Mauren Ramalho Colombo. Brucelose

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1 Mauren Ramalho Colombo Brucelose Monografia apresentada ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saude da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário. Professor Orientador: Dr. Sergio Bronze Orientador Profissional: Ora. Mariza Koloda Co~Orientador Profissional: Dra. Ana Dolares Galdamez Curitiba Dezembro/2004

2 SUMÁRIO RESUMO 1.INTRODUÇAO. 2. ETIOLOGIA. 3. HISTÓRICO. 4. INCIDENCIA. 5. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA. 6. EPIDEMIOLOGIA. 7. MECANISMO DE TRANSMISSÃO PATOLOGIA SINAIS clínicos E LESÕES DIAGNÓSTICO Teste de Antígeno Acidificado Tamponado Prova do Mercaptoetanol Teste do Anel do Leite. 11. PROFILAXIA. 12. TRATAMENTO SAÚDE PÚBLlCA PNCEBT 33 CONCLUSAO REFERENCIAS iii

3 RESUMO A brucelose bovina é uma doença de distribuição mundial e de grande importância econômica. O agente etiológico é um bacilo Gram negativo denominado 8rucella aborlus. As perdas econômicas resultam de distúrbios reprodutivos, principalmente abortos. A brucelose é uma zoonose e causa no homem uma doença denominada febre ondulante. Doença tão importante que adquiriu status de notificação obrigatória. Foi estudada sua prevalência, importância econômica, patologia assim como o diagnóstico, controle e profilaxia. iii

4 1. Introdução Também conhecida como Febre de Malta, Febre do Mediterrâneo, Doença de Bang, Febre Ondulante, Febre de Gibraltar, Febre Napolitana e Febre do Danúbio, a brucelose é uma doença infecto-contagiosa, especialmente importante para fêmeas adultas e prenhes, sendo urna zoonoses de grande relevância para a saúde pública. Esta enfermidade é causada por bactérias aeróbicas, Gram negativas do gênero Brucella spp que acomete os animais domésticos e o homem. É responsável por grandes prejuízos no rebanho nacional de bovinos e bubalinos, devido ao aborto, redução da fertilidade e conseqüente queda na produção leiteira. É uma doença tão importante, que a partir do ano 2001, adquiriu o status de doença com notificação obrigatória, com a aprovação e publicação no dia 10 de Janeiro de 2001 pelo Ministério da Agricultura do Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT).

5 2. Etiologia o agente etiológico da Brucelose é a Brucella spp. Atualmente dentro do gênero Brucella, se distinguem seis espécies cuja classificação e tipificação se faz em laboratórios tomando por base provas sorológicas, bioquímicas e metabólico oxidativas. Cada espécie tem seu hospedeiro natural principal: Brucella abortus (bovinos), búfalos, camelos, gamos, cães, eqüinos e homem; Brucella suis (suínos), cães, lebres, roedores e homem; 8rucella melitensis (caprinos e ovinos), bovinos e homem; Brucella canis (cão) e homem; Brucella ovis (ovinos) e homem; Brucella neotomae (roedores selvagem do deserto). A Brucella é uma bactéria gram-negativa, aeróbica, em forma de coco-bacilos, não capsulada, nem esporulada, medindo de 0,6 a 1,5 ~ de comprimento por 0,5 a O,7J.l de largura. Para um bom crescimento exige uma temperatura de 37 C e um ph variando de 6,6 a 7,4. As bactérias do gênero Brucella, a pesar de permanecerem no ambiente, não se multiplicam no mesmo. A viabilidade da Brucella é influenciada pelas condições de temperatura. Quando expostas à luz solar direta são mortas em poucas horas. A BOoe morrem em 10 minutos. Já a fervura ou a pasteurização inativa-as em poucos minutos. Quando em solo úmido, permanecem vivas até 100 dias e 75 dias em fezes úmidas de vaca. Em águas paradas, com temperatura ao redor de 4 e, sobrevivem 14 dias. Na manteiga, 120 dias e em membranas fetais secas e fragmentadas, os mesmos 120 dias. Porém, baixas temperaturas (- 40 C) mantém esses microorganismos viáveis por um longo tempo. Alguns desinfetantes matam a Brucella em poucos minutos, como, por exemplo, o cloreto de mercúrio a 1/1000, compostos quaternários de amônia, lisol a 1% e formalina a 2%.

6 3. Histórico Hipócrates, 450 a.c. descreveu a ocorrência no homem, de uma doença com características similares à Brucelose. Em 1887, um médico inglês, David Bruce estudando uma doença que acometia soldados ingleses na Ilha de Malta, conseguiu cultivar e isolar o agente, nomeando-o Micrococcus melitenses. Em 1897, Bang, na Dinamarca, isolou o agente em vacas que haviam abortado (por isso a doença também é conhecida com o nome de Doença de Bang) e o denominou 8acillus abortus. suínos. Em 1914, Traum, nos Estados Unidos isolou a bactéria em fetos abortados de Em 1918, Alice Evans provou que as bactérias de Bruce e Bang possuiam as mesmas características muito embora pudessem ser separadas sorológicamente. Em 1920, por sugestão de Meyer e Shaw, ficou definido o gênero Brucella com três espécies: B.melitensis, B. aborfus e B. suis. Em 1953, Simmons e Hal! na Australia isolaram de carneiros uma bactéria com características similares a Bruce/la que se convencionou chamar de Brucella aviso Em 1957, Stoenner e Lackman isolaram de um roedor selvagem (Neotoma lepida) uma bactéria semelhante a Brucella neotamae. sendo então chamada de Brucella Finalmente em 1966, Carmichael, nos Estados Unidos notificou o encontro de uma nova espécie de Brucella, proveniente de fetos abortados da espécie canina passando a chamá-ia de Brucella canis.

7 No Brasil, o primeiro caso de brucelose foi comprovado sorologicamente na Faculdade de Medicina de Porto Alegre, pelo Prol. Manoel Gonçalves Carneiro, em 1913.

8 4. Incidência No Mundo De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a incidência global de Brucelose está estimada em, aproximadamente, a cada ano. A Brucelose é encontrada em diversas regiões do mundo: Região Mediterrânea; Oriente Médio; Oeste da Ásia; Partes da África; Subcontinente indiano;australia; Partesda América Centrale América do Sul; América do Norte. Os países envolvidos no processo de erradicação são: Estados Unidos da América; Canadá; Austrália. É difícil erradicar completamente a Brucelose, devido a presença de populações de animais selvagens que atuam como reservatórios. A B. abortus pode ser encontrada em: búfalos; coiotes; veados; alces; guaxinins; renas; outros ruminantes domésticos e selvagens. Entretanto, não há evidência que estas espécies são fonte de infecção para o gado. No Brasíl Brucelose ocorre no mundo todo, inclusive no Brasil. O último diagnóstico nacional de situação da brucelose bovina foi realizado em 1975, tendo sido então estimada a porcentagem de animais soropositivos em 4,0% na Região Sul, 7,5% na Região Sudeste, 6,8% na Região Centro-Oeste, 2,5% na Região Nordeste e 4,1% na RegiãoNorte.

9 Posteriormente, outros levantamentos sorológicos por amostragem, realizados em alguns estados, revelaram pequenas alterações na prevalência de brucelose: no Rio Grande do Sul a prevalência passou de 2,0%, em 1975, para 0,3% em 1986; em Santa Catarina passou de 0,2%, em 1975, para 0,6% em 1996; no Mato Grosso do Sul a prevalência estimada em 1998 foi de 6,3%, idêntica ao valor encontrado em 1975 para o território Mato-grossense; em Minas Gerais passou de 7,6%, em 1975, para 6,7% em 1980; no Paraná, a prevalência estimada em 1975 foi de 9,6%, passando para 4,6% de bovinos soropositivos em Os dados de notificações oficiais indicam que a prevalência de animais soropositivos se manteve entre 4% e 5%, no período de 1988 a 1998.

10 5. Importância Econômica Nos bovinos e bubalinos acomete principalmente o trato reprodutivo, gerando perdas diretas devido principalmente a abortos, baixos índices reprodutivos, aumento do intervalo entre partos, diminuição da produção de leite, morte de bezerros e interrupção de linhagem genética. Propriedades onde a doença esta presente tem o valor comercial de seus animais depreciado e regiões onde a doença é endêmica encontram-se em posição desvantajosa na disputa de novos mercados, compromete a capacidade de exportação para outros países. A Brucelose é uma doença que pode causar perda econômica de até 20% da produção bovina de corte de um pais. Em animais infectados no Brasil, o aborto, a infertilidade temporária ou permanente podem causar diminuição de 50% da produção de bezerros. Desta forma, os índices de fertilidade na propriedade acometida estarão diminuídos. O animal contaminado tem perda de 20 a 25% na produção de leite e de 15% na produção de carne.

11 6. Epidemiologia A Brucelose é uma zoonose de distribuição mundial muito embora hajam países que conseguiram erradicá-ia como a Suíça, Holanda e República Federativa da Alemanha ou aqueles que a mantém conlrolada, como os EUA, Canada e a maioria dos países europeus. Todas as espécies domésticas são sensíveis havendo uma certa eletividade por espécies, por exemplo, a Brucella aborlus geralmente infecta bovinos, mas podemos encontrá-ia causando a enfermidade em outros animais, o mesmo valendo para outras espécies de Brucella. o sexo, a estação do ano e o clima não têm influência na apresentação da doença, mas a idade sim, pois se trata de uma doença que ocorre geralmente em animais adultos, muito embora a infecção possa ocorrer em animais jovens. Os bezerros e leitões, mesmo que se infectem por mamar leite contaminado ou mais tarde ao ingerirem alimento ou água contaminada, geralmente eliminam o agente; entretanto há alguns casos bem comprovados de transmissão vertical em bezerras nascidas de vacas brucélicas, em que houve longo silêncio do agente vindo a se manifestar mais tarde nesses animais. Normalmente, a receptividade à doença aumenta com a idade, à medida que os animais crescem e alcançam seu ponto máximo com a instauração da maturidade sexual. Não há transmissores nem vetores especiais e os principais reservatórios são os próprios animais doentes. As fontes de infecção mais comuns são a água, alimentos e fômites (objetos inanimados, de uso constante que podem ser contaminados e, através deles, os animais podem se infectar, por exemplo: baldes, toalhas e outros) contaminados por descargas vaginais, placenta e produtos de aborto oriundos de animais infectados por Brucella. Algumas espécies, como a suina e canina a Brucelose é de transmissão venérea. A possibilidade de transmissão alravés da pele danificada ou

12 intacta, em especial a do úbere e extremidades, confirmada experimentalmente, permite considerar importante esta via de transmissão. A eliminação da Brucelfa se dá, mais comumente através de descargas genitais (por ocasião do aborto ou logo após o parto naquelas vacas infectadas que não abortaram), semem, leite e material fecal. A morbidade ou morbilidade (quantidade de enfermos sintomáticos em uma população) é bastante variável e dependendo da coabitação, esse indice varia de 10 a 50%, às vezes mais. A letal idade (numero de animais enfermos que morrem pela doença) é zero, isso se não computarmos os fetos abortados, pois animais adultos não morrem pela doença.

13 10 7. Mecanismo de Transmissão No animal infectado as localizações preferenciais do agente são linfonodos, baço, fígado, aparelho reprodutor masculino, útero e úbere. As vias de eliminação são representadas pelos ftuidos e anexos fetais, eliminados no parto ou abortamento e durante todo o puerpêria, leite e sêmen. A principal fonte de infecção é representada pela vaca prenhes que elimina grandes quantidades do agente por ocasião do aborto ou parto e todo o período puerperal, aproximadamente até trinta dias após o parto, contaminando pastagens, água, alimentos fômites. Essas bactérias podem permanecer viáveis no meio ambiente por longos períodos, dependendo das condições de umidade, temperatura e sombreamento, ampliando de forma importante à chance do agente entrar em contato e infectar um novo individuo suscetível. A principal porta de entrada é o trato digestivo e a infecção se inicia quando um animal suscetível ingere água e alimentos contaminados ou pelo habito de lamber as crias recém-nascidas. Uma vaca pode adquirir a doença apenas por cheirar fetos abortados, pois as bactérias também pode entrar pelas mucosas do nariz e dos olhos. o tempo transcorrido entre a exposição ao agente infeccioso e o aparelho dos sintomas visíveis é o que se define como período de uncubação. No caso da brucelose este período pode ser de poucas semanas ate meses ou anos. Considerando-se o momento em que ocorre a infecção, o período de incubação é inversamente proporcional ao tempo de gestação, ou seja, quanto mais adiantada a gestação menor será o período de incubação. A transmissão pelo coito parece não ser de grande importância entre bovinos e bubalinos. Na monta natural, o sêmen é depositado na vagina onde há defesas inespecíficas que dificultam o processo de infecção.

14 11 Entretanto, um touro infectado não pode ser utilizado como doador de sêmen, pois na inseminação artificial, o sêmen é introduzido diretamente no útero, permitindo infecção da fêmea com pequenas quantidades do agente, sendo por isso importante via de transmissão e eficiente forma de difusão da enfermidade nos plantéis. A transferência de embriões, realizada segundo os protocolos internacionais preconizados de lavagem e tratamento dos mesmos para a redução de transmissão de agentes infecciosos, não apresenta risco de transmissão de brucelose entre doadoras infectadas e receptoras livres de doenças. Fêmeas nascidas de vacas brucélicas podem infectar-se no útero, durante ou logo após o parto. Quando infectados esses animais geralmente abortam na primeira prenhez e só apresentam resultados positivos para os testes sorológicos no decorrer da gestação. Este fenômeno ocorre com freqüência baixa, mas a pesar de não impedir o avanço dos programas de controle e erradicação, invariavelmente acarreta retardo considerável na obtenção de bons resultados dos mesmos. A principal forma de entrada da brucelose em uma propriedade é a introdução de animais infectados. Quanto maior a freqüência de introdução de animais, maior o risco de entrada da doença no rebanho. Por essa razão deve-se evitar introduzir animais que tenham condições sanitárias desconhecidas. O ideal é que esses animais procedam de rebanhos livres ou então que sejam submetidos à rotina diagnostica que lhes garanta a condição de não infectados.

15 12 8. Patologia A via mais importante de penetração da Brucella é a digestiva. pela ingestão de pastos, água, feno contaminados e mais especialmente pela ingestão de descargas vaginais. Pode também ser introduzida no organismo pela via respiratória, conjuntivas e pele. Na orofaringe, no tubo entérico ou na mucosa, o agente se instala e se multiplica. sendo então fagocitado. Uma das características da infecção por Brucella sp é que esta bactéria pode resistir aos mecanismos de destruição das células fagocitárias e pode sobreviver dentro de macrófagos por longos períodos. Esta localização intracelular é um dos mecanismos de evasão do sistema imune, pois protege a Brucella da ação de anticorpos especificos. Após a multiplicação na porta de entrada, a Brucella é transportada livre ou dentro de macrófagos, para os linfa nados regionais onde pode permanecer por meses. Se a bactéria não for destruída ou não se tornar localizada, há disseminação para vários órgãos por via linfética ou hematógena. As localizações preferenciais são linfonodos, baço, ligado, aparelho reprodutor masculino, úbere e útero. Quando estas fêmeas entram em gestação, após um período de bacteremia variável, as bactérias são atraídas para o útero grávido, em função da presença em abundância de uma substância chamada eritritol, que serviria como um atrativo para a Brucella. No útero, a Brucella causa lesões placentárias características, como inflamação que leva à necrose cotiledonária. Esta inflamação do cotilédone impede a passagem de nutrientes e oxigênio da mãe para o feio, que aliada à infecção também do feto, causa estresse do mesmo e conseqüente expulsão desse feto ao redor do 7' mês de gestação. A maioria das fêmeas abortam uma só vez, algumas podem abortar duas e excepcionalmente três. As fêmeas que não abortam produzem crias fracas, junto

16 13 com as quais são eliminadas bactérias suficientes para manter a infecção no rebanho. Retenção de placenta, infertilidade temporária ou mesmo permanente são bastante freqüentes. A transmissão através do coito, embora ocorra, não é importante em bovinos, em contraposição à inseminação artificial. Na monta natural, o sêmen é depositado na vagina, necessitando grandes doses de bactérias para infectar uma fêmea, enquanto que na inseminação artificial, o sêmen é introduzido diretamente no útero. Já em suínos a transmissão pelo sêmen é muito importante, portanto passa a ser o macho importante na difusão da doença.

17 14 9. Sinais Clínicos e Lesões Os principais sinais da BruceJose são a presença de aborto no terço final da gestação e a retenção de envoltórios fetais, as quais chamam a atenção para a possivel presença da enfermidade. cotilédones. Ao examinar-se os restos placentários, estes se apresentam com necrese dos placenta. o rebanho apresenta aumento nos indices de repetição de cio e retenção de Os touros apresentam-se com quadros de orquite e epididimite. As principais lesões encontradas são: Nos bovinos, inflamação e necrose cotiledonaria, feto abortado, retenção de placenta, presença de líquido serosanguinolento nas cavidades abdominal e torácica, broncopneumonia, endometrite de longa duração e problemas de infertilidade. No macho encontramos epididimite, inflamação da vesícula seminal, orquite com hidrocele e necresa testicular. Nos suínos encontramos além do aborto, leitões com taras orgânicas (falta de orelhas e membros), inflamação discreta do testículo e vesícula seminal, orquite com hidrocele, necrose testicular, epididimite. Em eqüinos, encontramos abscesso de cerne lha com inflamação do ligamento da nuca.

18 Diagnostico o diagnóstico clínico da Brucelose é bastante subjetivo, pois é baseado no histórico da propriedade, pela ocorrência de abortos a partir do 7 0 mês de gestação, o que leva a suspeitar de que a doença está ocorrendo no rebanho. Através de uma suspeita, procede-se aos exames laboratoriais de análise para identificação da doença. o isolamento da Brucella de líquidos e tecidos orgânicos constitui a prova para determinar a infecção, entretanto é de difícil utilização em grande escala, como requer um programa de controle da doença. o isolamento deve ser usado quando ocorrer abortos em uma propriedade sem que exista um histórico conhecido da presença de Brucelose, ou quando se pretende utilizar as informações para fins epidemiológicos ou de investigação. Normalmente, o diagnóstico da Brucelose é feito utilizando-se de exames sorológicos indiretos. Material a ser enviado: Soro sangüíneo não hemolisado. Recomendações para colheita: O material, de preferência usado para colheita, deve ser constituído por tubos que contenham vácuo (sem anticoagulante) e se possível siliconizados, o que facilita a retração do coágulo, com agulhas individuais e descartáveis, Tubos e agulhas convencionais podem também ser usados.

19 16 A amostra de sangue coletada deve cobrir 50% da capacidade de um tubo ~10 ~ Para se obter um bom soro, os tubos com sangue devem ser mantidos à temperatura ambiente por, no minimo, duas a três horas, ao abrigo da luz, até que ocorra a coagulação sangüínea. Após, transferir o soro para um frasco limpo e seco. Os tubos deverão ser identificados de tal forma que o número corresponda ao especificado na folha de campo. Nas folhas de campo deverão constar: nome do proprietário, número de animais na propriedade, número total de amostras colhidas, espécie, sexo, situação relativa a vacinação (data de vacinação) e outros dados considerados de interesse diagnóstico (aborto, repetição de cio, fase gestacional e idade da cria). Tempo de envio ao laboratório: Os frascos contendo o soro deverão ser enviados o quanto antes ao laboratório. Nas situações em que as amostras não puderem ser encaminhadas neste prazo, recomenda-se que o soro seja mantido sob congelamento. Provas realizadas: O teste do antígeno acidificado tamponado (AAT), muito sensível, é de fácil execução. Nesta prova, o antígeno na concentração de 8% é tamponado em ph ácido (3,63) e as bactérias são coradas com rosa bengala. É o teste de triagem de rebanho, realizado por médicos veterinários credenciados. Os animais reagentes ao AAT são submetidos ao teste confirmatório, do 2- mercaptoetanol (2-ME). Esta prova é executada em laboratórios credenciados. Tempo de emissão do Laudo: Teste do antígeno acidificado tamponado: dois dias úteis; Teste do 2-mercaptoetanol: três dias úteis. O diagnóstico da Brucelose constitui uma das peças basicas para qualquer programa de controle e erradicação, profilaxia e vigilância epidemiológica da doença.

20 17 descrição: As provas sorológicas aceitas pelo Ministério da Agricultura têm a seguinte 10.1 Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) Material Antígeno para AA T; Soros a testar; Pipetas de Bang; Micropipetador de volume ajustavel; Ponteiras; Placas com quadrados de quatro cm delimitados; Misturador de plastico ou de metal; Caixa com luz indireta para leitura; Soro controle positivo; Soro controle negativo; Agitador de placas. Precauções na Execução do Teste A suspensão estoque do antigeno deve permanecer sempre entre 2 e ao. C., quando não estiver em uso. Em caso de utilização do antígeno para a realização de pequeno numero de testes, dividir o antígeno em alíquotas e retirar da geladeira apenas a quantidade de antígeno a ser utilizada a cada dia para evitar perda de sensibilidade devido ao resfriamento-aquecimento constante do antígeno. A temperatura de execução desejavel do teste deve ser em torno de 22'. C com variação de 4,C., devendo evitar-se temperaturas muito abaixo ou acima desse valor.

21 18 As placas, misturadores e pipetas devem ser limpos com água corrente logo após o uso. Imergi-Ios em uma solução de detergente neutro por duas horas oi, de preferência, durante a noite. Em seguida lavá-los em água corrente e na seqüência em água destilada. Secar em estufa ou a temperatura ambiente. Limpar os isturadores em água destilada e enxuga-los em papel toalha, antes de utiliza-los nos próximos soros a serem testados. Soros excessivamente hemolisados devem ser desprezados, pois podem apresentar resultados falso-positivos. e negativo. Em todos os testes devem ser testados paralelamente soros controle positivo Técnica Equilibrar os soros e o antígenos a temperatura ambiente, por pelo menos 30 minutos. Caso os soros estejam congelados este período de equilíbrio a temperatura ambiente deve ser maior. Homogeneizar os soros antes de realizar a prova. Preencher os protocolos de prova identificando a localização de cada soro. Utilizando pipeta de Bang dotada de dispositivo que dispense o uso da boca, dispensar da marca 0,04 até 0,01 de soro na área da placa. Depositar essa quantidade sobre a placa de vidro, encostando a ponta sobre a mesma num ângulo de 45'. Agitar suavemente o antígeno, colocar uma gota ao lado do soro, sem se misturar a este.

22 19 Misturar, por meio de misturador simples ou múltiplos, o soro e o antígeno com movimentos circulares, de modo a obter um circulo de aproximadamente 2 em. Agitar a placa com movimentos oscilatórios, numa freqüência de aproximadamente 30 movimentos por minuto, de modo a permitir que a mistura soro-antigeno flua lentamente dentro de cada circulo. A placa deve ser agitada continuamente por 4 minutos. Colocar a placa na caixa de leitura com luz indireta e proceder à leitura. Anotar os resultados. Desconsiderar as reações de aglutinação que ocorreram após os 4 minutos. Interpretação do Resultado Presença de grumos: reagente Ausência de grumos: não reagente 10.2 Prova do Mercaptoetanol Material Antígeno para a soroaglutinação lenta em tubo; 2-Mercaptoetanol; Salina 0,85%

23 20 Fenicada 0,5% Amostras de soro a testar; Soro controle positivo com titulo alto Soro controle negativo com titulo médio; Soro com controle positivo com titulo baixo; Soro controle negativo; Tubos de 10 x 75 mm ou 10 x 100 mm; Grade para tubos; Dispensador automático de 1 ml; Dispensador automatico para 2 ml; Pipeta de 10 ml; Caixa com luz indireta para a leitura; Estuda a 37'.C; Vidraria para diluição dos reagentes. Precaução na execução do teste A diluição do antígeno para a serie de tubos com 2 -ME deve ser realizada em solução de salina a 0.85%, sem adição de fenol, pois este interfere com o 2-ME. Recomenda-se fazer as diluições do antígeno 12 horas antes do uso. Os antígenos diluídos devem ser conservados sob refrigeração, podendo ser utilizado por um período de ate uma semana. o 2 -ME é sensivel à luz e ao calor e se deteriora rapidamente por exposição ao ar. Deve ser conservado em frascos de cor âmbar hermeticamente fechados e sob refrigeração. exaustão. o 2-ME é tóxico para o homem e deve ser manuseado em capela de

24 21 Em cada jornada de trabalho deve ser incluído pelo menos um soro selecionado especialmente, com alto conteúdo de anticorpos IgM antí-brucella e que não contenha IgG detectável pelo teste do 2-ME, bem como outro soro reagente na SAL e 2 -ME. Em cada teste devem ser incluídos também tubos de controle de antígeno, usando-se soros testados positivos de titulo conhecido e soro negativo. Foi estabelecido que a incubação a 37'.C durante 48 horas com varíação de 3 horas é suficiente para se obter o Maximo de aglutinação num soro de baixo conteúdo de aglutininas. Este período de incubação é suficiente para o diagnostico de rotina. o teste do 2-ME pe incubado e lido junto com o teste de soroaglutinação lenta em tubos. Ocasionalmente, o tubo da diluição 1:25 pode estar um pouco opaco na prova do 2-ME, ainda que os tubos subseqüentes estejam claros. Isto não deve ser considerado como resultados negativos do teste. A diferença de titulo entre ambos os testes é interpretada como a capacidade aglutinante do soro devido a anticorpos da classe IgM. A presença de IgG associase geralmente com infecção ativa. Assim sendo, toda reação positiva no teste do 2- ME deve ser considerada como indicativa de infecção. Em animais vacinados, predominam aqueles anticorpos sensíveis ao 2-ME apresentando usualmente resultados negativos.animais no inicio de infecção apresentam a maioria dos anticorpos da classe IgM, apresentando-se negativos a prova do 2-ME. Técnica Diluir o antígeno para soroaglutinação lenta em tubos de 100 vezes em solução salina a 0.85% contendo 0.5% de fenol. Concentração final 0,045%.

25 22 Diluir o antígeno para soroaglutinação lenta em tubos 50 vezes em solução salina 0,85% sem adição de fenol. Concentração final 0,090%. Preparar solução de 2-ME a 0,1 M misturando-se 7,8 ml de 2-ME a 992,20 ml de solução salina 0,85% sem fendi, ou volumes menores, proporcionalmente. tubos. Para cada amostra de soro a testar, colocar em uma estante, 2 fileiras de 4 soro a testar. Identificar o primeiro tubo de cada fileira com o numero correspondente ao A primeira fileira correspondente as quatro diluições do soro do teste de soroaglutinação lenta em tubos e deve ser marcada com uma letra 1. A outra fileira em que se fará o teste do 2-ME, deve ser marcada com a letra M. Com uma pipeta de Bang, carrega-se o soro ate passar um pouco da graduação superior. Com um papel absorvente, limpa-se o extremo da pipeta e mantendo-se esta em posição vertical sobre a parede do tubo que contem a amostra, deixa-se escorrer O soro ate que o fundo do menisco no interior da pipeta esteja nivelado com a graduação superior da mesma. Com a pipeta no fundo do primeiro tubo da primeira fileira, deixa-se fluir 0.08 ml de soro. No segundo tubo, deposita-se 0,04 ml de soro, no terceiro 0,02 e no quarto O,Olml. Repete-se o procedimento descrito para depositar as mesmas quantidades de soro na segunda fileira de tubos. Para todas as amostras de soro, repete-se o procedimento de forma similar, pipetando os soros para cada duas fileiras de tubos adequadamente identificados. Incluir os osroscontrole positivos com atividade aglutinante conhecida.

26 23 Incluir o soro controle negativo no teste do 2-ME. Com o dispensador automático de 2 ml agrega-se a cada um dos quatro tubos das fileiras T, 2 ml do antígeno diluído 1: 100 em salina fenicada. Com o dispensador automático de 2 ml agrega-se 1 ml de solução de 2-ME 0,1 M a cada um dos tubos das fileiras M. Mistura-se bem agitando a estante. Deixar as estantes com as amostras em repouso durante 30 minutos a temperatura ambiente. Após os 30 minutos, empregando-se outro dispensador automático agrega-se a cada tubo da fileira M 1 ml do antígeno diluído 1:50 em solução salina fisiológica. A concentração final do antígeno na solução será 0,045% e do 2-ME de 0.05M. Mistura-se bem, agitando-se a estante. Incubar a 37'.C por 48 horas. A leitura do teste é fita utilizando-se uma fonte de luz indireta contra um fundo escuro e opaco com uma forte luz que atravesse os tubos. As fontes de luz estranhas devem ser reduzidas. As interpretações devem basear-se no grau de aglutinação do antígeno e na firmeza dos grumos, apor agitação suave dos tubos. Anotar os resultados. Se houver interesse na determinação do titulo final de um soro, o método de diluição seriadas poderá ser empregado.

27 24 Interpretação do Resultado o grau de aglutinação em cada uma das distintas diluições deve ser classificado como: completo (+), incompleto (I) ou negativo (-): Reação completa é aquela em que o liquido da mistura soro-antigeno aparece translúcida e a agitação suave não rompe os grumos. Reação incompleta é aquela em que a mistura soro-antigeno aparece parcialmente translúcida e uma suave agitação não rompe os grumos. Reação negativa é aquela em que a mistura soro-antigeno aparece opaca ou tu/va e uma agitação suave não revela grumos Teste do Anel do Leite (TAL) Material Antigeno para TAL; Profilaxia; Amostra do leite a testar; Tubos de 10 x 75 mm ou 10 x 100 mm; Grade para tubos; Pipeta de 1 ml; Micropipetador; Estufa ou banho-maria a 37'.C.

28 25 Precauções na Execução do Teste As amostra para a realização do teste do anél em leite devem ser coletadas de mistura de leite em latão, no Maximo de três latões por amostra, ou tanque, no Maximo um tanque por amostra. Antes de colher a amostra, homogeneizar suavemente o leite. Coletar o leite utilizado como conservante formol 1% ou cloreto de mercúrio a 2%, na proporção 1 ml de conservante para cada 10 ml de leite. O leite deve ser resfriado e enviado ao laboratório. As amostras podem ser mantidas entre 2 e ao,c por ate duas semanas. As amostras de leite devem ser mantidas entre 2 e So.c por pelo menos 24 horas antes da realização do teste. Amostragem incorreta pode levar a conteúdo excessivo ou insuficiente de creme na amostra, o que ira interierir na realização do teste. A agitação excessiva da amostra de leite quebra os glóbulos de gordura interferindo na formação da câmara de creme na superfície do leite. Aquecimento do leite acima de 45'.C diminui a quantidade de anticorpos anti - Brucella spp presentes na amostra. Congelamento ou pasteurização da amostra podem ocasionar resultados falso-positivos, portanto estas amostras não devem ser utilizadas no TAL. Leite acido, leite recentemente coletado, leite contendo colostra, leite de vacas no período de secagem e leite de vacas com mamite podem apresentar resultados falso-positivos. o tamanha do rebanho pode influenciar no resultado do teste quando o leite é coletado de latões. Para isto deve-se aumentar a quantidade de leite a ser utilizada no teste em função do tamanho do rebanho, mantendo-se constante o volume antígeno. Para rebanhos com ate 150 vacas em lactação utiliza-se 1 ml de leite para

29 26 a realização de TAL. Para rebanhos de 151 a 450 vacas em lactação utiliza-se 2 ml de leite para realização do TAL. Rebanhos com 451 a 700 vacas em lactação utilizase 3 ml de leite para realização do tal. Rebanhos com mais de 700 vacas em lactação devem ser divididos em lotes menores para a realização do TAL, Em todos os testes devem ser testadas paralelamente amostras de leite controle positivo e negativo. Técnica Equilibrar as amostras de leite e o antigeno a temperatura ambiente, por pelo menos 60 minutos. Misturar bem as amostras ao leite 2cm. Colocar 1 ml deleite em tubos 10 x 100. A coluna de leite deve ser no minimo Adicionar ao leite uma gota de antigeno. Tampar o tubo e misturar por inversão varias vezes. Deixar em repouso por 1 minuto e verificar se a mistura esta homogênea. Não deve sobrar antígeno nas paredes do tubo. Incubar por 1 hora a 37'.C. Leitura Anotar os resultados.

30 27 Interpretação do Resultado Anel de creme azul e coluna de leite branca ou azulada: reagente Anel de creme branco e coluna de leite azul: não reagente

31 Profilaxia Na profilaxia da Brucelose o Ministério da Agricultura tem autorizado vários testes sorológicos que levam ao diagnóstico da doença e também a realização dos programas de vacinação de caráter obrigatório, com uma vacina elaborada com amostra viva B 19 de Brucella aborlus, auxiliando no seu controle epidemiológico e não a sua erradicação. De acordo com o estabelecido pelo Ministério da Agricultura e para cumprimento do PNCEBT, o programa de vacinação, deverá ser feito semestralmente, com duas campanhas anuais, junto com a febre aftosa, cobrindo assim a maior parte dos nascimentos ocorridos durante o ano, vacinando as fêmeas entre 3 e 8 meses de idade. As fêmeas adultas acima de 24 meses, só poderão ser imunizadas nas regiões onde exista uma alta prevalência de Brucelose, utilizando nestas situações, outros imunógenos que não causem interferência nos testes de diagnóstico para monitoramento da doença, sendo proibida a utilização de vacinas com amostra B 19, pois os animais adultos vacinados, tendem a persistir com títulos aglutinantes. Todas os animais susceptíveis em idade reprodutiva devem ser testados antes de serem introduzidos em um rebanho. Em fazendas que fazem parte do Programa Nacional de Erradicação da Brucelose e Tuberculose, todas as vacas positivas devem ser sacrificadas. Animais em idade reprodutiva recém introduzidos no rebanho devem ser testados ou mantidos em quarentena.

32 29 Vacinação Nos Estados Unidos a cepa RB51 é utilizada como vacina viva. É administrada uma dose de 2ml por via subcutânea. A RB51 não é utilizada no Brasil, onde se utiliza a cepa 19. As vantagens da RB51 é que ela geralmente não produz sinais clínicos, e pode ser diferenciada dos animais positivos. As bezerras de 3 a 8 meses de idade são os únicos animais vacinados, e titulas positivos são encontrados até os 18 meses de idade. Todas as bezerras vacinadas recebem uma marca feita com ferro candente do lado esquerdo da face, com um "V" acompanhado do algarismo final do ano de vacinação. A vacinação de animais com idade superior a 8 meses de idade só deve ser considerada em caso surtos de abortos. Estes animais devem ser identificados com ferro candente, no lado direito da cara, com um "P" contido em um círculo de 8 centímetros. As vacinas produzidas com as amostras 819 têm algumas vantagens técnicas que devem ser conhecidas como também outras considerações importantes como: Possuem reduzida virulência, sendo bastante estáveis e com excelente tolerância, não causando reações locais e sistêmicas que sejam relevantes, comprometendo a sua eficácia. A imunidade conseguida com esta amostra quando aplicada em fêmeas com idade média de seis meses confere uma imunidade até a 58 gestação. A vacinação das bezerras aos seis meses evita a eliminação da vacina através do leite Evitar a vacinação em animais infectados, pois a vacina não tem nenhum efeito adicional. Não aplicar a vacina em vacas nos últimos meses de gestação, pois poderão ocorrer abortos.

33 30 A vacina não confere 100 % de imunização, sendo que numa vacinação de um rebanho, consegue-se um índice de proteção de 70-80%. Os machos não podem ser vacinados.

34 Tratamento Não se recomenda o tratamento para a Brucelose, sendo extremamente difícil, com resultados péssimos e anti econômicos.

35 Saúde Pública A brucelose afeta todas as espécies animais inclusive o homem. No homem, é considerada uma doença ocupacional, sendo o grupo de maior risco composto por Médicos Veterinários, inseminadores, vacinadores, fazendeiros, peões e operarias de matadouros. No homem a brucelose causa febre intermitente, fraqueza, perda de peso, epididimite e orquite, dores abdominais e artrites. Em humanos a brucelose é causada principalmente pela B. melifensis, mas pode também ser causada pela B. aborlus e B. suis. A principal via de contaminação para o homem é a ingestão de produtos lácteos crus e contaminados. A infecção também pode ser adquirida atraves do contato com secreções, excreções ou tecidos contaminados. Os sintomas da brucelose no homem são fraqueza, febre recorrente, dores de cabeça, dores musculares, constipação, anemia secundária, distúrbios nervosos, sudorese e orquite. O curso aproximado da doença é de três meses, e a mortalidade é baixa.

36 Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose - PNCEBT o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) foi instituído em 2001 pelo MAPA com o objetivo de diminuir o impacto negativo desta zoonoses na saúde comunitária e de promover a competitividade da pecuária nacional. O PNCEBT introduziu a vacinação obrigatória contra brucelose bovina e bubalina em todo o território nacional e definiu uma estratégia de certificação de propriedades livres onde essas enfermidades serão controladas com grande rigor. Objetivos Específicos do Programa Tem como objetivo baixar a prevalência e a incidência de novos casos de brucelose e de tuberculose; e criar um número significativode propriedades certificadas que oferecem ao consumidor produtos de baixo risco sanitârio. Estratégia A estratégia de ação deste programa é clara: a certificação de propriedades livres e de propriedades monitoradas, de adesão voluntária, é um instrumento que os produtores e o setor agro-industrial podem utilizar para agregar valor aos seus produtos. Assim sendo. este não é um programa apenas do governo federal e dos governos estaduais, mas sim um projeto que deverá envolver o setor produtivo e suas comunidades, o setor industrial e os consumidores, não esquecendo os médicos veterinários que atuam no setor privado. Em outras palavras, o setor publico deverá atuar como agente certificador dentro de um processo que envolve diretamente toda a cadeia produtiva.

37 34 São também preconizadas medidas sanitárias compulsórias de eficácia comprovada, como a vacinação de bezerras contra a brucelose e o controle do trânsito de animais destinados à reprodução, objetivando baixar a prevalência e incidência de casos destas doenças, até níveis compatíveis com ações sanitárias mais drásticas, que caracterizam um programa de erradicação. Prevê-se que no espaço de uma década seja possível reduzir a prevalência de propriedades afetadas para valores próximos a 1%, nos estados que implantarem o programa dentro do cronograma previsto. Deve ser ressaltado que a vacinação contra brucelose tem prioridade máxima neste Programa. Para garantir a qualidade técnica das ações do programa, foram elaboradas umas séries de medidas que visam: (a) capacitar médicos veterinários e laboratõrios, tanto oficiais como privados; (b) padronizar e modernizar os métodos de diagnóstico utilizados; (c) permitir as ações de fiscalização e monitoramento que cabem ao serviço oficial de defesa animal; e (d) melhorar a integração deste com o serviço oficial de inspeção de produtos de origem animal. Propostas Técnicas Vacinação contra a brucelose Com esta ação objetiva-se baixar consideravelmente a prevalência da brucelose bovina e bubalina. E obrigatõria a vacinação de todas as fêmeas daquelas espécies, entre três e 8 meses de idade, com amostra B19. Em propriedades certificadas recomenda-se que as bezerras sejam vacinadas até seis meses de idade, de forma a minimizar a possibilidade de reações vacinais nos testes de diagnóstico. Este programa implica em aumento significativo da produção de vacina B19 e, por isso, está sendo estabelecida rotina de estimativa de demanda anual e de organização da distribuição do produto, à semelhança do que hoje é feito para a vacinação contra febre aftosa. A vacinação de fêmeas adultas, que seria útil em

38 35 regiões e propriedades com alta prevalência de infecção, só será permitida com imunógenos que não interferem nos testes de diagnóstico, após aprovação e nas condições definidas pelo MAPA. Os programas de vacinação contra brucelose tiveram início em Estabeleceu-se um prazo, até dezembro de 2003, para cada estado implantar em todo o seu território a obrigatoriedade de vacinação de bezerras contra a brucelose. A vacinação só poderá ser realizada sob responsabilidade de médicos veterinários, que deverão estar cadastrados no serviço oficial de defesa sanitária animal de seu estado de atuação. Espera-se que até dezembro de 2010 ao menos 75% da população de fêmeas adultas tenha sido vacinada, entre três e 8 meses de idade. Quando esta meta for atingida, a prevalência de brucelose deverá situar-se em níveis que permitam passar à fase de erradicação. Certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose A certificação de propriedades livres de brucelose e de tuberculose tem como objetivo padronizar o controle destas enfermidades, dentro dos princípios técnicos sugeridos pelo Código Zoosanitário Internacional e aceitos internacionalmente. A adesão será voluntária, uma vez que as normas sanitárias exigidas só serão efetivamente cumpridas quando os pecuaristas se beneficiarem da condição sanitária adquirida. A experiência no país demonstra que se o combate a doenças endêmicas como a brucelose e a tuberculose, cujo controle é baseado em teste e sacrifício de animais, consistir apenas em exigências sanitárias, sem que sejam criados incentivos e mecanismos de compensação, a probabilidade de sucesso é reduzida. Tais incentivos deverão ser desenvolvidos em colaboração com a indústria. o saneamento das propriedades que entram em processo de certificação será feito testando todos os animais e sacrificando os reagentes positivos. Os testes em todo o rebanho serão repetidos até obter três testes sem um único animal

39 36 reagente positivo, ao longo de um período mínimo de nove meses. Uma vez terminado o saneamento, a propriedade obtém o certificado de livre, cuja manutenção depende do cumprimento de todas as regras e normas sanitárias estabelecidas. As propriedades certificadas ficam obrigadas a repetir os testes anualmente, em todos os animais. Deve destacar-se a exigência de dois testes negativos para o ingresso de animais na propriedade, se os animais não forem provenientes de outra propriedade livre. Os testes de diagnóstico para brucelose são realizados exclusivamente em fêmeas de idade igualou superior a 24 meses, desde que vacinadas entre três e 8 meses, e em machos e fêmeas não vacinadas, a partir dos oito meses de idade. Serão submetidos a testes de diagnóstico para tuberculose todos os animais com idade igualou superior a seis semanas. o início das atividades de saneamento para certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose depende do credenciamento de médicos veterinários que atuam no setor privado, através de cursos específicos de atualização e padronização de conhecimentos. Assim sendo, a certificação de propriedades livres será precedida pelo credenciamento de médicos veterinários, o que, por sua vez, depende da realização de cursos reconhecidos pelo MAPA e ministrados por universidades ou instituições de pesquisa em medicina veterinária, segundo normas estabelecidas pelo MAPA. Havera, portanto, um período de transição até que propriedades entrem em fase de saneamento, o qual será essencial para garantir a qualidade das ações sanitárias preconizadas. Controle do trânsito de reprodutores Existe legislação específica que determina a exigência, para animais destinados à reprodução, de atestado negativo para brucelose e tuberculose. Estas normas foram adaptadas ao regulamento do programa nacional, em particular quanto aos métodos de diagnóstico utilizados. Está prevista, em prazo a ser determinado pelo MAPA, a exigência de origem em propriedade com certificado de livre ou de monitorada, para todos os machos e fêmeas reprodutores que transitem entre estados ou que participem em exposições.

40 37 Credenciamento e capacitação de médicos veterinários o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose envolve um grande número de ações sanitárias profiláticas e de diagnóstico a campo, sendo assim necessário credenciar médicos veterinários do setor privado, que vão atuar por delegação de competência do MAPA e das Secretarias de Agricultura dos estados. A vacinação contra brucelose deverá ser realizada sob responsabilidade de médicos veterinários. A compra de vacina só poderá ser efetuada apresentando receita emitida por médico veterinário, em razão de tratar-se de uma vacina viva atenuada. Estes profissionais ficarão obrigatoriamente cadastrados no serviço veterinário oficial de seu estado de atuação. Para a execução das atividades de diagnóstico a campo e participação no programa de certificação de propriedades livres ou monitoradas, o MAPA só vai credenciar médicos veterinários que tenham sido aprovados em curso de treinamento em métodos de diagnóstico e controle de brucelose e tuberculose, previamente reconhecido pelo MAPA. A capacitação dos profissionais do setor privado e sua participação no programa nacional representa um desafio e uma oportunidade para a classe médicoveterinária demonstrar sua capacidade para resolver um sério problema de saúde pública e de saúde animal, através da integração do serviço veterinário oficial com o setor privado e da constante melhoria do padrão de serviços oferecidos aos pecuaristas. Diagnóstico e apoio laboratorial A eficácia de um programa nacional de combate a qualquer doença depende em parte da qualidade e padronização dos meios de diagnósticos utilizados. No

41 38 contexto deste programa, passam a estar determinados quais os testes de diagnóstico indireto aprovados e seus critérios de utilização e interpretação. Estes são: Brucelose - (1) a prova do antigeno acidificado tamponado, que é muito sensível e de fácil execução, será o único teste de triagem, realizado por médicos veterinários credenciados; (2) os animais que reagirem àquele teste serão submetidos a um teste confirmatório, o 2-Mercaptoetanol, que é mais específico, sendo esta prova executada em laboratórios credenciados ou em laboratórios oficiais credenciados; (3) a prova de fixação de complemento, ou outra que a substitua, será utilizada por laboratórios oficiais credenciados para efeitos de trânsito internacional e para diagnóstico de casos inconclusivos 80 teste do 2- Mercaptoetanol; (4) o teste do anel em leite (Ring Test) será utilizado para monitoramento da condição sanitária de propriedades certificadas; (5) a prova de soroaglutinação rápida em placa poderá ser utilizada até 31 de dezembro de 2003, nas condições definidas pelo MAPA. Tuberculose - (1) a tuberculinização cervical simples será a prova de triagem devido a sua boa sensibilidade; (2) a tuberculinização na prega ano-caudal também será utilizada como prova de triagem, porém exclusivamente em gado de corte; (3) a tuberculinização cervical comparativa será a única prova confirmatória, podendo ainda ser usada como prova de triagem em rebanhos com histórico de reações inespecíficas. Os testes acima mencionados colocam o diagnóstico de brucelose e de tuberculose no Brasil em sintonia com os padrões internacionais e, em particular, com as recomendações do Código Zoosanitário Internacional. Entretanto, o MAPA pretende atualizar e melhorar o padrão de diagnóstico, à medida que novos e melhores testes forem surgindo no mercado.

42 39 Participação do serviço oficial A credibilidade das atividades propostas neste programa, principalmente à certificação de propriedades, está diretamente associada ás ações de monitoramento e fiscalização do serviço veterinário oficial. Uma vez que este não vai executar as ações sanitárias, o seu papel de órgão certificador de qualidade será garantido atuando em pontos críticos do processo. Por exemplo, o serviço oficial poderá, em qualquer momento, realizar diagnósticos por amostragem em propriedades certificadas e fará um acompanhamento direto dos testes finais que conferem o certificado de propriedade livre. Um ponto fundamental é a integração do serviço de inspeção de produtos de origem animal neste programa, em virtude do seu papel tanto na proteção ao consumidor como na vigilância epidemiológica. Com este objetivo, será estabelecido um fluxo sistemático de informações nosológicas entre o serviço de inspeção e o serviço de defesa. Educação sanitária Todas as atividades propostas precisam ser claramente entendidas pelos pecuaristas e consumidores. Só isso vai caracterizar o programa como um projeto da sociedade brasileira e permitir que as ações sanitárias sejam efetivamente cumpridas. Neste sentido, é muito importante que qualquer das medidas propostas seja precedida e acompanhada por um trabalho de educação sanitária. Deve salientar-se o papel importante que as autoridades regionais de saúde pública devem ter neste processo.

43 40 Conclusão A Brucelose é uma zoonose tão importante que adquiriu o status de doença com notificação obrigatória pelo Ministério da Agricultura. É responsável por grandes prejuízos no rebanho nacional de bovinos e bubalinos. Não existem testes perfeitos e o diagnóstico terá sempre uma margem de erro. Os programas de controle e erradicação da brucelose bovina têm um efeito importante sobre a redução da incidência da brucelose humana.

44 41 Referências Bibliográficas BEER, J. Doenças Infecciosas em Animais Domésticos. Rocca: São Paulo, SP p. CORRÊA, W.M. & CORRÊA, CÉLIA N.M. Enfermidade Infecciosas dos mamiferos domésticos. MEDSI Editora Médica e Científica Ltda. Rio de Janeiro, RJ p. GUERREIRO M.G. et ai. Bacteriologia especial: com interesse em saúde animal e saúde pública. Editora Sulina. Porto Alegre, RS p. HUBBERT, W.T. et ai. Diseases transmitled lrom animais to mano Charles C. Thomas. Springfield, IlIinois, USA p. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA - DEPARTAMENTO DE DEFESA ANIMAL Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT outubro de p. CARLTON, Willian W.; MCGAVIN, M. Donald. Patologia Veterinária de Thomson. 2ed. Porto Alegre: Artmed, Especial MAPA Ministério da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento SEAB - Secretaria da Agricultura e do Abastecimento - OIE - Organização Mundial de Sanidade Animal -

45 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Medicina Veterinária TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.) MV392 CONSULTA Curitiba Dezembro/2004

46 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Medicina Veterinária TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.) Mauren Ramalho Colombo Curitiba Dezembro/2004

47 Reitor Prof'. Luiz Guilherme Rangel Santos Pró-Reitor Administrativo Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos Pró-Reitora Acadêmica Prol' Carmen Luiza da Silva Pró-Reitor de Planejamento Afonso Celso Rangel dos Santos Pró-Reitora de Pós-Graduação. Pesquisa e Extensão Prof" Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini Secretário Geral Rui Alberto Ecke Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas Prol" João Henrique Faryniuk e da Saúde Coordenador do Curso de Medicina Veterinária Pro!' ítalo Minardi Coordenador de Estágio Curricular do Curso de Medicina Veterinária PrafO Sérgio José Meireles Bronze Metodologia Científica Prof" Lucimes Ruaro Schuta CAMPUS TORRES Av. Comendador Franco, Jardim Botânico CEP Curitiba - PR Fone: (41)

48 APRESENTAÇÃO Este Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.) apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Médico Veterinário é composto de um Relatório de Estágio. no qual são descritas as atividades realizadas durante o período de 18/08/2004 a 05/11/2004, período este em que estive na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, localizada no município de Campo Largo cumprindo estágio curricular e também de uma Monografia que versa sobre o tema: "Brucelose" iii

49 Mauren Ramalho Colombo RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR Relatório de Estágio Curricular apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Facuidade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiu!i do Paraná, como requisito parcial para obtençãodo titulo de Médico Veterinário. Professor Orientador: Dr. SergioBronze Orientador Profissional: Ora. Mariza Koloda Co- Orientador Profissional: Ora. Ana Dolares Galdamez Curitiba Dezembrof2004

50 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS iii RESUMO iv 1. INTRODUÇÃO. 2. CARACTERíSTICA DO ESTÁGIO ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO PROGRAMA DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE ANTMAL Brucelose Atividades Desenvolvidas Dentro do Programa PROGRAMA DE PROFILAXIA E CONTROLE DA RAIVA DOS 15 HERBIVOROS E EEB Raiva Encefalopatia Espongiforme Bovina Atividades Desenvolvidas Dentro do Programa PROGRAMA DE SANIDADE DOS EQUINOS Anemia Infecciosa Eqüina Mormo Atividades Desenvolvias Dentro do Programa PROGRAMA DE SANIDADE AvíCOLA New Castle Influenza Aviária Atividades Desenvolvidas Dentro do Programa PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DA FEBRE AFTOSA OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.. 52 CONCLUSÃO. 57 REFERÊNCIAS 58

51 LISTA DE FIGURAS FIGURA-1-2 CONTENÇÃO DO ANIMAL FIGURA-3 VACINAÇÃO UTILIZANDO-SE DE SERINGA FIGURA-4 VACINAÇÃO UTILIZANDO-SE DE PISTOLA FIGURA-5-6 MARCAÇÃO DO ANIMAL FIGURA-7 ANIMAL MARCADO FIGURA-8-9 REVISÃO DE GRUTAS FIGURA-10 FEZES DE MORCEGOS HEMATOFAGOS FIGURA-11 CAPTURA DE MORCEGO COM REDE DE NYLON FIGURA-12 CAPTURA DE MORCEGO COM REDE DE NYLON FIGURA-13 APLICAÇÃO DE VAMPIRICIDA FIGURA-14 MORCEGOS CAPTURADOS FIGURA-15 SACRIFICIO DO ANIMAL.. 29 FIGURA-16 SACRIFICIO DO ANIMAL FIGURA-17 COLETA DE MATERIAL PARA RAIVA FIGURA-18 COLETA DE MATERIAL PARA RAIVA FIGURA-19 COLETA DE MATERIAL PARA RAIVA.. 31 FIGURA-20 COLETA DE MATERIAL PARA RAIVA FIGURA-21 COLETA DE MATERIAL PARA RAIVA FIGURA-22 MARCA DE MORDIDA DE MORCEGO FIGURA-23 EXPOSiÇÃO DA VEIA DE EQUINO FIGURA-24 COLETA DE SANGUE DE CAVALO FIGURA-25 FICHA COM INFORMAÇÕES SOBRE EQUINO FIGURA-26 OBTENÇÃO DE SWAB DE CLOACA FIGURA-27 OBTENÇÃO DE SWAB DE TRAQUEIA.. 50 FIGURA-28 COLETA DE SANGUE DE GALINHA FIGURA-29 FISCALIZAÇÃO DE CASA VETERINÁRIA FIGURA-30 VEiCULO FISCALIZADO FIGURA-31 FISCALIZAÇÃO DE CARGA ViVA iii

52 RESUMO Descrição das atividades reatizadas durante o estagio curricutar do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do PARANÁ, realizado no período de 18/08/2004 a 05/11/2004 na Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, na cidade de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. As atividades desenvolvidas durante o periodo de estagio, relatam o cotidiano do trabalho dos técnicos e médicos veterinários. Foi acompanhado o trabalho de todos os setores a fim de enriquecer o aprendizado adquirido no curso de graduação, com novos procedimentos, aplicação de informações e realizações de medidas para garantir qualidade ao produto final, chegando ao consumidor com todas as determinações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. iv

53 1. Introdução Em 1944, o Interventor Federal do Estado do Paraná, Manoel Ribas, criou a Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Industria e Comercio que, em 1987, passou a se chamar Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB. Durante os 60 anos foram desenvolvidos diversos programas e ações que firmaram o Paraná como Estado de maior destaque no cenário da agropecuária nacional. Desde o primeiro Secretário da Agricultura, Manoel Carneiro Albuquerque Filho, até o atual, o Vice-governador e Secretário Orlando Pessuti, a SEAB contou com a contribuição de 38 Secretários. A SEAB é constituida por três departamentos: Departamento de Desenvolvimento Agropecuário (DEAGRO), Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (DEFIS) e Departamento de Economia Rural (DERAL). O DEFIS tem a finalidade de identificar os perigos, os riscos e efeitos adversos às populações animais, necessários a promoção, manutenção e recuperação da saúde animal e vegetal. É subdividido em: Defesa Sanitária Vegetal (DSV), Serviço de Inspeção Paranaense (SIP), Departamento de Registro (DIRED) e Defesa Sanitária Animal (DSA). A DSA visa desenvolver conjunto de atividades que disponibilizam a informação necessária para o conhecimento, identificação ou prevenção de qualquer fator que interfira na saúde animal. A Secretaria de Agricultura está dividida em 20 núcleos regionais que estão subdivididos em 120 Unidades Veterinárias.

54 2. Características do Estágio o estágio foi realizado na Unidade Veterinária de Campo Largo que pertence ao núcleo regional de Curitiba e é responsável pelas cidades de Araucária, Balsa Nova e Campo Largo e o cumprímento do programa está sob a responsabilidade da Ora. Ana Oolores Galdamez. Todas as Unidades Veterinárias seguem a mesma legislação de vigilância e fiscalização. Ocorrem pequenas variações levando-se em conta o perfil da região. No caso da Unidade Veterinária de Campo Largo tem os bovinos como rebanho predominante, composta por pequenos proprietários de característica de subsistência, região bastante acidentada propicia para abrigo de morcegos hematófagos, disparidade cultural com regiões de estrema carência, dificuldade de acesso pela malha rodoviária em determinadas regiões. Dessa forma, atividades são desenvolvidas de acordo com os programas a seguir: Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal Programa de Profilaxia e Controle da Raiva dos Herbívoros e EEB Programa de Sanidade dos Eqüideos Programa de Sanidade Avicola Programa de Erradicação da Febre Aftosa

55 Programa de Sanidade dos Suídeos Programa de Fiscalização do Comércio de Produtos Veterinários Programa de Sanidade do Bicho-da-Seda e dos Peixes Programa de Sanidade dos Ovinos e Caprinos Além desses programas, são oferecidos os seguintes serviços: Cadastramento de propriedades rurais Atendimento à notificação de ocorrência de enfermidades nos rebanhos Orientação ao produtor rural sobre medidas profiláticas e de controle da sanidade na pecuária Emissão de Guia de Trânsito Animal Controle do Trânsito de Animais e Produtos de Origem Animal Controle de eventos agropecuários (exposições, feiras e leilões de animais) Certificação da sanidade para granjas de reprodução de suínos e aves Controle do comércio de produtos veterinários.

56 3. Atividades Realizadas no Estágio Dentro de cada programa são desenvolvidos um conjunto de atividades que disponibilizam as informações necessárias para o conhecimento, identificação ou prevenção de qualquer fator que interfira na saúde animal, com o objetivo de orientar as medidas específicas à prevenção, ao controle e à erradicação de enfermidades e garantir o padrão de qualidade da sanidade dos rebanhos do Paraná, como descritos a seguir: 3.1. Programa de Controle e Erradicação da Brucelose Animal Tem a finalidade de efetuar o controle, para posterior erradicação, da brucelose nas espécies animais de interesse econômico (bovinos, bubalinos), objetivando aumentar a oferta de produtos de baixo risco para a saúde pública Brucelose A brucelose é uma doença infecto contagiosa, especialmente importante para fêmeas adultas e prenhes, sendo uma zoonose de grande relevância para a saúde pública. Esta enfermidade é causada por bactérias aeróbicas, Gram negativas do gênero Brucella spp que acomete os animais domésticos e o homem.

57 É responsável por grandes prejuízos no rebanho nacional de bovinos e bubalinos, devido ao aborto, redução da fertilidade e conseqüente queda na produção leiteira. E uma doença tão importante, que a partir do ano 2001, adquiriu o status de doença com notificação obrigatória, com a aprovação e publicação no dia 10 de Janeiro de 2001 pelo Ministério da Agricultura do Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). Etiologia o agente etiológico da Brucelose é a Brucelfa spp Atualmente dentro do gênero Brucelfa, se distinguem seis espécies cuja classificação e tipificação se faz em laboratórios tomando por base provas sorológicas, bioquímicas e metabólico oxidativas. Na população bovina circula principalmente a B. abortus infecções por B. suis e B. melifensis. podendo ocorrer ainda É uma bactéria gram-negativa, aeróbica, em forma de coco-bacilos, não capsulada, nem esporulada, medindo de 0,6 a 1,5 ~ de comprimento por 0,5 a 0,7~ de largura. Para um bom crescimento exige uma temperatura de 37 C e um ph variando de 6,6 a 7,4. A viabilidade das brucelfas é influenciada pelas condições de temperatura. Quando expostas à luz solar direta são mortas em poucas horas. A 80 0e morrem em 10 minutos. Já a fervura ou a pasteurização inativa-as em poucos minutos. Quando em

58 solo úmida, permanecem vivas até 100 dias e 75 dias em fezes úmidas de vaca. Em águas paradas, com temperatura ao redor de 4 C, sobrevivem 14 dias. Na manteiga, 120 dias e em membranas fetais secas e fragmentadas, os mesmos 120 dias. Porém, baixa temperatura (- 40 C) mantém esses microorganismos viáveis por um longo tempo. Alguns desinfetantes matam as brucel/as em poucos minutos, como, por exemplo, o cloreto de mercúrio a 1/1000, compostos quaternários de amônia, lisol a 1% e formalina a2%. Histórico Hipócrates, 450 a.c. descreveu a ocorrência no homem, de uma doença com caracteristicas similares à Brucelose. Em 1887, o médico inglês, David Bruce estudando uma doença que acometia soldados ingleses na Ilha de Malta, conseguiu cultivar e isolar o agente, nomeando-o Micrococcus melitensis. Em 1897, Bang, na Dinamarca, isolou o agente em vacas que haviam abortado e o denominou Bacillus abortus. suinos. Em 1914, Traum, nos Estados Unidos isolou a bactéria em fetos abortados de Em 1918, Alice Evans provou que as bactérias de Bruce e Bang possuíam as mesmas características muito embora pudessem ser separadas sorológicamente. Em 1920, por sugestão de Meyer e Shaw, ficou definido o gênero Brucella com três espécies: B. melitensis, 8. abortus e 8. suis.

59 Em 1953, Simmons e Hall na Austrália isolaram de carneiros uma bactéria com características similares a Brucella que se convencionou chamar de 8rucella aviso Em 1957, Stoenner e Lackman isolaram de um roedor selvagem (Neotoma lépida) uma bactéria semelhante a BrucelJa sendo então chamada de Brucella neotamae. Finalmente em 1966, Carmichael, nos Estados Unidos notificou o encontro de uma nova espécie de Brucella, proveniente de fetos abortados da espécie canina passando a chamá-ia de Brucella canis. No Brasil, o primeiro caso de brucelose foi comprovado sorológicamente na Faculdade de Medicina de Porto Alegre, pelo Prol. Manoel Gonçalves Carneiro, em Transmissão A via mais freqüente de transmissão é o trato gastro-intestinal, pela ingestão de pastos, água, feno contaminados e mais especialmente pela ingestão de descargas vaginais. Mas infecções via trato respiratório, trato genital, conjuntivas e pele também podem ocorrer.

60 Patogenial Patologia Após a contaminação e estabelecimento do sítio primário de infecção, as bactérias são carreadas para os linfonodos regionais, provocando linfadenite aguda. B. aborlus se multiplica no interior dos fagócitos e se dissemina principalmente pela via hematogênica para outros órgãos ou tecidos, como baço, linfonodos, útero e glândula mamária. Nos machos, a B. abortus pode ser encontrada principalmente nos testículos e nas glândulas sexuais acessórias além dos tecidos linfóides. A bacteremia pode durar meses e em casos de doença crônica, a bacteremia é intermitente, recorrendo principalmente na época do parto. o local de predileção das bactérias é o útero gestante onde provocam endometrite ulcerativ8. A lesão inicialmente se restringe à parede do órgão, mas rapidamente ocorre contaminação dos cotilédones placentários e destruição de vilosidades. Dependendo da severidade das lesões, podem ocorrer abortos, principalmente no terço final da gestação, natimortos, nascimento de animais prematuros e de bezerros fracos. Após o parto ou aborto, as bactérias são eliminadas do útero em poucas semanas, mas o animal permanece portador da doença indefinidamente. Prevenção e Controle Inicialmente deve-se baixar a prevalência com um programa de vacinação e paulatinamente ir aumentando as ações de diagnostico para a obtenção de uma propriedade livre.

61 9 Os métodos de controle são bastante simples. O mais importante é conhecer muito bem a população onde essas ações deveram ser desenvolvidas e escolher a melhor estratégia para implanta-ias. Medidas complementares, visando a diminuição da dose de desafios, caso ocorra a exposição, bem como o controle de transito para os animais de reprodução também são muito importantes. Diagnóstico e descarte de animais positivos: Todas os animais susceptíveis em idade reprodutiva devem ser testados antes de serem introduzidos em um rebanho. Em fazendas que fazem parte do Programa Nacional de Erradicação da Brucelose e Tuberculose, todas as vacas positivas devem ser sacrificadas. A eliminação de fontes de infecção através de uma rotina de testes diagnósticos com sacrifício dos positivos é a base das ações que visam a criação de propriedades livres da doença. Animais em idade reprodutiva recém introduzidos no rebanho devem ser testados ou mantidos em quarentena. Vacinação: Uma cobertura vacinal ao redor de 80%, a freqüência de animais vacinados será bastante baixa. Um rebaixamento importante pode ser obtido utilizando apenas com um bom programa de vacinação. Por essa

62 10 razão, a vacinação deve ser priorizada nas fases iniciais do programa, quando as prevalências são elevadas. Nos Estados Unidos a cepa administrada uma dose de 2ml por via subcutânea. RB51 é utilizada como vacina viva. É A RB51 não é utilizada no Brasil, onde utiliza-se a cepa 19. As vantagens da RB51 é que ela geralmente não produz sinais clinicas, e pode ser diferenciada dos animais positivos. As bezerras de 3 a 8 meses de idade são os únicos animais vacinados, e títulos positivos são encontrados atê os 18 meses de idade. Todas as bezerras vacinadas recebem uma marca feita com ferro candente do lado esquerdo da face, com um "V" acompanhado do algarismo final do ano de vacinação. A vacinação de animais com idade superior a 8 meses de idade só deve ser considerada em caso surtos de abortos. Estes animais devem ser identificados com ferro candente, no lado direito da cara, com um "P" contido em um círculo de 8 centímetros. Os touros não são protegidos pela vacina e freqüentemente desenvolvem orquite. Sanidade: Veterinários e vaqueiros devem ter cuidados com a limpeza do material utilizado no manejo reprodutivo.

63 Ii Se ocorrer aborto em uma determinada área, esta deverá ser bem higienizada antes da introdução de um outro animal no mesmo local. Utilização de piquetes de parição são iniciativas simples que trazem como resultado a diminuição da quantidade de brucelas vivas presentes no ambiente, que significa diminuir a dose de desafio, o que significa aumentar os índices de proteção da vacina e diminuir a chance da bactéria infectar um novo suscetível. Educação: A educação sanitária de todo o pessoal envolvido no manejo da fazenda é essencial para o controle da doença Atividades Desenvolvidas Dentro do Programa Realizamos vacinação de bezerras de três a oito meses de idades contra a Brucelose, utilizando dose única da vacina viva liofilizada elaborada com amostra 19 de Brucella abortus (B-19). Realizadas em quatro propriedades em Balsa Nova em 26 novilhas. Após contenção (FIGURAS - 1 e 2), o animal é vacinado (FIGURAS-3 e 4) e marcando com ferro candente a face esquerda com a marca V4. O número representa o algarismo final do ano de vacinação. (FIGURAS -5, 6 e 7)

64 12 r r ",. 11-], I \ ~~.!.~'l' FIGURA - 1: Contenção do animai. FIGURA-2: Contenção do animai.

65 13 FIGURA-3: Vacinação utilizando-se de seringa.!'i FIGURA-4: Vacinação utilizando-se de pistola.

66 14 FIGURA- 5: Marcação do animal vacinado. FIGURA-6: Marcação do animal vacinado.

67 15 FIGURA-7: Animal marcado. 3.2 Programa de Profilaxia e Controle da Raivados Herbívoros e EEB Tem a finalidade de estabelecer e executar medidas de prevenção e controle da raiva transmitida pejos morcegos hematófagos aos animais herbívoros domésticos e ao próprio homem; estabelecer e executar medidas de vigilância da encefalopatia espongifonne bovina - EEB. o sistema de vigilância sanitária da EEB passou a ser realizado conjuntamente ao sistema de vigilância sanitária da raiva animal, que foi estabelecido desde Desta forma. todos os animais com sintomatologia nervosa de caráter progressivo deverão ser submetidos ao diagnóstico diferencial para raiva e EEB.

68 Raiva A Raiva é uma doença infecto-contagiosa. aguda, quase sempre fatal, caracterizada principalmente por sinais nervosos ora representados por agressividade, ora por paresia e paralisia. Etiologia o transmissor da raiva em bovinos são os morcegos hematófagos. Os principais morcegos hematófagos encontrados no Brasil são: Desmodus rotundus, Diphy/a ecaudata e Diaemus youngui. Os morcegos hematófagos além de causarem prejuízos pela transmissão do vírus rábico são responsáveis também pela depreciação do couro animal, perda de produtividade devido a sua ação espoliativa e pelo aparecimento de infecções secundárias e de miíases, ao causar a ferida no local onde se alimentam de sangue. A doença é causada por um virus RNA envelopado do gênero Lyssavirus do grupo dos Rhabdovírus, que após ser transmitido ao animal se multiplica no local da mordedura, levando a um quadro de encefalite e ganglioneurite. o vírus rábico é rapidamente inativado em temperatura alta, sendo destruído a 50' C em 15 minutos e em 2 minutos a 100 C.A 40'C o virus pode continuar ativo por diversas semanas e em temperaturas abaixo de zero por diversos meses. Na temperatura ambiente o vírus dura somente uma a duas semanas. É destruído pela luz solar e por irradiações ultravioletas. Formal a 5% atua como desinfetante.

69 17 A doença tem um periodo de incubação médio de 30 a 90 dias, que pode sofrer variações por diversos fatores como a extensão, a profundidade e a localização da ferida causada pela mordedura, como tambêm a cepa e a carga viral transmitida na mordedura. Histórico A palavra Raiva se origina do Latim Rabbas que significa uagir com violência". homem. Democritus, no ano 500, na Grécia, verificou a doença em animais e Celsus, no A zoonose existe na Europa desde 1271, na América do Norte desde 1753 e na América do Sul desde Zinke em 1804 demonstrou pela primeira vez a infecciosidade da saliva, inoculando-a em cães sadios, nos quais reproduziu a doença. Em 1881, Pasteur iniciou seus estudos com relação à doença e demonstrou que o sistema nervoso central desempenhava um papel muito importante na patogenia da enfermidade. Em 1903, Negri descobriu os corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos (que levam o seu nome) em neurônios de animais e homens infectados pelo vírus râbico, o que tornou essa característica como um sinal patognomônico da doença. Um pouco mais tarde, (1935) Webster & Dawson desenvolveram a técnica de diagnóstico por inoculação em ratos e um ano após (1936), Webster e Ckow cultivaram

70 18 o vírus rábico em cultura de tecido. Ainda nesse ano, Galloway & Elford realizaram estudos sobre a morfologia e estrutura do vírus. Em 1940 o vírus foi cultivado em embrião de galinha por Bernkopf & Dawson. Em 1935, Silvio Tôrres e colaboradores demonstraram a possibilidade do morcego hematôfago ser transmissor da raiva aos bovinos. No Paranã, Freitas Lima e Carneiro foram quem relataram os primeiros casos de raiva no estado, na cidade de Marretes. Patogenia Após a mordida do animal raivoso ou portadores que estejam eliminando o vírus ou ainda a contaminação de feridas ou discretas soluções de continuidade da pela por material que contenha o vírus rábico, como saliva, órgãos, sangue, urina e fezes de animal raivoso, o vírus que é neurotrópico (possui tropismo pelo Sistema Nervoso Central) sofre discreta multiplicação nas fibras musculares e inicia sua caminhada através dos nervos periféricos para o cérebro aonde vai se multiplicar acentuadamente e atingir os neurônios (células nervosas). Por via perineural, o vírus retoma então para os vários órgãos, já sendo isolado ou demonstrado em glândulas salivares, pulmões, coração, língua, vesícula biliar, rins, bexiga e músculos. Nos neurônios, há o aparecimento das inclusões citoplasmática denominadas Corpúsculos de Negri, que são características da doença, podendo ser encontradas em 75 a 90% dos casos da doença.

71 19 Controle Atualmente são produzidas no Brasil dois tipos de vacinas anti-rábicas, sendo uma vacina de vírus vivo atenuado e uma outra vacina inativada, em que ambas apesar de apresentarem diferenças do ponto de vista técnico, devem ser conservadas a uma temperatura de 2 a 8 C. o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA - padronizou o uso de 2 ml de vacina por animal (bovinos e eqüinos) em aplicação subcutânea e intramuscular. espécie. Vacinas atenuadas são específicas, sendo atenuadas para uma determinada Vacinas inativadas são produzidas de uma forma em que orna viral é destruído tornando-se absolutamente inócuo e representam cerca de 95 % da produção nacional. Podem ser utilizadas para todas as espécies animais. Em bezerros provenientes de mães não vacinadas deve-se realizar a primeira vacinação logo ao nascer e repetir uma segunda dose 30 dias após, pais estes animais estão descobertos imunologicamente, em virtude das mães não transmitirem anticorpos maternos através do colostro. Em bezerros provenientes de mães vacinadas deve-se realizar a primeira dose aos três meses de idade, considerando que estes animais já estão cobertos imunologicamente, pela imunidade passiva adquirida da mãe vacinada através do colostro, que os protegeram até os três meses de idade. Após a implementação do programa inicial, repetir anualmente as vacinações, sempre que for necessário nas regiões onde existam surtos de raiva herbívora.

72 EEB - Encefalopatia Espongiforme Bovina Também conhecida como "doença da vaca louca", a encefalopatia espongiforme bovina (Bovine Spongiform Encephalopaty - BSE) é uma infecção neurodegenerativa transmissível e mortal da família das encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET) que afeta o cérebro dos bovinos. A disseminação da EEB foi claramente ligada ao fornecimento de ração para bovinos contendo farinha de carne e ossos de carcaças de bovinos e ovinos. Uma das principais características da EEB é o período de incubação muito longo, entre 4-5 anos, durante o qual os animais mostram-se perfeitamente saudáveis. Após o aparecimento dos sinais clínicos, a doença evolui para a morte em cerca de um a seis meses. Bovinos afetados apresentam nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção, principalmente nos membros pélvicos. Etiologia As encefalopatias espongiformes são causadas por uma partícula protéica infectante denominada príon (proteinaceous and infectious). Os príons são agentes menores que os virus e não possuem material genético (DNA ou RNA). o príon é extremamente resistente ao calor, suportam temperaturas de 99,5 C, durante duas horas. As formas mais comuns de desinfecção, com uso de produtos químicos convencionais ou irradiação, não surte efeito. Todavia, observa que ela é inativada por solventes orgânicos, como o benzeno.

73 21 Epidemiologia As encefalopatias causadas por prions ainda são objeto de profundo estudo pela comunidade científica e muitas questões ainda estão pendentes. A origem da epidemia ainda não está provada, existindo diversas teorias. Todavia, com base nos conhecimentos atuais, pode-se descrever a seguinte história natural da doença: Fonte de infecção: primariamente animais enfermos. Ainda se discute a possibilidade da existência de portadores sãos e o longo período de incubação dificulta sua identificação. infectados. Via de eliminação: os príons não são eliminados. Eles permanecem nos tecidos infectados. Via de transmissão: via digestiva, principalmente, através da ingestão de tecidos Porta de entrada: trato digestivo. Susceptível: animais sadios. Discute-se a possibilidade da existência de predisposição genética de certos animais. Sintomas A EEB acomete bovinos adultos, sem predisposição de sexo. Os sintomas se iniciam com pequenas alterações comporta mentais, como apreensão, ansiedade e medo. Animais rotineiramente dóceis passam a se tornar irritadiços e reagem

74 22 exageradamente a estimulas como toque e sons. Pode ocorrer leve hipertermia. Alguns animais desenvolvem o hábito de lamber constantemente o focinho e o flanco. Com a evolução da doença, o animal passa a apresentar sinais de lesão neurológica, camo ataxia, hipermetria e tremores. Posteriormente, o animal desenvolve paresia de membros posteriores, causando dificuldade em se levantar. Ocorre perda de peso e diminuição da produção de leite. A evolução da doença é lenta (até seis meses) e raramente causa a morte do animal, pois, apesar de ser um quadro invariavelmente fatal, os animais são normalmente sacrificados antes. Controle Desde o aparecimento da EEB no Reino Unido, as autoridades sanitárias brasileiras preocuparam-se em evitar a sua introdução, visando preservar o patrimônio pecuário do nosso País. Tal preocupação expressou-se na forma de rigorosas medidas sanitárias que envolveram, entre outras, a restrição à importação de animais susceptíveis e seus produtos originários de paises onde a doença foi registrada, o rastreamento dos bovinos importados dos países de risco, a proibição do uso de farinha de carne e ossos de ruminantes na formulação de rações destinadas aos ruminantes, incluindo a proibição do uso de cama de frango para alimentação de ruminantes. Ressalta-se que o governo brasileiro não importou farinha de carne e osso dos países considerados de risco para a EEB.

75 Atividades Desenvolvidas Dentro do Programa Os refúgios dos morcegos cadastrados em Araucária, Balsa Nova e Campo Largo foram revisados periodicamente para manter o controle populacional de morcegos neles existentes (FIGURAS - 8 e 9). Como o repovoamento dos morcegos é muito rápido o sistema de controle deve ser feito de uma forma continua e sistemática, tomando-se o cuidado de não se eliminar toda a população, mantendo a densidade populacional do morcego hematófago em níveis aceitáveis. o processo de controle de morcegos hematôfagos tem que ser seletivo e apropriado, para que não ocorra a morte de morcegos não hematófagos, como os frugivoros, insetivoros e ictiôfagos responsáveis pela manutenção do ecossistema. FIGURA-8: Revisão de gruta.

76 FIGURA-10: Fezes de morcegos tlemalófagos. 24

77 25 Fizemos capturas de morcegos utilizando armadilhas com redes de nylon (FIGURAS 11 e 12). Esses morcegos depois de Identiiicados receberam uma pasta vampiricida, que foi passada no dorso dos mesmos sendo soltos posteriormente (FIGlIRA-13) Como os morcegos têm uma vida social muito comum, pois vivem em grupos de famílias, após serem soltos voltam para suas grutas e ao brigarem uns com os outros por espaço se ferem e se lambem, ingerindo a pasta, iniciando assim um processo de hemorragia que os leva à morte, em um curtoespaço de tempo. Dessa forma, um único morcego pode ser responsável pela morte de outros. FIGURA-11: Captura com rede de nylon.

78 FIGURA-13: Passando pasta anticoagulante.

79 27 Como na região havia animal corn suspeita de raiva, alguns morcegos 11ematófagos capturados foram enviados ao Laboratório de Diagnostico Marcos Enlietti para verificação. (FIGURA-14) Simultaneamente ao controte do morcego hematófago, o pecuarista deve vacinar todos 0$ animais da fazenda, com exceção das aves, que não são suscetíveis ao vírus rábico. Nas áreas de ocorrência da raiva a vacinação dos herbívoros deverá ser anual nos bovídeos e eqüfdeos com idade superior ou igual a três meses. Animais que receberam a vacina pela primeira vez deverão receber uma dose de reforço após 30 dias. As vacinaçôes devem ser feitas sob orientação de um Médico Veterinário e, dependendo da avaliação oficial, as mesmas podem extender-se às outras áreas. FIGURA-14: Morcegos capturados.

80 28 A Instrução Normativa Ministerial n' 8, de 13 de fevereiro de 2001 tornou obrigatório o rastreamento de bovinos importados e proibiu o abate e consumo da carne de bovinos importados. Caso ocorra a morte desses animais, o proprietário deverá comunicar o serviço oficial de defesa sanitária animal, que realizará os procedimentos técnicos recomendados e autorizará a destruição da carcaça. Preceitua ainda a referida Instrução Normativa, que todo bovino procedente de países considerados de risco da EEB deverá, quando não mais destinado à finalidade reprodutiva, ser sacrificado e destruido, cabendo neste caso, "indenização pelo Governo Federal ao proprietário do animal sacrificado", a ser paga de acordo com a avaliação prévia realizada por uma Comissão Oficial. Como ainda não existem testes que detectem a EEB nos animais vivos antes de apresentarem os primeiros sintomas, o diagnóstico é baseado no exame de tecido encefálico após a morte, por este motivo, deverá ser colhido material e encaminhado para análise laboratorial. Foram feitos o sacrifício e a coleta de material de três animais importados e de um animal suspeito de Raiva. O sacrifício foi feito utilizando-se a partir do T-61 intravenoso (FIGURAS-15 e 16). o T-61 constitui a associação de três drogas: embutamida, mebezônio e tetracaína. A embutam ida é um agente narcótico potente que promove rápida inconciencia pela depressão geral do SNC; o mebezônio bloqueia a placa motora das músculos esqueléticos, provocando o relaxamento dos mesmos e paralisia do diafragma, suprimindo os movimentos respiratórios; a tetracaína minimiza a dor no local da administração. Provoca a morte do animal em poucos minutos. Quando a dose é insuficiente, o animal fica paralisado mas completamente conscientes e transmitem ao expectador a impressão erronia de que a morte foi instantânea e sem sofrimento. De 0,08 a 0,16 ml/kg para ruminantes, geralmente é suficiente para eutanásia.

81 29 Após O sacrificio, foi dissecada a pele do animal (FIGURA-17) e aberta a cavidade craniana com ajuda de uma serra (FIGURA-18). O encéfalo então foi exposto com a dura-máter intacta (FIGURA-19). Com ajuda de uma tesoura foi retirada a duramáter e seccionados os nervos cranianos {FIGURA-20}. FIGURA-22: Marcas do morcego Ilemalófago.

82 30 FIGURA-15: Aplicação de T-61 intravenoso. FIGURA-16: Sacrifício do animal.

83 FIGURA-18: Abertura da cavidade craniana. 31

84 FIGURA 20: Retirada à dura-máter e seccionados os nervos cranianos 32

85 33 o material colhido foi secc!onado em quatro partes, sendo duas deles direcionados para o diagnóstico de Ratva e duas para o diagnóstico da Encefalopatia Espongifonne Bovina (FIGURA-21). No caso da Raiva. o material foi condicionado em gelo e para EEB, foi condicionado em fonnol. Após identificados, foram remetidos ao Laboraiório Oficial, acompanhados de uma ficha com o histórico e outra informações sobre o caso. Imediatamente após, o animal foi enterrado. FIGURA-21: Separação do material COll1ido.

86 Programa de Sanidade dos Eqüídeos Tem como finalidade estabelecer e executar medidas de prevenção e controle, visando a sanidade do rebanho eqüídeo (eqüinos, asininos e muares) do Paraná, em conformidade ás normas estabelecidas no Programa Nacional de Sanidade dos Eqüinos Anemia Infecciosa Eqüina A Anemia Infecciosa Eqüina (A.LE.), doença da lista "B" do Escritório Internacional de Epizootias (OIE), é uma enfermidade viral contagiosa fatal que infecta todos os eqüideos (eqüinos, asininos e muares), de qualquer idade ou sexo. Desde 1981, através da Portaria n'200, a A.LE. está incluida entre as doenças passiveis de aplicação das medidas previstas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal (Art.61 do Decreto , de 03 de julho de 1934), sendo obrigatório o sacrifício dos animais doentes, uma vez que não existe cura ou tratamento. A legislação referente ao controle da A.LE. está em fase de revisão, estando em vigor a Portaria no 77 de 28 de setembro de 1992 e em consulta pública a Portaria no 46 de 10 de setembro de 2002.

87 35 Sintomas A doença se manifesta sob as formas aguda, crônica ou inaparente. Os animais que apresentam a forma aguda podem apresentar sintomas severos e in específicos como febre, anemia, hemorragias petequiais, edemas nos membros e abdome, fraqueza, falta de apetite e podem morrer entre dois e 3 semanas. A forma crônica se manifesta através de febre recorrente, fraqueza, falta de apetite, baixo rendimento esportivo, podendo o animal morrer em uma das crises. A forma inaparente ou latente caracteriza os "portadores assintomáticos", que se apresentam aparentemente sadios, mas permanecem como reservatórios do vírus e com poder de contaminação e propagação da doença. Transmissão A transmissão se dá através de picadas de insetos hematófagos, principalmente as mutucas (Stomoxys sp.), além de agulhas, seringas, esporas, freios, arreios ou outros utensílios contaminados com sangue infectado. Outras formas de transmissão são através do sêmen e do leite.

88 36 Diagnóstico Para efeito de diagnóstico da ALE., a prova oficial utilizada é a imunodifusão em Gel de Agar (IDGA). O eqüídeo que reagir positivamente à prova de IDGA é considerado portador de AI. E. o resultado positivo é imediatamente comunicado pelo laboratório oficial 80 serviço de defesa sanitária animal da jurisdição, que adota as medidas previstas em lei. Controle e Erradicação Algumas medidas podem ser adotadas no controle da ALE. como: o uso de seringas e agulhas descartáveis (uma para cada animai); limpeza de todos os utensílios utilizados nos animais; isolamento dos animais positivos até a realização do sacrifício; sacrifício dos animais positivos à prova de diagnóstico, pois não existe até o momento tratamento ou vacina para esta doença; submeter ao exame de diagnóstico para A.l.E. todo eqüídeo que necessite transitar; realização de exame de diagnóstico para ALE. para os animais adquiridos em leilões, feiras ou de outras propriedades; o trânsito interestadual de eqüídeos, somente é permitido quando os animais estão acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA). Na emissão da GTA para eqüídeo, com seis (seis) meses ou mais de idade, é obrigatória a apresentação de resultado negativo à prova de IDGA; a participação de eqüídeos em leilões, feiras, rodeios, exposições, torneios e demais concentrações de eqüídeos, somente é permitida a eqüídeos com resultados negativos à prova de diagnóstico para ALE., independentemente da necessidade da movimentação interestadual ou não.

89 Mormo o Mormo, doença da lista "8" do Escritório Internacional de Epizootias (OIE), possui como agente causal uma bactéria denominada Burkholderia mallei que acomete os cavalos s, de forma mais grave, os asininos e muares, podendo acometer inclusive o homem. A doença está incluída entre aquelas passíveis de aplicação das medidas previstas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal (Art. 61 e 63 do Decreto n de 03/07/1934), sendo obrigatório o sacrifício dos animais doentes, uma vez que não existe cura e trata-se de uma enfermidade de interesse de Saúde Pública. A legislação referente ao controle e à erradicação do Mormo encontra-se em fase de revisão, estando em vigor a Instrução de Serviço DOA 009/00 de 30 de agosto de 2000, e em consulta pública a Portaria n' 27 de 10 de abril de Histórico Não há dados precisos sobre a época em que o mormo foi introduzido no Brasil. Ao longo do século XIX várias ocorrências da doença foram registradas, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro, Campos, São Paulo e Salvador. Desde 1968 não houve registro de nenhum novo caso da doença em território nacional até que, em setembro de 1999, sete animais, provenientes de usinas de cana de açúcar da zona da mata dos Estados de Pernambuco e Alagoas, mostraram-se reagentes ao teste de fixação de complemento.

90 38 Sintomas A doença se manifesta sob três formas 8, normalmente, os muares e asininos são acometidos na sua forma aguda, enquanto os cavalos, na forma crônica. Na forma nasal, os animais apresentam febre alta, tosse e descarga nasal com úlceras nas narinas, podendo ocorrer úlceras e nódulos nos membros e abdome. A forma pulmonar, mais comum nos cavalos, pode causar uma pneumonia crônica acompanhada de úlceras na pele dos membros e na mucosa nasal. A forma cutânea se apresenta sob a forma de nódulos e úlceras na região interna dos membros com presença ou não de secreção amarelada escura. Transmissão A transmissão se dá por meio do contato dos animais com as secreções e excreções de doentes, especialmente a secreção nasal e O pus dos abscessos, que contaminam o ambiente e, principalmente, comedouros e bebedouros. Controle As medidas de controle e erradicação envolvem: sacrifício dos animais positivos às provas de diagnóstico; enterro ou incineração dos cadáveres; desinfecção das

91 39 instalações e de todo material que esteve em contato com os animais doentes; interdição da propriedade e saneamento do foco (que consiste na realização de exames em todo o plantei e sacrifício dos animais positivos); notificação de qualquer suspeita ao serviço de defesa sanitária animal do Estado Atividades Desenvolvidas Dentro do Programa Diagnóstico e controle de enfermidades no rebanho, principalmente Anemia Infecciosa Eqüina e Mormo. Fizemos coleta de sangue em quatro eqüinos na região do Tamanduá. Para exames imunológicos são utilizados o soro sanguíneo. A coleta foi realizada na veia jugular que após pressionada (FIGURA-23), retirando-se 10 ml de sangue que foi depositada em um frasco estéril (FIGURA-24), que após identificado foi conservado em refrigeração. Após centrifugo, retirou-se o soro que foi encaminhado para o Laboratório de Diagnostico Enrietti juntamente com um ficha com o histórico e o maior número de informações referentes ao caso (FIGURA-25).

92 FIGURA-2S' Ficha com informações sobre o equino. 40

93 41 FIGURA-24: Coleta do sangue. 3.4 Programa de Sanidade Avicola Tem a finalidade de estabelecer e executar a fiscalização da qualidade sanita ria do plantei avícola do Paraná.

94 New Castle New Castle é uma doença aviária infecciosa e altamente contagiosa, afeta principalmente galinhas e perus. A característica mais importante da enfermidade é de tornar-se endêmica, urna vez introduzida em determinada área, dificilmente podendo ser erradicada. Etiologia Causada por um RNA-vírus, da família Param;xovirídae; propaga-se rapidamente e produz sintomas respiratórios, acompanhados geralmente por sintomas nervosos e com mortalidade variando entre 0-100%. São envelopados, de fita simples, que possuem genoma não segmentado de polaridade negativa. Apresenta capsídeo durante a sua replicação, suas partículas aparecem pleomóficas, variando entre 100 e 500nm de diâmetro, de forma, aproximadamente esférico, o filamento mede aproximadamente 100nm. o período de incubação do vírus pode ser de até 15 dias, entretanto a média é de dois a seis dias. Uma das principais características do vírus da doença de Newcastle (APMV-1, ou Pseudo Peste Aviária, ou Pneumoencefalite Aviária), é que ele possui um envelope formado de membrana celular modificada, a partir do brotamento viral da célula do hospedeiro no momento da multiplicação.

95 43 Esse envelope produz um meio-ambiente instâvel, onde a luz solar, a oxidação, o ph e a maioria dos agentes químicos destrói o vírus. o vírus é inativado à temperatura ambiente com os seguintes compostos químícos: álcool etílico, fenol, tintura de iodo, lisol, soda cáustica e permanganato de potássio diluído. Quando o agente etiológico é exposto à radiação solar direta, o vírus morre rapidamente, porém ele pode suportar extremos de ph, entre dois e 10, por algumas horas. Histórico Segundo Carlos Pallilo, credita-se, que o primeiro surgimento do Paramixovirus aviário ocorreu em 1926, em New Castle na Inglaterra, desaparecendo em Mas a sua difusão foi mundial, variando a época e a sua patogenicidade. Na Ásia e no Oriente Médio, a doença se difundiu em 1926 até Já para o resto da Europa, África e América, a difusão da amostra parece ter ocorrido em 1940 e Após este primeiro contado, a enfermidade só foi se manifestar de novo em 1960 no Oriente Médio, porém, de uma maneira mais patogênica. A difusão aconteceu devido o comércio de psitacídeos, que havia na América do Sul, América Central e Sudeste da Ásia. Em 1970, o vírus se manifestou de novo no Oriente Médio, como uma doença neurotrópica em pombos de competição. A principal maneira de difusão, acredita-se

96 44 que foi devido à exposição e comercialização das aves, atingindo muitos lugares, como Hong Kong, Canada, EUA, e Sudão. A história indica que de tempos em tempos a amostra se manifesta e tem a capacidade de se difundir por todo o mundo. o primeiro surto da doença de Newcastle, no Brasil, ocorreu em Belém e Macapá, em 1953, aparentemente, pela a importação de carcaças congeladas de aves procedentes dos EUA Posteriormente, foram assinalados surtos nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Após este primeiro contato, a doença só foi observada esporadicamente. Porém, na década de 70 houve o ressurgimento da enfermidade de uma forma altamente patogênica (viscerotrópica), tornando-se assim, o segundo problema sanitário mais freqüente para indústria avicola, entre 1975 e Este problema só foi resolvido a partir de 1995, onde foram notificados 17 focos da doença, o que indica, apenas o comprometimento de aves domésticas. Mas no ano de 1997, houve um caso isolado do virus da doença de Newcastle, no Estado de São Paulo, em avestruzes importadas, essas aves foram sacrificadas e os possíveis contatos destruídos para evitar a disseminação. Transmissão As aves infectadas excretam o vírus por aerossóis que podem ser inalados por aves susceptíveis. Da mesma forma, como este vírus se multiplica no intestino, pode ser difundido por fezes contaminadas através da sua ingestão direta ou indireta, por

97 45 ração ou agua contaminada, ou ainda por inalação de particulas produzidas pelas fezes secas. transmissores. Pequenos roedores, insetos e artrópodes podem também atuar como o movimento de pessoas com suas roupas, calçados e equipamentos entre granjas é um importante meio de transmissão da doença, assim como os subprodutos de aves infectadas utilizadas como matéria-prima para confecção de rações. Patologia Para qualquer uma das formas da doença, não existe a lesão patognomónica. Vírus de baixa patogenicidade produzem infecções inaparentes, enquanto estirpes patogênicas podem causar anorexia, depressão, respiração acelerada, descarga nasal e ocular, conjuntivite, rinite, estertor, dispnéia, ataxia, convulsões e tremores em todas as idades de aves e uma acentuada queda da produção de ovos. Ainda pode ocorrer sinais nervosos, como torcicolo, tremores e paralisias das pernas e asas, usualmente, acarretando em morte. Na necropsia podem ser observados edema de cabeça, região do pescoço, peritraqueal e entrada do tórax, hemorragia e ulceração na laringe, turvação nos sacos aéreos e inflamação da traquéia. No trato digestivo, hemorragias petequiais na mucosa do proventriculo e no intestino, acarretando em uma diarréia sanguinolenta.

98 46 Controle Criar lotes da mesma idade. Fazer estratégias de vacinação, imunização com o vírus atenuado ou Vírus inatura. Deve-se tomar medidas higiênicas de desinfecção do galpão e sacrificar os animais doentes, destruindo os produtos infectados ou expostos para remover a forma mais ativa da difusão. Quando se suspeita de foco da doença de Newcastle, deve-se inicialmente contactar um veterinário especialista em aves ou um veterinário oficial que deverá notificar a DSA Influenza Aviaria Dadas às características de disseminação, potencial de patogenicidade, alem de riscos socioeconômicos e para a saúde publica, é uma das enfermidades avícolas da lista A da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) de notificação obrigatória no Serviço Veterinário Oficial. Foi inicialmente identificada na Itália a mais de cem anos e desde então ocorreram casos em vários países, mais recentemente na Holanda, Bélgica, Chile, Estados Unidos, vários países asiáticos, dentre os quais a China e o Japão. A doença nunca ocorreu na avicultura brasileira.

99 47 Etiologia Enfermidade epizoótica das aves causada por virus da influenza do tipo A, da família Orthomyxovin'dae. Apenas os vírus de influenza do tipo A são patogênicos para as aves. Existe grande variação de virulência entre os subtipos. Algumas amostras causam apenas discreta sintomatologia respiratória e ou digestiva. Já outros subtipos podem causar severos quadros respiratórios, digestivos e nervosos, chegando a provocar 100% de mortalidade em curto espaço de tempo. São RNA vírus, envelopados, sensíveis aos solventes orgânicos e detergentes. Os VIA são sensíveis aos desinfetantes normalmente utilizados na avicultura industrial: iodados, quaternários de amônia, hipociorito de sódio, formal. São inativados pelo calor, luz ultravioleta, radiações gama, ph extremos, condições não isotônicas e ambientes extremamente secos. Transmissão A principal via de transmissão do vírus da IA é a horizontal, representada principalmente, por excreções e secreções de aves migratórias. Até o momento não houve evidências de transmissão vertical. Entretanto a contaminação superficial dos ovos de lotes infectados e embalagens poderia representar risco. Como a infecção pelo vírus da IA ocorre, primordialmente, em células de rápida multiplicação, como as do trato respiratório e digestivo, as secreções respiratórias e as fezes podem conter elevada carga viral. Por este motivo, a transmissão mecânica é

100 48 importante. Os proprietários, trabalhadores, técnicos e visitantes eventuais das granjas podem transferir fezes de lotes contaminados, através dos calçados ou de outro material. Controle o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento adota rotineiramente uma série de medidas para evitar a entrada da mesma no território nacional, como: a proibição à importação de aves e seus produtos de quaisquer países onde ocorra a doença; a fiscalização nos pontos de entrada (portos, aeroportos e postos de fronteira); realização exames em aves migratórias e nas granjas de produção avícola; a divulgação informações para o setor avícola e a população sobre a doença; a realização treinamentos para os médicos veterinários dos serviços oficiais e da iniciativa privada Atividades Desenvolvidas Dentro do Programa Colheita de amostra em aves de postura comercial e matrizes no Programa de Vigilância para a Doença de New Castle e Influenza Aviária. O MAPA adota rotineiramente uma série de medidas para evitar a entrada dessas doenças no território nas aves migratórias e granjas de produção avicola. Em relação à ocorrência das principais doenças de notificação junto ao Escritório Internacional de Epizootias, a influenza aviária é considerada exótica no nosso país e a doença de New CasUetem ocorrência esporádica.

101 49 Para isolamento e identificação do vírus da Influenza Aviana e New CasUe foi coletado sangue de 15 aves de um lote de 30. Desse mesmo Iate, foram também feitos 30 swabs matelial proveniente da traquéia e da cloaca. (FIGURAS-26 e 27) FIGURA-26: Obtenção do swah de Clo"ca. Para aves pode ser colhida a quantidade de sangue referente a 1% de seu peso, com o auxílio de uma seringa estéril (utilizar uma seringa para cada ave) a partir da veia braquial, localizada na parte inferior da asa (FIGURA-28). Após a coleta, o sangue é centrifugado e deve ser colocado dentro do frasco de annazenamento.

102 50 FIGURA-27: Oblendo swab de Traquéia FIGURA-28: Colela de sangue da galinha.

103 51 o grau de confiança para a influenza Aviaria é de 95%, com uma prevalência esperada da doença de 25% e com a sensibilidade do teste de Elisa de 95%. Para a doença de New Castle somente será utilizada a prova de isolamento, devido ao programa de vacinação que essas aves são submetidas. Grau de confiança de 95%, prevalência esperada da doença de 10% e a sensibilidade do teste de 99%. 3.5 Programa de Erradicação da Febre Aftosa Tem a finalidade de estabelecer e executar medidas de segurança que previnam a introdução da febre aftosa, dando atendimento imediato a qualquer suspeita e a erradicação de focos que venham a ocorrer no Estado do Paraná. o Paraná é área livre de aftosa com vacinação, não havendo registro de ocorrência desde A vacinação é realizada duas vezes ao ano, em Maio e Novembro e tem como meta vacinar 100% do rebanho bovino. o período de realização de estágio, não coincidiu com o calendário de vacinação. porem realizamos atividade de divulgação da próxima campanha.

104 Outras Atividades Desenvolvidas As Unidades Veterinárias desenvolvem trabalho preventivo através de atividades de Educação Sanitária. Fizemos visitas para a entrega de material educativo e orientação sobre a importância sócio econômica da atividade pecuária em comunidade e a necessidade de melhorar o status sanitário dos rebanhos. Devido às dimensões territoriais e a disparidade tecnológica e cultura! dos criadores da região, fez-se necessaria à divulgação das campanhas de vacinação também atraves das escolas publicas, estação de rádios, jomais e televisão, alem de cartazes informativos. Realizamos na região fiscalização dos comércios veterinários com objetivo de estabelecer a disciplina da comercialização de produtos farmacêuticos de uso veterinário. Pelos comércios veterinários foram apresentadas as receitas devidamente identificadas, contendo o nome da substânc!a, indicação médica, duração do tratamento, quantidade do produto, identificação do comprador e do fornecedor (FIGURA - 29) FIGURA - 29: Fiscalização do comércio veterinârio.

105 53 o controle do transito estadual de animais é realizados por meio de postos volantes, sob a forma de "blitz", montados temporariamente nas estradas. Fizemos barreira volante para fiscalização de trânsito de animais vivos em São Luis do Purunã, no posto da Palteia Rodoviária. Fiscalizamos três veículos, dois dos quais continham bovinos totalizando 38 animais. Esses veiculos apresentavam~se com a Guia de Transito Animal (GTA) dentro do prazo previsto. O outro veículo encontrava-se vazio. (FIGURAS - 3D e 31) FIGURA-3D: Veiculo fiscalizado. Fizemos emissão de GTA para eqclinos e ovinos que estavam se dirigindo para Esteio - RS. Apõs verificar todas as exigências foi então emitida a GT A. Esses veiculos foram lacrados e tiveram que seguir uma rota determinada para cruzar o Estado de Santa Catarina e chegar ao Rio Grande do Sul.

106 54 FIGURA - 31: Fiscalização da carga viva. Realizamos fiscalização dos frigoríficos de suínos onde, foram apresentadas as Guias de TransIto dos animais que foram abatidos no mês. Todo o trânsito nacional intra e interestadual deve ser acompanhado da GTA - Guia de Trânsito Animal, de acordo com o Decreto n' de 3 de julho de Esta Guia é emitida pela Secretaria da Agricultura ou médicos veterinários

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