TRIBUTAÇÃO DE INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

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Transcrição:

TRIBUTAÇÃO DE INVESTIMENTOS NO EXTERIOR E REGIME ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO CAMBIAL E TRIBUTÁRIA (RERCT) LEI 13.254/06 Miami Agosto/2016

Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior - DCBE A pesquisa de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) é realizada anualmente, desde o ano-base 2001, pelo Banco Central do Brasil (BCB), com o propósito de mensurar os estoques de ativos externos detidos por residentes no Brasil, na posição 31 de dezembro de cada ano. A declaração é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que detenham ativos no exterior, no final de cada ano calendário, em montantes iguais ou superiores à US$100 mil, e titulares de ativos em valor superior a US$ 100.000.000,00 devem entregar a DCBE trimestralmente.

Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior - DCBE Todas informações: valor de mercado, em moeda estrangeira Objetivo: aferir posição internacional de investimentos. Coleta de dados de cunho estatístico, para mapear quadro de CBE e conhecer a composição do passivo externo líquido do país Não fornecimento de informações, bem como a prestação de informações falsas, incompletas, incorretas ou fora dos prazos multa de até R$ 250.000,00 Choaib, Paiva e Justo Advogados Associados

Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior Censo posição 31/12/2015 Total de ativos no exterior (31/12/2015): US$ 388,194 bi, sendo: (a) investimento direto: US$ 282,950 bi (73%); (b) inv. em carteira: US$ 24,840 bi (6%); (c) derivativos: US$ 0,887 bi (0,2%); (d) outros investimentos: US$ 79,517 bi (20%) Número de declarantes em 31/12/15: 40.562 (aumento de 9,21% em relação a 2014), sendo: (a) PF 36.474 (90%); (b) PJ 4.088 (10%) Investimento: (a) até USD 10 milhões: 10,2%; (b) acima de USD1 bilhão: 54,6%. Países receptores investimento direto participação no capital (USD 259,294 bi): Ilhas Cayman (22,6%%), Áustria (14,9%), Países Baixos (13,7%), Ilhas Virgens Britânicas (10,3%), Bahamas (8,2%), Luxemburgo (6,7%), Espanha (5,2%), EUA (3,7%), entre outros.

Tributação Pessoa Física Pessoa Física Realizando Aplicação Financeira Diretamente no Exterior - Para o Artigo 43 do CTN: fato gerador do Imposto sobre a renda é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda. Em outras palavras, haverá incidência do IR assim que a PF receber o produto da aplicação de seu capital (ainda que no exterior). - Art. 55, inc. VII do RIR: São também tributáveis os rendimentos recebidos no exterior, transferidos ou não para o Brasil, decorrentes de atividade desenvolvida ou de capital situado no exterior.

Tributação dos Investimentos no Exterior Tributação das pessoas físicas com investimentos no exterior Dois princípios: Caixa Universalidade Alíquotas: até 27,5% de IR sobre rendimentos 15% sobre ganho de capital

Tributação Pessoa Física Aplicações Financeiras Ganho de Capital: (i) IR: alíquota de 15% (ii) Recolhimento: até o último dia útil do mês subsequente ao resgate (iii) Custo de aquisição originariamente em reais: o valor da alienação/resgate da aplicação será convertido para reais pela cotação do dólar compra, para a data do recebimento. O custo da aquisição será convertido para reais pelo dólar venda, para a data do pagamento.

Tributação Pessoa Física Aplicações Financeiras realizadas através de empresas no exterior Rendimentos: (i) (ii) (iii) (iv) IR: tabela progressiva (até 27,5%) ex.: dividendos de ações. Recolhimento: até o último dia útil do mês subsequente Conversão para reais será feita com o dólar compra do último dia da 1 quinzena do mês anterior ao resgate. Variação cambial

Origem Moeda Estrangeira Vs Real Relevante diferença na tributação aplicável aos correspondentes ganhos de capital auferidos produzidos pelos efeitos da variação cambial no momento do resgate, liquidação ou alienação de aplicações financeiras no exterior. De um modo geral, podemos afirmar que a variação cambial positiva, geradora de ganhos efetivos, em reais, somente será tributada se os recursos investidos foram originalmente auferidos em reais pelo investidor brasileiro; caso contrário, se auferidos originalmente em moeda estrangeira, os ganhos produzidos pela variação cambial não serão tributados (isentos).

Ganho de Capital - Aplicações Financeiras Rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira Exemplo 1 Valor em USD Cotação USD Valor em R$ A) Aplicação 1,800,00 Irrelevante Irrelevante B) Resgate 2.000,00 Irrelevante Irrelevante C) Ganho (B A) 200,00 2,50 500,00 D) IRPF (C x 15%) 75,00

Ganho de Capital - Aplicações Financeiras Rendimentos auferidos originariamente em R$ Exemplo 2 Valor em USD Cotação USD Valor em R$ A) Aplicação 1,000,00 1,80 1.800,00 B) Resgate 2.000,00 2,50 5.000,00 C) Ganho (B A) Irrelevante irrelevante 3.200,00 D) IRPF (C x 15%) Irrelevante irrelevante 480,00

Tributação Pessoa Jurídica no Brasil com Investimento no Exterior PJ investimento direto - Regime : caixa competência (Lei 9.249/95 Art. 25 ); - Tributação no balanço da empresa brasileira. PJ investimento através de subsidiária no exterior - variação cambial Isenta do ganho de capital; - Lucro no final do ano tributado no Brasil independentemente de distribuição. Choaib, Paiva e Justo Advogados Associados

Aumento de Tributação Imposto de Renda Ganho de Capital Lei nº 13.259 de 16 de março de 2016 Ganho de capital de PF na alienação de bens e direitos sujeita-se à incidência do IR às seguintes alíquotas: Art. 1º O art. 21 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 21. O ganho de capital percebido por pessoa física em decorrência da alienação de bens e direitos de qualquer natureza sujeita-se à incidência do imposto sobre a renda, com as seguintes alíquotas: 15% sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassar R$5mm; 17,5% sobre a parcela dos ganhos entre R$ 5mm e R$ 10mm; 20% sobre a parcela dos ganhos entre R$ 10mm e R$ 30mm; 22,5% sobre a parcela dos ganhos que ultrapassar R$ 30mm.

Aspecto Tributário MP 627 Em Novembro de 2013 foi publicada a Medida Provisória 627, visando alterar a forma de tributação das pessoas físicas em relação ao lucro gerado por empresas estrangeiras controladas. A Medida Provisória determinou que haveria incidência de imposto de renda sobre o lucro apurado por empresas estrangeiras sediadas em países cuja tributação seja inferior a 20%, ainda que não distribuído. Artigo que tratava da tributação de pessoa física foi excluído.

Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) LEI 13.254/2016 IN 1627

LEI N.º 13.254, DE 13.01.16 D.O.U. 14.01.16 Dispõe sobre o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) de recursos, bens ou direitos de origem licita, não declarados ou declarados incorretamente, remetidos, mantidos no exterior ou repatriados por residentes ou domiciliados no pais

FATCA FOREIGN ACCOUNT TAX COMPLIANCE ACT Estados Unidos Ato promulgado em 18/03/2010 com diversas medidas destinadas a coibir Evasão Fiscal após crise de 2008. Fatca entrou em vigor em 1º/07/14. Determina que Instituições Financeiras reportem contas mantidas por americanos à Receita Federal Americana (IRS), sob pena de retenção de 30% de imposto sobre rendimento de fonte dos EUA. Brasil e Estados Unidos em 2013 foi promulgado o acordo para intercâmbio de informações relativas a tributos, firmado em 2007. 23/09/2014 firmado o acordo para implementação do Fatca. 26/06/2015 publicado o decreto legislativo 146/2015 que aprova o texto do acordo. 25/08/2015 publicado o decreto 8.506/2015 que promulga o acordo.

Common Reporting Standard CRS (OCDE): Brasil X Europa PADRÃO GLOBAL PARA TROCA DE INFORMAÇÕES Em 03/11/2011 o Brasil assinou a convenção multilateral sobre assistência administrativa mútua em assuntos fiscais. 95 países se comprometeram a trocar informações, sendo que 90 países já assinaram a convenção multilateral da OCDE. 14/05/2015: projeto de Decreto Legislativo nº 84, de 2015 na Câmara. Último andamento: em 15/04/2016 foi publicado o Decreto Legislativo nº 105/2016 que aprovou o texto da Convenção Multilateral. Falta a publicação do Decreto do executivo para que a Convenção produza efeitos em nosso ordenamento. BRASIL TEM PRAZO ATÉ DEZ/2018 PARA IMPLEMENTAR

Objeto e Quem pode Aderir Objeto da anistia: recursos, bens ou direitos de origem lícita remetidos ou mantidos no exterior ou repatriados por residentes ou domiciliados no país e que não tenham sido declarados ou declarados com omissão ou incorreção. Quem pode aderir? (I) residentes; (ii) não residentes na data da lei, se residentes em 31/12/14. Não aplicação: aos detentores de cargos, empregos e funções públicas de direção ou eletivas, nem ao respectivo cônjuge e parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, na data de publicação da lei. Choaib, Paiva e Justo Advogados Associados

Crimes anistiados pela RERCT* Evasão de divisas art. 22, parágrafo único da Lei nº 7.492/86 Sonegação fiscal art. 1º da Lei nº 8.137/90 Lavagem de dinheiro art. 1º da Lei nº 9.613/98 Crimes de falsidade ideológica e documental

Condições para a adesão à RERCT Mediante a entrega da Declaração de Regularização Cambial e Tributária (Dercat) à RFB e, retificação das Declarações de Imposto de Renda dos anos-calendários 2014 e 2015 Elaboração/retificação da DCBE anos-calendários 2014 e 2015 pagamento integral do imposto e da multa Ativos financeiros superiores a USD 100 mil, autorização para que o Banco Estrangeiro informe o Banco Brasileiro o saldo em 31/12/2014 Manter em boa guarda e ordem, por 5 anos, toda a documentação comprobatória

Declaração de Regularização Cambial e Tributária (Dercat) Identificação do Declarante Informações fornecidas pelo contribuinte necessárias à identificação dos recursos, bens ou direitos a serem regularizados, bem como de sua titularidade e origem Declaração de que os bens ou direitos têm origem em atividade econômica lícita Descrição das condutas praticadas pelo Declarante que se enquadrem nos crimes cuja punibilidade ora se extingue, em caso de inexistência de saldo de recursos ou de titularidade dos bens ou direitos em 31/12/14.

LEI 13.254/2016 Base de Cálculo Base de cálculo: valor de mercado dos bens e direitos em 31/12/14, convertidos para reais pelo dólar venda de 31/12/14 (R$ 2,6562), equivalente a: SALDO EXISTENTE EM 31/12/14 NO DOCUMENTO FORNECIDO PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PARA : (I) depósitos bancários, CERT. DEPÓSITO, cotas de FI, instr. Financeiros, seguro, cert. Investimento, capitalização, dep. Em cartões de crédito, fundos de aposentadoria ou pensão e (II) recursos, bens ou direitos decorrentes de câmbio ilegítimo ou não autorizado; O SALDO REMANESCENTE EM 31/12/14 da operação de empréstimo com PF ou PJ, CF. Contrato entre as partes; Valor do patrimônio líquido cf. BALANÇO PATRIMONIAL para: empresas estrangeiras sob a forma de ações, integralização de capital, contribuição de capital ou qualquer outra forma de participação societária ou direito de participação no capital de PJ com ou sem personalidade jurídica;

LEI 13.254/2016 Base de Cálculo Base de cálculo: valor de mercado dos bens e direitos em 31/12/14, convertidos para reais pelo dólar venda de 31/12/14 (R$ 2,6562), equivalente: AO APURADO EM AVALIAÇÃO FEITA POR ENTIDADE ESPECIALIZADA EM RELAÇÃO: (I) ativos intangíveis disponíveis no exterior de qualquer natureza, como marcas, copyright, software, know-how, patentes e todo e qualquer direito submetido ao regime de royalties; (ii) bens imóveis em geral ou ativos que representem direitos sobre bens imóveis; e (III) veículos, aeronaves, embarcações e demais bens móveis sujeitos a registro em geral, ainda que em alienação fiduciária. Ao valor apontado por documento idôneo que retrate o bem ou a operação a ele referente, para os ativos não mais existentes ou que não sejam de propriedade do declarante em 31 de dezembro de 2014.

LEI 13.254/2016/ IN RFB 1.627/16 - ART 7, VIII Inexistência de Saldo em 31/12/14 Na hipótese de inexistência de saldo dos recursos ou titularidade de propriedade de bens ou direitos, em 31/12/14, deverão ser declaradas as condutas praticadas pelo Declarante que se enquadrem nos crimes previstos no 1º do Art. 5º da Lei nº 13.254/16, e os respectivos recursos, bens ou direitos não declarados, remetidos ou mantidos no exterior ou repatriados, ainda que posteriormente repassados à titularidade ou responsabilidade, direta ou indireta, de Trust de quaisquer espécies, fundações, sociedades despersonalizadas, fideicomissos, ou dispostos mediante a entrega a pessoa fisica ou juridica, personalizada ou não, para guarda, depósito, investimento, posse ou propriedade de que sejam beneficiários efetivos o interessado, seu representante ou pessoa por ele designada.

LEI 13.254/2016 Prazo de Fiscalização OBRIGAÇÃO DO CONTRIBUINTE A pessoa física ou jurídica que aderir ao RERCT fica obrigada: (I) a manter em boa guarda e ordem e em sua posse, pelo prazo de 5 (cinco) anos, cópia dos documentos indicativos do valor de mercado* que ampararam a declaração de adesão ao RERCT e (II) a apresentá-los se e quando exigidos pela RFB. * Documento fornecido pela instituição financeira para depósitos e aplicações em geral; contrato e outros documentos indicativos de saldo de empréstimos; balanço patrimonial das part. societárias; avaliação de entidade especializada para intangíveis, imóveis e bens móveis sujeitos a registro e documento idôneo para os ativos não mais existentes ou que não sejam de propriedade.

LEI 13.254/2016 Prazo de Fiscalização A Dercat não poderá ser, por qualquer modo, utilizada como único indício ou elemento para efeitos de expediente investigatório ou procedimento criminal, bem como ser utilizado para fundamentar, direta ou indiretamente, qualquer procedimento administrativo de natureza tributária ou cambial em relação aos recursos dela constantes (art. 4º, 12º)

LEI 13.254/2016 Prazo de Fiscalização Será excluído do RERCT o contribuinte que apresentar declarações ou documentos falsos relativos à titularidade e à condição jurídica dos recursos, bens ou direitos declarados ou aos documentos indicativos do valor de mercado. Efeito da exclusão: serão cobrados os valores equivalentes aos tributos, multas e juros incidentes (deduzindo-se o que houver sido pago) e aplicadas as penalidades cíveis, penais e administrativas cabíveis. *** Se excluído, a instauração ou continuidade de procedimentos investigatórios quanto à origem dos ativos objeto de regularização só pode ocorrer se houver evidências documentais não relacionadas à declaração do contribuinte.

LEI 13.254/2016 Extinção da Punibilidade Criminal Se realizada adesão antes do trânsito em julgado da decisão criminal: Art. 1º e incisos I, II e V do Art. 2º da Lei nº 8.137/90, na Lei nº 4.729/65 (crimes contra a ordem tributária), e artigo 337-a do código penal (sonegação de contribuição previdenciária); Nos Art. 297 a 299 e 304 do Código Penal (Falsidade de Documento Público, Particular, Falsidade Ideológica e Uso de Documento Falso); Caput e parágrafo Único do Art. 22 da Lei 7.492/86 (Evasão) No art. 1º da Lei nº 9.613/98, quando o objeto do crime for bem, direito ou valor proveniente, direta ou indiretamente, dos crimes previstos neste artigo (Lavagem) Choaib, Paiva e Justo Advogados Associados

SÃO PAULO Rua Padre João Manuel, 755-8º andar - Jardins São Paulo/SP 01411-001 Tel.: +55 11 3065-0006 RIO DE JANEIRO Rua Visconde de Pirajá, 407 Sala 503 - Ipanema Rio de Janeiro/RJ 22410-003 Tel.: +55 21 3596-4442 MIAMI 1401 Brickell Avenue, Suite 500 Miami/FL 33131 Phone: +1 (305) 379-4400 www.choaibpaiva.com.br Roberto Justo: rjusto@choaibpaiva.com.br Samir Choaib: samir@choaibpaiva.com.br Marcos Paiva: paiva@choaibpaiva.com.br Choaib, Paiva e Justo Advogados Associados