FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO FACULDADE DE ENGENHARIA PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA. São Paulo



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Transcrição:

PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA São Paulo 2011

ÍNDICE 1. SITUAÇÃO ATUAL... 4 1.1 Histórico de Implantação e Desenvolvimento da Instituição... 4 1.2 Ambiente Interno... 5 1.3 Missão... 5 2. CURSO... 7 2.1 Premissas à Concepção... 7 2.2 Visão Estratégica... 9 2.3 Objetivos...11 2.3.1 Objetivos Gerais...11 2.3.2 Objetivos Específicos...11 2.4 Perfil Desejado do Egresso...14 3. INGRESSO...17 3.1 Processo de Ingresso...17 3.2 Perfil Desejado do Ingressante...18 4. GESTÃO...20 4.1 Modelo de Gestão...20 4.2. Avaliação do Curso...21 4.2.1 Auto - Avaliação...21 4.2.2 Avaliação Ensino-Aprendizagem...21 4.3. Nivelamento...25 4.4 Recuperação Paralela e Recuperação de Estudos...25 4.4.1 Recuperação Paralela...25 4.4.2 Recuperação de Estudos...26 4.5. Integração da Graduação com a Extensão e com a Pós-Graduação...27 5. CURRÍCULO, REGIME E DURAÇÃO DO CURSO...30 5.1 Regime e duração do curso...30 5.2 Reformulação do Currículo...30 5.3. Características Gerais da Nova Estrutura Curricular...31 5.4 Carga Horária das Diferentes Áreas de Formação...35 5.5 Distribuição das Disciplinas por Áreas de Formação...36 5.6 Distribuição das Disciplinas por Semestre...38 5.7 Componentes Curriculares...42 5.7.1 Estágio Curricular...42 2

5.7.2 Atividades Complementares...44 5.7.2.1 Organização e Funcionamento...47 5.7.3 Programa Engenheiro Empreendedor (ProEEmp)...48 5.7.4 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)...50 5.7.4.1. Critério de Avaliação do TCC...51 6. METODOLOGIA DE ENSINO...52 6.1 Características Gerais...52 6.2 Inter-relação das disciplinas na concepção do currículo...53 6.3. Flexibilidade Curricular...54 7. EMENTÁRIO E PLANEJAMENTO POR DISCIPLINA...56 1º Semestre...56 2º Semestre...61 3º Semestre...66 4º Semestre...71 5º Semestre...76 6º Semestre...79 7º Semestre...83 8º Semestre...88 9º Semestre...93 10º Semestre...98 Outros Componentes Curriculares... 102 Disciplina optativa livre... 102 3

1. SITUAÇÃO ATUAL 1.1 Histórico de Implantação e Desenvolvimento da Instituição A Faculdade de Engenharia da Fundação Armando Alvares Penteado (FEFAAP), cuja autorização de funcionamento veio com o Parecer Nº 257/67, C.PI e En.Su., aprovado em 16 de julho de 1967 (Proc.31.590/67-MEC), foi autorizada a instalar o curso de Engenharia Química pelo Decreto Nº 61.129, de 02 de agosto de 1967, decorrente do Parecer Nº 257/67. Pelo Decreto Nº 70.189, de 24 de fevereiro de 1972, publicado no D.O.U. de 25 de fevereiro de 1972, foi concedido o reconhecimento da FEFAAP, com os cursos de Engenharia Civil, de Engenharia Mecânica, de Engenharia Metalúrgica e de Engenharia Química. A Portaria Nº 1.972 da Secretaria de Educação Superior do MEC de 23 de novembro de 2010, publicado no D.O.U. de 24 de novembro de 2010 autorizou o curso de Engenharia de Produção da FEFAAP. Até o ano de 2010, mais de sete mil engenheiros foram graduados pela FEFAAP, dentre os quais, cerca de setecentos Engenheiros Químicos, puderam vivenciar nos bancos escolares a excelência no ensino de graduação proporcionada pela FEFAAP, propiciando uma formação integral, tanto técnica como humanística. Os engenheiros químicos graduados pela FEFAAP ocupam os mais variados e relevantes postos no setor produtivo e na sociedade, desempenhando, com vigor, seu papel de agentes da inovação tecnológica, fundamentados nos mais respeitáveis conceitos de cidadania, ética, responsabilidade social e preceitos ambientais, tendo como escopo fundamental a constante melhoria da qualidade de vida do ser humano e a sustentabilidade ambiental do planeta. 4

1.2 Ambiente Interno O curso de Engenharia Química está alicerçado em três pilares: capacitação técnica, empreendedorismo de base tecnológica e desenvolvimento sustentável. A participação em projetos extracurriculares, exposições tecnológicas, intercâmbio com instituições de ensino reconhecidas internacionalmente e os acordos de cooperação tecnológica com empresas e associações moldam o ambiente tecnológico e inovador, propício para a formação de seus engenheiros químicos. 1.3 Missão A Faculdade de Engenharia da FAAP, como centro de formação, tem como missão atingir padrões de excelência mundial na educação de engenheiros. O programa educacional do curso de Engenharia Química fornece aos alunos as ferramentas em inovação tecnológica de que necessitam para se tornarem líderes globais em sua área profissional. Desta maneira, a missão do curso de Engenharia Química é formar e capacitar o estudante para que possa ser um agente proativo e produtivo na sociedade. Para tal, o Curso de Engenharia Química tem seu programa baseado em sólidos fundamentos acadêmicos, para formar profissionais capazes de gerir tanto os aspectos técnicos como práticos da atividade profissional da área de Engenharia Química. Como princípios, o curso de Engenharia Química busca formar profissionais que reúnam conceitos consolidados em tecnologia e inovação com uma abordagem humanística de conhecimentos gerais, desenvolvendo assim a capacidade intelectual para lidarem adequadamente com as questões globais modernas e forjarem o espírito empreendedor necessário para enfrentar os desafios pertinentes ao século XXI. Assim, a sólida formação técnica proporcionada pelo curso de Engenharia Química, produzirá profissionais aptos para gerir e gerenciar empreendimentos, com habilidades para enfrentar situações adversas com criatividade, inovação e iniciativa, capazes de buscar 5

conhecimentos tecnológicos procurando uma melhoria constante na qualidade do seu trabalho, conscientes de serem agentes ativos no desenvolvimento econômico e social, atentos aos problemas ambientais oriundos de sua interferência na natureza e que tenham um compromisso profissional indissociável da ética. 6

2. CURSO 2.1 Premissas à Concepção Tendo como base as exigências de formação de novos profissionais frente à realidade brasileira e à globalização, a Política Geral da Instituição visa : - a constituição de profissional inserido na sociedade global; - a formação humanista; - a produção de um ensino de excelência; - o compromisso com as inovações tecnológicas; - o respeito às diversidades sociais, políticas, econômicas e religiosas; - a interdisciplinaridade; - a pluralidade metodológica; - o desenvolvimento do senso ético de responsabilidade social necessário ao exercício profissional. A Política Geral da Instituição embasa o curso de Engenharia Química da FAAP que tem como diretrizes o atendimento à missão da Faculdade de Engenharia, a formação plena, a atuação dos egressos no mercado de trabalho, o que se traduz pelas premissas de ser um curso: - Alinhado com as demandas da engenharia moderna e globalizada, com uma formação tecnológica sólida, inovadora e avançada das áreas de processos químicos, meio ambiente, sustentabilidade e energia. - Dinâmico e em busca constante da formação de profissionais inovadores, criativos e empreendedores, mas com a intrínseca e forte formação sistêmica e cultural. 7

- Com estrutura curricular e infraestrutura na fronteira tecnológica, aderentes ao desenvolvimento sustentável e buscando as soluções equilibradas entre a necessidade da sociedade e a manutenção de um meio ambiente sadio. - Comprometido com os aspectos humanos e as relações interpessoais, sendo que a ética e a capacidade de análise e crítica permeiam todas as disciplinas. - Condizente com o mercado de trabalho, o que permite a inserção dos alunos e egressos neste mercado, atuando com competência, em grandes empresas ou gerindo seus próprios negócios. Ainda é necessário enfatizar que o panorama mundial apresenta mais de um bilhão de pessoas sem acesso a eletricidade, água potável e mais de dois bilhões de pessoas sem acesso ao saneamento básico. A engenharia deve promover o efetivo desenvolvimento sustentável para toda a humanidade, além de solucionar urgentemente os graves problemas como pobreza e desigualdade, acesso à segurança, proteção da saúde, fornecimento de energia, água, esgoto e outros serviços de suma importância para a sobrevivência e progresso de grande parte da humanidade. Neste contexto, a Faculdade de Engenharia, sintonizada com essa realidade, avaliou seu curso de Engenharia Química e reformulou a estrutura curricular para formar engenheiros químicos habilitados a atuar na área de Energia e Sustentabilidade, pois entende que este novo profissional de engenharia química será o responsável pela renovação da matriz energética local e global. Deverá ser capaz de desenvolver novos biocombustíveis, bem como os respectivos processos de fabricação, de utilizar uma vasta gama de fontes de energia, além de aprimorar tecnologias estabelecidas, aplicadas especialmente à petroquímica, à indústria química orgânica, inorgânica, alimentícia, de materiais e todas as áreas relacionadas à química, sempre inovando com processos de produção mais limpos e não apenas atuando no controle dos poluentes. Assim, o curso de Engenharia Química atende ao mercado, por formar engenheiros químicos aptos a atuar na área industrial, de projetos, em empresas privadas, governamentais ou do terceiro setor, bem como empreender e administrar seu próprio negócio. 8

2.2 Visão Estratégica A estratégia geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura para o ensino das ciências, da engenharia e da tecnologia é promover a capacitação humana e institucional para a redução da pobreza e o estabelecimento do desenvolvimento sustentável econômico, social e ambiental. Desta forma, o curso de Engenharia Química da FAAP tem como estratégias: - proporcionar ao mercado, engenheiros químicos que não tenham apenas habilidades nas áreas convencionais, mas que sejam conscientes e capacitados para atuarem no grande cenário mundial nas questões energéticas e de sustentabilidade; - promover o aprendizado da Engenharia Química, aproximando os alunos do ensino médio ao dia-a-dia do estudante de engenharia e também do profissional da área, fortalecendo, desta maneira, a compreensão da engenharia pelo público; - englobar preocupações sociais e éticas mais amplas em áreas como design sustentável, aprendizado com base em problemas e projetos em abordagem interdisciplinares; - ampliar os recursos multimeios para complementação didática das aulas, como material para ensino a distância e módulos de auto-instrução e uso da tecnologia wireless, implantada em todo o campus; - estímular o maior engajamento do corpo discente nas atividades curriculares, complementares e de extensão do curso, por meio da sua participação direta e/ou de seus órgãos representativos; - envolver continuamente o corpo docente e as comunidades científica e empresarial na análise das necessidades do mercado e nas evoluções científicas e tecnológicas para aprimorar o perfil do engenheiro formado pelo curso; - realizar periodicamente reuniões de trabalho envolvendo a coordenação, o corpo docente e representantes do corpo discente, para revisão e aprimoramento do conteúdo e da didática das disciplinas; 9

- estimular a capacitação didática dos professores e também o uso de novas ferramentas tecnológicas, destinadas ao ensino, por meio de cursos e palestras motivacionais, apoio material e de treinamento; - estabelecer um plano de ação conjunto com as demais Coordenações da FEFAAP no sentido de intensificar e aprimorar o aprendizado das disciplinas básicas da Engenharia; - manter e executar um cronograma dinâmico de contatos e visitas a empresas de engenharia, no sentido de identificar afinidades científicas e estratégicas para estabelecer novos acordos de cooperação tecnológica; - continuar investindo na aquisição de equipamentos de laboratório, equipamentos didáticos, programas computacionais e na infra-estrutura já existente; - buscar apoio da estrutura administrativa, que permita o envolvimento profissional do corpo docente em projetos de pesquisa e de engenharia; - incentivar os alunos a comporem, juntamente com o corpo docente, grupos de estudo específicos; - trabalhar com o corpo docente, com profissionais renomados do mercado, com a Coordenação de Extensão e Pós-Graduação da FAAP para elaborar e divulgar cursos de pós-graduação, aperfeiçoamento e capacitação profissional; - dar continuidade ao trabalho junto com as empresas parceiras para aumentar a oferta de cursos de treinamento e capacitação para o corpo docente, para os funcionários e também para o corpo discente. Ciência, tecnologia e inovação, essenciais para que as barreiras da sustentabilidade sejam superadas, são o alicerce do curso de Engenharia Química da FEFAAP que tem como principal estratégia habilitar jovens profissionais para encontrar soluções inéditas e definitivas para os problemas persistentes do uso desequilibrado da energia e dos recursos naturais não renováveis, bem como dos impactos ambientais decorrentes das ações antrópicas. 10

2.3 Objetivos 2.3.1 Objetivos Gerais O curso de engenharia Química visa formar engenheiro empreendedor com competências em energia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável para: - desenvolver, planejar e projetar cenários energéticos; - atuar no mercado globalizado (econômica e tecnologicamente); - usar racionalmente os recursos naturais - energia, água, e solo; - gerenciar globalmente os aspectos ambientais, de segurança, legais e políticos da geração e uso das fontes e recursos energéticos; - elaborar e gerenciar projetos sustentáveis em: cogeração, uso racional de energia e de água, substituição de insumos energéticos; - solucionar de maneira criativa e inovadora os problemas de Engenharia Química; - buscar sempre a sustentabilidade ambiental, econômica e social. 2.3.2 Objetivos Específicos Os dois primeiros anos do curso de Engenharia Química da FEFFAP fornecem aos alunos a grande maioria dos conteúdos básicos da área de engenharia. Os 2º e 3º anos objetivam principalmente a formação básica profissionalizante e os 4º e 5º anos, enfatizam a formação profissionalizante específica, isto é: energia e sustentabilidade. Os objetivos de conclusão a cada dois semestres e, portanto, ao final de cada ano, podem ser descritos da seguinte forma: 1º ano (1º / 2º Semestres): 11

Compreender a base matemática do cálculo integral e diferencial, da geometria analítica e álgebra linear; dominar os conceitos físicos básicos da cinemática, dinâmica, ondas e termodinâmica; obter os fundamentos da química geral, química tecnológica e da ciência dos materiais; adquirir a capacidade de expressão gráfica e escrita; além da elaboração de relatórios técnicos; compreender e aplicar os conceitos básicos dos métodos computacionais; compreender as bases do empreendedorismo, de humanidades, da cultura afro-brasileira e africanas e das relações étnico-raciais; realizar projetos em grupo. 2º ano (3º / 4º Semestres): Ampliar os conceitos da matemática, do cálculo integral e diferencial, da probabilidade e estatística, bem como da física; entender os conceitos da física aplicada nas disciplinas de mecânica dos sólidos, mecânica dos fluídos, eletricidade aplicada e resistência dos materiais; compreender os fundamentos das ciências do ambiente e sustentabilidade; estabelecer as bases da aplicação das ferramentas computacionais da engenharia química e dos cálculos fundamentais de balanços de massa e de energia, bem como de físico-química; compreender os conceitos da química inorgânica; fundamentar os princípios de distribuição geográfica dos diferentes recursos energéticos e conhecer as bases da gestão de empresas e negócios. 3º ano (5º / 6º Semestres): Adquirir e aplicar as técnicas e métodos da matemática computacional; compreender os conceitos básicos da microbiologia, bioquímica; química analítica e orgânica; estabelecer as bases dos processos da engenharia química a partir do estudo da cinética e reatores, incluindo os bioquímicos; fundamentar os princípios da termodinâmica e das operações unitárias de transferência de calor; conhecer e selecionar os materiais para produção, armazenamento e conversão de energia; entender e aplicar as técnicas e instrumentos de medida; entender os tipos, aplicações e seleção das máquinas de fluxo e conhecer as bases da gestão contábil, financeira e de custos de empresas e negócios. 12

4º ano (7º / 8º Semestres): Fornecer as tecnologias de produção dos materiais, poliméricos, metálicos, cerâmicos e avançados; estabelecer e aplicar as operações unitárias de transferência de massa, calor e quantidade de movimento; bem como as tecnologias da engenharia sanitária para o tratamento do solo, de resíduos sólidos, de esgoto e de efluentes líquidos; consolidar o conhecimento dos processos químicos pela modelagem, simulação, otimização, síntese, automação e controle; proporcionar o conhecimento dos tipos, aplicações e dimensionamento das máquinas térmicas para serem selecionadas e aplicadas nas centrais elétricas e térmicas; proporcionar os fundamentos da tecnologia da energia do hidrogênio e de engenharia do petróleo para capacitar os alunos no projeto e acompanhamento de processos nessas áreas; por meio da análise de um problema de engenharia desenvolver as habilidades e técnicas de pertinentes aos processos químicos; conhecer as bases da gestão de projetos e adquirir conhecimentos de direito e legislação, incluindo as relações étnico-raciais. 5º ano (9º / 10º Semestres): Integrar competências na área de gestão empresarial, por meio da aquisição dos conceitos de recursos humanos, comportamento organizacional, gestão integrada: segurança, saúde e meio ambiente, ética e responsabilidade socioambiental, incluindo as relações étnicoraciais. Agregar na área de energia, além da energia nuclear e de gás natural, os princípios e tecnologias relacionadas às áreas de energias renováveis e sustentáveis pelo estudo dos bicombustíveis, energia solar, células a combustível, energias eólica, geotérmica e maremotriz, estruturar os conceitos de segurança de sistema energéticos; entender as políticas públicas no setor de energia; consolidando todos estes conhecimentos na gestão e planejamento energético. Conhecer os sistemas específicos da engenharia ambiental pelo controle e gestão de poluentes atmosféricos e pela disciplina de avaliação, licenciamento e planejamento ambiental; concretizar os conceitos da sustentabilidade e aplicá-los nas indústrias químicas e do setor energético. Finalmente, considerando a dinâmica do mercado e os desenvolvimentos tecnológicos da engenharia química, ou mesmo, a necessidade de discussão de assuntos de destaque e importância na área, é direcionada a disciplina de Tópicos Avançados de Engenharia 13

como arcabouço da flexibilização e complementação dos conteúdos e conhecimentos. Desta forma, objetiva-se que o aluno esteja capacitado a desenvolver o trabalho de conclusão de curso. Ainda, de modo optativo, o aluno pode ter a sua formação complementada nos aspectos de cidadania e inclusão social pelo estudo da Língua Brasileira de Sinais. 2.4 Perfil Desejado do Egresso Os desafios atuais e futuros que a humanidade está convocada a enfrentar para que a sustentabilidade (econômica, social e ambiental) seja alcançada são uma realidade. Existe a necessidade premente de desenvolver mecanismos de produção e de geração de renda, que produzam o menor impacto ambiental possível, mas que também contribuam, fortemente, para uma significativa redução da miséria do mundo. Este desafio cabe a todos os profissionais de todas as áreas e é importantíssimo que a atividade da Engenharia como um todo esteja engajada neste macro-projeto de escala nacional e mundial. O curso de Engenharia Química da FEFAAP visa também formar profissionais éticos, com visão cultural e humanística, com responsabilidade socioambiental e capacitados para projetar e desenvolver produtos, equipamentos e sistemas que possam melhorar a qualidade de vida da população, no mais amplo sentido. Por outro lado, o Engenheiro Químico deve ser capaz de realizar pesquisas tecnológicas e científicas em sua área de competência e também deter os conhecimentos para auxiliar a atividade jurídica por meio da execução de perícias e de arbitramentos. O curso de Engenharia Química da FEFAAP está organizado, estruturado e administrado para que o egresso possua as seguintes competências: - Sólida formação científica, técnica e multidisciplinar em engenharia. - Capacidade de comunicação escrita, oral e gráfica. - Capacidade de interpretar e analisar criticamente fenômenos, sistemas e organizações. - Capacidade de aprendizado permanente, por meio da busca dos conhecimentos tecnológicos e da constante atualização. 14

- Capacidade para gerar e gerir empreendimentos sob o ponto de vista técnico/administrativo com visão de mercado, agregando competências diversas. - Capacidade de trabalhar em equipe e com objetivos coletivos, com uma postura ética e pró-ativa. - Consciência e preparo para ser um agente de evolução da ciência, da tecnologia e da economia. - Capacidade de transferência de conhecimento. - Capacidade de conceber e analisar sistemas, processos e produtos. - Capacidade de planejar e supervisionar, elaborar e coordenar projetos. - Conhecimento e domínio das ferramentas de informática, principalmente as ligadas à sua área de conhecimento em engenharia. Estas capacidades deverão ensejar como resultado do desenvolvimento do aluno ao longo dos dez semestres do curso, as seguintes habilidades e posturas: - Busca permanentemente da atualização profissional. - Domínio dos recursos básicos orais, gráficos, escritos e de multimeios de transmissão e formalização do conhecimento técnico. - Consciência de responsabilidade social, política e ambiental em todos os seus atos profissionais. - Concepção e análise de sistemas, processos e produtos. - Trabalho em equipe estando apto à liderança e à coordenação. - Iniciativa para tomada de decisões. - Criatividade e iniciativa para o enfrentamento de situações novas. - Senso crítico e criatividade ao empregar seu conhecimento cientifico na análise e solução de problemas. - Domínio das ferramentas básicas e avançadas da matemática, da computação e da informática. 15

- Busca para alcançar as metas de qualidade em todas as suas atividades. 16

3. INGRESSO 3.1 Processo de Ingresso As condições de ingresso no curso de Engenharia Química são estabelecidas pelo Departamento de Processo Seletivo. Este setor também é responsável pelo processo de ingresso, que é realizado por meio de quatro formas de avaliação. - Avaliação Tradicional: os exames ocorrem duas vezes ao ano, normalmente, em junho e dezembro para as vagas de agosto do mesmo ano e fevereiro do ano seguinte, respectivamente, para alunos que concluíram a 3º série do Ensino Médio. - Avaliação Contínua: é realizada por meio de avaliações sucessivas, anuais e sem interrupção a partir da 1ª série do Ensino Médio, conforme orientação do Ministério da Educação: na 1ª série (1ª etapa): avaliação com o conteúdo programático limitado à 1ª série, sem desprezar o conteúdo do Fundamental. Esta avaliação tem peso 1 ; na 2ª série (2ª etapa): avaliação com o conteúdo programático limitado à 2º série, sem desprezar o conteúdo da 1º etapa. Esta avaliação tem peso 2 ; na 3ª série (3ª etapa): avaliação com conteúdo programático do Ensino Médio, sem desprezar o conteúdo do ensino fundamental. Esta avaliação tem peso 3. É nessa etapa que se faz a opção de curso. - Avaliação Programada: os exames ocorrem duas vezes ao ano, normalmente, são realizados em junho e dezembro, respectivamente para vagas de fevereiro e agosto do ano seguinte, também para alunos que concluíram a 3ª série do Ensino Médio ou que venham a concluir até o ingresso no curso. - Avaliação Especial e para Transferência os exames realizam-se, normalmente, no final dos meses de julho e de janeiro, para o preenchimento de vagas remanescentes de agosto e fevereiro, respectivamente. Esta avaliação engloba as seguintes situações: 17

ingresso: destinado àqueles que já concluíram o ensino médio e queiram concorrer às vagas eventualmente não preenchidas pelos processos anteriores; aproveitamento de estudos: destinado aos portadores de Diploma de Curso Superior e ou àqueles que tenham interrompido seus estudos no Curso Superior e, num caso ou noutro, queiram ingressar em cursos afins da FAAP; transferência interna: destinado àqueles que queiram transferência entre cursos afins da própria Faculdade de Engenharia; transferência externa: destinado àqueles que queiram transferência de outras instituições para o curso de Engenharia Química da FAAP. Para o curso de graduação de Engenharia Química são oferecidas 50 (cinquenta) vagas anuais no período diurno e o processo seletivo de ingresso é precedido de edital, que é divulgado e obedece a critérios e normas de seleção e admissão que levam em conta os currículos do Ensino Fundamental e Médio. A classificação é feita pela ordem decrescente dos resultados obtidos. 3.2 Perfil Desejado do Ingressante É desejável que o aluno ingressante tenha base sólida nos conhecimentos das disciplinas das áreas de exatas do ensino médio, como física, química e matemática, pois estas disciplinas são consideradas estruturantes do núcleo básico e comum dos cursos de Engenharia. Estas disciplinas são consideradas ferramentas para as disciplinas específicas e profissionalizantes, bem como preparam e formam a consistência lógica básica e de raciocínio dos Engenheiros. Além da familiaridade e habilidade com as disciplinas básicas da área de exatas, é desejável que o ingressante as tenha de modo adequado com a comunicação oral, a comunicação escrita e de compreensão de textos, face às leituras específicas, ao entendimento de problemas atuais e entendimento dos contextos e conjunturas que estarão sujeitos os problemas e as suas soluções de engenharia, além da necessidade que terão como profissionais de apresentarem relatórios, projetos e outras informações tanto para profissionais da área como para a sociedade. 18

Outra característica desejável no ingressante é a motivação e interesse pela área de Engenharia Química, pois é fundamental que tenha a vontade de se aprofundar nos conhecimentos básicos, específicos e profissionais com grande intensidade, para não só conhecer, mas adquirir um nível de discernimento que lhe permita analisar, criticar e promover inovações e buscar por novas fronteiras. Neste quesito os cursos de engenharia trabalham em um intervalo delicado, no qual é exposta a realidade da formação dos alunos no Ensino Médio no Brasil, no âmbito das ciências exatas, com as necessidades básicas necessárias aos ingressantes em um curso superior de ciências exatas e tecnológicas. Se por um lado, um curso de Engenharia que almeja tornar-se uma referência em termos de excelência de ensino não pode prescindir de alunos com sólidos conceitos em matemática e física, por outro lado a formação acadêmica dos egressos do Ensino Médio ainda é deficiente em algumas áreas, em especial nas áreas supra-mencionadas. Além disso, as pressões exercidas pelo processo de globalização das instituições de ensino tornam essencial o conhecimento da língua inglesa, seja para a utilização da bibliografia básica ou complementar de algumas disciplinas, seja para permitir a participação do ingressante no Programa de Intercâmbio. Atentos a esta realidade e conscientes de que bons alunos são essenciais à qualquer curso que busque um padrão de excelência em termos de ensino, a abordagem adotada é a de buscar alunos que tenham aptidão para as ciências exatas, capacidade de comunicar-se de maneira clara e objetiva, na forma oral e escrita, bem como compreender textos oriundos dos mais diversos campos do conhecimento humano, tanto em língua portuguesa quanto em língua inglesa. E, caso estes alunos ingressantes apresentem deficiências de formação, serão encaminhados para cursos específicos de nivelamento durante o início do 1º semestre da graduação em Engenharia. 19

4. GESTÃO 4.1 Modelo de Gestão São órgãos da Faculdade: - Conselho Acadêmico: Órgão colegiado máximo de natureza normativa, consultiva e deliberativa da Faculdade. - Diretoria: Órgão executivo de supervisão das atividades da Faculdade. No cumprimento de suas atribuições, conta com dois coordenadores, um Coordenador do Programa Engenheiro Empreendedor e um Coordenador para o Centro inova de Tecnologia. - Colegiado de Curso: Órgão técnico de decisão, coordenação e assessoramento das atividades de ensino, iniciação científica e extensão. - Coordenadoria do Curso: Órgão colegiado de coordenação e assessoramento nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. - Coordenação do Núcleo de Pós-Graduação, de Pesquisa e de Extensão: Coordenação da elaboração e da execução dos projetos pedagógicos dos cursos de pós-graduação e de extensão, promovendo a integração vertical e horizontal das disciplinas, bem como as demais atividades inerentes ao seu perfeito funcionamento, além da coordenação das atividades de extensão. - Secretaria: Centralizadora do desempenho das atividades administrativas da Faculdade. A competência e a composição de cada um dos órgãos da estrutura organizacional estão descritos no Regimento da Faculdade de Engenharia da Fundação Armando Alvares Penteado, aprovado pela Portaria SeSu nº 526, de 14 de junho de 2007, Ministério da Educação e Cultura, Secretaria de Educação Superior. 20

4.2. Avaliação do Curso 4.2.1 Auto - Avaliação A avaliação do curso de Engenharia Química sob a diretriz geral é realizada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), que produz o relatório final de auto-avaliação do curso. Este processo de avaliação é resultado de um trabalho iniciado em Junho de 2004, dentro do âmbito do novo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, o SINAES, criado pela Lei n 10.861, de 14 de abril de 2004. A idéia de avaliação proposta está centrada na missão como elemento da análise de todas as dimensões que formam um todo e para qual todo resultado deve retornar em um processo constante de melhoria da própria IES e sua relação com a sociedade, com suas políticas e sua forma de gestão. A CPA é composta por técnicos administrativos da Fundação Armando Alvares Penteado, representantes do corpo docente e discente da FEFAAP, além de representante da sociedade civil organizada. O relatório anual produzido pela CPA tem como objetivo identificar nos resultados alcançados se as potencialidades foram solidificadas e se as fragilidades foram corrigidas. Desde 2008 este relatório é considerado na revisão do projeto pedagógico, incorporando-se as ações pertinentes. 4.2.2 Avaliação Ensino-Aprendizagem Os alunos do curso de Engenharia Química da FEFAAP são avaliados continuamente ao longo do curso. Cada professor, respeitando as diretrizes da Instituição e as orientações da Coordenação do Curso, definidas nas reuniões de coordenação, estabelece os critérios de avaliação do processo de aprendizagem da sua disciplina, conforme as especificidades da mesma, no sentido de melhor incentivar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem. Assim sendo, a FEFFAP também enfoca os mais diversos mecanismos de avaliação como sendo metodologias de reforço do processo de ensino. 21

Os professores analisam e avaliam continuamente os seus alunos por meio de: provas bimestrais, cujo período de realização é definido no calendário escolar pela direção da Faculdade no início de cada semestre letivo, listas de exercícios, projetos, trabalhos domiciliares, relatórios, entre outras atividades. Nas disciplinas que efetuam atividades em laboratórios, são também computadas nas notas bimestrais as notas relativas aos relatórios das práticas experimentais desenvolvidas durante o curso. 4.2.2.1 Critérios de Avaliação Aprovação dos Alunos no Curso A Diretoria da Faculdade de Engenharia da Fundação Armando Alvares Penteado, em 1º de agosto de 2009, estabeleceu os seguintes critérios de aprovação para os alunos de todos os cursos semestrais de Engenharia da FEFFAP: - a média de aprovação deve ser igual ou superior a 5,0 (cinco inteiros). - a frequência mínima é igual a 75% (setenta e cinco por cento) das aulas ministradas. - a média é computada com base em: 2 (duas) notas bimestrais N1 e N2 (notas de avaliações presenciais), além da nota N3 composta pela avaliação de listas de exercícios, projetos, trabalhos domiciliares, relatórios dos experimentos, apresentação de seminários, entre outros; sendo que para algumas disciplinas elencadas pela Coordenação do Curso, é impactada por 50% da nota do Programa Engenheiro Empreendedor (item 5.7.3.). Também há ainda uma avaliação substitutiva (PS), cuja nota substitui a menor nota entre as notas N1e N2, quando for o caso. - a média semestral do aluno é obtida pela seguinte equação: MF= 0,40 x N1 + 0,45 x N2 + 0,15 x N3 se MF 5,0 (cinco inteiros) e a frequência 75% das aulas ministradas: o aluno é aprovado na disciplina. se MF < 5,0 (cinco inteiros): o aluno é reprovado por nota. 22

se a frequência < 75% das aulas ministradas: o aluno é reprovado por frequência. 4.2.2.2 Período de Provas A Portaria FEFAAP Nº 04/2010, de 11 de agosto de 2010 regulamenta o período de provas da Faculdade de Engenharia da FAAP: Assim, tais períodos de provas abrangem, para cada uma das avaliações N1 e N2, 2 (duas) semanas letivas destinadas à aplicação dos referidos exames. O Apoio Operacional da FEFAAP, em conjunto com a Secretaria Acadêmica, publica, ao início de cada semestre letivo, os calendários de provas em que constem os períodos de provas. 4.2.2.3 Diagnóstico do ensino-aprendizagem do curso O curso de Engenharia Química é avaliado pelo corpo discente e corpo docente, por meio de avaliações que buscam a melhoria contínua da infra-estrutura física e do processo ensino-aprendizagem. A avaliação discente é realizada a cada semestre. Os alunos recebem, em sala de aula, um questionário individual padronizado para avaliar a instituição e o processo ensinoaprendizagem. São instruídos da importância da franqueza e da seriedade na resposta do questionário, bem como da manifestação dos pontos fracos e fortes por meio do preenchimento do campo de comentários. As questões abordadas na avaliação discente recebem os seguintes conceitos: (A) Muito bom, (B) Bom, (C) Regular e (D) Fraco. As questões quanto à avaliação da Instituição são: Dê sua opinião sobre: 1) As instalações que você utiliza (salas de aula, laboratórios e/ou oficinas) 2) O curso que você escolheu 23

3) A coordenação do curso 4) Os serviços prestados pela Secretaria 5) A Biblioteca Central As questões quanto ao processo ensino-aprendizagem são respondidas a partir de uma lista de docentes com os quais o aluno tem aula. São elas: Dê sua opinião quanto: 1) A clareza de apresentação dos objetivos da disciplina pelo professor 2) A forma do professor transmitir o conteúdo da disciplina 3) A preocupação do professor em esclarecer dúvidas 4) A disposição do professor em esclarecer dúvidas 5) A compatibilidade das avaliações com o desenvolvimento do conteúdo 6) A disposição do professor em comentar trabalhos e avaliações 7) A utilização pelo professor do Plano de Curso (fichário) 8) A sua dedicação, como aluno, nesta disciplina Os resultados e os comentários são tabulados e a coordenação do curso de Engenharia Química recebe um relatório com o sumário das pontuações, bem como os comentários feitos pelos alunos. Desta maneira, após a recepção do relatório desta avaliação discente são tomadas ações de monitoramento, de intervenção e de reavaliações quando necessárias. Todos os professores recebem os resultados da avaliação por disciplina ministrada. Como estratégia de retorno, o coordenador conversa com todos os professores, buscando resolver os problemas identificados na avaliação e também oferece um retorno aos alunos, informando as ações que foram tomadas e o que se espera deles. Em relação à avaliação docente do curso, e mais especificamente de sua disciplina, esta se processa de modo informal, ou seja, não é baseada em questionário específico, mas sim no diálogo contínuo ente o coordenador do curso e seus professores. Desta forma, podem ser detectadas fragilidades em relação ao processo pedagógico em cada disciplina, podendo ser tomadas ações corretivas em tempo hábil. 24

4.3. Nivelamento O objetivo do programa de nivelamento é fazer com que o aluno supere as dificuldades trazidas do Ensino Médio, ao revisar e muitas vezes compreender os conteúdos de matemática e física necessários para o entendimento das disciplinas básicas e iniciais do curso de Engenharia Química, servindo de ferramenta essencial. Ainda, dentro do escopo de formação ampla e sólida, encontra-se estruturado o nivelamento de português, que é obrigatório a todos os ingressantes, pois tem como objetivos estimular a leitura e a compreensão de textos, os quais dão suporte à elaboração de relatórios e trabalhos técnicos desenvolvidos durante o curso, promovendo a divulgação eficiente de informações aos demais estudantes, professores e, no futuro, aos demais profissionais da área. Para os alunos ingressantes, na primeira quinzena do curso é realizada uma avaliação diagnóstica dos conteúdos fundamentais nas áreas de física e de matemática a fim de que o programa de nivelamento possa ser adequado às necessidades específicas de cada turma. De acordo com os resultados desta avaliação diagnóstica, os alunos ingressantes no curso de Engenharia Química que apresentarem deficiências nos conteúdos básicos de matemática e física participarão das aulas de nivelamento destas disciplinas. Desta maneira, o programa de nivelamento objetiva reforçar o processo ensino/aprendizagem, enfatizando habilidades e competências necessárias à continuidade do curso de Engenharia Química, visando diminuir a evasão e a repetência. 4.4 Recuperação Paralela e Recuperação de Estudos 4.4.1 Recuperação Paralela O programa de recuperação paralela é regulamentado pela Portaria FEFAAP nº 10/2010, de 11 de agosto de 2010. Tal programa é oferecido a todos os alunos que tenham realizado a avaliação bimestral N1, conforme programação prevista no calendário escolar. É composta por 25

10 (dez) aulas, sendo 8 (oito) para desenvolvimento do conteúdo programático, o mesmo da avaliação bimestral, e 2 (duas) aulas para prova. Na Recuperação Paralela, a frequência mínima exigida é de 100%. Para o cálculo da nova nota N1 referente às disciplinas ofertadas no programa, será considerada a média aritmética entre a nota N1 original e a obtida no Programa de Recuperação Paralela, quando esta última for maior que a nota original. Do contrário, fica mantido o conceito obtido no regime regular para a avaliação N1. As disciplinas são oferecidas no Programa de Recuperação Paralela, mediante um mínimo de 10 (dez) alunos inscritos. Turmas com menos alunos poderão ser oferecidas por critério da Diretoria da Faculdade de Engenharia. Os horários das aulas e provas das disciplinas ofertadas no Programa de Recuperação Paralela serão definidos e/ou alterados exclusivamente pelo Apoio Operacional da FEFAAP, em conjunto com a Secretaria Acadêmica, e validados pela Diretoria da FEFAAP. Quando para a disciplina em que se inscreveu não for ofertada turma, o aluno poderá, dentro do limite de 3 (três) disciplinas, solicitar a mudança para disciplina cuja turma já esteja aberta e cujas aulas ainda não tenham se iniciado. 4.4.2 Recuperação de Estudos O programa de Recuperação de Estudos é regulamentado pela Portaria FEFAAP nº 11/2010, de 11 de agosto de 2010. É extensível a todos os alunos que tenham obtido reprovação nas disciplinas cursadas. O programa é composto, para cada disciplina, de sua mesma carga oficial, possuindo também os mesmos critérios de aprovação por nota e frequência daquela, a saber, média final igual ou superior a 5,0 (cinco) e frequência não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) nas aulas ministradas. Nas duas últimas semanas letivas de cada semestre, o Apoio Operacional da FEFAAP, em conjunto com a Secretaria Acadêmica, disponibiliza, para inscrição, relação de disciplinas passíveis de oferta. 26

A Recuperação de Estudos acontece nos meses de julho ou janeiro, quando a disciplina é oferecida na sua carga horária total, com o mesmo conteúdo do semestre letivo normal. As disciplinas são oferecidas no Programa de Recuperação de Estudos mediante um mínimo de 10 (dez) alunos inscritos. Turmas com menos alunos poderão ser oferecidas por critério da Diretoria da Faculdade de Engenharia. O horário das aulas é definido pelo Apoio Operacional. O aluno pode solicitar a Recuperação de Estudos no máximo em 3 (três) disciplinas (ou o que a carga horária permitir). Quando a disciplina solicitada não for oferecida, o aluno poderá, dentro do limite de 3 (três) disciplinas, solicitar a mudança para disciplina cuja turma já esteja definida. 4.5. Integração da Graduação com a Extensão e com a Pós-Graduação A Faculdade de Engenharia, em seu curso de Engenharia Química, promove a integração com a extensão e com a pós-graduação por meio da Coordenação de seu Núcleo de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão para a difusão de conhecimentos e técnicas pertinentes à sua área. De modo importante, procura-se estimular e organizar atividades relacionadas com os conteúdos disciplinares por meio de ações, tais como: - Programa Engenheiro Empreendedor, desenvolvido do primeiro ao oitavo semestre do curso; - Participação em encontros e congressos nacionais da área; - Elaboração de projetos que culminem com protótipos, para o aprimoramento da formação profissional; - Participação em projetos sociais; - Elaboração de artigos com vistas à publicação em revistas especializadas; - Organização e participação da Semana de Engenharia FAAP para incentivar o debate sobre a realidade da engenharia brasileira e ajudar a desenvolver a capacidade analítica e a visão crítica; 27

- Organização e participação da Feira da Engenharia FAAP, que têm como proposta divulgar os estudos e projetos desenvolvidos pelos alunos e pelas empresas, sendo um momento de integração empresa-escola e para o desenvolvimento das redes de relacionamentos; - Participação regular em palestras, seminários e conferências; - Participação em atividades programadas pela coordenação do Núcleo de Pós- Graduação Pesquisa e Extensão. Os projetos pedagógicos dos cursos de pós-graduação atendem ao Regimento da Faculdade de Engenharia e oferecem a oportunidade de educação continuada aos egressos dos cursos de engenharia bem como ao público em geral. Neste sentido, a coordenação do curso de Engenharia Química incentiva as seguintes ações: - Seleção de professores titulados ou com notoriedade profissional para atuação nos cursos oferecidos, - A promoção e realização de Seminários de Tecnologia e Inovação e o intercâmbio com outras instituições, tendo como setor organizador e de apoio o Centro inova de Tecnologia. A Faculdade de Engenharia oferece três cursos de Pós-Graduação, como mostra o Quadro 1. Os cursos, embasados em setores bem distintos, permitem a educação continuada dos egressos do curso de Engenharia Química que podem, desta forma, obter especialização em Gestão Estratégica de Projetos, Perícias de Engenharia e Avaliações e Tecnologia e Gestão Ambiental. Além dos cursos de pós graduação, os alunos podem, ainda durante a graduação, fazer o curso de extensão de 120 horas em Sistemas de Gestão Integrados para se capacitarem como gestores da implementação e manutenção de Sistemas de Gestão Integrados (gestão da qualidade, meio ambiente, segurança do trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social) em organizações, a partir do entendimento dos requisitos para a implantação e certificação dos sistemas de gestão e obtendo as ferramentas necessárias para que possam contribuir para a sustentabilidade das organizações. 28

Quadro 1. Descrição dos cursos de Pós-Graduação vinculados à FEFAAP Curso Gestão Estratégica de Projetos Perícias de Engenharia e Avaliações Tecnologia e Gestão Ambiental Descrição O curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica de Projetos foi desenvolvido para atender uma demanda de mercado, que exige das organizações produtos e serviços de excelência, com prazos e custos conforme os previstos. O programa foi concebido para proporcionar conhecimentos gerais e específicos da atividade profissional a que se refere o curso, tendo como base a excelência na formação técnica, profissional e ética do profissional, com abordagem teórica e, principalmente prática. É realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Avaliações de Perícias em Engenharia de São Paulo (IBAPE/SP). O curso foi desenvolvido para atender uma demanda de mercado, que exige das organizações uma postura voltada para a responsabilidade socioambiental. Está estruturado em três módulos que foram desenvolvidos levando em conta as dimensões: conceitual, tecnológica e de gestão. Carga Horária 360 horas 375 horas 360 horas Estes cursos de pós-graduação e de extensão foram criados e implementados na vigência da estrutura curricular anual. Assim, a coordenação do curso deve se empenhar continuamente, em conjunto com seu corpo docente, a desenvolver e apresentar propostas de cursos de extensão e pós-graduação, alinhados com as necessidades do mercado e de formação continuada dos alunos egressos da atual estrutura curricular semestral. Portanto, a integração do curso de Engenharia Mecânica com a Extensão e com a Pós- Graduação, de modo efetivo, é dada pelas ações que promovem o desenvolvimento pleno e contínuo de engenheirandos e profissionais da área, incluindo palestras, seminários, cursos de certificação profissional e eventos abertos à comunidade. 29

5. CURRÍCULO, REGIME E DURAÇÃO DO CURSO O curso de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia da FAAP tem como objetivo amplo o bacharelado em Engenharia Química, atendendo de maneira plena à Resolução nº11, de 2002 do Conselho Nacional de Educação - Câmara de Educação Superior e às atribuições do Sistema CONFEA/CREA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia / Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). 5.1 Regime e duração do curso Tempo de Integralização Carga Horária das Aulas Carga Horária do Estágio Supervisionado Atividades Complementares Carga Horária Total Turno de Funcionamento Regime do Curso Vagas Anuais Mínimo de 10 semestres e máximo de 19 semestres cursados 4.680 horas/aula 300 horas/aula 300 horas/aula 5.280 horas/aula Diurno Semestral 50 (total de entrada) Observação: a carga horária foi expressa em horas/aula de cinquenta minutos, desta forma, a carga horária total do curso é de 4.400 horas, de acordo com a legislação Resolução nº 2, de 18 de junho de 2007 do Conselho Nacional de Educação - Câmara de Educação Superior. 5.2 Reformulação do Currículo Os trabalhos de revisão do currículo do curso de Engenharia Química obedecem a três critérios fundamentais: 30

- regulatórios: adaptação da estrutura curricular para atender às resoluções e diretrizes do Ministério de Educação e Cultura e do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e de seu Conselho Regional do Estado de São Paulo, que regulamenta o exercício profissional dos engenheiros químicos; - tecnológicos: análise das tendências tecnológicas utilizadas pela indústria e setor produtivo; - mercadológicos: desenvolvimento das habilidades necessárias para que o formando seja inserido no mercado de trabalho. A estrutura curricular do curso de Engenharia Química sofreu uma ampla reformulação, após criteriosa análise dos critérios acima mencionados. O currículo foi elaborado para absorver as constantes inovações científicas e tecnológicas, como também para formar profissionais, notoriamente, empreendedores, com formação humanística e com grande potencial de empregabilidade. Assim, contempla os princípios do desenvolvimento sustentável, com inovação e criatividade, procurando sempre soluções equilibradas entre as necessidades da sociedade e os impactos sobre o meio ambiente e a utilização dos recursos naturais. Neste sentido o curso de Engenharia Química, além da formação clássica em disciplinas da área industrial e de processos (eixo temático de processos químicos), possui o eixo Gestão e Empreendedorismo, comum aos outros cursos de engenharia da FEFAAP. Dois diferenciais do curso são oferecidos, ainda como dois eixos de estudos, que contemplam as áreas de Energia e Meio Ambiente e Sustentabilidade. Estes dois eixos visam oferecer ao aluno a possibilidade de uma colocação diferenciada no mercado de trabalho. 5.3. Características Gerais da Nova Estrutura Curricular A estrutura curricular, em implantação desde o 1º Semestre de 2008, é constituída de disciplinas de caráter básico, de formação geral, de formação profissionalizante e de formação específica. As disciplinas de caráter básico fornecem subsídios aos alunos para o desenvolvimento do pensamento analítico, lógico e científico em relação às ciências exatas, e também em relação 31

ao ambiente social em que se encontram inseridos. Elas são ministradas durante os quatro primeiros semestres do curso. As disciplinas de formação profissional têm como objetivo fornecer fundamentos físicos, químicos e físico-químicos, prática laboratorial, conteúdo e embasamento técnico tanto para que o aluno possa atuar nas mais diversas áreas de atividade química, como também estar apto a assimilar, analisar e compreender os conteúdos que são ministrados nas disciplinas de formação profissional específica. As disciplinas de formação profissional específica estão divididas em três áreas: meio ambiente e sustentabilidade, energia e processos químicos; as quais objetivam formar profissionais plenamente aptos para ingressarem no mercado de trabalho. Há uma linha de formação, a de empreendedorismo e inovação, que agrega as disciplinas de formação geral da área de humanas, de gestão, ética e responsabilidade socioambiental. Estas disciplinas objetivam consolidar o empreendedor de base tecnológica apto a abrir seu próprio negócio ou administrar pessoas, empresas, negócios e projetos, tanto do ponto de vista técnico como também sob a ótica financeira. A seguir, estão indicadas as disciplinas de fundamentação, além daquelas formadoras dos eixos de processos químicos, gestão e empreendedorismo e nos dois diferenciais do curso em relação ao mercado, os eixos de energia e meio ambiente e sustentabilidade. Também, estão destacadas as disciplinas que conferem a flexibilidade curricular ao curso. 32