IDADE MÉDIA (ALTA): ORIENTAL CONTEÚDOS. O Império Bizantino O Cisma Católico A religião Muçulmana O Império Islâmico AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS

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Transcrição:

IDADE MÉDIA (ALTA): ORIENTAL CONTEÚDOS O Império Bizantino O Cisma Católico A religião Muçulmana O Império Islâmico AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS O Império Bizantino Depois da divisão do Império Romano em duas partes, o lado oriental conseguiu se manter unido e preservou sua estrutura centralizada na cidade de Constantinopla. Por outro lado, o Império Romano do Ocidente entrou em total decadência, tornando-se alvo fácil para as invasões bárbaras, que foram responsáveis pela fragmentação do território e ruralização da população formando, com isso, as bases do feudalismo. Dessa forma, com a queda do ocidente, não havia mais motivo para continuar chamando o império que sobreviveu de Império Romano Oriental. O governo do oriente, para desvincular-se da decadência do ocidente, retomou o antigo nome da cidade de Constantinopla que era chamada de Bizâncio, formando assim um novo império denominado de Império Bizantino, que sobreviveu por toda a Idade Média. Figura 1 Mapa dos domínios Macedônicos durante a Idade Média Fonte: Fundação Bradesco

Dentre os imperadores que comandaram o Império Bizantino, pode-se destacar o governo de Justiniano (entre o ano de 527 e 565). No campo religioso, ele construiu a rica e luxuosa Igreja de Santa Sofia, instituiu o cesaropapismo (poder do imperador indicar os altos cargos da Igreja Católica do Oriente). Politicamente, copilou o direito romano adaptando-o a realidade do novo império e sufocou as revoltas populares com extrema violência. No campo militar, ele reforçou as fronteiras do império e realizou uma significativa expansão territorial. Economicamente, foi um período que o governo obteve um grande progresso material e inúmeras riquezas. Figura 2 Mosaico de Justiniano na Igreja de São Vital Fonte: Wikimedia Commons O Império Bizantino só desapareceu no final da Idade Média quando sua capital foi tomada pelos Turcos Otomanos, que invadiram e se estabeleceram nessa região. No campo das artes, essa civilização se destacou pelos grandes vitrais e ricos mosaicos. O Cisma Católico A queda do Império Romano, que fragmentou a Europa em uma estrutura feudal e possibilitou o surgimento do Império Bizantino, pouco abalou a estrutura religiosa da recém nascida Igreja Católica, que havia se tornado a religião oficial de todos os domínios romanos durante o governo do imperador Teodósio.

Dessa forma, a fé católica foi aos poucos se tornando um dos poucos fatores comuns entre o oriente e o ocidente. O Papa, representava a autoridade máxima dessa igreja centralizada no Vaticano. Porém, com o tempo, algumas divergências passaram a surgir e as práticas católicas do oriente e do ocidente começaram a se distanciar. Figura 3 Clero Católico Fonte: Nomad_Soul/shutterstock.com As principais divergências foram a prática monofisista (que defendia que Cristo era unicamente divino e contrariava o dogma da Santíssima Trindade), a questão da iconoclastia (que condenava a adoração de imagens nas práticas religiosas) e o cesaropapismo (que dava poder para o imperador nomear os altos cargos da Igreja Católica que estivesse sob os seus domínios). As divergências e os atritos entre o oriente e o ocidente ganharam tanta força que no ano de 1054 houve um rompimento oficial na estrutura da Igreja Católica. Essa separação deu origem a duas novas Igrejas independentes: Igreja Católica Apostólica Romana (com a sede no Vaticano) e a Igreja Católica Ortodoxa (com a sede em Bizâncio). A Religião Islâmica Acredita-se que, durante a Idade Média, os princípios da religião Islâmica (cujos seguidores são chamados de muçulmanos) foram apresentados ao último profeta, Maomé, pelo anjo Gabriel e, a partir daí, passaram a ser difundidos pelo mundo.

Para os muçulmanos, existe um único deus que se chama Ala, mesmo assim eles reconhecem outros ícones religiosos (Moisés, Jesus Cristo e Buda, por exemplo) como profetas desse deus, devido eles pregarem uma mensagem de amor e paz. Como guia dessa religião, existe um livro sagrado chamado Alcorão que reúne as verdades divinas em que os seguidores dessa fé devem se pautar. No geral, essas escrituras pregam a paz, a caridade e a bondade entre os homens. Apesar disso, a moral muçulmana é patriarcal e bastante rígida, submetendo a mulher ao homem. Figura 4 Mulheres muçulmanas Fonte: Wikimedia Commons A cidade de Meca é considerada sagrada para os seguidores dessa religião, ao ponto de rezarem seis vezes ao dia na direção dela. Todo muçulmano também tem como obrigação peregrinar até Meca pelo menos uma vez em sua vida. Durante o Ramadã, mês em que o Alcorão foi apresentado para orientar a humanidade, os muçulmanos realizam jejuns, doam esmolas e se dedicam ao estudo dessa escritura para elevar seu espírito. De acordo com o Islamismo, o profeta Maomé ascendeu aos céus e seus seguidores se responsabilizaram em continuar a missão de expandir essa fé pelo restante do mundo. Porém, devido a algumas divergências de sucessão entre as famílias ligadas a Maomé, houve uma divisão em dois grupos: os Xiitas (que defendem que o Alcorão é o único livro base da fé islâmica e deve ser lido literalmente, exatamente como ele foi escrito) e os Sunitas (que defendem que os muçulmanos podem se basear nas Sunas que contam passagens da vida de Maomé e no Alcorão que pode ser interpretado pelo leitor). Grupos radicais, assim como acontece em todas as grandes religiões, também surgiram entre os muçulmanos. Eles defendem a ideia de que as ações terroristas são uma das maneiras de lutarem na defesa da fé islâmica contra os infiéis, e justificam esses atos pelo Jihad (grande sacrifício que o muçulmano deve fazer em nome de Alá, que o recompensará no paraíso) chamado pela mídia de Guerra Santa Mulçumana.

O Império Islâmico A civilização islâmica nasceu durante o século 7 na Península Arábica, graças a atuação do profeta Maomé que unificou diversos povos politeístas que habitavam essa região convertendo-os ao monoteísmo islâmico. Figura 5 Domínios do Império Islâmico na Idade Média Fonte: Fundação Bradesco A rígida disciplina dessa fé e as promessas de uma vida de regalias no paraíso, após a morte, motivavam muitos povos se unir a esse império que emergia, na intenção de salvar suas almas. Além desses aspectos de fé, outro fator que explica o crescimento do número de muçulmanos é que os comerciantes do oriente passaram a ver vantagens de se converter ao Islamismo, uma vez que essa religião favorecia os negócios com os irmãos de fé e garantia negociações mais honestas, uma vez que a moral pregada previa severas sanções (tanto no mundo real, quanto no mundo espiritual) para os trapaceiros. Desse modo, pode-se dizer que durante sua vida Maomé unificou a península Arábica e, depois disso, seus sucessores deram continuidade a expansão do seu império. Os Califas (sucessores legítimos do profeta) passaram a controlar os exércitos e exercer a figura política de um monarca sob as tribos que se uniram em torno do Império Islâmico. Assim, esse império se expande, conquistando ao ocidente as terras do norte da África que antes pertenceram ao antigo Império Romano, chegando até a Península Ibérica, e ao oriente, conquistando territórios ao Sul do Império Bizantino e a Leste da Índia. O Império Islâmico permanecerá forte até o início da Idade Moderna, quando ele começa a se enfraquecer devido à ausência de um corpo de leis capaz de reger com uniformidade o império e os conflitos entre o governo e os xiitas que reivindicavam o poder.

No campo cultural, pode-se destacar os conhecimentos arquitetônicos utilizados na construção de palácios e mesquitas ricamente ornamentadas com arabescos geralmente revestidos em ouro. Nas ciências destaca-se o grande conhecimento náutico e a utilização de instrumentos de medição pelos astros como o astrolábio. A difusão da concepção da ideia do zero entre os algarismos arábicos, foi uma outra gigantesca contribuição dessas civilizações arábicas para a matemática. Figura 6 Mesquita do Domo da Rocha em Jerusalém Fonte: Wikimedia Commons Quanto as artes, podemos destacar na literatura obras de grande valor, como: As mil e uma noites, As minas do rei Salomão e Ali Babá e os quarenta ladrões. Porém, como se proibia a reprodução da imagem do profeta Maomé, eles desenvolveram a pintura e a escultura em menor escala. Figura 7 Homem Islâmico Fonte: Zhukov Oleg/shutterstock.com

Saiba mais: Ao estudar a história de sucessivas civilizações, tem-se a errada ideia de que foi necessário uma delas desaparecer para surgir a outra, quando na verdade elas coexistiram todas em um mesmo tempo. Por exemplo, no período histórico chamado de Idade Média, que vai da queda de Roma em 476 até a queda de Constantinopla (Bizâncio) em 1453, ocorreram três eventos simultâneos em lugares distintos: Expansão do Império Islâmico Domínio do Império Bizantino Consolidação do Feudalismo Observe no esquema a seguir, uma representação da região que eles ocuparam. Figura 8 Organização espacial da Idade Média Fonte Fundação Bradesco ATIVIDADES 1. Analise as afirmativas a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas: ( ) O Império Bizantino nasceu da estrutura do antigo Império Romano Oriental. ( ) Justiniano foi o imperador que rompeu com a Igreja Católica chefiada pelo Papa. ( ) A Igreja de Santa Sofia foi construída no Vaticano para se aprovar o cesaropapismo. ( ) A Igreja Católica Ortodoxa nasceu de divergências religiosas entre oriente e ocidente. ( ) O Império se fragmentou com as invasões bárbaras, assim como ocorreu na Europa. ( ) A cidade de Bizâncio (antiga Constantinopla), foi a capital do Império Bizantino.

2. O Império Bizantino existiu durante toda a Idade Média. No campo cultural, esse império deixou um importante legado distribuído por algumas regiões da Ásia e da Europa. Foi graças a ele que muitos documentos e obras da Idade Antiga foram preservados, escapando das fogueiras da inquisição. Nesse contexto, pode-se afirmar que uma importante contribuição artística dos bizantinos foi a) os arabescos que eram revestidos de cobre. b) as novelas de cavalaria dos poetas trovadores. c) as grandes estátuas de mármore dos santos. d) os mosaicos coloridos de cenas religiosas. e) as vestimentas reais produzidas em couro. 3. (FUVEST-1997) Os movimentos fundamentalistas, que tudo querem subordinar à lei islâmica (Sharia), são hoje muito ativos em vários países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Eles tiveram a sua origem histórica: a) no desenvolvimento do Islamismo, durante a Antiguidade, na Península Arábica; b) na expansão da civilização árabe, durante a Idade Média, tanto a Ocidente quanto a Oriente; c) na derrocada do Socialismo, depois do fim da União Soviética, no início dos anos noventa; d) no estabelecimento do Império Turco-Otomano, com base em Istambul, durante a Idade Moderna; e) na ocupação do mundo árabe pelos europeus, entre a segunda metade do século 19 e a primeira do século 20. 4. A religião islâmica tem alguns pontos em comum ao cristianismo. Enumere pelo menos três deles.

LEITURA COMPLEMENTAR Meca De acordo com a tradição do Islã, a fundação da Meca foi realizada por descendentes de Ismael, primeiro filho de Abraão. Durante o século 7, a cidade funcionava como um grande centro comercial e, naquele mesmo período, o profeta Maomé proclamou o Islã na região. Depois de 966, os xarifes locais passaram a governar a Meca. Em 1916, com o final do domínio Otomano no território, foi fundado o Reino Hashemita do Hejaz por meio de governantes regionais. Em 1925 a Meca foi tomada pela Dinastia Saudita. Desde então, a cidade passou por um processo de crescimento muito rápido no que se refere à infraestrutura e ao tamanho. Localizada na região histórica do Reino Hashemita do Hejaz, a Meca conta com uma população de 1,7 milhões de habitantes, e se situa a 73 km de Jidá (cidade do litoral), em um vale estreito que fica 277 metros acima do nível do mar. Para o Islã, é a região mais sagrada entre todas. Por isso, os adeptos da religião costumam fazer suas orações voltados para a direção da Meca. Todos os anos, aproximadamente 13 milhões de muçulmanos visitam o local, muitos deles para a realização do Hajj. O Hajj é a maior peregrinação que ocorre na Meca, realizada todos os anos. Ao menos uma vez ao ano, milhares de muçulmanos de vários países fazem uma visita à cidade com o objetivo de orar em conformidade. O Hajj deve ser executado por adultos com saúde e condições financeiras para visitar a Meca. Eles ainda devem cuidar de seus dependentes e parente durante a realização da viagem. O Hajj deve ser feito pelo menos uma vez na vida do muçulmano. Por consequência deste grande movimento que ocorre na região, a Meca tornou-se uma das áreas com maior diversidade no mundo islâmico. Porém, somente muçulmanos podem entrar na Meca. Meca, a Honrada é a denominação formal da cidade. No território que forma a cidade, milhões de peregrinos praticam, além do citado Hajj, o Umrah, que é uma peregrinação sem obrigatoriedade, menor, mas que também tem a prática aconselhada no Alcorão. ARAÚJO, Felipe. Meca. Infoescola. Disponível em: http://www.infoescola.com/oriente-medio/meca/>. Acesso em: 2 fev. 2016. 17h.

REFERÊNCIAS ARAÚJO, Felipe. Meca. Infoescola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/orientemedio/meca/>. Acesso em: 2 fev. 2016. 17h. FUVEST. Prova do segundo dia da 1ª Fase do Vestibular da USP de 1997. Disponível em: <http://www.fuvest.br/vest1997/provas/prv1fm02.stm>. Acesso em: 3 fev. 2016. 11h. GIORDANI, Mário Curtis. História do império bizantino. Petrópolis: Vozes, 1992. HOURANI, Albert. Uma História dos Povos Árabes. São Paulo: Cia. das Letras, 1989. LEWIS, Bernard. Os árabes na história. Lisboa: Estampa, 1982. MANGO, Cyril. Bizâncio: O Império da Nova Roma. Lisboa: Edições 70, 2008. NOMAD_SOUL In: SHUTTERSTOCK. Portrait of medieval monk with cross rosary in shadow. Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/portrait-medievalmonk-cross-rosary-shadow-78578617>. Acesso em: 3 fev. 2016. 10h. WIKIMEDIA COMMONS. Mesquita do Domo da Rocha em Jerusalém. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/file:israel-2013(2)-jerusalem-temple_mount- Dome_of_the_Rock_(SE_exposure).jpg>. Acesso em: 2 fev. 2016. 16h. WIKIMEDIA COMMONS. Mosaico de Justiniano na Igreja de São Vital. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/file:meister_von_san_vitale_in_ravenna_003.jpg>. Acesso em: 1 fev. 2016. 15h. WIKIMEDIA COMMONS. Mulheres muçulmanas. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/file:female_hijab_in_islam.jpg>. Acesso em: 2 fev. 2016. 12h. ZHUKOV OLEG In: SHUTTERSTOCK. Arab in the Arabian desert on a hot sunny day. Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/arab-arabian-desert-on-hotsunny-214048696>. Acesso em: 3 fev. 2016. 9h.

GABARITO 1. V F O Cisma do Oriente não ocorreu durante o reinado de Justiniano. Esse imperador apesar de ter seus atritos com a Igreja Católica, principalmente no tocante ao monofisismo, não chegou a romper relações com o ocidente. F A igreja de Santa Sofia não foi construída no Vaticano, mas sim em Bizâncio, por ordem do imperador Justiniano. Já o cesaropapismo foi uma prática comum no Império Bizantino que não estava relacionada com a construção dessa igreja. V F Durante os anos da Idade Média, o Império Bizantino não sofreu invasões bárbaras e também não fragmentou-se. Ele se manteve unido até ser invadido pelos Turcos Otomanos. V 2. Alternativa D. Comentário: Os mosaicos se tornaram uma característica típica da rica cultura bizantina. Devido aos seus temas, geralmente retratam passagens do cristianismo, esses mosaicos aparecem em muitos locais que ultrapassam os limites desse império, demostrando como sua técnica foi bem difundida e valorizada como manifestação artística de valor universal. 3. Alternativa B. Comentário: O islamismo surgiu durante a Idade Média na Península Arábica e de lá ele se expandiu ao ocidente pelo norte da África e ao oriente rumo as Índias. A expansão do islamismo costuma relacionar-se com a prática do Jihad (interpretada como uma guerra santa contra os infiéis), porém os grupos mais radicais acreditam que ações terroristas contra as nações ocidentais, são uma das formas de livrar o mundo da má influência de países como os Estados Unidos, que são vistos como um dos responsáveis pela degradação moral do mundo e uma ameaça aos costumes muçulmanos e a autonomia política e religiosa desse povo.

4. O Islamismo se assemelha ao Cristianismo por pregar: a crença em um único deus (monoteísmo) criador do universo e dos homens. a imortalidade da alma que será encaminhada ao paraíso ou ao inferno. as verdades de sua fé pelo registro escrito de um livro sagrado. a existência de anjos e profetas que transmitem os ensinamentos divinos. a necessidade de se dedicar a obras de caridade e se manter bom. a oração como forma de comunicação do indivíduo com seu deus.