MERCOSUL/GMC/RES. Nº 34/01 CRITÉRIOS PARA A ADMINISTRAÇÃO SANITÁRIA DE DEJETOS LÍQUIDOS E ÁGUAS SERVIDAS EM PORTOS, AEROPORTOS, TERMINAIS E PONTOS DE FRONTEIRA, NO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, as Resoluções Nº 91/93, Nº 151/96 e Nº 4/98 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação Nº 08/00 do SGT Nº 11 Saúde. CONSIDERANDO: As recomendações contidas no item 3 do art. 14 do Regulamento Sanitário Internacional; A necessidade de harmonizar as ações e procedimentos de administração sanitária de dejetos líquidos e águas servidas nas áreas portuárias, aeroportuárias, terminais e pontos de fronteira; A necessidade de definir responsabilidade no trânsito transfronteiriço na administração sanitária de dejetos líquidos e águas servidas em Terminais e Pontos de Fronteira, Portos e Aeroportos. A necessidade de harmonizar as ações e procedimentos através de um critério único de administração sanitária de dejetos líquidos e águas servidas nas áreas portuárias, aeroportuárias, terminais e pontos de fronteira no âmbito do MERCOSUL. O GRUPO MERCADO COMUM RESOLVE: Art. 1 - Aprovar o documento Critérios para a Administração Sanitária de Dejetos Líquidos e Águas Servidas em Portos, Aeroportos, Terminais e Pontos de Fronteira, no MERCOSUL, que consta como Anexo e faz parte da presente Resolução. Art. 2 - Os Estados Partes, colocarão em vigência as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente Resolução, através dos seguintes organismos: Argentina: Brasil: Paraguai: Ministerio de Salud Ministério da Saúde Ministerio de Salud Publica y Bienestar Social
Uruguai: Ministerio de Salud Pública Art. 3 Os Estados Partes do MERCOSUL deverão incorporar a presente Resolução a seus ordenamentos jurídicos nacionais antes de 10/IV/2002. XLIII GMC Montevidéu, 10/X/01
CRITÉRIOS PARA A ADMINISTRAÇÃO SANITÁRIA DE DEJETOS LÍQUIDOS E ÁGUAS SERVIDAS EM PORTOS, AEROPORTOS, TERMINAIS E PONTOS DE FRONTEIRA, NO MERCOSUL 1. Abrangência: Estes Critérios deverão ser aplicados nos Sistemas de Administração Sanitária de Dejetos Líquidos e Águas Servidas ou nos mecanismos institucionais ou organismos competentes de cada país, em Portos, Aeroportos, Terminais e Pontos de Fronteira, já existentes e nos sistemas a serem instalados. 2. Plano de Gerenciamento de Dejetos Líquidos e Águas Servidas das Instalações dos Portos, Aeroportos, Terminais e Pontos de Fronteira. A Administração sanitária de dejetos líquidos e águas servidas ou nos mecanismos institucionais ou organismos competentes de cada país, gerados em veículos em Trânsito Transfronteiriço e nos Terminais Terrestres, Portuários, Aeroportuários e Pontos de Fronteira dos Estados Partes deverá atuar com base num Plano Nacional de Gerenciamento de Dejetos Líquidos e Águas Servidas, que contemple: 1 Fatores a serem identificados para o planejamento do tratamento e monitoramento de dejetos líquidos e águas servidas. 2.1.1 Fontes Geradoras: Número e localização das fontes geradoras, inclusive meios de transporte. Tipos de dejetos líquidos e águas servidas e, volume gerado. 2.1.2. Tratamento: Identificação das estações de tratamento, dos pontos de apoio aos veículos terrestres coletivos em Trânsito Internacional, dos equipamentos e técnicas utilizadas no gerenciamento dos dejetos líquidos e águas servidas. Detalhamento das operações do sistema de tratamento Capacidade de tratamento Pessoal responsável. 2.1.3. Monitoramento Pontos de amostragem que contemple também os dejetos líquidos e águas servidas proveniente dos meios de transporte em função do risco epidemiológico e plano de amostras para análise de afluentes e efluentes. Formação e educação para tripulantes, viajantes, trabalhadores e usuários dos terminais. Análise estatística a ser utilizada para controle físico, químico e microbiológico dos efluentes.
Realimentação: informe periódico dos resultados obtidos.
2.2. Ações necessárias para o êxito do plano Estações de tratamento de acordo com os dejetos gerados. Administração sanitária e ambiental adequada, que aplique a legislação sanitária e ambiental e monitore os efluentes das estações de tratamento. Plano de Gerenciamento de dejetos líquidos e águas servidas deverá prever coleta, tratamento e disposição final dos dejetos líquidos e águas servidas. A destinação dos efluentes do sistema de tratamento de dejetos líquidos e águas servidas deverá ser comprovada pela administração dos Portos, Aeroportos, Terminais e Pontos de Fronteira. Monitoramento permanente das Estações de tratamento. Administração conjunta de afluentes e efluentes líquidos, conforme legislação sanitária e ambiental, do Estado Parte. 3 Dejetos Líquidos e águas servidas provenientes de Embarcações. Manter quando atracado as válvulas de liberação do tanque de dejetos líquidos fechadas e lacradas, promovendo o seu deságüe ou coleta somente após o tratamento do material, mediante a autorização da autoridade sanitária em exercício, no porto de atracação. A autorização de que trata o item acima dar-se-á em conformidade com as legislações ambientais e sanitárias vigentes nos Estados Partes. 4 Dejetos Líquidos e águas servidas provenientes de Aeronaves Os dejetos líquidos e águas servidas de aeronaves e dos aeroportos habilitados para entrada de aeronaves, deverão receber tratamento antes do lançamento dos efluentes no meio ambiente (solo, cursos de água, etc ). A retirada dos dejetos líquidos das aeronaves deverá ser realizada por pessoal qualificado, portando equipamentos de proteção individual, em veículo apropriado com características técnicas e operacionais adequadas ao qual será aplicado procedimento de limpeza e desinfecção de rotina. Deverá haver cloaca para evacuação dos veículos de transporte de dejetos líquidos em lugar acessível, protegido, com facilidade para limpeza das instalações e equipamentos utilizados bem como para a higiene pessoal dos operadores.
5 Dejetos líquidos e águas residuais proveniente de veículos terrestres. Os veículos coletivos em Trânsito Internacional deverão contar com pontos de apoio ao longo do percurso da viagem (a ser definido pela Autoridade Sanitária ou Ambiental competente do Estado Parte), para retirada e tratamento de dejetos líquidos e águas servidas, limpeza e desinfecção dos tanques coletores dos veículos. Os pontos de apoio mencionados anteriormente deverão ser habilitados pela Autoridade Sanitária e/ou Ambiental competente, do Estado Parte. 6 Prazos Os Planos Nacionais de Gerenciamento de Dejetos Líquidos e Águas Servidas aqui previstos, deverão estar implantados no mais tardar três anos após a internalização deste Critérios nos Estados Partes.