PROGRAMA LUGARES DA MEMÓRIA



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Memorial da Resistência de São Paulo PROGRAMA LUGARES DA MEMÓRIA FAZENDA 31 DE MARÇO DE 1964 Situada entre os municípios de Itanhaém, Embu-Guaçu ao extremo sul da Grande São Paulo a fazenda, disfarçada de centro de exercícios do exército, suas instalações foram usadas como centro clandestino de repressão para tortura e assassinato de presos políticos. Com nome em homenagem à data do golpe militar, a Fazenda 31 de Março de 1964 fica localizada no extremo sul da região da Grande São Paulo. Durante o período da ditadura militar, pertencia ao empresário Joaquim Rodrigues Fagundes. Disfarçada de centro de exercícios do exército, suas instalações foram usadas como centro clandestino de tortura de militantes políticos de organizações contrárias ao regime militar. Apesar de não ter as configurações de uma fazenda, é assim conhecida por placas fixadas no trajeto até sua entrada i. Trata-se de um sítio afastado da capital paulista com uma construção de tijolos e outra de madeira; no centro uma clareira de cerca de 200 metros; e ainda nas proximidades: um açude e um vertedouro d água. O proprietário da fazenda era dono da empresa Transportes Rimet Ltda. que se localizava no bairro da Mooca (São Paulo SP) e que tinha como única cliente a empresa estatal de Telecomunicações de São Paulo (Telesp) ii. Pode-se inferir, dessa forma, que o Estado mantinha a empresa de Fagundes que, por sua vez, disponibilizava sua propriedade no interior de São Paulo para o uso do exército. Coronel Fagundes, como era conhecido, era um colaborador do regime militar. Fotografias guardadas pelo ex-caseiro da fazenda, Alcides de Souza, que mostram o contato de Fagundes com Sérgio Paranhos Fleury, delegado do Deops/SP de São Paulo; dos coronéis Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do DOI-CODI de São Paulo (1970-1974), e de Antônio Erasmo Dias, secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo (1974-1978). A suspeita de que a fazenda havia sido utilizada por militares foi comprovada quando objetos pertencentes às Forças Armadas foram encontrados na fazenda em INVESTIGAÇÕES E DENÙNCIAS A fazenda foi denunciada publicamente pela primeira vez em fevereiro de 1979 por Antonio Carlos Fon na revista Veja; Flamínio Fantini, Flávio Andrade e Luis Nadai repórteres do jornal Em Tempo, também foram até o local da fazenda e publicaram mais informações sobre o sítio. Novas investigações foram realizadas após mais de uma década pelo Comando de Operações Especiais da Polícia Militar, pelo Departamento de Comunicação Social, funcionários do Serviço Funerário Municipal e membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de São Paulo, a CPI da Vala de Perus, em 1991, em busca de corpos de desaparecidos políticos. O canal de TV Record exibiu em agosto de 2010 uma série de reportagens sobre sítios clandestinos de tortura com imagens da fazenda e informações sobre o coronel Fagundes, feitas pela equipe do repórter Rodrigo Vianna.

escavações realizadas por membros da CPI da Vala de Perus, em 1991. O relatório da CPI, que investigou a origem e a responsabilidade pelas ossadas encontradas no Cemitério Dom Bosco (Perus) concluiu que num primeiro momento as atividades militares estiveram vinculadas a treinamentos antiguerrilha que se transformaram num braço clandestino da repressão iii durante a década de 1970. A Fazenda 31 de março foi utilizada por grupos de militares interessados em promover investigações extraoficiais; os agentes envolvidos eram recompensados pelas prisões de lideres de organizações clandestinas de esquerda e pelas novas informações obtidas nas sessões de tortura; sem qualquer direito de defesa presos políticos foram transformados em sinistros troféus, pois essa caçada era incentivada por uma disputa por prêmios e por prestígio entre os próprios militares. Esses interrogatórios ilegais, em geral, tinham início no sequestro dos militantes e fim na ocultação dos cadáveres dilacerados pelas torturas, por isso a ação desses grupos se relaciona a um aumento no número de desaparecidos políticos iv. Os militantes sequestrados ou detidos poderiam ser levados para sedes de órgãos oficiais como as sedes das policias políticas, presídios, quartéis do exército, hospitais psiquiátricos ou locais clandestinos; poderiam ser trasladados entre esses locais sem que qualquer Filme - Documentário Em nome da Segurança Nacional (dir. Renato Tapajós) Ano: 1984 Duração: 48 minutos Produtora: Tapiri Cinematográfica Fotografia: Flávio Ferreira informação fosse divulgada; eram sempre mantidos incomunicáveis de forma que ficassem ainda mais vulneráveis aos interrogatórios. Órgãos oficiais como o Instituto Médico Legal e o Serviço Funerário Municipal se articularam com centros oficiais e clandestinos de tortura para que as ações repressivas ilegais fossem encobertas; documentos que atestaram prisões, fugas, óbitos e sepultamentos eram emitidos com informações falsas com o objetivo de dificultar o acesso da família na busca por informações sobre o paradeiro dos militantes presos. Ou seja, o braço clandestino da repressão estava articulado aos órgãos oficiais do Estado, era instrumentalizado por espaços clandestinos e operado por grupos militares de extrema direita. A Fazenda 31 de março de 1964 foi posta a venda após a reabertura política. O BRAÇO CLANDESTINO DA REPRESSÃO Affonso Celso Nogueira Monteiro é um dos sobreviventes à passagem pela fazenda. Em fins de outubro de 1975, contou com detalhes o percurso entre seu sequestro e as torturas sofridas até sua liberação numa carta encaminhada à Ordem dos Advogados do Brasil transcrita no V tomo do livro do Projeto Brasil: nunca mais, de 1985. Na manhã de 19 de outubro de 1975, Affonso Nogueira foi abordado próximo à Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, empurrado para dentro de um carro onde foi mantido algemado e encapuçado, e conduzido à fazenda. Quando chegou a fazenda "(...) foi retirado do carro por alguém, que, chamando-o pelo nome, disse estar em poder do 'braço clandestino da repressão do governo', do qual ninguém poderia tirá-lo e que havia chegado sua hora. Esteve preso por 21 dias e apenas foi liberado, pois seu sequestro foi denunciado na imprensa e na Câmara Federal, Assembleia do Rio de Janeiro. Na carta Afonso Celso conclui: "Tem clareza dos riscos que passa a correr com a revelação dessas terríveis verdades. Entretanto, tem é consciência de que se cada um assumir seu dever de denunciar, protestar e combater esses crimes deixará de haver lugar para eles". (ARQUIDIOCESE de São Paulo. Transcrição dos depoimentos contendo denúncias sobre torturas. In:. A tortura, Tomo V, v.1. São Paulo 1985.)

Para seu antigo proprietário, era um espaço de descanso; para os agentes dos órgãos de repressão do governo, era um sítio que garantia total liberdade às suas ações truculentas; para os militantes políticos presos e torturados, era um campo de extermínio. Para nós, a Fazenda 31 de março de 1964 é um elo que serve à compreensão da história das ações clandestinas anexas aos órgãos de repressão do governo militar, que contou com o apoio de civis e que tinham como objetivo refrear qualquer ação daqueles que se posicionavam contra a ditadura. Figura 1. Fotografia da Fazenda 31 de março de 1964. Acervo CPI da Vala de Perus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIDIOCESE de São Paulo. Transcrição dos depoimentos contendo denúncias sobre torturas. In:. A tortura, Tomo V, v.1. São Paulo 1985. Cap. 5, p. 162-174. BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Direitos Humanos. Habeas corpus: que se apresente o corpo. Secretaria de Direitos Humanos Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, 2010. pp.104 119 CARDOSO, Irene de Arruda Ribeiro. Memória de 68: terror e interdição do passado. Tempo Social; 103 Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 2(2): 101-112, 2.sem. 1990. Comissão de Familiares e Desaparecidos Políticos, Instituto Estudos sobre a violência do Estado. Dossiê ditadura: mortos e desaparecidos políticos no Brasil (1964-1985). São Paulo: Imprensa Oficial. 2ed. 2009. Dossiê dos mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964 / Comissão responsável Maria do Amparo Almeida Araújo... et al. Recife : Companhia Editora de Pernambuco, 1995. Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara municipal de São Paulo. Relatório Onde estão? São Paulo, 1992. AQUINO, Rubim Santos Leão de. Um tempo para não esquecer 1964-1985. Rio de Janeiro: Editora Achiamé. 1 ed, 2010. pp.73-78 Acervos Digitais Jornal Folha de São Paulo: Jornalista nega acusação e reafirma as denuncias 06/06/1979-1 Caderno Nacional; Filme desvenda Lei de Segurança por Leão Serva 30/03/1984 Ilustrada, p.3 CPI vai procurar ossadas em sítio na segunda-feira 16/02/1991 1º caderno Política, p.18 Desaparecidos 10/09/1995-1 Caderno Opinião Painel do Leitor; Revista Veja: Edição 546, 21 / 02/ 1979 ESPECIAL Descendo aos Porões

Internet Site Tortura Nunca Mais. http://www.torturanuncamais-rj.org.br/medalhadetalhe.asp?codmedalha=196. Acesso em 08/09/2011. Site dos Direitos Humanos na Internet. http://www.dhnet.org.br/dados/projetos/dh/br/tnmais/inferno.html. Acesso em 15/09/2011. Portal R7. Sítio era usado para torturar esquerdistas durante a ditadura militar enviada ao portal e exibida em 16/08/2010 http://noticias.r7.com/videos/sitio-era-usado-para-torturar- esquerdistas-durante-a-ditadura-militar- /idmedia/26579db43dd7ba948a5205d1e078f8b7.html Empresários bem sucedidos ajudavam a financiar a ditadura militar enviada ao portal e exibida em 17/08/2010 http://noticias.r7.com/brasil/noticias/empresarios-bemsucedidos-ajudavam-a-financiar-a-ditadura-militar-20100817.html Saiba quem eram os amigos poderosos de Fagundes enviada ao portal e exibida em 18/08/2010 http://noticias.r7.com/videos/saiba-quem-eram-os-amigos-poderosos-defagundes/idmedia/c1e86d74465c42fd35230638f08599d6.html Apenas uma pessoa sobreviveu às torturas sofridas em uma casa em Petrópolis nos anos 70 enviada ao portal e exibida em 19/08/2010 http://noticias.r7.com/videos/apenas- uma-pessoa-sobreviveu-as-torturas-sofridas-em-uma-casa-em-petropolis-nos-anos- 70/idmedia/0ed74eacf43f54565ef3300bdf77a56c-1.html

i BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Direitos Humanos. Habeas corpus: que se apresente o corpo. Secretaria de Direitos Humanos Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, 2010. p. 114 ii Matéria do Portal R7 publicada em 17/08/2010 Empresários bem sucedidos ajudavam a financiar a ditadura militar - Acesso em 01/09/2011 iii Em depoimento, Affonso Celso Nogueira Monteiro conta que quando chegou à Fazenda 31 de março recebeu o aviso: Você está em poder do Braço Clandestino da Repressão. ARQUIDIOCESE de São Paulo. Transcrição dos depoimentos contendo denúncias sobre torturas. In:. A tortura, Tomo V, v.1. São Paulo 1985. Cap. 5, p. 162-174. iv Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara municipal de São Paulo. Relatório Onde estão? São Paulo, 1992.