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mudanças do nosso corpo, todas as alterações físicas e psicológicas ao longo da nossa vida, o conhecimento da anatomo-fisiologia do sexo feminino e masculino, higiene na puberdade, a gravidez, o parto, a maternidade e a paternidade, os métodos contraceptivos, as doenças sexualmente transmissíveis, tudo isso são algumas das vertentes sobre o tema, portanto a sexualidade não envolve apenas a prática do sexo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como uma energia que nos motiva a procurar o amor, contacto, ternura, intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser sensual e ao mesmo tempo sexual, ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações com os outros e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental. A história da sexualidade humana atravessou diversas fases, algumas preconceituosas, outras autoritárias, sentimentais e até complexas. Hoje podemos classificá-las através da diferenciação cultural, pois a família e as estruturas comunitárias influenciam direta ou indiretamente na transmissão de normas e valores. Assim, instituições como a Igreja, a escola, a família, além dos consultórios médicos, procuram exercer controle sobre a vida sexual. Desde meados do século XVIII, com a ascensão da burguesia, toda a sociedade enfrenta uma onda de repressão, entretanto Foucault (citado por MANTEGA, 1979) diz que afirmar que temos uma história da sexualidade humana marcada pela repressão é dizer que existe uma verdade absoluta sobre o sexo, o que não seria o foco principal, e novamente recaímos sobre a classificação do que é verdade ou não, do que é correto ou do que é normal no exercício da sexualidade. O papel dos meios de comunicação na reflexão desse tema é fundamental. Com o avanço da tecnologia da informação, a partir do século XX, a mídia emergiu como palco principal das disputas de temas inerentes às inter-relações da sociedade. Assim, a importância dos media seria tanto na apresentação quanto em suscitar a reflexão de questões que, devido seu contexto e conformação, encontram-se no cotidiano dos indivíduos. Dentre os meios de comunicação que se configuram pela facilidade e cotidianidade, a linguagem radiofônica sobressai. A versatilidade do rádio se dá, entre outros fatores, pelas características que o compõe. Como utiliza apenas a linguagem falada, o rádio precisa proporcionar um maior entendimento aos que lhe ouvem, já que só possui o som para se fazer comunicar, ainda mais quando o assunto possui, em si, uma complexidade secundarizada ao plano da vivência e interdita às reflexões mais gerais. 2

Falar de sexualidade na mídia é um tabu, tanto para os que produzem quanto para os que consomem os produtos midiáticos. É nesse momento que o papel da democratização da produção científica ganha força. Propiciar uma reflexão para generalidade dos indivíduos é travar disputas entre o que se conhece, o senso comum, e o que se produz como conhecimento científico; é agregar ao produto midiático uma multiplicidade de concepções e percepções sobre o tema; é intercambiar os conhecimentos produzidos diariamente pela sociedade. OBJETIVO Entre os objetivos do trabalho destacamos o de proporcionar o conhecimento prático das técnicas radiofônicas como, locução, linguagem, manuseio de equipamentos de áudio (gravador, microfone e software de edição de áudio) bem como o entendimento de diferentes modelos de estruturas de matérias para rádio e abordagem de entrevistados, o que no rádio se estabelece de forma diferenciada também. Outros objetivos dizem respeito ao levantamento de questões pouco discutidas nos meios de comunicação, estabelecer um intercâmbio entre conhecimento comum e divulgação cientifica e potencializar o veículo radiofônico como mídia interativa e didática. JUSTIFICATIVA A opção em produzir, durante a disciplina Laboratório de Radiojornalismo, um informativo radiofônico que tratasse da temática da sexualidade se deu por vários motivos. A maioria da população não possui por parte da mídia hegemônica a devida informação sobre o assunto e muitas vezes o mesmo é relacionado única e exclusivamente a questões sexuais. Além disso, o nosso principal público gira em torno da faixa etária entre 14 a 25 anos, o qual naturalmente tem suas dúvidas, no que diz respeito à sexualidade, respondidas para um melhor exercício da mesma. Uma vez que alguns alunos da equipe haviam cursado a disciplina optativa Psicologia da Sexualidade no curso de Psicologia na UFPA, possuíam o mínimo de conhecimento sobre o assunto e sabiam que poderiam contar com o auxílio da professora Sandra Bastos, portanto, 3

se viu oportuno utilizarmos esses conhecimentos, leituras e exercícios para informar e cumprir os nossos objetivos, principalmente os jornalísticos. MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS Durante o processo de criação do programa, a equipe utilizou os seguintes métodos e técnicas: pesquisa de qual o melhor formato radiofônico para atender ao público5; investigação em livros, revistas, jornais e internet dos assuntos das matérias e suas ocorrências na sociedade. A busca de orientações de profissionais especializados no assunto, sexólogos, médicos, cientistas na área, ou que se relacionam em sua profissão direta ou indiretamente com o tema, como vendedores de sex shops de Belém, entrevistados na matéria sobre fetichismo foi um dos procedimentos jornalísticos. Cada aluno se propôs a escolher uma das temáticas discutidas nas reuniões de pauta e aprofundar-se no sentido de buscar informações, entrevistados, efeitos sonoros, trilhas, além da produção de texto e roteiro em formato de rádio, mas a participação do operador de áudio no processo também contribuiu bastante para que o trabalho fosse finalizado. A equipe também se apropriou de outras linguagens da comunicação, como a linguagem publicitária, utilizada na produção de três spots, onde tanto os produtos quanto as peças, ambos relacionados com a temática do programa, foram criados pela turma. DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO Com trinta e quatro minutos e vinte e dois segundos, o programa possui dois apresentadores, oito matérias, vinhetas produzidas pelos estudantes, três spots, cujas vozes também são feitas por alunos da equipe, além de dois comentários feitos por um dos discentes que utilizou o pseudônimo menino-moço. CONSIDERAÇÕES 5 O público escolhido pela equipe foi, à priori, a população jovem e interessada nessas questões, principalmente devido às dúvidas sobre o assunto recorrentes nessa faixa etária. Entretanto, foi verificado durante o processo de produção das matérias, que os assuntos tratados e as discussões referem-se a pessoas de diversas idades. 4

Os meios de comunicação vêm ocupando lugar cada vez mais central no cotidiano da sociedade, portanto é preciso ter cada vez mais cuidado com a informação veiculada. O Programa Sexo Verbal, buscou mostrar que falar sobre sexualidade em um meio midiático como o rádio é possível, sem que esse produto se torne algo apelativo e sim informativo, mesmo de forma engraçada 6. Buscamos mostrar que a sociedade deve estar atenta a importância do estudo da sexologia como forma de melhorar as relações na sociedade contemporânea, abandonar mitos e mesmo preconceitos muito comuns. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANJOS, G. Identidade sexual e identidade de gênero: subversões e permanências. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s151745222000000200011&script=sci_abstract&tln g=pt>. Acesso em 15 de Out. 2007. HELLMANN, Géssica. Arte x reeducação. Disponível em: <socialhttp://gehspace.com/sexualidade/2008/12/09/arte-x-reeducacao-social/>. Acesso em 14 maio 2009, 14:22. MANTEGA, Guido. Sexo e poder. São Paulo: Círculo do Livro, 1979. MURARO, Rose Marie; BOFF, Leonardo. Feminino e masculino: uma nova consciência para o encontro das diferenças. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2002. OLIVEIRA, Silvério da Costa. O psicólogo clínico e o problema da transexualidade. Disponível em: <http://www.armariox.com.br/documentos/psicologoclinicotrans.doc>. Acesso em 15 de Out. 2007, 22:10. PERERIRA, Aldo. Dicionário da Vida Sexual. São Paulo: Abril Cultural, 1981. PORCHAT, Maria Elisa. Manual de rádiojornalismo jovem pan. São Paulo: Brasiliense, 1986. VIGIL, López; IGNÁCIO, José. Manual urgente para radialistas apaixonados. São Paulo: Paulinas, 2003. 6 O recurso do humor foi colocado no sentido de atrair mais os ouvintes para a informação. 5