SALÃO-PARCEIRO NOVA LEI Um E-book especial criado a partir de perguntas elaboradas por nossos clientes e amigos. O QUE MUDOU? www.gmolaw.com.br
SOBRE O AUTOR, advogado, membro da OAB/SP 377.836, com bacharelado em Direito pela Universidade São Judas Tadeu, pós-graduando em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho pela Escola Paulista de Direito. Possui escritório de advocacia no Centro Comercial Alphaville, Barueri-SP, onde presta serviços de consultoria e contencioso jurídico nas áreas de Direito do Trabalho e Previdenciário. Para entrar em contato com o Autor, utilize-se dos meios abaixo: Endereço: Calçadas dos Lírios, nº 228, Piso 1, Sala 2-B Centro Comercial Alphaville Barueri SP CEP: 06453-051 E-mail: fmf@gmolaw.com.br Escritório: (11) 4193-4029 Celular (11) 9.8126-5096 Página 1 de 8
SUMÁRIO I INTRODUÇÃO... 3 II - O QUE BUSCA REGULAMENTAR A NOVA LEI?... 3 III - QUAIS VANTAGENS TRAZIDAS PELA NOVA LEI?... 4 IV - QUEM PODE CELEBRAR CONTRATO DE PARCERIA NA FORMA DA NOVA LEI?... 4 V - SOBRE O CONTRATO, EXISTEM CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS PARA SUA VALIDADE?. 5 VI COMO FICARÁ A DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS PELO SALÃO?... 5 VII - QUAIS OS RISCOS DA INOBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS DA NOVA LEI?... 6 VIII - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA... 7 IX - TIRE SUAS DÚVIDAS... 8 Página 2 de 8
I INTRODUÇÃO Em busca de regulamentar uma prática comum entre os salões de beleza de todo o país, foi publicada no dia 28/10/2016 a Lei 13.352/2016 que alterou a Lei 12.592/2012, trazendo mais segurança jurídica aos contratos de parceria firmados entre os profissionais que exercem as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador, Maquiador entre outros e os salões de beleza. Em síntese, a nova lei complementa a lei anterior prevendo a possibilidade da celebração de um contrato de natureza civil entre alguns dos colaboradores e os salões de beleza, ou seja, sem a existência do vínculo empregatício regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Apesar de já publicada, a referida lei só entrará em vigor em 26/01/2017, no entanto, é recomendado aos Salões-Parceiros e Profissionais-Parceiros, como denominados pela lei, que já se adequem aos novos ditames legais, de modo a evitarem riscos futuros, já que o não atendimento da nova lei poderá resultar no reconhecimento de vínculo empregatício entre os Profissionais-Parceiros e o Salão de Beleza, o que sem dúvida trará enormes prejuízos a todos os envolvidos. Diante das peculiaridades trazidas pela nova disposição legal, trazemos no presente E-book algumas orientações em forma de perguntas e respostas, para que tanto o Profissional-Parceiro e o Salão-Parceiro possam entender os novos mandamentos legais e se ajustarem. Vamos a algumas perguntas e respostas: II - O QUE BUSCA REGULAMENTAR A NOVA LEI? A nova lei buscou regulamentar a relação de parceria existente entre determinados profissionais (Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador, Maquiador) e os salões de beleza, pessoas jurídicas, onde aqueles prestam seus serviços. Página 3 de 8
III - QUAIS VANTAGENS TRAZIDAS PELA NOVA LEI? A nova lei trouxe inúmeras vantagens para todos os envolvidos, mas a principal vantagem que destacamos é a regulamentação de uma atividade que vinha sendo desempenhada no país há muito tempo sem a completa regulamentação, o que sem sombra de dúvida trazia uma enorme insegurança jurídica para o setor. Além da vantagem de regulamentação da atividade - parceria a nova lei trouxe para o Salão-Parceiro a possibilidade de redução dos custos decorrentes da contratação dos profissionais, quais sejam: pagamentos de horas extras, FGTS, férias, 13º salário, entre outros, o que por consequência majorará os lucros da empresa, sem o risco de ser surpreendido com ações trabalhistas pleiteando tais verbas, ocasião em que o Salão ficaria comprometido financeiramente. Por outro lado, para os Profissionais-Parceiros a nova lei também trouxe inúmeras vantagens, como por exemplo a possibilidade da prestação de serviços com maior autonomia, além da possibilidade de obter uma renda maior vez que acordarão junto ao Salão-Parceiro, mediante contrato escrito, as condições de seu contrato. Além disso, certamente que com maior segurança jurídica as ofertas de trabalho crescerão no setor. Importante destacar que será necessária a regularização do Profissional- Parceiro perante os Órgãos Fazendários como pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores individuais, e com esta formalização, poderão usufruir de alguns benefícios da atividade formal, como, por exemplo, de ser um segurado do INSS e gozar dos benefícios previdenciários, tais como, auxilio doença, licença maternidade, aposentadoria entre outros. IV - QUEM PODE CELEBRAR CONTRATO DE PARCERIA NA FORMA DA NOVA LEI? Em regra todo Salão de Beleza e profissionais do ramo estão aptos a celebrar contrato de parceria na forma da nova lei. Contudo, existem alguns requisitos legais que devem ser observados, caso contrário, resultará na declaração de vínculo empregatício entre o profissional e o Salão de Beleza. Página 4 de 8
V - SOBRE O CONTRATO, EXISTEM CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS PARA SUA VALIDADE? Sim, o parágrafo 10 do art. 1º-A da Lei 13.352/2016, trás inúmeras cláusulas obrigatórias para validade do contrato de parceria, e dentre elas, citamos algumas: a) O percentual da parceria; b) Condições e periodicidade do pagamento do profissional-parceiro; c) Possibilidade de rescisão unilateral do contrato, no caso de não subsistir interesse na sua continuidade, mediante aviso prévio de, no mínimo, 30 (trinta) dias; d) Responsabilidades de ambas as partes com a manutenção e higiene de materiais e equipamentos, das condições de funcionamento do negócio e do bom atendimento dos clientes; e) Obrigação, por parte do profissional-parceiro, de manutenção da regularidade de sua inscrição perante as autoridades fazendárias. Quanto ao contrato especificamente, este deverá ser celebrado por meio escrito, além de ser homologado pelo sindicato da categoria profissional e laboral, ou pelo órgão local competente do Ministério do Trabalho e Emprego. Outra característica peculiar do contrato de parceria é que este deverá ser pactuado/homologado sempre na presença de duas testemunhas, de modo a dar maior garantia jurídica para as partes. VI COMO FICARÁ A DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS PELO SALÃO? Apesar de reconhecer a validade da parceria formalizada por meio do contrato, o legislador não estipulou o percentual mínimo ou máximo devido a qualquer das partes. Dessa forma, por se tratar de um contrato regido pelas leis civis e ante a omissão legislativa, vigorará o princípio da liberdade contratual, onde os contratantes possuem liberdade para estipular o conteúdo da cláusula do contrato que estipula o percentual de distribuição, desde que observados os princípios da proporcionalidade, razoabilidade e boa-fé dos contratantes. Página 5 de 8
Ressalta-se que apesar da lei não fixar o percentual mínimo/máximo da cotaparte devida ao Salão-Parceiro, ela dispõe que este deverá estar expressamente estipulado no contrato e que ocorrerá a título de aluguel de bens móveis (eventuais equipamentos fornecidos pelo salão ao profissional) e/ou atividades administrativas como cobranças e recebimentos de valores pagos pelos clientes, entre outras. Com relação à cota-parte destinada ao Profissional-Parceiro, esta também deverá estar expressamente prevista no contrato, e ocorrerá a título pagamento pelas atividades de prestação de serviços de beleza e não será considerada para o cômputo da receita bruta do Salão-Parceiro. Assim, de uma forma ou de outra, recomenda-se às partes sempre negociarem o melhor percentual para distribuição dos valores recebidos pelo Salão- Parceiro, de modo que ambas as partes fiquem satisfeitas com a parceria realizada. VII - QUAIS OS RISCOS DA INOBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS DA NOVA LEI? Os principais riscos trazidos pela nova lei estão expostos em seu Art. 1 o -C, em que aduz que não havendo contrato formal entre o Salão-Parceiro e o Profissional- Parceiro ou, havendo contrato, mas este não estiver enquadrado nos limites da lei, será configurado vínculo empregatício, o que resultará em enormes prejuízos para o empresário proprietário do São-Parceiro, haja vista que resultará em pagamentos de indenizações. Por outro lado, o paragrafo 11ª do Artigo 1º-A da Lei 13.352/2016 dispõe que o correto enquadramento afasta a relação de emprego ou de sociedade entre as partes. Por isso, é recomendada a reorganização de todos os contratos existentes entre o Salão-Parceiro e Profissionais-Parceiros, obedecendo aos limites da lei, o que certamente atenuará riscos futuros. Página 6 de 8
VIII - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SALÃO-PARCEIRO NOVA LEI - O QUE MUDOU? LEI Nº 13.352, DE 27 DE OUTUBRO DE 2016 em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13352.htm Página 7 de 8
IX - TIRE SUAS DÚVIDAS SALÃO-PARCEIRO NOVA LEI - O QUE MUDOU? Eventual dúvida entre em contato conosco através de nosso site ou por meio dos contatos abaixo. Será um prazer responder você! Site: http://www.gmolaw.com.br/contato Contatos: E-mail: contato@gmolaw.com.br Escritório: (11) 4193-4029 Página 8 de 8