOC moderada, como mostra a alternativa apontada como correta pelo gabarito. Evidências. 4a edição. Porto Alegre: Artmed, 2013, pagina 1032 e 1033. QUESTÃO 28
O recurso pede anulação da questão, mas apresenta argumentação inconsistente para a solicitação. A opção D (Toxicidade da medula óssea) representa uma possível causa da anemia aplástica, o que mantém a questão como correta. Evidências. 4a edição. Porto Alegre: Artmed, 2013, pagina 1065. O parecer é pelo indeferimento do recurso, mantendo a questão 28 como válida. QUESTÃO 30 O recurso pede a anulação da questão. A candidata argumenta que a referencia Duncan não recomenda a solicitação de HTLV. As duas referências, Duncan e Tratado de MFC, se contradizem, pois o Tratado de MFC recomenda a solicitação de HTLV I/II. Evidências. 4a edição. Porto Alegre: Artmed, 2013, pagina 384. Referência: GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, Jose M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade Princípios, Formação e Pratica. Porto Alegre: ARTMED, 2012, Capítulo 30, Página 983. QUESTÃO 50 O recurso apresenta argumentação inconsistente, pois não faz referência ao texto de que trata do tema convulsões na infância, como é o caso da criança abordada pela questão. O parecer é pelo indeferimento do recurso, mantendo a questão 50 como válida. QUESTÃO 54
O recurso pede a alteração do gabarito para letra E, argumentando, segundo bibliografia contida no edital*, que os tratamentos com itraconazol ou terbinafina são mais seguros para o tratamento das dermatofitoses. Apesar disto, o tratamento proposta pela letra B também está correto e a questão apresenta, desta forma, duas alternativas corretas, o que justifica sua anulação. * DUNCAN BB, SCHMIDT MI, GIUGLIANI ERJ, DUNCAN MS, GIUGLIANI C, Evidências. 4a edição. Porto Alegre: Artmed, 2013, pagina 1780. O parecer é DEFERIMENTO do recurso de ANULAÇÃO da questão. QUESTÃO 56 O recurso pede anulação da questão, argumentando corretamente que a frequência cardíaca deve ser mantida acima de 50 bpm em pacientes em uso de betabloqueadores, o que não era o caso da paciente.