INFORMATIVO SOBRE TECNOLOGIAS DE RESISTÊNCIA A INSETOS SEMEANDO O FUTURO

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Transcrição:

INFORMATIVO SOBRE TECNOLOGIAS DE RESISTÊNCIA A INSETOS

É IMPORTANTE A utilização de milho geneticamente modificado resistente a insetos, conhecido como milho Bt (Bacillus thuringiensis), tem crescido signficativamente nos últimos anos. O controle mais eficiente das principais pragas pelas proteínas Bt tem protegido o potencial produtivo dos híbridos e contribuido para a racionalização do uso de inseticidas na cultura. As plantas geneticamente modificadas expressando proteínas Bt exercem uma elevada pressão de seleção sobre as populações de insetos praga alvo, o que pode levar à seleção de indivíduos resistentes. O milho Bt contendo o evento TC 1507 expressa a proteína Cry1F, promovendo o controle de diversas pragas, incluindo a lagarta do cartucho S. frugiperda. Essa tecnologia foi lançada comercialmente nos EUA em 2003, onde recentemente falhas de perfomance foram verificadas em algumas regiões (1). Em ambientes tropicais, a falha de controle surgiu em menor intervalo de tempo e em maior intensidade. Após 4 anos de utilização dessa tecnologia em Porto Rico (2003-2006), falhas na performance foram verificadas nas quais os níveis de dano no milho Bt foram similares ao milho convencional (2). No Brasil, cujo lançamento comercial do evento TC 1507 foi em 2009, falhas no controle da lagarta do cartucho foram verificadas recentemente em algumas regiões (3). Estudos realizados posteriormente confirmaram a resistência da lagarta do cartucho em Porto Rico e o milho Bt contendo o evento TC 1507 foi retirado desse mercado (2). Dentre as causas apontadas para a evolução da resistência da S. frugiperda em Porto Rico estão: Foto 1. Sobrevivência dos indivíduos heterozigotos (RS) que vão gerar mais indivíduos resistentes na geração seguinte. Foto 2. Ambiente tropical com cultivo do milho durante o ano todo. Foto 3. Alta infestação de S. frugiperda. Foto 4. Isolamento geográfico limitando o cruzamento com indivíduos suscetíveis de outras localidades.

No Brasil, alguns fatores podem ter contribuido para as falhas de performance verificadas no milho contendo o evento TC1507 como a baixa adoção de áreas de refúgio e alta exposição dessa tecnologia no campo, associados a alta infestação de S. frugiperda em algumas regiões. Plantas daninhas ou voluntárias são hospedeiras de várias espécies, entre elas a lagarta do cartucho, que pode migrar em estágio mais avançado para a planta de milho causando maior dano nas folhas. A utilização de brachiaria consorciada com milho pode contribuir para maior pressão de pragas na cultura do milho. Por este motivo pequenos danos podem ser encontrados nessas áreas, uma vez que lagartas maiores necessitam ingerir mais proteína Bt para serem controladas. Outras espécies não alvo da tecnologia, como lagarta do trigo (Pseudaletia sequax) e dos capinzais (Mocis latipes), também podem se desenvolver em plantas daninhas. O uso adequado e eficiente das tecnologias Bt inclui dessecação antecipada propiciando um melhor manejo de ervas e de plantas voluntárias. Em alguns casos é recomendada aplicação de inseticidas para o manejo de pragas residentes e em estágios mais avançados. PIRAMIDAÇÃO DE GENES DE Bt Com a evolução das tecnologias de resistência de insetos, produtos contendo novos eventos têm sido desenvolvidos expressando mais de uma proteína Bt, chamados de produtos piramidados. A piramidação de genes confere melhor proteção contra as pragas alvo e tem um valor significativo do ponto de vista de Manejo de Resistência de Insetos (MRI). A combinação de diferentes proteínas Bt é uma estratégia que visa retardar a evolução de resistência, ao reduzir a probabilidade do inseto possuir diferentes mecanismos de resistência para as diferentes proteínas (4). Nesse sentido, o milho Bt contendo o evento MON 89034 representa a segunda geração de milho Bt no Brasil, expressando duas proteínas (Cry1A.105 e Cry2Ab2), promovendo um controle mais eficiente das principais pragas da cultura do milho. No entanto, é importante ressaltar que em ambientes tropicais como no Brasil, onde a produção de milho ocorre em diversos períodos do ano em algumas regiões, há o risco de evolução de resistência mesmo aos produtos piramidados. Assim, é necessário que práticas de MIP sejam adotadas de maneira a preservar a durabilidade das tecnologias Bt. Plantas daninhas ou voluntárias são hospedeiras de várias espécies, entre elas a lagarta do cartucho, que pode migrar em estágio mais avançado para a planta de milho causando maior dano nas folhas.

A utilização de brachiaria no sistema contribui para maior pressão de pragas no milho Bt. Por este motivo pequenos danos podem ser encontrados nessas áreas, uma vez que lagartas maiores necessitam ingerir mais proteína Bt para serem controladas. Outras espécies não alvo da tecnologia, como lagarta do trigo (Pseudaletia sequax) e dos capinzais (Mocis latipes), também podem se desenvolver em plantas hospedeiras. O uso adequado e eficiente das tecnologias Bt inclui dessecação antecipada propiciando um melhor manejo de ervas e de plantas voluntárias. Em alguns casos é recomendada aplicação de inseticidas para o manejo de pragas residentes e em estágios mais avançados. O QUE É RESISTÊNCIA DE INSETOS? É uma característica genética do inseto em tolerar doses que são letais para maior parte dos indivíduos que formam uma população da praga. Insetos resistentes podem estar presente na população antes da utilização de quaisquer dos métodos de controle. O uso de algum desses métodos pode então selecionar indivíduos naturalmente resistentes. Assim, deve-se manejar as populações de insetos, de maneira a evitar que a frequência de indivíduos resistentes aumente na população causando falhas no controle. O MRI se caracteriza então como o conjunto de medidas que devem ser adotadas com o objetivo de reduzir o risco para a evolução da resistência na população de pragas alvo. A utilização de tais medidas visa retardar o processo de evolução da resistência. O MRI se destaca, então, como um importante componente dos programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP). Foto 5. O plantio e a manutenção das áreas de refúgio representa o principal componente do plano de MRI das culturas Bt.

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP) NA CULTURA DO MILHO: Dessecação antecipada seguida de inseticida, visando redução da população inicial de pragas e controle de lagartas residentes em ínstares mais avançados que se desenvolvem em plantas daninhas e podem migrar para a planta de milho. Tratamento de sementes, visando proteção inicial principalmente para pragas oportunistas que não são alvo das tecnologias Bt, como os percevejos. Alguns tratamentos podem oferecer também controle para determinadas pragas alvo das tecnologias Bt. Adoção de áreas de refúgio, com o objetivo de manter uma população de insetos pragas alvo não exposta à proteína inseticida Bt, retardando a multiplicação de insetos resistentes. Monitoramento da lavoura + inseticida complementar quando necessário, sempre que as lavouras apresentarem danos maior ou igual a 3 na escala Davis, em mais de 20% das plantas. Esta aplicação visa controlar a população de insetos durante alta infestação reduzindo possiveis perdas na produtividade. Nota 0 Nota 1 Nota 2 Cartuchos sem lesões Folhas raspadas Folhas raspadas e pequenas lesões circulares Nota 4 Nota 5 Nota 3 Cartucho com poucas lesões circulares ou indefinidas de até 1,3 cm nas folhas lesões entre 1,3 e 2,5 cm nas folhas lesões maiores que 2,5 cm presentes em algumas folhas Nota 6 Nota 7 Nota 8 Nota 9 lesões maiores que 2,5 cm presentes em várias folhas lesões irregulares e algumas áreas das folhas completamente comidas lesões irregulares e várias folhas completamente comidas Planta completamente destruída

O USO DA TECNOLOGIA Bt A rápida penetração do milho geneticamente modificado resistente a insetos no Brasil foi reflexo da boa eficiência no controle das principais pragas alvo, o que levou mais tranquilidade aos produtores. Mas não podemos permitir que essa excelente ferramenta seja perdida nos próximos anos pelo não cumprimento das estratégias básicas de Manejo de Resistência de Insetos. A adoção das áreas de refúgio é crítica para a durabilidade da eficácia do milho Bt. O monitoramento das lavouras deve continuar sendo realizado, mesmo com a utilização de produtos piramidados. Com a redução do uso de inseticidas para as pragas alvo da tecnologia, outras pragas oportunistas podem aumentar na lavoura. Percevejos, vaquinhas (Diabrotica), pulgão, e em alguns casos cigarrinhas, também devem ser monitorados. O monitoramento da lavoura permite ao agricultor proteger seu investimento e sua produtividade. 95% 82% 87% 70% 73% 58% 42% 36% 21% 4% 11% 39% 64% 78% 92% CY08 CY09 CY10 CY11 CY12* Fonte: APPS / Análises Dpto Marketing REFERÊNCIAS : CY Verão Safrinha *Estimativa 1. http://www.bloomberg.com/news/2012-11-16/dupont-dow-corn-defeated-by-armyworms-in-florida-study.html. 2. Storer et al., 2010. Discovery and Characterization of Field Resistance to Bt Maize: Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) in Puerto Rico. Journal of Economic Entomology, 103(4):1031-1038. 3. Revista AgroDBO, Março 2013, p. 24 30. 4. Head and Greenplate, 2012. The design and implementation of insect resistance management programs for Bt crops. GM Crops and Food: Biotechnology in Agriculture and the Food Chain 3:3, 1-10. Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informações sobre o assunto, procure o TD mais próximo.