EDUCAÇÃO FÍSICA FUTSAL 1 SITUAÇÕES ESPECIAIS 1.1 PONTAPÉ DE SAÍDA 1.2 GUARDA-REDES 1.3 REPOSIÇÃO DA BOLA EM JOGO

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Transcrição:

EDUCAÇÃO FÍSICA FUTSAL O Futsal é um jogo desportivo colectivo praticado por duas equipas (cada equipa tem: 5 jogadores em campo e 7 suplentes), cujo objectivo é introduzir a bola na baliza adversária e, ao mesmo tempo, evitar sofrer golo, respeitando as regras do jogo. O campo é rectangular, sendo delimitado por duas linhas laterais e duas linhas finais. Cada partida de futebol tem a duração de 40 minutos (sem descontos) divididos em duas partes de 20 minutos, com um intervalo de 15. A equipa de arbitragem é composta por um árbitro principal um árbitro secundário e um cronometrista. Ganha a equipa que, no fim do jogo, tenha obtido maior número de golos. São permitidos os empates, à excepção de algumas provas, cujo regulamento prevê a realização de um prolongamento e, caso seja necessário, o desempate por pontapés da marca de grande penalidade. 1 SITUAÇÕES ESPECIAIS 1.1 PONTAPÉ DE SAÍDA Os jogadores devem estar colocados nos respectivos meios-campos e os adversários fora do círculo central. A bola tem de ser tocada obrigatoriamente para a frente para um companheiro, por forma a entrar no meio-campo adversário. Pode obter-se golo directamente de um pontapé de saída. Mas no lançamento de baliza não pode resultar golo directo. 1.2 GUARDA-REDES O guarda-redes pode enviar a bola directamente para o meio campo adversário, sem que esta tenha tocado antes em qualquer jogador ou no solo do seu próprio meio campo. Ao guarda-redes não é permitido: Tocar ou controlar a bola com as mãos no caso de esta lhe ser passada com os pés por um companheiro Tocar ou controlar a bola por mais de 4 segundos, com a mão ou com os pés, no seu meio campo Receber a bola de um companheiro sem que ela tenha tocado um adversário ou ultrapassado o meio - campo, após ter reposto a bola em jogo. 1.3 REPOSIÇÃO DA BOLA EM JOGO Em qualquer situação de reposição de bola em jogo o executante dispõe de 4 segundos para efectuar a reposição, tendo os adversários que estar colocados a um mínimo de 5 metros de distância. 1.3.1 PONTAPÉ DE LINHA LATERAL Se a bola saiu pela linha lateral marcado no locar onde a bola saiu, podendo mover-se lentamente. Deste não pode resultar golo. Um pontapé mal executado, o excesso de tempo ou a colocação da bola em local incorrecto faz com que a bola passe para a outra equipa. 1.3.2 PONTAPÉ DE CANTO Se a bola saiu pela linha de baliza tocada em último lugar por um defensor a bola é colocada no interior do quarto de círculo. Deste pontapé pode resultar golo. Se o executante não efectuar o pontapé no tempo disponível, a equipa adversária beneficia de um pontapé livre indirecto com a bola colocada no mesmo local. 1.3.3 PONTAPÉ DE LIVRE DIRECTO COM BARREIRA Se um jogador jogar a bola com a mão ou braço, rasteirar, empurrar, puxar. 1.3.4 PONTAPÉ LIVRE INDIRECTO Se um jogador fez obstrução à progressão de um adversário, carregou o guarda-redes no interior da área ou jogou a bola de forma que o árbitro considerou perigosa. PROFESSOR PEDRO CÂMARA 1

1.3.5 PONTAPÉ DE GRANDE PENALIDADE Se a falta for cometido por um defensor dentro da área de grande penalidade. O guarda-redes deve estar entre os postes, sobre a linha de baliza, sem mover os pés até que a bola seja pontapeada. 1.3.6 FALTAS ACUMULADAS As faltas que dão lugar à marcação de pontapés livres directos são acumuláveis em cada meio tempo de jogo. Depois de uma equipa ter acumulado cinco faltas, as infracções passíveis de livre directo são sempre penalizadas com pontapé livre directo sem barreira: Livre de 10 metros ou também conhecido por Segunda marca de grande penalidade. 1.3.7 SUBSTITUIÇÕES Todos os jogadores podem ser substituídos. Para efectuar uma substituição o jogo não tem que estar parado. É a chamada substituição volante. Todas as substituições devem ocorrer dentro da zona para tal destinada. A entrada ou saída de jogadores fora da zona de substituições ou a entrada do jogador antes da saída do seu colega é penalizada com pontapé livre indirecto, e o jogador faltoso é advertido. 1.3.8 SANÇÕES DISCIPLINARES Advertência (cartão amarelo) e expulsão (cartão vermelho). O jogador expulso não participa mais no jogo, podendo ser substituído passados 2 minutos, ou antes, se entretanto, a sua equipa sofre um golo. 1.3.9 DESCONTOS DE TEMPO Cada equipa tem direito a solicitar um desconto de tempo de 1 minuto, em cada parte do jogo. A solicitação de tempo morto só poderá ser concedida quando a equipa estiver na posse da bola. 2 SINAIS DA ARBITRAGEM PROFESSOR PEDRO CÂMARA 2

3 ACÇÕES TÉCNICAS 3.1 RECEPÇÃO E CONTROLO DA BOLA Para receber a bola, esta deve ser amortecida com qualquer parte do corpo, à excepção dos braços, preferencialmente com a parte interna do pé, de forma a que o jogador possa facilmente dar continuidade ao jogo. Após a recepção da bola, o jogador deve: Virar-se para a baliza adversária. Levantar a cabeça para observar os companheiros e adversários. Decidir qual a acção seguinte: conduzir a bola, passar a uma companheiro ou rematar. 3.2 CONDUÇÃO DE BOLA Se um jogador se encontra demasiado afastado da baliza para rematar, e se não for possível passar a um companheiro, pode conduzir a bola, fazendo-a rolar com toques sucessivos, usando principalmente as partes interior ou exterior do pé, com o tronco inclinado ligeiramente à frente e mantendoa junto ao solo. Na proximidade de um adversário, o jogador deve proteger a bola com o corpo e usar o pé mais afastado deste. 3.3 PASSE O passe é a acção mais frequente do jogo. Ele permite que a equipa chegue mais depressa à baliza adversária, podendo ser feito essencialmente, com a parte interna, externa ou peito do pé, devendo a perna, seguir o movimento do pontapé: Se pretendemos que a bola tenha uma trajectória rasteira, o impacto deve ser feito a meio desta, com o tronco inclinado à frente; Se quisermos levantar a bola, devemos batê-la por baixo, com o tronco ligeiramente inclinado atrás; Para se dar efeito à bola, esta deve ser batida de lado, com a parte exterior ou interior do pé. PROFESSOR PEDRO CÂMARA 3

3.4 REMATE O objectivo do remate, é a concretização do objectivo do jogo o golo, podendo ser utilizadas várias partes do corpo: Remates com a parte interna ou peito do pé. Remate de cabeça, em que devemos fixar os olhos na bola durante a sua trajectória e batê-la com a testa evitando fechar os olhos. 3.5 DRIBLE E FINTAS Estas acções técnicas permitem ao atacante com bola, conseguir ultrapassar o seu defensor directo. Para isso, deverá: Manter a bola próxima do pé, quando o defensor se aproxima. Inclinar o corpo, simulando a intenção de se deslocar para um dos lados do adversário. Mudar rapidamente de direcção e velocidade, ultrapassando o defensor. 3.6 DESARME Os desarmes visam a recuperação da bola, retirando-a ao adversário e podem ser efectuados pelas costas, de lado ou de frente. No desarme de frente, o defensor procura bloquear a bola com a parte interior do pé, colocando-o perpendicularmen-te ao plano de deslocamento da bola. 3.7 GUARDA-REDES O guarda-redes tem como principal tarefa defender a baliza, sendo o único elemento que pode jogar a bola com as mãos, desde que se encontre dentro da área de baliza. Do ponto de vista defensivo, o guarda-redes deve adoptar uma atitude base e uma colocação no terreno que lhe permita entrar em acção rapidamente, nas suas técnicas de receber, blocar, interceptar, afastar a bola e sair ao adversário com bola. No entanto, as acções ofensivas (ataque) de uma equipa, podem começar pelo guarda-redes, por isso ele deve dominar as técnicas de pontapear a bola e de passe com as mãos ou com os pés, colocando-a rapidamente em jogo, nas acções de contra-ataque. 4 ACÇÕES TÁCTICAS 4.1 PRINCÍPIOS DO JOGO Quando jogas futebol com os teus colegas és confrontado constantemente com duas grandes fases: ATAQUE > A equipa tem a posse de bola, procura mantê-la e tenta criar situações de progressão e concretização. DEFESA > A equipa não tem posse de bola, procura apoderar-se dela e tenta impedir a criação de situações de progressão e de finalização por parte da equipa adversária. PROFESSOR PEDRO CÂMARA 4

Cada uma destas fases tem princípios específicos que representam PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS um conjunto de regras que devem coordenar as acções dos jogadores. Ao ataque dizem respeito quatro princípios, que correspondem a outros tantos da ATAQUE DEFESA defesa. PENETRAÇÃO CONTENÇÃO Se te encontras na posse da bola, deverás ter como primeira COBERTURA OFENSIVA COBERTURA DEFENSIVA preocupação a finalização (marcação de golo), ou procurar espaço livre que te MOBILIDADE EQUILÍBRIO permita progredir em direcção à baliza da equipa adversária PENETRAÇÃO. ESPAÇO CONCENTRAÇÃO Em resposta à tua penetração, a equipa adversária deverá colocar um jogador entre o portador da bola e a baliza, de modo a fechar, imediatamente, a linha de remate ou de progressão para a baliza CONTENÇÃO. Perante esta igualdade numérica (1x1), a equipa que defende corre mais riscos. Assim, esta deve preocupar-se em criar uma situação de superioridade numérica, colocando, deste modo, um segundo jogador a defender COBERTURA DEFENSIVA. Agora a tua equipa está em inferioridade numérica e, para que se estabeleça, de novo, o equilíbrio, surge um segundo atacante COBERTURA OFENSIVA. Nesta situação de 2x2, o segundo atacante deve afastar-se do portador da bola, de modo que fiques liberto da cobertura defensiva e, assim, possas reconstituir o 1x1. Se o segundo defesa não acompanha o segundo atacante, está então criada uma linha de passe. Deverás passar a bola de forma a criar uma situação de 1x0 MOBILIDADE. A equipa que está a defender pode optar por uma das alternativas, no entanto, o segundo defesa deverá acompanhar o segundo atacante, restabelecendo-se situações de igualdade numérica (1x1) EQUILÍBRIO. Quando estás a atacar, tens todo o interesse em tornar o jogo mais aberto, com maior amplitude, em largura e em profundidade, em criar linhas de passe, obrigando, assim, a equipa adversária a flutuar e a ter maior dificuldade em criar situações de superioridade numérica ESPAÇO. Se estás a defender, deves ter preocupações bem contrárias às anteriores, isto é, restringir o espaço disponível para jogar, diminuir a amplitude do ataque, obrigar o adversário a jogar em espaço reduzidos, de forma a facilitar a cobertura defensiva e a criação premente de situações de superioridade numérica CONCENTRAÇÃO. Por tudo quanto se referiu, facilmente podes concluir que as tuas tarefas diferem consoante estás a defender ou a atacar. Deste modo, passamos a descrever algumas regras que poderão melhorar a tua prestação, quer ofensiva, quer defensiva: No ataque: Realizar coberturas ofensivas ao portador da bola Para receber a bola, correr ao encontro dela Movimentar-se, afastando-se dos adversários Antes de tentar ultrapassar o adversário directo, procurar desequilibrá-lo através de uma simulação Atacar o adversário com mudanças bruscas de direcção e de velocidade Mascarar a direcção do passe Depois do passe, movimentar-se para um espaço livre Ao conduzir a bola, mantê-la mais perto de si do que do adversário. Na defesa: Defender atrás da linha da bola Pressionar o portador da bola Obrigar o adversário a cometer erros, reduzindo-lhe o espaço e o tempo para jogar Fechar alinha de progressão do portador da bola para a baliza Não tentar desarmar um adversário que tenha a bola controlada Orientar-se de forma a induzir o adversário a jogar nas zonas para ele menos vantajosas (corredores laterais) Anular as linhas de passe mais importantes Aumentar a pressão defensiva à medida que o adversário se aproxima da baliza a defender. Em resumo, a partir do momento em que a equipa conquista a posse de bola, deve procurar a: Ocupação do espaço em largura e profundidade, evitando aglomerações, no sentido de se criarem espaços livres e situações de superioridade numérica. Desmarcação para apoiar o atacante com bola, que por vezes não consegue progredir nem passá-la para a frente devido à grande pressão da equipa adversária. Desmarcação para receber a bola numa zona mais próxima da baliza (abrir linhas de passe). Por outro lado, assim que a equipa perde a posse de bola, deve iniciar-se imediatamente uma pressão sobre os jogadores adversários, no sentido de recuperá-la (colocar-se entre o adversário e a baliza, dificultando-lhe o remate ou passe a um companheiro, caso tenha a posse de bola, ou intervir sobre as linhas de passe dos jogadores atacantes sem bola, isto é, impedir que estes a recebam). Se a acção anterior falha, é necessário organizar-se um apoio defensivo, isto é, o defensor do atacante com bola foi ultrapassado e precisa de auxílio. PROFESSOR PEDRO CÂMARA 5