05/03/2017. Zoonose. Cocobacilos gram (-) Colônias Lisas B. suis (A e M) B. abortus (A) B. melitensis (M)

Documentos relacionados
DIAGNÓSTICOS REPRODUTIVOS A CAMPO. Andressa da Silva Curtinaz Dante Ferrari Frigotto

Brucelose. Brucelose. História da Brucelose. História da Brucelose. Bernhard Bang ( ) Sir David Bruce( )

Zoonoses SALMONELOSE ETIOLOGIA ETIOLOGIA ETIOLOGIA 17/06/2011. Salmonelose Leptospirose Tuberculose

Enfermidades Infecciosas em Bubalinos. Prof. Raul Franzolin Neto FZEA/USP Bubalinocultura 1

RESSALVA. Atendendo solicitação do autor, o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 04/04/2016.

Curitiba, 05/05/2016

Universidade Federal de Pelotas Medicina Veterinária Zoonoses. Diagnóstico laboratorial Brucelose TESTE DO 2-MERCAPTOETANOL

BRUCELOSE BOVINA, REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Universidade Federal de Pelotas Medicina Veterinária Zoonoses. Diagnóstico laboratorial Brucelose TESTE DO 2-MERCAPTOETANOL

Universidade Federal de Pelotas Medicina Veterinária Zoonoses. Diagnóstico laboratorial Brucelose TESTE DO ANEL DO LEITE (TAL)

Ano VII Número 12 Janeiro de 2009 Periódicos Semestral. Brucelose Bovina

Norma S. Lázaro LABENT/IOC/FIOCRUZ

Tuberculose. Definição Enfermidade infecto-contagiosa evolução crônica lesões de aspecto nodular - linfonodos e pulmão Diversos animais Zoonose

BRUCELOSE BOVINA: REVISÃO DE LITERATURA

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E DA TUBERCULOSE ANIMAL (PNCEBT)

BRUCELOSE BOVINA PNCEBT

TÍTULO: PRODUÇÃO DE ANTÍGENO PARA DIAGNÓSTICO DE BRUCELOSE A PARTIR DE SOBRAS DE VACINA B19

DOENÇAS ABORTIVAS EM VACAS: FERRAMENTAS DIAGNÓSTICAS

REVISÃO SOBRE BRUCELOSE SUÍNA

Como Enviar Amostras Para Exame de Brucelose

Semiologia do sistema genital de ruminantes e pequenos animais

REQUISITOS ZOOSANITÁRIOS DOS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL PARA A IMPORTAÇÃO DE EMBRIÕES OVINOS COLETADOS IN VIVO

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Saúde e Tecnologia Rural Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária

Palavras-chave:Brucelose. IDGA. Sorológicos. Canino. Keywords: Brucellosis. IDGA. Serological. Canine.

Profilaxia da Raiva Humana

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA BRUCELOSE BOVINA

02/11/2010. Família:Neisseriaceae Gênero :Neisseria. Neisseria. Formas, arranjos e localização. Diplococo Gram - Diplococo Gram - Cultura de LCR

FORMA CORRETA DE COLHEITA E ENVIO DE

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA BRUCELOSE EM FÊMEAS BOVINAS ADULTAS NA REGIONAL RIO DAS ANTAS, GOIÁS

INCIDÊNCIA DE BRUCELOSE BOVINA EM MACHOS DESTINADOS À REPRODUÇÃO, NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS

DETECÇÃO DE ANTICORPOS ANTI-BRUCELLA EM PLASMA SEMINAL E SORO DE BOVINOS DETECTION OF ANTI- BRUCELLA ANTIBODIES IN PLASMA SEMINAL AND CATTLE SERUM

Nova Estratégia de Combate à Brucelose Bovina em Mato Grosso

RELAÇÃO ENTRE EXAME ANDROLÓGICO, SOROLOGIA, CULTIVO MICROBIOLÓGICO E PCR DO SEMEN NA BRUCELOSE BOVINA E SUA IMPORTANCIA AO AGRONEGÓCIO

Doenças causadas por bactérias

Toxoplasmose. Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii. Único agente causal da toxoplasmose. Distribuição geográfica: Mundial

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

Circular. Avaliação da persistência de anticorpos vacinais em bezerras bubalinas vacinadas com a cepa B19 de Brucella abortus.

Lamentável caso de Mormo, em Minas Gerais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BRUCELOSE BOVINA BOVINE BRUCELLOSIS

Z O O N O S E S E A D M I N I S T R A Ç Ã O S A N I T Á R I A E M S A Ú D E P Ú B L I C A LEPTOSPIROSE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento

DIAGNÓSTICOS SOROLÓGICO NAS INFECÇÕES BACTERIANAS. Sífilis

ANÁLISE DO CENÁRIO REPRODUTIVO E PROPORÇÕES DE ANIMAIS SORO REATIVOS PARA A BRUCELOSE BOVINA NO REBANHO LEITEIRO DA REGIÃO NORTE E NOROESTE FLUMINENSE

ZOONOSES. Zoonoses. Zoonoses. Zoonoses. Brucelose. Brucelose 24/02/2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CAMPUS JATAÍ / UNIDADE JATOBÁ TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GRADUAÇÃO MEDICINA VETERINÁRIA

Interação vírus célula Aspectos Gerais. Tatiana Castro Departamento de Microbiologia e Parasitologia (UFF)

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Medicina Veterinária. Danielle Alessandra Philippsen

NAPIER JOÃO RESENDE FILHO

Caracterização espacial da brucelose bovina no Estado do Tocantins

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DE Brucella canis EM PATOS, PARAÍBA, BRASIL RESUMO

Patogenia Viral II. Rafael B. Varella Prof. Virologia UFF

JACQUELINE DE ALMEIDA BRUCELOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA

GUSTAVO COELHO JARDIM

BRUCELOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

Profa. Dra. Fernanda de Rezende Pinto

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

Sanidade dos Equídeos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus

SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(14); FACULDADE ICESP / ISSN:

Direcção Geral de Veterinária. Febre Catarral do Carneiro. Língua Azul

Bacteriologia Médica Veterinária

Mauren Ramalho Colombo. Brucelose

a) baixar a prevalência e a incidência de novos focos de brucelose e tuberculose;

CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

Anemia Infecciosa das Galinhas

Profa. Carolina G. P. Beyrodt

SABRINA CARUSO CHATE. Situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. São Paulo

CLOSTRIDIOSES EM AVES

Vacinas e Vacinação. cüéya ]xtç UxÜz 18/5/2010. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção.

Agentes infecciosos no sêmen de touros

RELATOS DE CASO INCIDÊNCIA DE BRUCELOSE ANIMAL NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS EM REBANHOS POSITIVOS AO TESTE DO ANEL DO LEITE: NOTA TÉCNICA

Sobre doenças sexualmente transmissíveis

USO DA VACINA CEPA RUGOSA CONTRA BRUCELOSE EM FÊMEAS BOVINAS EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE GESTAÇÃO

ELISA INDIRETO PARA BRUCELOSE BOVINA UTILIZANDO VACINA B19 E EPS COMO ANTÍGENOS

LINFADENITE CASEOSA. Etiologia. Corynebacterium pseudotuberculosis. Linfadenite caseosa. Corynebacterium pseudotuberculosis. Keila da Silva Coelho

VÍRUS PROF.º MÁRIO CASTRO PROMARIOCASTRO.WORDPRESS.COM

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA IVAN AUGUSTO NOROSCHNY

DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS

PREVALÊNCIA DE BRUCELOSE EM BOVINOS NA REGIÃO DO POTENGI, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

BRUCELOSE BOVINA: PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-Brucella abortus EM REPRODUTORES BOVINOS NA MICRORREGIÃO DE GOIÂNIA

RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE BUBALINOS

Vírus da Peste suína Clássica - VPSC. Diagnóstico Laboratorial

Doença Infecciosa da Bolsa Doença de Gumboro

MARIZA KOLODA. CINÉTICA DE PRODUÇÃO DE ANTICORPOS EM BEZERRAS IMUNIZADAS COM A CEPA B 19 DE Brucella abortus (Frederick Bang, 1897)

Antígenos e Imunoglobulinas

ANNA KAROLINE AMARAL SOUSA

1.4 Metodologias analíticas para isolamento e identificação de micro-organismos em alimentos

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

Transcrição:

Doença infectocontagiosa crônica provocada por bactérias do Gênero Brucellasp. Impacto econômico Queda na produção e aborto Repetição de cio / retenção de placenta Zoonose Cocobacilos gram (-) Colônias Lisas B. suis (A e M) B. abortus (A) B. melitensis (M) Yersinia enterocolitica E. Coli Salmonella sp. Vibrio cholerae Colônias Rugosas B. canis B. ovis 1

Fonte de Infecção Animais infectados. Vias de Eliminação/Transmissão Feto e anexos fetais, secreções vaginais, leite, sêmen, fezes, urina - horizontal Transplacentária Vertical Via genital suínos, cães, bovinos e ovinos. Porta de Entrada Oro-faríngea Mucosas (conjuntiva, respiratória e genital) Pele com solução de continuidade Suscetíveis Mamíferos domésticos e silvestres Homem 2

Porta de Entrada Linfonodo regional Disseminação Hemática Linfática Oral Respiratória Conjuntiva ocular Genital Pele lesada Órgãos linfóides Fígado Sistema reprodutivo Útero Úbere Articulações Título de anticorpos em bovinos infectados com Brucella abortus ao longo do tempo. Inflamação aguda sistema reprodutivo Testículo Epidídimo Vesículas seminais Ampolas seminais Orquite uni ou bilateral (pus, fibrose ou necrose), Epididimite,Vesiculite Infertilidade Cronificação (assintomática) 3

Fetos Hiperplasia linfóide, Broncopneumonia Sinovite e edema do timo Suínos Granulomas e lesões difusas: útero, osso, glândulas mamárias, testículos, epididimo, linfonodo, baço e rim. Mumificação e repetição de cios Laminite e artrite Ovinos Placentites; abortos raros; Nascimento de cordeiros fracos Lesões no epididimo Cães Degeneração e necrose testicular Hiperplasia reticuloendotelial, Hiperglobulinemia, Discoespondilite Uveite, glomerulonefrite, Infertilidade, aborto 3/3 final Ninhadas com filhotes vivos e mortos Equinos Abortos ocasionais Fistula de cernelha 4

DIRETOS Presença do agente etiológico: Isolamento do agente em meio de cultura e identificação bioquímica Detecção de DNA (PCR) INDIRETOS Pesquisa de anticorpos específicos Diagnóstico Bacteriológico Meio de Farrell: agar triptose + soro (5%) + antibióticos (PolimixinaB, Bacitracina, Cicloheximide, Nistatina, Ácido Nalidíxico, Vancomicina). Diagnóstico sorológico Reação antígeno-anticorpo em resposta à infecção Infecção por brucelas lisas induzem anticorpos antibrucelas lisas: reação cruzada entre: B. abortus, B. melitensis e B. suis. Infecção por brucelas rugosas induzem anticorpos anti-brucelas rugosas: reação cruzada entre: B. canis e B. ovis. 5

Diagnóstico sorológico Fácil execução e interpretação Rapidez na obtenção dos resultados Baixo custo (triagem e algumas confirmatórias) Maioria das provas padronizadas internacionalmente Diagnóstico sorológico Resposta Imune - Vacinação B19 Diagnóstico sorológico Resposta Imune na Vacinação B19 6

Teste de triagem diagnóstica: Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) (Rosa de Bengala) Teste confirmatório de diagnóstico: Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME) (2-Mercaptoetanol + Soroaglutinação Lenta) Teste de referência e para trânsito internacional: Teste de Fixação de Complemento Teste para vigilância epidemiológica: Teste do Anel em Leite ( Ring Test ) Antígeno para Prova Lenta 1 / 100 2 ml Soro 0,08 ml 0,04 ml 0,02 ml 0,01 ml Antígeno para Prova Lenta 1 / 50 1 ml + 2-ME 1M 1 ml Soro 0,08 ml 0,04 ml 0,02 ml 0,01 ml 7

1 ml + 1 ml Antígeno para Prova Lenta 1 / 50 2-ME 1M Soro 0,08 ml 0,04 ml 0,02 ml 0,01 ml Interpretação do teste do 2-ME para fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses, que foram vacinadas entre três e oito meses de idade. 2-ME SAL NR - NR 25I 25 50I 50 100I 100 200I 200 25I - - 25 - - + 50I - - + + 50 - - + + + 100I - - + + + + 100 Inc Inc + + + + + 200I Inc Inc + + + + + + 200 Inc Inc + + + + + + + 2-ME 2-mercaptoetanol SAL soro-aglutinação lenta NR não reagiu I reação incompleta Inc reação inconclusiva Interpretação do teste do 2-ME para fêmeas não vacinadas e machos com mais de 8 meses. 2-ME SAL NR - NR 25I 25 50I 50 100I 100 200I 200 25I - - 25 - - + 50I - - + + 50 Inc Inc + + + 100I Inc Inc + + + + 100 Inc Inc + + + + + 200I Inc Inc + + + + + + 200 Inc Inc + + + + + + + 2-ME 2-mercaptoetanol SAL soro-aglutinação lenta NR não reagiu I reação incompleta Inc reação inconclusiva 8

Teste de Fixação de complemento negativo positivo AAT teste do antígeno acidificado tamponado 2-ME teste do 2-mercaptoetanol FC teste de fixação do complemento 9

Medidas Específicas Destino adequado Fetos abortados Resto de aborto Desinfecção adequada Compra de @s sorologia (-) Medidas Específicas Vacinar bezerras 3 a 8 meses @s vacinado sorologia após 2 anos @s ñ vacinados sorologia após 8 meses Ac maternos Amostra B-19 B.abortus, lisa, viva e atenuada Aplicação em bezerras entre 3 e 8 meses de idade (preferencialmente até aos seis meses); Cuidados na aplicação Não pode ser usada fora das especificações Patogênica para o homem Amostra B-19 B. abortus, lisa, viva e atenuada. É de reduzida virulência É estável e causa reações mínimas Protege cerca de 70% dos animais Imunidade por aproximadamente 7 anos Dose única Não tem ação curativa Persistência de anticorpos em animais de idade vacinados acima de 8 meses 10

Controle e Profilaxia Lado DIREITO FACE Art. 34 MAPA Saúde Publica Zoonose Risco ocupacional Açougueiros, magarefes, veterinários e trabalhadores rurais Contato direto: @s infectados Carcaças Abortos Secreções uterinas e vaginais Sêmen Ingestão de leite 11