Revista Brasileira em Promoção da Saúde ISSN: 1806-1222 rbps@unifor.br Universidade de Fortaleza Brasil



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Transcrição:

Revista Brasileira em Promoção da Saúde ISSN: 1806-1222 rbps@unifor.br Universidade de Fortaleza Brasil Lima Junior, José Ferreira; Lopes Fonteles Serrano Dantas, Lívia; Antero Machado, Caroline; Machado Ferreira Marcelo, Maria Elisa EXPECTATIVAS PROFISSIONAIS DE ALUNOS DE CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL Revista Brasileira em Promoção da Saúde, vol. 25, núm. 1, 2012, pp. 65-70 Universidade de Fortaleza Fortaleza-Ceará, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=40823228010 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

Curso de técnicos em saúde bucal Expectativas profissionais de alunos de curso técnico em saúde bucal Professional expectations of students of the oral health technician course Artigo Original RESUMO Objetivo: Identificar as expectativas dos alunos do curso Técnico em Saúde Bucal (TSB), da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), em relação ao futuro profissional. Métodos: Pesquisa quantitativa, transversal e descritiva, realizada com alunos das sete turmas do Curso de TSB da ESP-CE. A coleta de dados, realizada entre março e abril de 2011, ocorreu por meio da aplicação de questionário semiestruturado, o qual abordava o perfil profissional dos participantes, suas expectativas em relação ao mercado de trabalho e ao exercício profissional. Realizou-se análise estatística com significância de 0,05. Resultados: Foram entrevistados 154 alunos, dos quais 96,1% (148) eram mulheres, com idade média de 32,9 (±7,3) anos. A maioria (93,8%; N=120) concluiu o Ensino Médio e 71,1% (N=108) eram registrados no Conselho Regional de Odontologia. Sobre a inserção no mercado de trabalho, 42,9% (N=66) acreditavam que seria satisfatória, e 58% (N=87) que ocorreria no serviço público. O maior obstáculo referido pelos sujeitos sobre a inserção do TSB no mercado de trabalho foi a dificuldade de contratação (45,5%; N=70). Quando solicitado que pontuassem algumas ações que desempenhariam como TSB, 82,2% (N=125) citaram ações clínicas e coletivas. A maioria (96%; N=145) afirmou sentir-se segura para atuar como TSB. Conclusão: As expectativas dos alunos em relação ao futuro profissional foram positivas. Entretanto, fazse necessário o desenvolvimento de mais pesquisas nessa área para que a profissão de TSB tenha respaldo cada vez maior no mercado de trabalho. Descritores: Saúde Bucal; Auxiliares de Odontologia; Estudantes. ABSTRACT Objective: To identify the expectations of students enrolled in the oral health technician course conducted by the School of Public Health of Ceará, about their professional future. Methods: This work presents a quantitative, cross-sectional descriptive study held with students of seven classes in dental hygiene course conducted by the School of Public Health. Data collection was conducted between March and April 2011, through the application of a semistructured questionnaire, which addressed the professional profile of the participants, their expectations about the labor market and the profession. Statistical analysis was performed with a degree of significance of 0.05. Results: 154 students were interviewed, of whom 96.1% were women, mean age of 32.9 (± 7.3) years. Most (93.8%, N = 120) graduated from high school and 71.1% (N = 108) were registered at the Regional Council of Dentistry. Regarding their insertion in the labor market, 42.9% believed it would be satisfactory and 58% that it would occur in public service. The biggest obstacle mentioned by the subjects about the insertion of oral health technicians in the labor market was the difficulty of hiring (45.5%). When asked to punctuate some actions that they would play as TSB, 82.2% cited clinical and collective actions. The majority (96%) claimed to feel safe to act as TSB. Conclusion: The students expectations regarding their professional future are positive. However, it is necessary to develop further research in this area, so that the profession has a growing support within the labor market. Descriptors: Oral Health; Dental Auxiliaries; Students. José Ferreira Lima Junior (1,2,3) Lívia Lopes Fonteles Serrano Dantas (4) Caroline Antero Machado (4) Maria Elisa Machado Ferreira Marcelo (4) 1) Rede Nordeste de Biotecnologia RENORBIO/UFPB (PB) Brasil 2) Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras ETSC Cajazeiras (PB) Brasil 3) Universidade Federal de Campina Grande UFCG Campina Grande (PB) Brasil 4) Escola de Saúde Pública do Ceará ESP CE Fortaleza (CE) Brasil Recebido em: 01/06/2011 Revisado em: 13/09/2011 Aceito em: 29/09/2011 Rev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, 25(1): 65-70, jan./mar., 2012 65

Lima Junior JF, Dantas LLFS, Machado CA, Marcelo MEMF INTRODUÇÃO A importância dos higienistas dentais é evidenciada desde 1906. A multiplicação desses profissionais, o fato de sua educação ter crescido em quantidade e qualidade, e a expansão de seu papel são indícios de sua importância no setor da saúde. Tais profissionais apareceram para reforçar os cuidados profiláticos aos pacientes, amenizando a sobrecarga de procedimentos do cirurgião-dentista (CD). Desde então, estabeleceram-se como fortes aliados no campo da saúde oral (1). A existência de pessoal auxiliar em Odontologia é quase tão antiga quanto a prática profissional odontológica. Os cirurgiões-dentistas sempre se valeram de ajudantes no seu cotidiano de trabalho, ressaltando, antigamente, a ajuda comum de esposas e filhas dos CD para a limpeza e organização dos consultórios. A presença física destas mulheres também diminuía o constrangimento durante as consultas de senhoras e damas da sociedade (2). No Brasil, somente na década de 1970, a utilização de pessoal auxiliar em Odontologia começou a florescer, embora a preocupação em relação à categoria seja datada desde os anos de 1950, com a implementação de programas de fluoretação pelo Serviço Especial de Saúde Pública (SESP). O SESP iniciou a formação e utilização dos auxiliares de higiene dental nos Programas de Odontologia Escolar (2). Em 1975, o Conselho Federal de Educação (CFE) aprovou o parecer no 460/75, autorizando a formação de atendentes de consultório dentário e técnicos em higiene dental. Entretanto, foram necessários mais nove anos até que, em 1984, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) aprovasse a Decisão 26/84, disciplinando o exercício destas profissões no Brasil (3). A partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Federal da República (1988), tornou-se atribuição deste sistema a ordenação e formação de recursos humanos para a saúde. Em diversos estados do Brasil, programas de formação de pessoal auxiliar odontológico foram impulsionados pelas próprias secretarias de saúde (1). Em 2004, a Política Nacional de Saúde Bucal definiu a Política de Educação Permanente para os trabalhadores em Saúde Bucal, no sentido de atender às necessidades da população e aos princípios do SUS, apoiando financeiramente a formação imediata de pessoal auxiliar (4). Em 24 de dezembro de 2008, a Lei no 11.889, que regulamentou a profissão dos Auxiliares de Saúde Bucal (ASB) e Técnicos em Saúde Bucal (TSB), foi sancionada em todo o território brasileiro, e tal aprovação representou importante estratégia de estabilidade institucional para a categoria, que há vários anos necessitava de seu reconhecimento pela classe odontológica (5). As transformações ocorridas no mercado de trabalho odontológico, nos últimos anos, têm exigido mudanças no proceder do cirurgião-dentista; este passou a ser um profissional, cujo sucesso não depende mais apenas de suas habilidades técnicas e conhecimentos científicos, mas de sua capacidade organizacional e administrativa. O trabalho organizado dos auxiliares no decorrer do tratamento odontológico traz benefícios, como aumento de produtividade, economia de tempo e aceitação por parte dos pacientes e da comunidade (6). Através da inclusão da equipe de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família (ESF), em 2000, ampliou-se a necessidade de contratação de auxiliares e técnicos em saúde bucal em todo o país, ao passo de que se estabeleceu incentivo financeiro aos municípios para a implantação de dois tipos de equipes de saúde bucal na ESF: modalidade I, com CD e ASB, e modalidade II, com CD, ASB e TSB (7). No Ceará, o quadro de carência destes profissionais é evidenciado quando se observa que há apenas um TSB para aproximadamente 13 cirurgiões-dentistas, enquanto existe aproximadamente um ASB para 2 CD (8). Além disso, existe uma discrepância entre a quantidade de Equipes de Saúde Bucal (ESB) modalidade I e II, sendo esta com 129 cadastros e aquela com 1277 (9). A intensificação do treinamento e da contratação de pessoal auxiliar, em todos os níveis, surge como consequência natural, apresentando-se como um novo cenário para os profissionais auxiliares em saúde bucal. Esse fato justifica a necessidade do desenvolvimento de estudos que analisem a expectativa de tais profissionais diante do atual contexto, aparentemente favorável à sua atuação. Frente a esse contexto, a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) vem se consolidando como um centro de reflexão crítica das políticas de saúde do estado, produzindo conhecimentos estratégicos para responder às principais necessidades do setor saúde e de desenvolvimento de recursos humanos. Em consonância com a necessidade de inserção de pessoal auxiliar na atenção à saúde bucal do SUS, a ESP-CE desempenha papel fundamental na formação desses profissionais. A instituição já formou, desde sua criação, em 1993, 306 ASB e 442 TSB e está atualmente com 186 profissionais em formação. Há pouca literatura abordando a temática do técnico em saúde bucal, haja vista que, ao se realizar uma busca na literatura com esta palavra-chave, apenas um artigo foi encontrado, o qual tinha como objeto de investigação, sistematizar as atribuições dos TSB no município de Belo Horizonte (10). E quando se cruzaram as palavras-chave: técnico e saúde bucal, dois artigos foram encontrados, os quais apresentavam os seguintes objetivos: descrever a atividade docente assistencial, cujo objetivo é proporcionar experiência de promoção da saúde bucal coletiva a 66 Rev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, 25(1): 65-70, jan./mar., 2012

Curso de técnicos em saúde bucal estudantes concluintes do curso de odontologia (11) e avaliar o perfil e conhecimento sobre saúde bucal de profissionais cuidadores de idosos (12). Diante disso, objetivou-se, com este estudo, identificar as expectativas dos alunos do curso técnico em saúde bucal, da Escola de Saúde Pública do Ceará, em relação ao futuro profissional. MÉTODOS Tratou-se de uma pesquisa quantitativa, transversal e descritiva, realizada nas sete turmas do Curso TSB, da Escola de Saúde Pública do Ceará, que estavam acontecendo de forma descentralizada nos seguintes municípios sede: Aquiraz, Aracati, Baturité, Caucaia, Fortaleza, Horizonte e Maracanaú. As aulas aconteciam nos locais citados, porém os alunos poderiam residir nas regiões próximas às sedes. Dessa forma, o curso contemplava um total de 40 municípios do Ceará. Os sujeitos do estudo foram os alunos matriculados no Curso TSB da ESP-CE, nas sete turmas descritas, perfazendo um total de 186 estudantes. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário semiestruturado, composto de dezenove questões, as quais caracterizaram o perfil profissional dos participantes, a percepção sobre o apoio recebido em relação ao desenvolvimento profissional, as expectativas em relação ao mercado de trabalho e as perspectivas quanto ao exercício profissional. O questionário foi respondido pelos participantes, os quais assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Não houve tempo mínimo ou máximo para a devolução do questionário respondido, contudo, foram entregues e recolhidos em um mesmo momento. A coleta de dados aconteceu entre março e abril de 2011. Realizou-se análise estatística com significância de 0,05. As variáveis foram analisadas descritivamente (frequência, média e desvio padrão) e comparativamente. Quando as variáveis eram dicotômicas e/ou categóricas, o teste do qui-quadrado foi utilizado, para comparação de médias entre mais de dois grupos; em variáveis contínuas e não normais, utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis. Os dados obtidos foram organizados com apoio do programa SPSS 15.0 (SPSS for Windows, SPSS Inc., Chicago, IL, USA). O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da ESP-CE e aprovado sob parecer nº 206/2011, conforme Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde (13). Obteve-se também a autorização da Superintendência da ESP-CE, instituição sede da pesquisa. RESULTADOS Foram entrevistados 154 alunos, o que correspondeu a 82,8% do total de estudantes matriculados no Curso Rev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, 25(1): 65-70, jan./mar., 2012 TSB da ESP-CE, dos quais 28 (18,2%) eram da turma de Aquiraz; 12 (7,8%) de Aracati; 22 (14,3%) de Baturité; 25 (16,2%) de Caucaia; 25 (16,2%) de Fortaleza; 22 (14,3%) de Horizonte; e 10 (13%) de Maracanaú. Quanto ao perfil desses estudantes, 148 (96,1%) eram do sexo feminino e 6 (3,9%) do sexo masculino, com idade média de 32,9 (±7,3) anos, sendo a mínima de 18 e a máxima de 52 anos. Com relação ao estado civil, 78 (50,6%) eram casados, 65 (42,2%) solteiros e 11 (7,1%) divorciados. No tocante à escolaridade, 120 (93,8%) concluíram o Ensino Médio. Sobre o vínculo de trabalho desses alunos, 86 (58,1%) eram estatutários, seguidos de 41 (27,7%) que possuíam contrato de serviço. No concernente à ocupação, a grande maioria, 130 (84,4%), trabalhava como ASB e 108 (71,1%) possuíam registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO). Dos que eram registrados no CRO, 68 (44,4%) concluíram curso específico para ASB e 41 (26,8%) afirmaram que foram treinados por dentistas. A Tabela I apresenta de forma detalhada o perfil dos sujeitos do estudo. Tabela I - Perfil dos alunos do Curso Técnico em Saúde Bucal da Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza-CE, 2011. Características Alunos n % Total de sujeitos 154 100 Sexo Feminino 148 96,1 Masculino 06 3,9 Estado Civil Solteiro 65 42,2 Casado 78 50,6 Divorciado 11 7,1 Vínculo de trabalho Celetista 8 5,4 Estatutário 86 58,1 Contrato de serviço 41 27,7 Cargo de confiança 2 1,4 Cooperado 2 1,4 Estágio remunerado 3 2,0 Desempregado 6 4,0 Registro no Conselho Regional de Odontologia Sim 108 71,1 Não 29 19,1 Não é ASB 15 9,9 67

Lima Junior JF, Dantas LLFS, Machado CA, Marcelo MEMF Sobre a inserção no mercado de trabalho, 66 (42,9%) acreditavam que seria satisfatória, 60 (39%) que seria muito satisfatória e 28 (18,2%) razoável. E, ainda, 87 (58%) afirmaram que essa inserção ocorreria no serviço público, apenas 7 (4,7%) no serviço privado e 56 (37,3%) em ambos. Quando questionados sobre as possíveis dificuldades para a inserção do TSB no mercado de trabalho, 70 (45,5%) destacaram a dificuldade de contratação, 38 (24,6%) o salário incompatível com o cargo, 29 (18,8%) a insuficiente valorização dos gestores e 23 (14,8%) a pouca aceitação do TSB pela Equipe de Saúde Bucal (ESB), entre outros. Vale ressaltar que a somatória ultrapassou os 100%, tendo em vista que os alunos puderam citar mais de uma opção. Quando solicitado que pontuassem algumas ações que desempenhariam como TSB, 138 (89,6%) mencionaram competências reais da categoria, 125 (82,2%) do total ações clínicas e coletivas, e 25 (16,4%) apenas ações coletivas. Aqui, a somatória também ultrapassou os 100%, tendo em vista que os alunos puderam citar mais de uma opção. A maioria (96%; N=145) afirmou sentir-se seguro para atuar como TSB. Os dados referentes às expectativas profissionais dos alunos podem ser vistos na Tabela II. Tabela II - Expectativa profissional dos alunos do Curso Técnico em Saúde Bucal da Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza-CE, 2011. Características Alunos n % Total de sujeitos 154 100 Inserção no mercado de trabalho Serviço público 87 58 Serviço privado 7 4,7 Ambos 56 37,3 Dificuldades de inserção no mercado de trabalho Dificuldade de contratação 70 45,5 Salário incompatível 38 24,6 Insuficiente valorização dos gestores 29 18,8 Pouca aceitação por parte da ESB 23 14,8 Carência da cadeira do TSB 14 9,1 Pouca aceitação dos pacientes 12 7,8 Insuficiente experiência 7 4,5 Carência de material de trabalho 2 1,2 Segurança para atuar como TSB Sim 145 96 Não 6 4 Por fim, foi requisitado aos estudantes que atribuíssem uma nota, numa escala de zero a dez, ao apoio que percebiam de familiares e amigos para a profissão de TSB, de seus gestores e às habilidades individuais para exercer as ações específicas de TSB. Eles responderam, respectivamente: 9,5 (±0,9); 8,5 (±1,8); e 8,7 (±0,8). Ao realizar o teste do qui-quadrado, verificou-se diferença estatística entre escolaridade e ocupação do entrevistado (p>0,001), cuja maioria das pessoas que concluíram o Ensino Médio atuavam como ASB; e capacitação como ASB e inserção no mercado de trabalho (p=0,003), em que os alunos que se capacitaram em curso específico de ASB acreditavam que sua inserção no mercado seria bastante satisfatória. Ao efetuar o teste Kruskal-Wallis, constatou-se que houve diferença estatística entre capacitação para ASB e apoio dos familiares e amigos (p=0,014). Dessa forma, os alunos que obtiveram registro no CRO-CE através de declaração de um cirurgião-dentista, foram os que menos receberam esse tipo de apoio; e, ainda, segurança para atuar como TSB e habilidades para exercer as atividades (p=0,004). Comprovou-se que os alunos que se sentiam seguros para exercer a profissão foram os que avaliaram melhor suas habilidades para exercer as ações específicas do técnico em saúde bucal. DISCUSSÃO Na presente pesquisa, em relação ao sexo, pôde-se observar que os participantes eram predominantemente do sexo feminino. Alguns dados encontrados na literatura corroboram os deste estudo, pesquisa realizada com 177 TSB constatou-se que 171 eram mulheres (96,61%) (14). Encontrou-se também resultado semelhante ao aplicar um questionário a 380 profissionais auxiliares em Odontologia, destes, 99,2% eram do sexo feminino (15). Os cirurgiõesdentistas defendiam a capacitação de mulheres como auxiliares, com destaque no trabalho preventivo (2). A idade média dos alunos da atual pesquisa foi de 32,9 (±7,3) anos. Em estudos semelhantes, foi encontrada uma faixa etária de 30 a 49 anos(1,13). Tal fato remete à crença de que esses futuros profissionais, possivelmente, tiveram maturidade para a escolha consciente da profissão. No que se refere ao grau de escolaridade, no atual estudo quase todos os sujeitos (93,8%) concluíram o Ensino Médio, conforme exigência do CFE, através do parecer no 460 de 1975. Em Minas Gerais, foi constatado que 90,7% dos TSB entrevistados possuíam Ensino Médio Completo (1), e em outro estudo foi achado um montante de 83,3% (14). Esse resultado demonstra o rigor das instituições formadoras e o bom preparo dos profissionais de cursos técnicos, o que 68 Rev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, 25(1): 65-70, jan./mar., 2012

Curso de técnicos em saúde bucal certamente influencia na prática desses profissionais junto à clientela. Um fator positivo para o andamento do curso mencionado no presente estudo é o fato de a maioria dos alunos já atuarem como ASB (84,4%) e, sobretudo, de que praticamente a metade desses auxiliares (44,4%) tenham se capacitado através de curso específico. Em outro estudo, percebeu-se realidade diferente, visto que 80,8% dos 380 auxiliares odontológicos entrevistados foram treinados por dentistas. Apenas 38,2% dos ASB e 14,5% dos TSB realizaram curso de formação específica (15). Isso é um aspecto importante a ser considerado neste estudo, já que provavelmente, os cursos específicos para TSB capacitam melhor os alunos para o mercado de trabalho em geral, inclusive estimulando os alunos a desenvolverem atividades coletivas de promoção e proteção da saúde. É inegável que a inserção da Odontologia, em 2001, na ESF, veio ampliar o mercado de trabalho e a possibilidade de melhor formação de seus profissionais auxiliares (15). As expectativas dos alunos do curso TSB da ESP-CE investigados na atual pesquisa comprovaram esse ponto de vista, pois mais da metade (58%) acreditava que a inserção neste mercado ocorreria através do serviço público. Somado a isso, a maioria deles vislumbrava de forma positiva a sua inserção no mercado de trabalho. Outro ponto interessante desta pesquisa foi que a maioria (39%) dos estudantes que se capacitaram através de curso específico para ASB, acreditava que a inserção no mercado de trabalho seria muito satisfatória. Em contrapartida, os alunos que foram treinados por dentistas foram os que menos receberam o incentivo de seus amigos e familiares, o que pode estar relacionado ao fato de estas pessoas acreditarem mais na formação institucional pela sua credibilidade e pelos benefícios que ela pode trazer, tais como bons vínculos empregatícios e melhoria salarial. Quando leis, portarias e resoluções estabelecidas pela União, Ministério da Educação (MEC), Ministério da Saúde (MS) e CFO são comparadas, pode-se constatar que algumas das atribuições do TSB divergem, o que pode confundir os próprios profissionais. Nesse sentido, percebe-se a necessidade de um alinhamento do papel desse profissional para as práticas coletivas de promoção da saúde bucal no âmbito do SUS, sem prejudicar as ações de recuperação e reabilitação (16). Ao serem questionados no presente estudo sobre as possíveis dificuldades do mercado de trabalho, os fatores mais citados pelos alunos da ESP/CE foram, respectivamente, a questão salarial, a dificuldade de contratação e a pouca de aceitação do TSB pela ESB. Outro estudo identificou a extensão da carga horária de trabalho como uma das dificuldades mais citadas pela população de seu estudo (14). Foi também encontrada pesquisa a qual identificou que Rev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, 25(1): 65-70, jan./mar., 2012 76,6% de sua amostra também apontaram os baixos salários como principal dificuldade e, em segundo lugar, com 19,1%, a resistência da ESB em aceitar o profissional TSB (1). Várias entidades odontológicas foram, durante muito tempo, resistentes em relação à legislação da profissão de TSB, afirmando que esse profissional iria exercer a função do cirurgião-dentista de forma ilegal. Alegavam ainda que o TSB não era capaz de realizar procedimentos clínicos com a mesma qualidade do CD (17). Hoje, sabe-se que o técnico contribui para otimizar o trabalho da ESB, aumentando a produtividade e organizando o serviço. Portanto, deve-se investir cada vez mais na formação desses profissionais, através de cursos específicos de TSB, com foco no desenvolvimento de suas competências. Esta ação, aliada à obrigatoriedade de habilitação e registro no Conselho Profissional, contribuirá para elevar os padrões dessa categoria, permitindo, assim, a entrada de pessoal qualificado no mercado de trabalho. Foi possível observar, como ponto positivo do presente estudo, o interesse dos alunos pelas atividades coletivas, já que as ações não deveriam limitar-se ao tratamento da cárie dentária, sendo igualmente importante haver ampliação das atividades para os diferentes espaços sociais. Por fim, devem-se ter como prioridades, a motivação desses futuros profissionais, o investimento e o estímulo à educação permanente, bem como o monitoramento e a avaliação das ações por eles desenvolvidas. CONCLUSÃO Concluiu-se que as expectativas dos alunos em relação ao futuro profissional foram positivas. Entretanto, faz-se necessário o desenvolvimento de mais pesquisas nessa área para que a profissão de TSB tenha respaldo cada vez maior no mercado de trabalho e, consequentemente, haja a possibilidade de elevação salarial. REFERÊNCIAS 1. Aquino VR, Miotto MRHMB. Perfil do Técnico em Higiene Dental (THD) na Região da Grande Vitória. UFES Rev Odontol. 2005;7(3):14-22. 2. Carvalho CL. Trabalho e Profissionalização das Categorias Auxiliares em Odontologia. In: Ministério da Saúde (BR). Guia Curricular para Formação do Atendente de Consultório Dentário para Atuar na Rede Básica do SUS, volume 2, área curricular IV. Brasília: Ministério da Saúde; 1998. 3. Narvai PC. 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Lima Junior JF, Dantas LLFS, Machado CA, Marcelo MEMF 4. Ministério da Saúde (BR). Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. 5. Brasil. Lei No 11.889, de 24 de dezembro de 2008. Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal - TSB e de Auxiliar em Saúde Bucal - ASB. Diário Oficial da República Federativa do Brasil Nº 251. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. 6. Garcia PPNS, Terence RL, Souza AC. Avaliação de Cirurgiões-Dentistas Quanto ao Uso de Pessoal Auxiliar na Organização do Atendimento Clínico. Rev. Odontol. UNESP 2004; 33(1):25-32. 7. Ministério da Saúde (BR). Portaria No 1.444, de 28 de dezembro de 2000. Estabelece incentivo financeiro para a reorganização da atenção à saúde bucal prestada nos municípios por meio do Programa Saúde da Família. Diário Oficial da União 250-E. Brasília: Ministério da Saúde; 2000. 8. Conselho Federal de Odontologia (CFO). Dados Estatísticos de Registro de Profissionais no Ceará. [acesso em 2011 fev 20]. Disponível em: http://cfo.org. br/servicos-e-consultas/dados-estatisticos/ 9. Ministério da Saúde (BR). Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Consultas Equipes Cadastradas no Ceará em Janeiro de 201. [acesso em : 2011 fev 20]. Disponível em: http://cnes.datasus.gov. br/mod_ind_equipes.asp?vestado=23&vcomp=. 10. Sá EMO. As atribuições do técnico de saúde bucal: sistematização de práticas. Trab educ Saúde. 2010;8(3):463-84. 11. Medeiros Junior A. Experiência extramural em hospital público e a promoção da saúde bucal coletiva. Rev Saúde Pública. 2005;39(2):305-10. 12. Saliba NA. Perfil de cuidadores de idosos e percepção sobre saúde bucal. Interface (Botucatu). 2007;11(21):1414-3283. 13. Ministério da Saúde (BR). Resolução N. 196. Diretrizes e normas técnicas de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 1996. 14. Biazevic MG, Loureiro CA. Perfil do Técnico em Higiene Dental (THD) no Estado de São Paulo: Relevância Econômica de seu Trabalho. UFES Rev Odontol. 2000;2(1):94-100. 15. Queluz DP. Perfil dos profissionais auxiliares da odontologia e suas implicações no mercado de trabalho. Rev Odonto Ciência - Fac. Odonto/PUCRS. 2005;20(49):270-80. 16. Assis KML. Concepção de Instrumento de Avaliação da Formação dos Técnicos em Saúde Bucal da ETSUS/ TO para a Atuação na Estratégia Saúde da Família [tese]. Santa Catarina (SC): UNIVALI; 2009. 17. Narvai PC. Recursos humanos para a promoção da saúde bucal: um olhar no início do século XXI. In: Araújo ME, Frias AC. Odontologia em saúde coletiva manual do aluno organizadores; 2007. p. 116-34. Endereço do primeiro autor: José Ferreira Lima Júnior Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras Rua Sergio Moreira de Figueiredo, s/n Bairro: Casas Populares CEP: 58900-000 - Cajazeiras - PB - Brasil E-mail: ferreirajunior@cfp.ufcg.edu.br / jflimajunior@ gmail.com Endereço para correspondência: Caroline Antero Machado Rua Nunes Valente, 3350/801 Bairro: Dionísio Torres CEP: 60125-071 - Fortaleza - CE - Brasil E-mail: carolantero@hotmail.com 70 Rev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, 25(1): 65-70, jan./mar., 2012