IMUNIZAÇÃO DE CAMUNDONGOS COM «VACINA» VIVA A VI RULENTA DE TRYPANOSOMA CRUZI II Ensaio da avaliação do tempo de eficiência da vacina

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Transcrição:

IMUNIZAÇÃO DE CAMUNDONGOS COM «VACINA» VIVA A VI RULENTA DE TRYPANOSOMA CRUZI II Ensaio da avaliação do tempo de eficiência da vacina Humberto Menezes * Camundongos vacinados com vacina viva avirulenta de T. cruzi se mostraram 'protegidos contra infecção virulenta, até 2 semanas após a im u nização. Essa proteção foi inferior à observada avós 4 semanas de imunização e menor ainda do que a apresentada por animais infectados 4 semanas após a vacinação e reinfeetados 15 semanas depois. Neste último caso, a primeira infecção parece ter atuado como uma dose de reforço. O Autor assinala a dificuldade em determinar o tempo de validade da vacina, em virtude da resistência natural apresentada com a idade, mesmo pelos animais mais sensíveis. Dentre os vários fatôres que se têm de levar em conta para o uso prático de uma vacina qualquer, o seu tempo de eficácia é um dos principais. presente trabalho tem por objetivo avaliar o período de eficiência da vacina viva de Trypanosoma cruzi que vimos estudando há algum tempo e que já foi assunto de outras comunicações Í2,3). MATERIAL E.MÉTODO 1 Um grupo de nove camundongos albinos com 1 g de pêso foi vacinado. Cada animal recebeu por via subcutânea 1,1 x 17 parasitas vivos da cepa Y avirulenta, m antida em meio da cultura de Packchanian. A cultura tinha 3 dias de idade e o líquido de condensação foi centrifugado e lavado várias vêzes em solução salina. A vacina foi utilizada logo após o seu preparo. Uma pesquisa de parasitas no sangue circulante, pela técnica da gôta espêssa, foi feita no 8. dia após a vacinação, com resultado negativo. Vinte semanas após, todos os animais imunizados e mais 9 outros da mesma idade e origem foram infectados, cada, com 5. parasitas/g de pêso. Os tripanosomas infectantes eram de cepa Y virulenta mantida em camundongos. Parasitemias, pela técnica de Pizzi-Brener (1), foram realizadas no 8., 15. e 3. dia após a infecção. O percentual de sobrevida foi relacionado com as datas acima referidas. Ao fim do 3. dia, todos os animais sobreviventes foram sacrificados para a realização de exame histopatológico. 2 Um grupo de oito camundongos albinos com 1g de pêso foi vacinado. Cada animal recebeu por via subcutânea dose idêntica da mesma vacina do grupo anterior. Oito dias após a imunização foi feita ' uma pesquisa de parasitas no sangue circulante. I.S.P. Departamento de Patologia. Faculdade de Medicina. Ribeirão Prèto. São Paulo. Brasil Recebido para publicação em 21-8-6.

2 Rev. Soc. Bras. Med. Trop. Vol. IV N» 1 Quatro semanas após o emprego da vacina tcdos os animais foram infectados com 5. parasitos virulentos por grama de pêso. Os tripanosomas infectantes eram da mesma cepa Y, virulenta, mantida em camundongos. Quinze semanas depois da primeira infecção os animais foram submetidos a uma segunda, idêntica à anterior. Simultaneamente um grupo controle de 8 camundongos, com a mesma idade, foi infectado. Parasitemias pela mesma técnica a n teriormente descrita foram realizadas nos períodos já mencionados. A experiência foi considerada encerrada no 3. dia após a segunda infecção, quando foram sacrificados todos os animais sobreviventes para a obtenção de m a terial para exame histológico. RESULTADOS As tabelas 1 e 2 e os Gráficos I e II resumem os dados obtidos nos dois experimentos. A imunização conferida pela vacina prclongcu-se até 2 semanas, embora com menor eficiência (no que diz respeito à parasitemia) do que nos casos em que os animais foram infectados na 4,a sem ana pós vacinação (2,3). No que concerne à sobrevida, o resultado fci excelente, mas não diferiu do dos animais controles. Isto se deve, certam ente, à idade dos animais de ambos os grupos. O exame histológico revelou nos animais vacinados a existência de vários focos de infiltração histio-linfocitária no miocárdio, especialmente localizadas nas bases ventriculares (Fig. 1). Não foi possível a identificação de pseudocistos nos vários cortes examinados. No fígado puderam ser vistos, com freqüência, pequenos acúmulos histio-linfocitários no parênquima (Fig. 2) e raramente grande infiltração de alguns espaços porta por histiócitos, linfócitos e eosinófilos. Em nenhum caso foram vistos pseudocistos. Nos camundongos do grupo controle, a infiltração celular inflamatória, apesar de não ter sido maior do que a de maior in tensidade entre os animais vacinados, se achava acompanhada de vários pseudocistcs integres e rompidos (Fig. 3). No fígado, havia amplas áreas de necrcse de coagulação (Fig. 4i, grande infiltração celular inflamatória dos espaços portais, grandes acúmulos histio-linfocitáries no parênquima e pronunciada hiperplasia e hipertrofia das células de Kúpffer. Leishmanióides foram vistos em grande quantidade. Na segunda experiência, resumida na Tabela 2 e no Gráfico 2, verificou-se uma total proteção dos animais vacinados e infectados com ausência de parasitas no sangue periférico e de casos fatais. O exame histológico dos camundongos vacinados mostrou no coração raríssimos e discretíssimos aglomerados de linfócitos e histiócitos (Fig. 5), geralmente sub-epicárdicos. Não foram encontrados parasitas. No fígado, as lesões eram também extrem amente discretas (Fig. 6), igualmente sem parasitas. Nos animais controles, o processo celulular inflamatório no coração era bastante pronunciado, embora o número de pseudocistos fôsse diminuto (Fig. 7>. No fígado, além dos focos de infiltração histiolinfocitária do parênquima, havia grande acúmulo de histiócitos, linfócitos, neutrófilos e eosinófilos nos espaços portais, bem como áreas de necroses de coagulação dos hepatócitos (Fig. 8). Em nenhum dos casos examinados foi possível identificar parasitas no fígado. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES O emprego de vacina viva avirulenta confere a camundongos uma imunidade de longa duração, imunidade esta que se exalta se o animal sofre uma infecção virulenta pouco tempo após a imunização. Já vimos em trabalhos anteriores (2,3) que esta primeira infecção, quatro semanas após o emprêgo da vacina, é discreta, com muito baixa parasitemia e discretíssimas lesões orgânicas (1.4,5). A julgar pelo quadro histológico dos animais vacinados e infectados 2 sem anas após, a imunização foi de grau inferior àquela obtida com quatro sema-

Jan./Fev., 197 Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 3 TABELA 1 Camundongos infectados 2 semanas após vacinacào Número de parasitas 5mm- le sangue Número D P i~l> Oopl O o O 15 3 1 525 35 2 63 3 _ * CO 4 2.59 35 O 945 Q 6 < 1 1.68 8 7.875 7.35 hh 9 175 O > MÉDIA 1.82 927 MEDIANA 787 1 2.73 2.765 -~> 4.725 2.555 3 3.92 56 4 7.28 595 5 3.29 CO 6 2.52 42 a 7 2.485 85 o 8 6.125 4.41 3 9 3.78 1.61 Z! O MÉDIA 4.95 1.715 ü MEDIANA 3.78 1.27 Encontrado morto 9 dias após a vacinaçao. :.as de ' vacinação' e menor ainda que a apresentada pelos animais com prévia inje çã o virulenta. Esta última agiu como ama dose de reforço, nos sugerindo no raturo o emprêgo de mais de uma dose de vacina na imunização dos animais. A baixa mortalidade verificada em to- := os grupos de ambas as experiências ríilete a dificuldade que se tem em fazer uma observação, a longo prazo, da im u nidade adquirida em animais de laboratório. É que êstes, mesmo em se tratando de camundongos que são bem sensíveis à infecção por T.cruzi, se tornam resistentes, com o evolver da idade. As parasitemias podem atingir cifras elevadas, porém a mortalidade se m antém em níveis insignificantes, limitando o valor das conclusões.

4 Rev. Soc. Bras. Med. Trop. Vol. IV N9 1 G R Â F i C O l " V A C ; N A D C S C3N TRCLE3 i A 5 APCS! N F E C Ç A

Jan./Fev., 197 Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 5 grâpi co n " V A C! N A D G S CONTROLES NUMERO DE PARASITAS i M ED IANA j F.M 5mm'3 DE SANGUE 8 15 3 DIAS APOS A 22 INFECÇAO

6 Rev. Soc. Bras. Med. Trop. Vol. IV N? 1 K T- A B E L A 2 Camundongos vacinados e infe ctados duas vézes N. 1." o a Infeecào Iniecçao Tempo após Vacinação Tempo após a l.ll N. parasitas-õmiii" sangue Dias após reinfecção 15 3 8 VACINADOS 2 3 4 5 6 7 8 4 semanas 15 semanas MÉDIA MEDIANA K W o 1 2 3 4 5 6 7 8 21.455 15.645 6.685 2.475 11.2 6.9 8.19 6.2 ' 63 525 85 1.33 945 735 63 is O Ü MÉDIA 11.97 8 MEDIANA 9.695 735 SUMMARY Mice immunized with a single dose of live vaccine of avirulent Trypanosoma cruzi present a good protection against challenge until 2 weeics after the vaccination. This im m unity is slighter than the obtained on the fourth week of -vaccination a?id even more than that presented by animals challenged four iveeks after immunization and reinfected 15 weeks latter.

t If-j»îjài'kai»>, : J " ' ' *4? «J 1 Ê È Í m ÍJ^1 3Ç«fc., jljmri T f»'." %*»'3FS«-,.-m.^ Ps,«, -áâttk v**r v* róíf -w* m P ^8$P!S p f e * * : : '»**1 í Z j^r ' S L é fà!;& m s s» I l I R «í * ík. * * *»V * * ". *»? ^ ~ *.* ~,...- f \ <*+* ^ *rí Wrf *\ *,*- * 1*^ ac É» * *J> ' J» V «* *,i «/ ü **» m ' ~V»,S - * * Z t ' & * '* * &. ' ;*' *, * 4* * % ::'f# w*,. Vc'»>-*. tf ( * *1» v s rrïv * >*.,3 * * ~ *Ai**- -, *< ' M a i«ç rv * ï **'.» A Y --? *!* :' - rrw~4bx, ± æ. ** * *>» "> i- *»s< *;? rff >»& > ßf*v**'- ** *V*v '#»**.,?*.* %*-t,7 * V 4 <* ^ V *ß* I w **/ «* * v.!a * ' A % >*««*-, A \. ' V. : \ ^ V \ v - v ; V. ' 3 Ò,. ^ k"» : c V «xi«^4-«.', «i '?'-/ ' * V'.v > ** *%*4,J>. '# ' c V* *. V' *' -1*,< vj". # f ^ >< */,^IX* ~ r

8 Refc. Soc. Bras. Med. Trop. Vol. IV N? 1 Fig. 1 ^ 1 A n im a l F r2 1 /5 V a cin a d o e in fe c ta d o 1 vez. B ase d o v e n tríc u lo e sq u e rd o. Focos de in f iltr a ç ã o h is tio.lin fo c itá ria, sem p a ra sita s.' O rig in a l 1x. F ig. 1-2 M esm o a n im a l. F igado. D iscretíssim o s focos de in f iltr a ç ã o h is tio -lin f o c itá r ia n o p a rê n q u im a. A u sê n c ia de p a ra s ita s. O rig in a l 16x. F ig. 1-3 A n im a l F r2 1 /4 C o n tro le P a re d e d e a u r íc u la com p seu d o c isto s. O rig in a l 4x. F ig. 1-4 M esm o a n im a l. F íg a d o com g ra n d e in f iltr a d o in fla m a tó rio -c rô n ic o e á re a s de necro se. O rig in al 16x, F ig. 1-5 A n im a l F r3 4 /1 V a cin a d o e in fe c ta d o d u a s vêzes. P a re d e do V. E. com rar.os e d is c re tíssim o s focos in fla m a tó rio s crô n icos. A u sê n c ia de p a ra s ita s. O rig in a l 1x. F ig. 1 6 M esm o A n im al. F íg ado. R a ro s e p e q u e n o s a c ú m u lo s de h is tó c ito s e lin fó c ito s n o p a ré n q u im a. A u sê n c ia de p a ra s ita s. O rig in a l 1x. F ig. i -7 A n im a l F r3 4 /7 C o n tro le G ra n d e s focos de in fla m a ç ã o c rô n ic a n a b a se dos v e n tríc u lo s e n a s p a re d e s a u r ic u la r e s. F o ra m vist-os ra ro s p s e u d o c is to s. O rig in a l 16x. F ig. 1-8 M esm o a n im a l. F ig ad o. A m p las á re a s de n e cro se com g ra n d e in filtra d o in fla m a tó rio c rô n ico. N ão fo ra m v is to s p a ra s ita s. O rig in a l 16x.

Jan./Fev., 197 Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 9 BIBLIOGRAFIA BRENER, Z. Contribuição ao estudo da terapêutica experimental da doença de Chagas. Tese. Fac. Farm. Odont. Univ. Minas Gerais, Belo Horizonte, 1961. MENEZES, H. Protective effect of an avirulent (cultivated) strain of T. cruzi against experimental infection in mice. Rev. Inst. Med. Trop. São Baulo, 1:1-4, 1968. 3. MENEZES, H. Active immunization of dogs with a non virulent strain of T. cruzi. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo. No prelo. 4. MENEZES, H. Lesões histológicas em camundongos vacinados com uma cepa avirulenta do T. cruzi. Rev. Bras. Med., 25:16-165. 1968. 5. MENEZES, H. Lesões histológicas do coração em cães vacinados com uma cepa avirulenta de T. cruzi. Rev. Brasil. Med., 26:281-283, 1969. i