Os números da indústria gráfica paulista Dados estatísticos revelam o perfil da mão-de-obra, o desempenho e a participação no contexto nacional do setor gráfico do Estado de São Paulo. Dados gerais da indústria gráfica paulista Em 2014 o PIB do estado de São Paulo foi da ordem de R$ 1,6 trilhões, o maior PIB do. A indústria tem participação de 22% no PIB do estado. Os principais setores do estado são: Construção, Alimentos, Derivados de petróleo e biocombustíveis, Veículos automotores e Químicos. Juntos, esses setores representam 56,2% da indústria do estado. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE/RAIS), a indústria gráfica paulista é composta por 5.475 empresas, que representam 27,4% das 19.999 existentes em todo o País. O Estado de São Paulo é responsável por 42,5% do emprego no setor, com 84.799 gráficos dos 199.379 alocados no território nacional (tabela 1). Tabela 1: Dados gerais da indústria gráfica paulista 2014 2015 % no período São Paulo % participação São Paulo % participação São Paulo Número de estabelecimentos 5.706 20.478 27,9% 5.475 19.999 27,4% -4% -2% Número de 93.060 216.101 43, 84.799 199.379 42,5% -9% -8% Funcionários / Estabelecimentos 16,3 10,6-15,5 10,0 - - - Balança comercial (US$ FOB milhões) -152,7-204,4 - -98,3-108,0 - - - Exportação (US$ FOB milhões) 117,99 289,61 40,7% 120,91 270,40 44,7% 2% -7% Importação (US$ FOB milhões) 270,71 493,97 54,8% 219,21 378,41 57,9% -19% -23% Fonte: MTE/RAIS. Elaboração: DECON/ABIGRAF.
Em relação à balança comercial, de acordo com os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2014, os gráficos paulistas exportaram US$ 118,0 milhões, e foram importados US$ 270,7 milhões em produtos gráficos naquele ano, acumulando assim um saldo negativo de US$ 152,7 milhões. Em 2015, o Estado reduziu seu déficit em 36%. A indústria gráfica paulista exportou US$ 120,9 milhões e importou US$ 219,2 milhões, gerando assim um déficit de US$ 98,3 milhões. Perfil das gráficas e do emprego no setor Para melhor analisarmos as características das empresas gráficas paulistas, apresentaremos a seguir informações sobre a concentração dos seus estabelecimentos nas regiões administrativas e sobre a força de trabalho empregada, assim como o nível de remuneração e qualificação da mão-de-obra, comparando esses números e características com as médias nacionais. No Estado de São Paulo, as indústrias gráficas e o emprego no setor concentram-se, pela ordem de importância, nas regiões administrativas de São Paulo, Campinas, Sorocaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Bauru, Franca e Presidente Prudente. A tabela 2 detalha esse perfil.
Tabela 2 Números de empresas e do emprego na indústria gráfica por região administrativo do Estado de São Paulo 2015 Nº Região Administrativa Número de estabelecimentos Nº % sobre o absoluto Número de Nº % sobre o absoluto Nº por estabelecimento 1 São Paulo 3.161 57,7% 59.431 70, 18,8 2 Campinas 797 14,6% 10.010 11,8% 12,6 3 Sorocaba 255 4,7% 3.791 4,5% 14,9 4 Sj Rio Preto 195 3,6% 1.309 1,5% 6,7 5 Rib. Preto 178 3,3% 1.678 2,0% 9,4 6 S J Campos 159 2,9% 1.827 2,2% 11,5 7 Bauru 130 2,4% 2.674 3,2% 20,6 8 Franca 101 1,8% 601 0,7% 6,0 9 Pr. Prudente 100 1,8% 678 0,8% 6,8 10 Central 99 1,8% 840 1,0% 8,5 11 Marilia 94 1,7% 551 0,6% 5,9 12 Aracatuba 86 1,6% 562 0,7% 6,5 13 Santos 74 1,4% 658 0,8% 8,9 14 Barretos 37 0,7% 152 0,2% 4,1 15 Registro 9 0,2% 37 0,0% 4,1 Estado São Paulo 5.475 27,4% 84.799 42,5% 15,5 Outros Estados 14.524 72,6% 114.580 57,5% 7,9 19.999 100,0% 199.379 100,0% 10,0 Fonte: MTE/RAIS 2015. A tabela 2 permite identificar o porte médio das empresas nas regiões administrativas do Estado. Por esse critério, verifica-se que a região de Bauru concentra as empresas de maior porte, com a média de 20,6 /estabelecimento; seguida da capital São Paulo, com 18,8; Sorocaba 14,9; Campinas, 12,6; e São José dos Campos com 11,5. Nas demais regiões do Estado, as empresas são de porte médio inferior a 10 empregados/empresa, que correspondem à média nacional. A partir da tabela 3 pode-se também notar que grande parte das indústrias gráficas paulistas, ou seja, 87% dos estabelecimentos, empregam até 19, seguindo o perfil nacional.
Tabela 3 São Paulo - Distribuição do emprego na indústria gráfica por porte de empresa - 2015 nº Região Administrativa Total Até 19 De 20 a 49 De 50 a 99 De 100 a 249 250 ou mais 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Sao Paulo 3.161 2.675 271 94 78 43 Campinas 797 700 61 24 10 2 Sorocaba 255 227 16 6 1 5 Sj Rio Preto 195 186 7 0 2 0 Rib. Preto 178 163 11 2 2 0 S J Campos 159 146 8 2 1 2 Bauru 130 111 7 5 5 2 Franca 101 94 6 1 0 0 Pr. Prudente 100 94 4 0 2 0 Central 99 88 10 1 0 0 Marilia 94 88 5 1 0 0 Aracatuba 86 77 8 1 0 0 Santos 74 68 3 2 1 0 Barretos 37 37 0 0 0 0 Registro 9 8 1 0 0 0 Estado São Paulo 5.475 4.762 418 139 102 54 100% 87% 8% 3% 2% Outros Estados 14.524 13.532 718 163 77 34 Fonte: MTE / RAIS 2015. 19.999 18.294 1.136 302 179 88 100% 90% 6% 2% 0,5% Elaboração: Decon / Abigraf.
Figuras 1 e 2: Alocação das gráficas e de emprego na capital, Grande SP, litoral e interior em 2015 Distribuição da mão-de-obra Capítal 36% Grande SP 34% Litoral Interior 29% Gráficas por localização Capítal 40% Interior 4 Litoral 2% Grande SP 18% Fonte: MTE/RAIS 2015. O Estado de São Paulo concentra a maior parte das empresas gráficas existentes no País (34%) e do emprego do setor (45%) no, exercendo, portanto, forte influência nas características gerais da mãode-obra alocada no setor, no que se refere ao nível de qualificação do seu trabalhador e ao nível médio de remuneração dos seus. A figura 3, permite notar que a maior parte dos recebe entre 2 e 4 salários mínimos, enquanto que a figura 4 demonstra que essa mão-de-obra tem, preponderantemente, o nível de escolaridade de segundo grau completo.
Figura 3: Número de no setor gráfico do Estado de São Paulo e no por faixa de remuneração (em salários mínimos) Mais de 20,0 Entre 15,01 e 20,00 São Paulo Entre 7,01 e 15,00 8% 6% Entre 4,01 e 7,00 12% 17% Entre 2,01 e 4,00 34% 39% Entre 1,01 e 2,00 28% 40% Até 1,00 2% 4% 0% 10% 20% 30% 40% 50% Fonte: MTE/RAIS 2015. Figura 4: Número de no setor gráfico do Estado de São Paulo e no por nível de escolaridade Ensino SuperiorCompleto 14% 1 SP Ensino Superior incompleto 4% 4% Ensino Médio completo 60% 59% Ensino Médio incompleto Ensino fundamental completo Ensino fundamental incompleto 7% 9% 10% 1 4% 5% Fonte: MTE/RAIS 2015.
Balança comercial As exportações paulistas de produtos gráficos representaram 45% das exportações brasileiras do setor em 2015. No ano de 2000, essa mesma participação chegou a aproximadamente 70%. Tal resultado reflete a diversificação regional da oferta por produtos gráficos entre os estados da federação. No período de 2007 a 2015, houve pequena redução da participação das importações paulistas no total nacional, de 66% para 58%. A tabela 4 descreve a evolução das exportações e importações, e o saldo comercial de produtos gráficos paulistas. De acordo com as informações nela contidas, a balança comercial do Estado têm histórico deficitário, registrando acentuação do saldo negativo nos anos de 2010 à 2014. Tabela 4 - Valores consolidados anuais do comércio exterior da indústria gráfica paulista (de 2007 a 2015) Período Exportações (US$ milhões) Importações (US$ milhões) Saldo comercial (US$ milhões) 2007 159,4 210,3-51,0 2008 139,4 226,1-86,7 2009 110,2 175,6-65,4 2010 122,5 235,7-113,2 2011 132,6 317,1-184,5 2012 139,5 288,2-148,7 2013 117,7 285,8-168,1 2014 118,0 270,7-152,7 2015 120,9 219,2-98,3 Fonte: AliceWeb/MDIC Elaboração: Decon/Abigraf
Milhões US$ FOB Figura 5: Valores consolidados anuais do comércio exterior da indústria gráfica paulista e da taxa média anual do câmbio (de 2010 a 2015) (em US$ milhões) Balança Comercial da Indústria Gráfica Paulista 400,0 300,0 200,0 100,0 0,0-100,0-200,0-300,0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 exportação importação saldo comercial taxa de câmbio Fonte: AliceWeb/MDIC. Em 2010, as exportações paulistas de cartões impressos correspondiam a 39% do total dos produtos exportados pelo setor gráfico no Estado. Já em 2015, passaram a representar 50%. No período de 2014 a 2015, houve redução das importações de produtos gráficos de todos os segmentos. As retrações foram as seguintes: envelopes (-35%), cadernos (-40%), impressos fiscais (-18%), formulários (-16%), impressos comerciais e promocionais (-14%), etiquetas (-25%), embalagens e editorial (-16%) e cartões impressos (-34%). Em valores absolutos, as importações de livros são as que mais têm impactado a balança comercial do setor gráfico paulista. Em 2015, foram importados US$ 126,3 milhões desses produtos, gerando déficit na balança comercial de U$ 98,3 milhões para indústria gráfica paulista. As figuras 5 e 6 descrevem as evoluções na participação de cada segmento nas pautas de exportação e importação da indústria gráfica paulista.
Figura 6: São Paulo - Distribuição das exportações e das importações entre os Grupos de Produtos 2015 70% 60% 58% exportação importação 50% 40% 39% 30% 20% 10% 0% 17% 12% 7% 9% 1 10% 6% 6% 18% 2% Fonte: AliceWeb/MDIC Elaboração: Decon/Abigraf