TURISMO Conheça São Petersburgo, considerada a cidade mais europeia de toda a Rússia



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ano 6 número 50 R$ 8,50 www.revistamercado.com.br TURISMO Conheça São Petersburgo, considerada a cidade mais europeia de toda a Rússia ECONOMIA Exportações mineiras decolam e crescem 14% em fevereiro, atingindo US$ 26 bilhões A papisa da moda De Uberlândia para o mundo, a trajetória de Patrícia Bonaldi, estilista que virou empresária e hoje tem sua marca presente em cerca de 140 pontos de vendas espalhados pelo Brasil e mais de 20 países

expediente editorial www.revistamercado.com.br Diretor Geral Eduardo J. L. Nascimento diretorfinanceiro@gmbc.com.br Diretor Comercial Fernando Martini comercial@revistamercado.com.br Conselho Gestor Eduardo J. L. Nascimento Evaldo Pighini Fernando Martini Conselho Editorial Paulo Sérgio Ferreira Janaina Depiné Analu Guimarães Dr. Joemilson D. Lopes Marconi Silva Santos Pedro Lacerda Marcelo Prado Dalira L. C. M. Carneiro Editor Chefe Evaldo Pighini e Jornalista Responsável MG 06320 JP editor@revistamercado.com.br Reportagens Evaldo Pighini Margareth Castro Michele Borges Fabiana Barcelos Laura Pimenta Rosiane Magalhães Talita Nakamuta Alitéia Milagre Renata Tavares Lia Barbosa Revisão Lúcia Amaral Fotografia Mauro Marques (exceto as creditadas) Colaboradora Márcia Amaral Vendas Maurício Ribeiro 55 34 3239 5844 comercial08@revistamercado.com.br Secretaria Edileusa Ribeiro secretaria@revistamercado.com.br Jurídico Thiago Alves OAB 107.533 Capa/Editoração Humpormil Pré-impressão Mídia Kit Impressão Tiragem 10.000 exemplares Anúncio 55 34 3239 5844 Assinatura 55 34 3239 5844 comercial@revistamercado.com.br Canal Livre redacao@revistamercado.com.br Cartas Rua Roosevelt de Oliveira, 345 Sl 14 Bairro Aparecida CEP 38.400-610 Uberlândia - MG - Brasil Edições extras 55 34 3239 5844 e reprints comercial@revistamercado.com.br Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados. É autorizada a reprodução total ou parcial das matérias, desde que citada a fonte. A Revista MERCADO é uma publicação mensal do Grupo de Mídia Brasil Central (GMBC). Revista MERCADO 55 34 3236 6112 Rua Roosevelt de Oliveira, 345 Sl 14 Bairro Aparecida CEP 38.400-610 Uberlândia - MG - Brasil Copyright 2008 - Grupo GMBC Todos os direitos reservados. Curta nossa Página. Procure Revista Mercado Shoppings em Uberlândia Uberlândia vive atualmente uma realidade que reporta a pujança de sua economia bem como seu atual estágio de desenvolvimento, o que faz dela um centro urbano muito atraente para novos e grandes investimentos em nível nacional. É só observar a quantas anda o mercado de shopping centers na cidade para perceber isso. Há de se considerar ainda os centros comerciais já construídos e outros tantos que estão em construção, que se podem denominar de pequenos shoppings. Mas, voltando ao assunto shopping centers, os grandes, hoje Uberlândia já conta com empreendimentos do setor na região, e um dos maiores do país. Eu me refiro ao Center Shopping. Inaugurado em 1992, pelo Grupo Arcon - um gigante do setor atacadista -, atualmente conta com mais de 300 operações entre lojas e quiosques, oito salas de cinema, 52 mil m² de ABL e um fluxo de, aproximadamente, 30 mil visitantes por mês. Possui três estacionamentos, sendo dois cobertos, com disponibilidade para 4.100 vagas. É um complexo multiuso que envolve compras, lazer, negócios e hospedagem. Além do Center Shopping, agora no final de março será inaugurado o Uberlândia Shopping, na zona sul da cidade, pelo grupo Sonae Sierra Brasil. É um empreendimento que já nasce grande. Localizado em uma área de 45,3 mil m², o Uberlândia Shopping terá 201 lojas, seis delas âncoras: Walmart e Leroy Merlin - essas duas já em funcionamento -, Centauro (materiais esportivos), BMart (brinquedos), Memove (moda) e Renner (moda). Além disso, o complexo contará com cinco salas de cinema da rede Cinemark. O custo da obra deverá ultrapassar os R$ 163 milhões previstos inicialmente. E vem mais por aí. Já foi anunciado por empresários do grupo 5R Shopping Centers a construção do Praça Uberlândia Shopping - o terceiro grande investimento no setor na cidade. Orçado em R$ 200 milhões, o empreendimento será construído próximo ao aeroporto, na zona leste. Com inauguração anunciada para o segundo semestre de 2013, no mais tardar início de 2014, o Praça Uberlândia será erguido em uma área de 140 mil m² e terá capacidade para cerca de 200 lojas - quatro âncoras e cinco semiâncoras - e mais um hipermercado, oito salas de cinemas stadium, 1.800 vagas de estacionamento, além de hotel, universidade e home center. Só como registro, vale lembrar que o primeiro shopping center instalado no Brasil foi o Iguatemi, em 1966, em São Paulo. Em Uberlândia, projetos semelhantes, mas menores, começaram a surgir antes, na década de 1960, com a construção do Shopping Center Norte e do Shopping Center Sul, ambos no setor central da cidade, nos bairros Martins e Nossa Senhora Aparecida, respectivamente. Esses dois centros comerciais eram predominantemente voltados para a comercialização, sobretudo de confecções, calçados, artigos de primeira necessidade, como medicamentos, alimentação e estética, sendo caracterizados mais como galerias comerciais. Mas de fato e por extensão, o primeiro Shopping Center de Uberlândia, o Ubershopping, veio a ser construído e inaugurado em 1987, na zona sul da cidade. Contudo, por causa de o local ainda contar com grandes vazios urbanos e, por isso, predominar na região a falta de elementos imprescindíveis às atividades comerciais, como acessibilidade e aglomeração, materializadas em fluxos de pessoas e veículos e em equipamentos urbanos, o empreendimento não durou muito e pouco a pouco as lojas foram fechando (mas essa é outra história). A Revista MERCADO Edição 50

editorial Mais tarde, em 1992, como já foi dito, aconteceu a inauguração do Center Shopping, só que em uma área muito mais desenvolvida, a zona leste, próxima ao Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia, e na junção de A duas das mais importantes vias urbanas da cidade: as avenidas Rondon Pacheco e João Naves de Ávila. Por isso, diferente do Ubershopping, o Center Shopping experimentou um grande desenvolvimento, tendo já sido reformado e ampliado por três vezes (mas essa é também outra história). Depois disso, vieram ainda as construções de mais dois shoppings. O primeiro, o Griff Shopping, foi inaugurado em 1993, na Avenida Rondon Pacheco, na altura do Bairro Saraiva, um empreendimento voltado mais para confecções e acessórios, portanto, constituindo-se mais num centro de compras de pequenos atacadistas da moda regional. O segundo, o Pratic Center, foi construído em 1997, no mesmo prédio que abriga o terminal central de integração de transporte urbano de Uberlândia, região central, por ocasião da implantação do Sistema Integrado de Transporte, o SIT, pela construtora Andrade Gutierrez e o Grupo Algar. Mas é o momento atual que assegura e reflete bem a expansão do mercado de shopping centers no Brasil e, em Uberlândia, o que não poderia ser diferente, dado à franca expansão econômica e social da cidade. Os centros comerciais brasileiros atingiram, no ano passado, o valor de 10.163.049 m² de Área Bruta Comercial (ABC), que abrange tanto a área locável quanto as áreas vendidas. Esse volume corresponde a 53 m² para cada 1.000 habitantes. A região Sudeste representa 5.785.000 m² de ABC do país. E o futuro deve ser ainda mais promissor. Segundo estimativas do Cadastro de Shopping Centers, base de dados do IBOPE Inteligência, o crescimento domiciliar e da renda real, aliado à baixa taxa de desemprego, vão impulsionar ainda mais o mercado de shopping centers no Brasil e registrar um aumento de 13,5% em 2012 em relação ao ano passado. A previsão é encerrar o ano com 470 shoppings e aproximadamente 11 mil novas lojas. Para 2013, a expectativa é terminar o ano com 499 unidades. Só como informação, hoje a maior parcela dos consumidores de shoppings ainda pertence às classes A e B, que absorvem acima de 50% do consumo na maior parte dos grupos pesquisados pelo Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência. Porém, como afirmou o diretor de geonegócios da empresa, Antônio Carlos Ruótolo, a classe C será importante consumidora quando seu padrão for elevado para C1 e B2, já que o foco do consumo será a qualidade de vida e não apenas produtos básicos. Atualmente, a classe C representa 38,7% do consumo desses grupos. Portanto, o mercado de shopping centers promete ser ainda mais promissor, principalmente para uma cidade como Uberlândia, que vive um estado de franca expansão nos mais variados setores. É esperar e ver... Evaldo Pighini Editor

50 índice Janeiro 2012 Capa 30 Investimentos 28 A trajetória de Patrícia Bonaldi, estilista que virou empresária e hoje tem sua marca presente em cerca de 140 pontos de vendas espalhados pelo Brasil e mais de 20 países, como França, Estados Unidos, Espanha, Inglaterra, Emirados Árabes e Rússia Com investimento inicial presumido acima de R$ 163 milhões, a Sonae Sierra Brasil inaugura no dia 28 de março o Uberlândia Shopping, na zona sul da cidade. O projeto contempla 201 lojas, numa área de 45,3 mil m² de Área Bruta Locável Comunicação 36 14 Imposto de Renda Artigo... 10 Bazar... 58 Conquistar credibilidade e boa visibilidade faz parte dos anseios de toda empresa. Para isso, contratar uma assessoria de imprensa profissional pode ser a aposta certa, mas é preciso ficar atento para que o barato não saia caro Turismo 40 22 Se você não é isento e tem que entregar declaração de IR, melhor é deixar a preguiça de lado e preparar logo o documento, já que o prazo final de entrega vai até 30 de abril, sendo que as declarações via internet são aceitas até as 23h59min59seg da data limite Economia Conversa... 12 Franchising... 16 Comércio... 18 Agricultura... 26 Dica de leitura... 60 Literatura... 62 Profissões em Filme... 64 Sustentabilidade... 66 Conheça São Petersburgo, a cidade mais europeia de toda a Rússia. Nascida do sonho de um czar - Pedro, o Grande -, o lugar foi testemunho de 300 anos de história de um império em permanente mutação, mas está longe de ser uma cidade museu Evento 54 As exportações mineiras vão de vento em popa. Em fevereiro, elas cresceram 14%, atingindo US$ 26 bilhões, média diária de US$ 139,9 milhões, fazendo com que o estado continue como o principal responsável pelo superávit da balança comercial brasileira Decoração... 38 Veículos... 48 Empresas&Empresários... 56 Ponto de vista... 70 Causos empresariais... 72 Geral... 74 Uberlândia sedia entre os dias 12 e 15 de junho a Movimenta 2012 - Feira Internacional de Logística, no Camaru. O evento faz parte da Semana Internacional da Logística. Os organizadores estimam a geração de mais de R$ 60 milhões em negócios Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50

artigo *Robson Braga de Andrade é presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) É positiva a lei que cria a certidão negativa de débitos trabalhistas? Não. Por Robson Braga de Andrade Obrigadas a conviver com juros altos, elevada carga tributária, câmbio valorizado, excesso de burocracia e outras dificuldades, as empresas brasileiras têm agora de enfrentar um novo obstáculo aos seus negócios. Trata-se da apresentação da Certidão Negativa de Débito Trabalhista (CNDT) nas licitações governamentais. A exigência, criada por intermédio da Lei 12.440/2011, com o objetivo de estimular a adimplência de dívidas trabalhistas, acelerar a solução de processos judiciais e incentivar acordos na Justiça do Trabalho, não produzirá os efeitos desejados pelos defensores da medida. Na prática, essa nova lei apenas aumenta a burocracia e os custos, diminuindo ainda mais a competitividade de todas as empresas brasileiras. A medida afeta de forma mais direta os micros e pequenos empreendimentos, que representam 56% dos 366 mil fornecedores cadastrados no Sistema Integrado de Administração dos Serviços Gerais (Siasg), órgão do governo federal que organiza a gestão das atividades de serviços gerais, compreendendo licitações, contratações, transportes, comunicações administrativas, documentação e administração de edifícios públicos e de imóveis. Além das dificuldades para atender à burocracia e quitar em tempo as determinações de sentenças trabalhistas, a pequena empresa que for eliminada de uma concorrência pública por falta da CNDT corre o risco de fechar as portas. Caso isso ocorra, será obrigada a demitir os empregados e poderá ter dificuldades para honrar os débitos com os trabalhadores. Mas os prejuízos não ficarão restritos somente às empresas. A nova certidão também prejudica os interesses públicos. Ao desclassificar empresas que cumpram todas as determinações legais, mas que tenham algum débito trabalhista, o governo pode registrar queda no número de candidatas às licitações. Com menos concorrentes, a tendência é que os produtos e serviços sejam oferecidos a preços mais altos. Somam-se a isso as despesas com o sistema de emissão do documento para todos os candidatos a processos de compras governamentais. Inadequada para o país, a CNDT representa ainda um retrocesso na gestão pública, porque está na contramão da necessidade de simplificação e modernização dos processos de licitação para acelerar a execução de obras estratégicas. Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que são gastos, em média, 38 meses no período que vai da seleção da empresa que executará o trabalho até o início efetivo das obras. São mais de três anos de demora, que podem prolongar-se com mais esse entrave burocrático. A medida reafirma ainda um modelo ultrapassado em que o Estado age com desconfiança em relação às empresas e aos cidadãos. Em vez de exigir certidões, o governo precisa estimular o crescimento econômico e atuar com uma fiscalização orientadora, que garanta o cumprimento da lei, sem onerar ainda mais as empresas e os cofres públicos. No cenário atual, em que muitos setores da indústria já não conseguem competir com os produtos estrangeiros, cresce a necessidade de o Brasil melhorar o ambiente de negócios e simplificar os processos para garantir que as licitações cumpram seus objetivos e as empresas ganhem competitividade. B 10 Revista MERCADO Edição 50

conversa Roberto Carlos Mayer (mailto:rocmayer@mbi.com.br) é diretor da MBI (http://www.mbi.com.br), VP de Comunicação e Marketing da Assespro São Paulo, vice-presidente de Relações Públicas da Assespro Nacional e presidente da ALETI (Federação Ibero-Americana das Entidades de TI) Prezado leitor, Inefinépcia na Inovação. Se essa frase causou estranhamento, saiba que a primeira palavra é uma inovação : acabei de inventá-la para escrever este texto! E neste momento, uma busca por ela no Google não retorna qualquer resultado. Esta quase palavra resulta da combinação de ineficiência, Finep e inépcia. Quer saber mais? Continue lendo: Desde o final do governo FHC, iniciou-se um processo de criação de leis que permitissem incentivar as empresas a desenvolver produtos e serviços inovadores. Esse processo teve continuidade no governo Lula, com a aprovação da Lei do Bem, da Lei da Inovação e, finalmente, com a instituição de um programa de subvenção econômica à inovação nas empresas, por parte do governo federal. O órgão encarregado de gerenciar esse processo foi a Finep - Financiadora de Estudos e Projetos, que realizou a primeira chamada de projetos empresariais no final de 2006. Talvez pelo desconhecimento do processo pelas empresas, nem essa chamada nem a de 2007 acabaram usando todos os recursos disponíveis. Outra crítica feita na época foi o pouco tempo (apenas 30 dias) concedido para a apresentação dos projetos, prazo esse estendido posteriormente para três meses. O valor mínimo dos projetos também foi sendo diminuído gradualmente, tornando o processo mais acessível às pequenas e médias empresas. Assim, em 2008, pela primeira vez a demanda de subvenção econômica à inovação gerada pelas empresas superou a oferta do governo, que naquele ano foi de 450 milhões de reais. A partir daí, a demanda só foi crescendo. Enquanto isso, o governo Lula foi chegando ao fim e acabou concretizando a chamada referente ao ano de 2010 somente no fim daquele ano (após as eleições presidenciais). Com o início do governo Dilma, a Finep ganhou um novo presidente. As promessas da posse apontavam na direção de dinamizar ainda mais esse processo de apoio à inovação nas empresas. A Finep também foi encarregada pelo governo federal de gerenciar as verbas para os projetos Iberoeka, projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação de empresas brasileiras em cooperação com ao menos uma empresa de outro país ibero-americano. Na Espanha, por exemplo, a chamada de projetos Iberoeka (gerida lá pelo CDTI - Centro para el Desarrollo Tecnológico Industrial, órgão do Ministério da Economia e Competitividade) é permanente: as empresas podem apresentar seus projetos de inovação a qualquer momento. Já no Brasil, os projetos Iberoeka foram submetidos ao mesmo ritmo dos projetos destinados à subvenção econômica, com base anual. Para completar a frustração do ambiente empreendedor, desde o início do governo Dilma não houve nem uma nova chamada sequer: o resultado da chamada de subvenção de 2010 foi publicado somente no final de 2011, e com os prazos legais para a interposição de recursos legais, a liberação das parcelas para as empresas ainda está em fase inicial. Resumindo, os projetos de inovação criados em meados de 2010 terão seu desenvolvimento iniciado, se não houver mais imprevistos, ao longo de 2012, e ficarão prontos nos anos subsequentes. Sendo o Brasil apenas um dentre muitos países que apostaram na inovação empresarial, é óbvio que o esforço das empresas nacionais está condenado ao insucesso comercial: as boas ideias brotam, na maioria das vezes, em muitos lugares ao mesmo tempo; e acaba bem-sucedida comercialmente aquela empresa que chega primeiro ao mercado com o produto inovador. Ciclos de três anos ou mais são um atestado de óbito para qualquer inovação. Mais, a situação tornou-se tão aguda que nos leva a uma situação de vergonha a cada vez que, na condição de representantes empresariais do país no exterior, acabamos enfrentando esse tema em foros internacionais de cooperação tecnológica. Por isso, é absolutamente necessário que essa situação seja corrigida urgentemente: esperamos que a ineficácia da gestão do governo federal, no aspecto aqui descrito, caminhe para a eficácia e não para a inépcia. Somente dessa forma as empresas brasileiras poderão participar em pé de igualdade da cruel competição global. B

imposto de renda Atenção com o Leão Confira dicas para programar a declaração do imposto de renda. O prazo de entrega vai até 30 de abril, sendo que as declarações via internet são aceitas até as 23h59min59seg da data limite Da Redação Desde o dia 1º de março, os contribuintes brasileiros começaram o processo de envio da declaração de seus rendimentos anuais à Receita Federal. De formal geral, precisa fazer o acerto de contas a pessoa física que recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 23.499,15 no ano passado. Também devem declarar as pessoas que terminaram o ano de 2011 com posse ou propriedade de bens ou direitos em valor superior a R$ 300 mil, entre outras situações. Em pouco mais de duas semanas, mais de três milhões de pessoas já declararam o imposto, de acordo com dados da Receita Federal. Apesar de o processo se repetir todo o ano, sempre surgem dúvidas de última hora que pegam de surpresa tanto os contribuintes de primeira viagem quanto os mais experientes. Mas não há motivos para temer o leão, é o que afirma Mauro Moraes, especialista em Gestão Tributária- -Fiscal da empresa de software contábil Alterdata. Pelo menos em relação ao processo de declaração do imposto e à transmissão do arquivo, algumas medidas simples podem ajudar a facilitar a hora tão temida por muitos brasileiros. Confira as dicas do especialista. 1) Marque uma data em sua agenda para fazer a declaração, como um compromisso Quem atrasa a declaração está sujeito à multa de pelo menos R$165,74, que pode chegar ao máximo de 20% do valor total do imposto devido, de acordo com o tempo de atraso. Além disso, quem faz a declaração primeiro tem a restituição nos primeiros lotes. O prazo final para declaração é dia 30 de abril, às 23h59. 2) Faça um cheklist dos documentos necessários para a declaração Ter os documentos em mãos no momento da Declaração de Rendimentos pode otimizar o processo, tornando a tarefa mais rápida e fácil. Entre os principais documentos que devem constar no checklist do contribuinte estão o informe de rendimentos da empresa, o informe do banco, escrituras de imóveis e documentos de transferência de veículos. 3) Separe os comprovantes de despesas dedutíveis Antes de começar a declaração, separe os comprovantes das despesas dedutíveis, como previdência privada e despesas médicas e educacionais. Mas, atenção! As despesas educacionais dedutíveis são apenas de mensalidade escolar de nível fundamental, médio, superior e pós-graduação. Outras despesas, como livros e cursos de línguas, não são dedutíveis. Em relação às despesas médicas, não são dedutíveis gastos com medicamentos comprados em farmácia. Doações podem ser dedutíveis, mas nem todas. Por exemplo, são dedutíveis doações feitas a Fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ou do Idoso. Por outro lado, doações a associações esportivas e religiosas não são dedutíveis. Há dois tipos de declaração possíveis: a Completa e a Simplificada. Na Completa, é possível a utilização de todas as deduções permitidas pela legislação, desde que devidamente comprovadas. Na Simplificada, o contribuinte tem um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis na declaração, limitado a R$ 13.916,36, sem que seja necessária comprovação e indicação da espécie da despesa. Mas não se preocupe em descobrir qual dos dois é mais vantajoso. O próprio programa da Receita já compara automaticamente os dois formatos e sinaliza qual trará mais benefícios para o contribuinte. 4) Identifique corretamente seus dependentes Apesar de muitos pais ajudarem os filhos até a idade adulta, há regras claras para quem pode ou não ser considerado dependente para fins de dedução com gastos como despesas médicas e educação. O ideal é checar com antecedência se o seu caso se encaixa em uma das situações descritas a seguir: Companheiros Podem ser declarados dependentes os cônjuges, companheiros com relacionamento superior a cinco anos e companheiros com filho em comum, independentemente do período de convívio; Filho ou enteado Desde que o filho tenha até 21 anos de idade, ou, em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; ou até se 24 anos de idade, se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau; Irmãos, netos ou bisnetos Desde que sem arrimo dos pais, de quem o contribuinte detenha a guarda judicial, até 21 anos, ou em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; ou nos casos em que a pessoa não possui arrimo dos pais, com idade de 21 anos até 24 anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau, desde que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os 21 anos; Pais, avós e bisavós Desde que estes tenham recebido, em 2010, rendimentos (tributáveis ou não) até R$ 17.989,80; Outros casos Também podem ser declarados como dependentes menor pobre até 21 anos que o contribuinte crie e eduque e de quem detenha a guarda judicia; ou a pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador. B Foto: Raphael Cordeiro - www.oguardiaodoseudinheiro.com.br 14 Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50 15

franchising & negócios *Carlos Ruben Pinto é administrador de Empresas, consultor de Franquias e Varejo (31) 3282-6688 carlos@mdsfranchising.com.br Vender deve ser um negócio feliz Para vender nossos produtos torna-se necessário estar presente nos canais de distribuição e desenvolver marcas nacionais que se tornem conhecidas e apreciadas mundialmente Por Carlos Ruben Pinto* (Sérgio Amaral - embaixador do Brasil) Vender é uma das principais atividades em qualquer empresa. Na franquia não é diferente. Tanto franqueador quanto franqueado precisam estar preparados para vender bem seus produtos e serviços e formar uma equipe de vendedores eficientes. Todo vendedor sonha em ter um ótimo retorno financeiro com vendas, mas será que há um caminho para isso? Penso que existe e cada um deve achar o seu. É assim que tem sido e assim continuará sendo. E para encontrar o melhor caminho, muita coisa boa precisa ser aprendida. Analisando o ato de vender, vimos que vendedor é uma profissão bem interessante. É uma das poucas que permitiu ao profissional, durante um bom tempo, ir fazendo e aprendendo com o processo. A grande maioria dos vendedores começou assim: vendendo - bem ou mal, mas vendendo. Mas é importante ressaltar que o vendedor hoje é uma profissão que, como qualquer outra, exige muita qualificação. Você, vendedor, depois de tantos anos de batalha e se julgando o dono de a venda fluir de forma natural, o vendedor precisa ter, além da paixão pela profissão, completo domínio sobre o produto ou serviço. Sonhar com o dinheiro conquistado em vendas é muito bom. Para começar a conectar esse sonho à realidade, vamos levar o vendedor à seguinte reflexão: o que você faz hoje em termos de vendas: vive de vendas ou vive para vender? Quem vive de vendas é aquela pessoa que não encontrou o que fazer na vida, não estudou, não se preparou para uma profissão de nível superior e por isso não conseguiu um bom emprego e agora está vendedor. Está, até surgir uma coisa melhor. Para essa pessoa, vender é um sacrifício, imagine para quem é atendido por ela! Quem está vendedor, está pronto para fazer qualquer coisa, a qualquer momento e a qualquer preço. Ele não se importa, venda para ele é passageiro, sem valor, ele não se realiza com esse trabalho, e sua principal ferramenta é a mentira. Aí está o maior perigo, pois a mentira destrói a venda. O cliente sente-se traído e, com isso, torna-se o mais novo inimigo da empresa. bem. O vendedor profissional sabe que o valor do seu trabalho está, sobretudo, na negociação. Entende que negociar é promover o entendimento de um ajuste, combinando e concluindo bem uma contratação. Antes da negociação com o cliente existe uma etapa importantíssima, que é a conquista. Se o vendedor não souber conquistar, o potencial cliente muda para o concorrente. Para saber conquistar é preciso ter sensibilidade e ótima comunicação. É a boa comunicação que faz o cliente se interessar pelo seu trabalho e produto. Diariamente falamos da necessidade de encantar o cliente. Isso quer dizer: seduzir, maravilhar, cativar, causar extremo prazer ao cliente. Se o propósito é encantar, negociar precisa ser um ato de puro prazer. Assim, entendo que vender deve ser um negócio feliz. Portanto, é preciso trabalhar para tornar o processo agradável e envolvente. Quer fazer uma venda feliz? Desenvolva a arte de conquistar o cliente e de negociar com sabedoria. Prepare-se para vender, agregue valor ao processo, tenha domínio sobre o produto ou serviço, faça seu cliente Antes da negociação com o cliente existe uma etapa importantíssima, que é a conquista. Se o vendedor não souber conquistar, o potencial cliente muda para o concorrente toda a experiência nesse ramo, pode estar se perguntando: será que preciso estudar mais, me preparar mais? Sem dúvida alguma, o mercado está cada vez mais competitivo e o consumidor mais exigente. Para fazer Por outro lado, quem vive para vender é um vendedor profissional, uma pessoa que gosta do que faz, domina o negócio, sabe que vender e comprar fazem parte do mesmo processo. Quem vende bem, compra se sentir satisfeito desde o início. Prometa somente aquilo que é possível cumprir. Quando necessário, diga não ao cliente. Mostre que o que você quer é fazer um bom negócio para os dois lados. B 16 Revista MERCADO Edição 50

comércio Torre corporativa fica de Alimentação Piso 2 e do UBT - marcadas para novembro - reforçam ainda mais o conceito mixed use do complexo comercial, valorizando a conveniência e a comodidade de uma estrutura que oferece opções em compras, lazer, hospedagem e negócios em um único espaço, em localização privilegiada. pronta em novembro Em construção no complexo Center Shopping, Plaza Shopping Hotel e Center Convention, o Uberlândia Business Tower terá 26 pavimentos e será o maior espaço comercial de lajes corporativas para locação da cidade. Também em novembro fica pronta a segunda Praça de Alimentação do Center Shopping, com vista panorâmica Por Evaldo Pighini com GA O Uberlândia Business Tower (UBT), torre corporativa ainda em construção, contará com 26 pavimentos; os espaços do empreendimento já estão sendo comercializados A administração do complexo Center Shopping, Plaza Shopping Hotel e Center Convention de Uberlândia anunciou no dia 7 de março dois novos e importantes investimentos: uma segunda praça de alimentação e a torre corporativa Uberlândia Business Tower (UBT), ambos a serem inaugurados em novembro deste ano. A segunda Praça de Alimentação será construída no piso 2 e o UBT - cuja edificação já se mostra bastante evidente - está sendo erguido na última área expandida do complexo comercial que abriga também o Center Convention, do lado da avenida Rondon Pacheco. O Center Shopping Uberlândia comemora, no próximo dia 27 de abril, 20 anos de atuação, e o complexo como um todo é responsável atualmente pela geração de sete mil empregos diretos e indiretos. Segundo a administração do complexo, as duas novas construções foram projetadas com o que há de mais moderno em arquitetura e alta tecnologia, e vêm ao encontro da demanda do mercado empresarial local e nacional, reforçando o posicionamento do Center Shopping no mercado de Uberlândia, cidade que é referência em Minas Gerais por estar localizada próximo aos principais centros empresariais do país. As anunciadas inaugurações da Praça Imagem em perspectiva de como ficará o Uberlândia Business Tower depois de pronto. O empreendimento, orçado em R$ 40 milhões, será, segundo os administradores, o maior espaço comercial de lajes corporativas para locação da cidade Uberlândia Business Tower - UBT Foto: Divulgação O Uberlândia Business Tower (UBT) é uma incorporação da EPS Empreendimentos S.A., empresa do Grupo Arcom. A torre corporativa, localizada dentro do complexo comercial que abriga o Center Shopping Uberlândia, Center Convention e Plaza Shopping Hotel, é o maior espaço comercial de lajes corporativas para locação da cidade. O empreendimento, orçado em R$ 40 milhões, está em fase final de construção e com inauguração marcada para novembro deste ano. A edificação tem mais de 20 mil m² de área construída, 117m de altura, 26 pavimentos e conta ainda com heliporto. O modelo arquitetônico segue uma tendência de mercado para espaços corporativos, na qual os grandes consumidores são escritórios de empresas nacionais e multinacionais do setor de prestação de serviços, como nas áreas de saúde e advocacia, e grandes bancos. A estrutura de lajes corporativas permite às empresas, que vão ocupar o empreendimento, escolher a metragem que deve ser locada. As áreas privativas dos pavimentos serão de 458 m², 542 m² e 685 m². O arrojado projeto também visa ao conforto ambiental das áreas de trabalho, com ampla vista panorâmica da cidade, o que privilegiará seus ocupantes. Buscando ainda mais modernidade, o projeto arquitetônico conta com entradas de iluminação natural nas laterais da torre, além de um andar de cobertura, que permitirá o desenvolvimento de um espaço com vista panorâmica e privilegiada da cidade. O UBT contará, ainda, com as mais modernas tecnologias de segurança patrimonial e controle de acessos, automação predial, dispositivos de segurança para prevenção de incêndio, seis elevadores de última geração e de alta velocidade (4 metros por segundo) - automatizados com sistema de antecipação de camadas e equipamentos que reaproveitam a energia mecânica dissipada na frenagem -, um elevador de emergência, ampla área de estacionamento e facilities - serviços condominiais. A

comércio Foto: Divulgação Foto: Divulgação Também em perspectiva, imagem de com será o interior do UBT depois de pronto A nova praça de alimentação: imagem em perspectiva de como ficará o local que irá concentrar 21 operações de fast-food e dois restaurantes, com capacidade para atender a um público estimado em mais de 1.200 pessoas Como parceira no projeto, a EPS Empreendimentos contratou a líder mundial em serviços imobiliários, Cushman & Wakefeld, com 90 anos de atuação e234 escritórios em 61 países. Responsável pela locação do Uberlândia Business Tower, a Cushman também presta assessoria técnica nos projetos executivos e na implementação dos equipamentos Empreendimento consolidado com mais de 300 lojas, 52 mil m² de ABL e um fluxo de aproximadamente 30 mil visitantes por mês, o Center Shopping Uberlândia é referência para 60 cidades da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A menos de dois anos e instalações. Após a inauguração, a Cushman será responsável, ainda, pela gestão dos processos operacionais, disponibilizando tecnologia e know how de gestão presentes nos mais modernos prédios corporativos do mundo. Para a locação das áreas, a Cushman & Wakefeld conta também com a parceria de imobiliárias locais. Outro diferencial do UBT e que Praça de Alimentação Piso 2 da expansão Rondon Pacheco - a maior feita no empreendimento, inaugurada em 2010 - o Center Shopping lançou, paralelamente ao anúncio de entrega do UBT, a segunda Praça de Alimentação, que estará localizada no Piso 2. O espaço contará com 21 operações agrega ainda mais valor ao empreendimento é o fato de a torre estar integrada ao Center Shopping Uberlândia, Center Convention e Plaza Shopping Hotel. Dessa forma, o projeto reforça ainda mais o conceito mixed use, que valoriza a conveniência e a comodidade de uma estrutura que oferece opções de compras, lazer, hospedagem e negócios em um único espaço. de fast-food e dois restaurantes em 1.848 m² de ABL adicional, com capacidade para 1.218 pessoas, e deve gerar cerca de 420 empregos diretos. A nova praça vem ao encontro da necessidade já existente de mais espaço e opções e da demanda crescente de pessoas que passam pelo local diariamente em busca de entretenimento, serviços, lazer e compras. Com a Praça de Alimentação Piso 2, o shopping passa a oferecer 40 opções em alimentação e capacidade para atender mais de 2 mil pessoas. O projeto arquitetônico traz as últimas novidades em matéria de conforto e estilo. Elaborada no conceito lifestyle, a Praça de Alimentação do Piso 2 conta com uma arquitetura moderna e arrojada, de maneira a integrar lojas, restaurantes, cafés e espaços de entretenimento, além de áreas exclusivas para receber executivos, profissionais dos mais diversos segmentos e famílias, em seus momentos de negócios ou lazer. O paisagismo completa o ambiente, criando locais de convivência com o aproveitamento da luz solar, já que toda a área terá vista panorâmica. O que há de mais moderno também será investido na parte de mobiliário e forro acústico, o que vai proporcionar mais conforto aos clientes. Para garantir ainda mais comodidade, o acesso à Praça de Alimentação do Piso 2, localizada em frente à loja Etna, será facilitado por meio de uma escada rolante que vai ligar o espaço gastronômico aos estacionamentos E1, E2 e E3. Com o intuito de deixar todas as áreas do Center Shopping em sintonia com a estética e o conforto de todo o espaço que existe atualmente, também serão feitas modificações na atual Praça de Alimentação do Piso 1. O local vai passar por ampla revitalização, com troca de mobiliário, novo projeto paisagístico e tratamento acústico. O investimento do Center Shopping em mais opções de gastronomia reforça a preocupação do empreendimento em oferecer um mix de lojas que atenda as necessidades de seus clientes. Estamos em constante atualização. O Center Shopping busca ser completo em todos os momentos, destacou o superintendente do Center Shopping Uberlândia, Thiago Castro. B 20 Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50 21

economia Foto: Americas Food & Beverage/Divulgação Exportações mineiras atingiram média diária de US$ 139,9 milhões em fevereiro, segundo a Exportaminas Exportações de Minas Gerais crescem 14% Volume atingiu US$ 2,6 bilhões em fevereiro; estado continua sendo o principal responsável pelo superávit da balança comercial brasileira Da Agência Minas As exportações de Minas Gerais atingiram o valor de US$ 2,66 bilhões em fevereiro de 2012, com uma média diária de US$ 139,9 milhões. Os dados preliminares foram divulgados na primeira semana de março, pela Central Exportaminas/Coordenadoria Especial de Comércio Exterior, órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que realiza mensalmente o Mapeamento das Exportações de Minas Gerais com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). De acordo com os dados, houve um aumento de 14,3% na comparação com o mês de janeiro deste ano. Foto: Divulgação Feiras internacionais, como a Americas Food & Beverage, nos EUA, impulsionaram exportações mineiras Já as importações totalizaram US$ 828,7 milhões, valor 0,2% superior ao mesmo mês de 2011. A média diária das importações de fevereiro/12 foi de US$ 43,6 milhões. Houve um decréscimo de 20% no valor importado em relação a janeiro de 2012. O saldo comercial do mês passado alcançou US$ 1,82 bilhão, com uma redução de 1,7% em relação a fevereiro de 2011. Em relação a janeiro de 2012 houve um aumento de 41,8%. O mês de fevereiro pode ser considerado atípico, devido ao menor número de dias úteis, 19, enquanto a média dos demais meses do ano é de 22 dias úteis. Acumulado - Apesar disso, no acumulado dos últimos 12 meses (março de 2011 a fevereiro de 2012), as exportações mineiras continuaram apresentando resultados expressivos e atingiram US$ 40,96 bilhões, com expansão de 22,1% em relação ao período de março/2010 a fevereiro/2011. O crescimento das exportações mineiras ficou bem acima da variação das exportações nacionais (+20,4%) e a participação sobre o total brasileiro ficou em 15,9%. No mesmo intervalo, as importações aumentaram 25,8% na comparação com o mesmo período de 2010/2011, chegando a US$ 13,2 bilhões. Enquanto isso, as importações nacionais cresceram 23,7%. As importações do estado responderam por 5,7% do total brasileiro. Apesar da crise nos países desenvolvidos e da taxa cambial desfavorável aos exportadores, observamos uma disseminação da cultura exportadora no empresariado mineiro. A busca por novos mercados com a ampliação da carteira de clientes, bem como a inovação, vem se apresentando como saída para muitas empresas do estado, afirma Ivan Barbosa Netto, diretor da Central Exportaminas. De acordo com ele, nas últimas participações em eventos internacionais, Minas Gerais registrou números recordes de participações de empresários mineiros. Apenas a Fruit Logistica em Berlim (Alemanha), principal feira mundial do setor de frutas, verduras e legumes e porta de entrada para todo o mercado europeu, contou com a presença de 48 empresários do estado. Esses fatos confirmam o ótimo desempenho das exportações de Minas e acenam para um crescimento ainda maior em valor exportável e diversificação da pauta exportadora com produtos e serviços de maior valor agregado. Estamos no rumo certo, a internacionalização, conclui Barbosa Netto. A 22 Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50 23

economia Minas Gerais continuou sendo o principal responsável pelo superávit da balança comercial brasileira. O saldo comercial do estado foi de U$ 27,8 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto o saldo nacional foi de US$ 28,6 bilhões. Sendo assim, Minas Gerais possui 97% do saldo comercial brasileiro. Em relação ao período de março/2011 a fevereiro/2012, o crescimento foi de 4,7% no saldo comercial mineiro. B MG: Exportação mensais, 2012-2012 Valores em US$ milhões FOB Fonte: SEDE/Central Exportaminas, sobre a base de MDIC/Secex

agricultura Foto: Divulgação/Seapa responde praticamente por toda a safra mineira. Já o coordenador estadual de Culturas e Biocombustível da Emater-MG, Waldir Pascoal Filho, considera que mesmo que haja problemas climáticos, o desempenho das lavouras será superior ao do ano passado. Ainda que ocorra uma queda na produtividade anunciada, o desenvolvimento das lavouras é inegável, a perspectiva de absorção das safras pela indústria de biocombustível estimula os agricultores. Recorde de grãos O levantamento da Conab também mostra que a safra mineira de grãos 2011/2012, puxada pelo milho e a soja, deve alcançar 11,6 milhões de toneladas, um aumento de 9,3% em relação ao período anterior. Para o Brasil, a previsão é de 157,8 milhões de toneladas de grãos, uma variação negativa de 3,1%. O milho segue com produção elevada em Minas, respondendo na nova estimativa por 63,7% da safra total de grãos do estado. A previsão para este ano é de uma colheita recorde de 7,4 milhões de toneladas, volume que representa uma progressão de 13,6% em relação ao período anterior. De acordo com avaliação da Seapa, o crescimento da produção de milho em Minas Gerais é consequência principalmente do aumento da demanda interna para utilização do produto na agricultura, suinocultura e bovinocultura. Além disso, os índices de preços alcançados pelo grão no mercado internacional, em 2011, estimularam os produtores a ampliar as áreas de cultivo, investir mais em tecnologia e adotar boas práticas nas lavouras. A soja também continua com boas perspectivas. A produção estimada é de 3 milhões de toneladas, um volume 4,8% superior ao do ano passado. B Cultura da mamona está em alta em Minas Aumenta o interesse pela produção e índice de produtividade das lavouras cresce mais de 100% Da Agência Minas Minas Gerais pode registrar na safra 2012 uma produção de 11 mil toneladas de mamona, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O aumento em relação à safra anterior será de 70,3% e deve ser atribuído ao esforço dos produtores, em sua maioria agricultores familiares, para melhorar o índice de produtividade, que alcançou a média de 2 toneladas por hectare. A produtividade registrada é 126,1% maior que a do ano passado, observa o superintendente de Desenvolvimento de Agropecuária e Silvicultura da Subsecretaria do Agronegócio, Bruno Barros Ribeiro de Oliveira. Trata-se de um dado considerável na comparação com a produtividade das plantações brasileiras de mamona, que é de 708 quilos por hectare. A produção prevista para o Brasil é de 105 mil toneladas, uma variação negativa de 25,6%, explica. De acordo com Oliveira, o interesse pela produção de mamona no estado aumentou especialmente com a criação da usina de biocombustível da Petrobras em Montes Claros, na região Norte, que 26 Revista MERCADO Edição 50

investimentos Uberlândia Shopping já está pronto para a inauguração Da Redação com agências A inauguração do Uberlândia Shopping, na zona sul da cidade, já tem dia e hora marcados: será no dia 28 de março, ao meio-dia. O projeto contempla 201 lojas numa área de 45,3 mil m² de Área Bruta Locável e 2.400 vagas de estacionamento, além de um bicicletário. A previsão inicial era de um investimento líquido total de R$ 163,1 milhões, mas esse valor deve ter alteração, o que será confirmado pela executiva da Sonae no ato da entrega da obra. No dia anterior ao da abertura ao público, dia 27, às 20h, os executivos do Sonae Sierra Brasil receberão lojistas, autoridades, fornecedores e imprensa para a solenidade oficial de inauguração. Além do Wallmart e da Leroy Merlin, o Uberlândia Shopping traz várias operações inéditas na cidade, com um mix completo e equilibrado, que irá atender toda a população da cidade e região. A expectativa é que mais de 2 mil empregos diretos sejam gerados após a inauguração. Resultados A Sonae Sierra Brasil, incorporadora, proprietária e administradora de shoppings centers, registrou um aumento na Receita Líquida de 18% no quarto trimestre de 2011 em relação ao mesmo período de 2010, atingindo R$ 61,5 milhões. No ano de 2011, o crescimento da receita foi de 18,5%. As vendas dos lojistas nos shoppings centers da empresa totalizaram R$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2011, um aumento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2011, as vendas dos lojistas dos shoppings totalizaram R$ 4 bilhões, aumento de 12% em relação a 2010. Na cidade de Uberlândia, a Sonae Sierra Brasil é proprietária do Uberlândia Shopping. Sobre a Sonae Sierra Brasil A Sonae Sierra Brasil (www.sonaesierrabrasil.com.br) é uma empresa especialista em shoppings centers com a expertise de suas acionistas controladoras: a europeia Sonae Sierra e a americana DDR Corp. (DDR). A empresa é proprietária e administradora de 10 shoppings em operação: Penha, Plaza Sul, Campo Limpo e Boavista (São Paulo-SP); Pátio Brasil (Brasília-DF); Franca Shopping (Franca-SP); Tivoli Shopping (Santa Bárbara D Oeste-SP); Shopping Metrópole (São Bernardo do Campo-SP) Parque D. Pedro Shopping (Campinas-SP) e Manauara Shopping (Manaus-AM), totalizando 356,6 mil m² de Área Bruta Locável (ABL). Atualmente, a Sonae Sierra Brasil segue com sua estratégia de crescimento com o desenvolvimento de três novos projetos: o Uberlândia Shopping, em Uberlândia-MG, que será inaugurado no final de março; o Boulevard Londrina Shopping, em Londrina-PR; e o Passeio das Águas Shopping, em Goiânia-GO. B Vista aérea da obra do Uberlândia Shopping, na zona Sul da cidade (foto feita em novembro de 2011) Perspectiva de como será o Uberlândia Shopping depois de pronto 28 Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50 29

capa Foto: Divulgação A papisa da moda - e dos negócios De Uberlândia para o mundo: a trajetória de Patrícia Bonaldi, estilista que virou empresária e hoje tem sua marca presente em cerca de 140 pontos de vendas espalhados pelo Brasil e mais de 20 países, como França, Estados Unidos, Espanha, Inglaterra, Emirados Árabes e Rússia Em alta: a estilista Patrícia Bonaldi está presente com sua marca em mais de 20 países Por Margareth Castro Tecidos de qualidade, linhas, agulhas, tesoura e muita inspiração para criar peças exclusivas ou sob medida para clientes exigentes e de bom gosto. Assim é a alta costura, que em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem como referências as estilistas Patrícia Bonaldi, com a marca de mesmo nome, Denise Afonso, dona da Greta Cauê, e Fabiana Milazzo, também com loja de mesmo nome. Pautadas em diferentes estilos, as três se especializaram em moda feminina e garantem que não se incomodam com a concorrência, pois têm públicos distintos e mercado para todos. Mas, assim como a moda é sazonal, quem vive o auge do sucesso e com produções usadas até por artistas globais é Patrícia Bonaldi, a estilista que virou empresária após começar o negócio como uma pequena marca feminina de vestidos para casamentos e eventos. Hoje, com lojas próprias em Uberlândia e em São Paulo, tem mais de 140 pontos de vendas espalhados pelo Brasil e outros 50 em 20 países, como França, Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Emirados Árabes e Rússia. Desde o mês passado, as peças da coleção de verão estão à venda na multimarcas de luxo inglesa Harrods. A empresa emprega 95 funcionários diretos e mais 300 indiretos. Na loja em Uberlândia, a estilista criou uma escola de bordadeiras, que faz a capacitação das mulheres que integram a sua equipe. Elas desenvolvem a expertise da tradição mineira no trabalho manual, rico em bordados feitos à mão. Texturas incomuns tornam o portfólio da marca ainda mais refinado e delicado - as peças fascinam pelos detalhes e contribuem para o sucesso da grife em feiras do segmento festa. O trabalho de Patrícia Bonaldi começou há 9 anos e vem conquistando o mercado nacional e internacional. A estilista se destaca por sua habilidade em combinar tecidos de qualidade, detalhes luminosos, originalidade e sofisticação em vestidos de festa. Os vestidos e acessórios da marca unem sensualidade a elementos românticos, destacando-se pelo uso de ornamentos nas criações como paetês, rendas e pérolas. A modelagem apurada e o acabamen- A Patrícia Bonaldi se destaca por sua habilidade em combinar tecidos de qualidade, detalhes luminosos, originalidade e sofisticação Foto: Reprodução 30 Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50 31

capa to primoroso de peças trabalhadas em seda pura, organza de seda, tule e tafetá também são características das criações de Patrícia Bonaldi. A inspiração para criar as peças cobiçadas por artistas e mulheres de bom gosto surge a partir das experiências adquiridas durante as viagens nacionais e internacionais. Patrícia Bonaldi participa das feiras de moda do país e do exterior. A criação de uma coleção pode variar de seis meses a um ano, desde a pesquisa até o lançamento das peças no mercado. Segundo a estilista, é um período de muito trabalho. No nosso caso, em média, o tempo é subdivido em seis meses para pesquisa, três para produção dos protótipos, dois para lançamento e comercialização para revendedores, três meses para industrialização e de três a cinco meses para a revenda, detalhou. Para Patrícia Bonaldi, ver suas peças sendo usadas por artistas e famosos é o fruto do reconhecimento de um trabalho que vem sendo feito e aprimorado ao longo dos anos. Fico contente com a repercussão que alcançamos, disse. Ela conta ainda que com a divulgação e notoriedade que a marca vem alcançando, tem recebido vários contatos de celebridades, stylists e produtores de moda. Vou citar como exemplo o caso de uma conhecida cantora mexicana que conheceu a marca através de um blog e entrou em contato conosco. O começo de tudo A marca Patrícia Bonaldi tem nove anos, mas despontou nos últimos dois. Logo após voltar do Japão, onde morou um período com o marido, Patrícia Bonaldi abriu uma loja multimarcas de roupas para festa. Ela conta que ao atender as clientes, ouviu muitas opiniões e reclamações das mulheres que procuram por modelos pouco convencionais no mercado. Percebi um espaço no mercado e decidi criar minha própria marca, com modelos que atendessem as necessidades mencionadas pelas clientes, disse. Assim, em 2003, a empresária e estilista abriu a loja Patrícia Bonaldi em Uberlândia, que hoje fica na rua Goiás, no Centro. Sempre me interessei por moda, porém, nunca pensei nela como profissão, revelou a estilista. Como todo negócio, o objetivo é crescer. Por isso, Patrícia Bonaldi investiu na abertura de sua primeira loja na capital paulista em novembro do ano passado. Em um endereço requintado, na Rua Bela Cintra, nos Jardins, e em um espaço de 210 m², a loja tem uma linha contemporânea, com traços simples e uso de cores neutras, espelhos e inox. Sem perder a identidade sofisticada e original, Patrícia Bonaldi lançou no início deste ano uma nova marca, a Pat Bo, com peças mais casuais, com perfil mais jovem e fashion. A primeira coleção conta com a expertise das blogueiras Camila Coutinho, Thássia Naves e Lalá Noleto, que inspiraram a criação das peças ao lado de Patrícia Bonaldi. Depois de viagens ao exterior, elas definiram a abordagem da marca para o que seria tendência na estação e com o tema da coleção luxo global, a estilista criou looks urbanos O estrelato não fez Patrícia perder sua originalidade: Sempre me interessei por moda, porém, nunca pensei nela como profissão para vestir a mulher moderna de hoje. Em tecidos como veludo, couro, renda, seda, chamois/suede, as peças são apresentadas nas cores dourado, preto, ocre caramelizado, âmbar e gloss vermelho, que contrastam com preto-laqueado, marrom-bronze, além de nuances metálicas, resultando numa harmonia elegante e em glamour. A estilista e empresária Denise Afonso de Oliveira cresceu vendo as avós costurando e no meio dos tecidos, na loja de seu avô. Na adolescência, entre os 13 e 14 anos, mandava fazer suas roupas e, com isso, garantia a exclusividade dos modelos. A paixão por moda era tão grande que queria fazer um curso na área, mas como em Uberlândia não tinha faculdade de moda, acabou fazendo Decoração. Depois, foi embora para a Itália, onde ficou por quase um ano e especializou-se em moda. Na Itália tinha a companhia da Greta Cauê - De confecção a maison A estilista Denise Afonso, leia-se Greta Cauê, foi uma das responsáveis por abrir as portas da alta costura para a indústria da moda de Uberlândia amiga Fabiana Milazzo, de quem foi sócia em uma confecção. Denise Afonso conta que aprendeu corte na prática, porque tinha muita ideia e queria transformá-las em peças. Entre 1993 e 1994 lançou a marca Greta Cauê, com fábrica na Rua Itumbiara, no bairro Aparecida, região central de Uberlândia. As peças confeccionadas eram vendidas no atacado. Mas Denise Afonso tinha um objetivo, e em 2000 conseguiu concretizá- -lo, ao inaugurar a Maison, que funciona na avenida Rondon Pacheco, junto com a fábrica. Deixei de ser Foto: Leo Crosara uma confecção para ser um atelier de alta costura. Com isso, passei a trabalhar no varejo, com um investimento maior a partir de 2007. Hoje, trabalho com roupas personalizadas, sob medida, exclusivas, contou. Mão de obra qualificada está difícil e eu primo pela qualidade das peças, por isso acompanho toda a produção (Denise Afonso) A produção é em média de 80 peças por mês, mas na Maison também tem peças terceirizadas. Denise Afonso conta que no início trabalhava com 60% da coleção em esporte fino e 40% festa. Hoje, 80% é roupa de festa e 20% esporte fino, o que exige ainda mais dedicação e acompanhamento. Linha de festa exige exclusividade e eu gosto de acompanhar toda a produção, afirmou. Para se aprimorar, a estilista fez cursos no exterior em alta costura e quatro vezes ao ano viaja para fazer pesquisas em moda. Trago peças para desmanchar e aprender como foram feitas, ver os detalhes, aprender modelagem e acabamento. Também trago aviamentos do exterior, porque enriquecem minha produção, revelou. Denise Afonso diz que já recebeu várias propostas para vender para o exterior, mas ainda não aceitou porque teria que aumentar sua produção, coisa que ela não quer fazer no momento. Mão de obra qualificada está difícil e eu primo pela qualidade das peças, por isso, acompanho toda a produção, enfatizou. A 32 Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50 33

capa Fabiana Milazzo - Vestido da marca é capa da Vogue Brasil A badalada estilista uberlandense Fabiana Milazzo foi capa com suas criações da Vogue Brasil, a revista de moda mais conceituada do mundo Em janeiro deste ano, uma das criações da estilista e empresária Fabiana Milazzo foi capa da Vogue Brasil -revista feminina de moda mais conceituada que existe, publicada pela Conde Nast Publications desde 1892 -, o que para ela foi considerado uma conquista importante para a alta costura mineira. É bom ver o seu trabalho valorizado, principalmente em uma das revistas mais conceituadas no mundo da moda, disse. Mas Fabiana Milazzo já está acostumada a ver suas peças exibidas em rede nacional. Ela já teve roupas em várias novelas globais, como Passione e Insensato Coração, e já fez parte de editoriais de moda das revistas Elle e Cláudia. Para ela, esse destaque é natural para quem trabalha no atacado e participa das feiras de moda. A partir do momento em que se está fora e o trabalho é bem feito, ele aparece, ressaltou. Para chegar até esse ponto, Fabiana Milazzo trabalhou e ainda trabalha muito. Apaixonada por moda desde os 6 anos, quando passou a desenhar as próprias roupas até ser dona de uma Maison, foram anos de estudos e dedicação. Aos 18 anos, montou confecção com a amiga Denise Afonso. Depois, foi fazer curso de moda e modelagem na Itália, onde morou por quatro anos e também se casou. Em 2000, ao voltar para o Brasil, reabriu uma confecção com marca própria e há 10 anos construiu sua maison na avenida Rondon Pacheco. Não tinha intenção de fazer atacado, mas é algo que agora está crescendo e hoje atendo quase todos os estados (Fabiana Milazzo) Até um ano e meio atrás, a produção era voltada para o varejo. Hoje, a marca Fabiana Milazzo é comercializada no atacado. No Brasil, distribui para 77 lojas. Não tinha intenção de fazer atacado, mas é algo que agora está crescendo e hoje atendo quase todos os estados, contou. A estilista diz que a mudança ocorreu depois de participar de uma edição da Minas Trend Preview, em Belo Horizonte, a convite do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Uberlândia (Sindivestu). O Sindicato podia levar três marcas da cidade para participar gratuitamente em seu estande e isso foi o começo de tudo, relembrou. Depois dessa primeira experiência, Fabiana Milazzo voltou a participar da feira em um estande próprio e também participa de outras feiras pelo país, como a Fashion Business, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Para atender a demanda, vender e entregar as peças sem comprometer a qualidade do produto, Fabiana Milazzo decidiu formar a própria equipe e está com vagas abertas para costureiras e bordadeiras. A estrutura física também será ampliada e a empresária já investiu em maquinários e tecnologia, como o programa Audaces, A indústria de moda no Brasil ainda está em crescimento e necessita de mais profissionalização em vários setores. Para as estilistas de alta costura em Uberlândia, a maior dificuldade hoje está em obter mão de obra especializada, principalmente nas áreas comercial, de modelagem, costura e produção. Para Fabiana Milazzo, o mercado de alta costura é bom, mas pode melhorar. Segundo ela, faltam cursos técnicos, porque a moda é dinâmica, precisa se reciclar. Fabiana Milazzo reclama da falta de cursos técnicos, porque, segundo diz, a moda é dinâmica e é preciso reciclagem Foto: Reprodução que tem precisão e não desperdiça tecido. Hoje, a equipe interna é formada por 25 pessoas, mas tem os prestadores de serviços, como bordadeiras e facção. A produção atual é de aproximadamente 800 peças/ mês e se divide em casual chic e alfaiataria. Fabiana Milazzo já está trabalhando na coleção Verão 2013, As top três falam do mercado A estilista acredita que uma oportunidade para melhorar o mercado é investir na formação de mão de obra e também na faculdade de moda, onde é possível descobrir novos talentos. O meu braço direito, Letícia, é formada há dois anos e trabalha na criação e desenvolvimento de produtos junto comigo, contou. Patrícia Bonaldi acredita que a habilidade específica acaba predominando sobre a formação técnica Já Patrícia Bonaldi acredita que a moda faz parte de um rol de profissões que exige habilidade específica, combinada com a formação técnica. Vejo que a habilidade específica acaba tendo mais peso que a formação técnica, que apesar de importante, sozinha não garante o êxito na profissão, disse. Segundo a estilista, a formação em moda oferece um leque amplo de profissões. Existem hoje segmentações de profissões dento da moda que formam pessoas para diversas áreas dentro desse mercado, disse. já que em janeiro lançou a segunda etapa da coleção Inverno 2012, que tem como tema Minha Toscana. Ela conta que o tempo de criação de uma coleção é de aproximadamente seis meses e que sempre se inspira em um tema e cria a partir dele, inclusive as estampas, que são exclusivas. Tenho uma identificação com o estilo italiano, disse. Denize Afonso crítica os cursos superiores oferecidos em Uberlândia que, segundo ela, carecem de melhor estrutura acadêmica Denise Afonso diz que os cursos superiores oferecidos na cidade ainda precisam melhorar sua estrutura acadêmica, mas acredita que das faculdades podem sair grandes talentos, porque o desempenho depende do aluno. Para aqueles que sonham com o glamour do mundo da moda e estão em busca desse ideal, Patrícia Bonaldi dá um conselho. Para ela, o primeiro passo é saber com que áreas a pessoa possui afinidade (design, gestão, marketing, compras, estilo, produção) para que possa se dedicar e aperfeiçoar essas habilidades. O caminho é mais fácil quando você gosta do que faz e conhece suas habilidades, concluiu. B Foto: Leo Crosara 34 Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50 35

comunicação Os porta-vozes da organização são fontes de informações recorrentes na mídia, portanto, a assistência e preparação dessas pessoas é fundamental, o que se dá por meio do Mídia Training: uma das atribuições da assessoria de imprensa e que deve ser bem feita Vai contratar uma assessoria de imprensa?! Conquistar credibilidade e boa visibilidade faz parte dos anseios de toda empresa. Para isso, contratar uma assessoria de imprensa profissional pode ser a aposta certa, mas é preciso ficar atento para que o barato não saia caro Da Redação com Agência Cerca de 50% do faturamento de uma assessoria de imprensa são investidos em mão de obra especializada. Isso porque manter uma equipe multidisciplinar, formada por jornalistas experientes, com profissionais de relações públicas, marketing e artes visuais competentes faz toda a diferença na qualidade do serviço oferecido. Ao contratar uma assessoria de imprensa, tenha em mente que você irá alocar prestadores de serviço em prol da visibilidade de sua empresa. Esse é um tipo de função altamente distinta, que tem como responsabilidade trabalhar com a credibilidade do seu negócio perante a mídia. Muitos empresários acreditam que irão vender mais produtos contratando assessores de comunicação. Isso não é verdade! A assessoria trabalha com conteúdos jornalísticos, com informação factual e não com marketing mercadológico, que é a ferramenta geradora da venda direta, informa a jornalista Clarice Pereira, coordenadora da Link Portal da Comunicação (www.linkportal.com.br). Ela aponta outro engano comum dos contratantes: achar que o preço mais baixo é a melhor opção para a empresa. Você sabe que toda categoria trabalhista tem piso mínimo salarial. Então, pergunte-se quanto vale o jornalista que cuidará de sua conta. Quanto mais baixo for o valor da prestação de serviço desse indivíduo, menor será a experiência do contratado, reflete a profissional com mais de 20 anos no mercado de trabalho. Foto: Reprodução A jornalista Clarice Pereira, da Link Portal da Comunicação, orienta empresas sobre o que avaliar nos serviços prestados de uma assessoria A jornalista brinca: Você colocaria um estagiário para atuar como gerente de um de seus departamentos? No mercado jornalístico é a mesma coisa, temos os trainees, os jornalistas jr., os plenos e os sêniors. Cada um em sua faixa salarial e com experiência correspondente na função, explica. E conclui: Se o preço da assessoria for muito baixo, com certeza a remuneração do profissional de atendimento também será compatível com o fee recebido, ou seja, pense com cabeça de patrão quando for contratar seu assessor, avisa. Clarice ensina que o contratante deve primeiramente determinar o perfil mais adequado do profissional que irá atender a empresa. Recomenda ainda observar a graduação, fluência em idiomas e as especializações dos jornalistas destacados para o serviço. Por fim, indica procurar saber quais as ferramentas que esses assessores oferecem: com que mailing list de veículos de comunicação trabalham? Sua clipagem de notícias é diária? É em tempo real? Quais ferramentas são agregadas ao trabalho? Monitoram e abastecem redes sociais? Fazem follow-up com a mídia? Visitam redações? Seus contatos ficarão disponíveis 24 horas? Depois de traçado o perfil pretendido, reserve o budget que pretende investir nesse profissional. Faça uma pesquisa de mercado, verifique quanto outras empresas de seu porte investem no segmento. Se o seu negócio não dispõe de recursos para esse tipo de investimento, talvez você precise inicialmente investir em estratégias de marketing para gerar mais receitas. Desenvolva um planejamento de comunicação e vá galgando passo a passo os 4 pês do marketing: preço, produto, ponto e promoção. O respeito e a credibilidade advindos do trabalho de assessoria atrairão as atenções do mercado competitivo e, indiretamente, poderão gerar o interesse de novos clientes e a fidelização dos atuais Foto: Divulgação Lembre-se de que a assessoria de imprensa não substitui ações publicitárias, de marketing ou relações públicas. A comunicação deve ser feita de maneira integrada. Certifique-se de que sua instituição tem a necessidade de estar presente na mídia para informar seu consumidor, associado e parceiros. Os porta-vozes da organização devem tornar-se fonte de informações recorrente na mídia, porque têm o que dizer para o público em geral ou porque querem trazer visibilidade e credibilidade a um produto, serviço ou marca e para a empresa institucionalmente. Saiba que o investimento em uma assessoria de imprensa varia muito. O empresário vai encontrar preços bastante díspares, pois existem profissionais free- -lancers, que trabalham sozinhos em casa, sem muitos recursos tecnológicos, cujo fee é mais acessível. Existem empresas de pequeno porte, com profissionais iniciantes, cujo custo é mediano. Outras, de porte médio, com equipes mais experientes e especializadas cobram um pouco mais. E as grandes assessorias, formadas por equipes multidisciplinares, departamentos e filiais, obviamente gerarão uma despesa maior, portanto, o valor cobrado por elas é equivalente à qualidade do serviço que seus profissionais oferecem. Clarice Pereira ainda afirma que de nada adianta investir em assessoria de imprensa, se não houver consenso entre a diretoria e o departamento de marketing. Ambos devem estar conscientes de que é o momento para tornar sua marca mais conhecida. O respeito e a credibilidade advindos do trabalho de assessoria atrairão as atenções do mercado competitivo e, indiretamente, poderão gerar o interesse de novos clientes e a fidelização dos atuais, ressalta. B 36 Revista MERCADO Edição 50 Revista MERCADO Edição 50 37

decoração Um só corpo e... Os tempos mudaram e, hoje, a união entre homem e mulher passa pela divisão de tudo, inclusive de espaço, mesmo no banheiro Por Ana Paula Horta Para tudo! O discurso pronunciado no ato do casamento não se aplica ao dia a dia. O casal é composto, sim, por dois corpos, duas carnes. E para que essas duas pessoas tão singulares possam ter uma união duradoura e estável, é necessário adotar algumas regrinhas, principalmente quando sob o mesmo teto. Dividir a vida e a casa com uma outra pessoa completamente diferente, na prática não é tão fácil como nos contos de fadas. Todavia, a adesão de algumas regras no dia a dia pode ajudar na manutenção de uma convivência harmônica. Pensando em facilitar a vida do casal, a arquitetura e a decoração encontram soluções que valorizam a individualidade de cada pessoa. A nova forma de relacionamento dos casais se reflete na decoração, em que cada um quer o seu espaço: no detalhe, banheiro com duas cubas - uma para ele e outra para ela Segundo as profissionais da VS design, Fabiana Visacro e Laura Santos, as relações de convivência mudaram, o que se reflete também no ambiente residencial Os tempos mudaram e, nos dias atuais, a união entre homem e mulher parece se tratar de um manual de convivência, um contrato em que a principal premissa é a divisão de tudo, com a condição de não deixar a singularidade de cada um em segundo plano. Essa parece ser a receita para um casamento duradouro. Respeitar a individualidade e o espaço do parceiro é fundamental. A escolha de se unir a alguém, passar os dias compartilhando o mesmo ambiente, os problemas, as possibilidades financeiras e mais, sem imposição familiar, como ocorria antigamente, faz com que todo o conceito de casamento se altere e, junto a este, as relações de convívio. Esse novo conceito de união se reflete também no lar. Os ambientes retratam essas relações, comentam as profissionais da VS Design, Fabiana Visacro e Laura Santos. Quando marido e mulher passam a conviver sob o mesmo teto, as diferenças entre eles ficam mais evidentes. Ela reclama da bagunça dele. Ele reclama que ela demora muito no banho. Ela quer ver novela, ele, futebol... E por aí vai. Então, como planejar o lar para atender as necessidades dos dois? A resposta está na segregação de ambientes. Segundo a designer de interiores Iara Santos, a mulher é quem mais pede essa opção. A esposa, geralmente, é mais organizada, cuidadosa e se sente mais incomodada em ter que compartilhar, por exemplo, o banheiro com o marido, uma vez que o homem tem mania de jogar a toalha pelo chão, deixar a pia molhada etc. Isso costuma irritar mais as mulheres, explica. O banheiro costuma mesmo ser o cantinho mais solicitado por elas para ser duplicado. E as profissionais defendem: A mulher precisa cuidar da estética, por isso, principalmente pela manhã, costuma demorar no banho e gastar um bom tempo com a maquiagem e o cabelo. Como o horário de trabalho Os closets, com espaços bem definidos para o uso do homem e da mulher, são outro exemplo de segregação dos espaços nas moradas contemporâneas do marido geralmente é o mesmo, a mulher acaba tendo que abrir mão do tempo dispensado para cuidar de si, lembra Iara. A solução para isso, de acordo com Fabiana e Laura, é a colocação de pares de cubas, vasos sanitários e chuveiros no banheiro, possibilitando o uso do banheiro pelo casal ao mesmo tempo. Essas são as solicitações mais comuns. E realmente isso torna a vida do homem e da mulher mais confortável e prática, ressaltam. Elas recomendam ainda que se mantenha um padrão. Os revestimentos, cores e etc. devem manter a unidade, evitando-se a distinção, para que a sensação seja de harmonia. Nada de poluição visual! Além do banheiro, os armários e o closet entram na lista dos itens solicitados para a segregação. Os projetos de decoração têm atendido de forma bastante criativa essa demanda. Uma contribuição da arquitetura e do design de interiores para que os pombinhos possam, de fato, viver felizes para sempre... B 38 Revista MERCADO Edição 50