Sete pecados. capitais na criação de sites



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Transcrição:

44 :: Webdesign Sete pecados capitais na criação de sites Entre o céu e o inferno. Muitas vezes, esta é a sensação de quem trabalha na criação e no desenvolvimento de ambientes digitais, pois a constante transformação do meio exige clareza, perspicácia e rapidez para evitar as tentações e garantir a escolha adequada que resulte no sucesso de um projeto. Recorremos à história para ajudar os nossos leitores a cumprirem tal tarefa da melhor maneira possível. Certamente, vocês já devem ter ouvido falar dos sete pecados capitais (http://tinyurl.com/sete-pecadoscapitais), classificação feita pela doutrina católica que lista os principais vícios humanos. Neste especial, resolvemos adaptar tal idéia e convidamos sete especialistas brasileiros do mercado web para analisarem os principais erros na concepção de um site. Além disso, eles apontam alguns exemplos de quem não caiu em tentação. Boa leitura!

Sete pecados :: 45 Pecado I: dificultar as ações de navegação em um site Felipe Memória - Interaction designer - HUGE-NY - www.hugeinc.com Durante a análise dos finalistas do Concurso Peixe Grande, dois erros básicos se repetiram em excesso. Acredito que esses erros ainda sejam comuns em boa parte dos sites que existem por aí. O primeiro deles é ignorar solenemente as necessidades do público-alvo e seus objetivos. A grande maioria dos sites tem duas ou três tarefas principais que serão executadas pelos usuários. Uma de suas missões é, portanto, facilitar a execução dessas tarefas. O que acontece é que boa parte desses sites ainda é projetada levando-se em consideração o que o cliente acha certo e não o que o cliente do cliente quer. O segundo erro é, de certa forma, relacionado ao primeiro. Ainda vemos muitos sites feitos em Flash de forma injustificável. Fazer o usuário esperar a tela carregar sem necessidade é, no mínimo, falta de educação e mau atendimento. É um sentimento parecido ao de ficar numa fila para entrar em um estabelecimento cheio de lugares. Sabe aquele restaurante que está cheio de mesas vazias e ainda assim te deixa esperando? É muito irritante, não é? Sites em Flash que deixam o cliente em potencial esperando para mostrar uma animação irrelevante, e que trazem a reboque uma série de outros problemas de usabilidade, são um crime! Coitado do cliente, dono do negócio, que pagou para alguém fazer seu site e recebeu um produto que deixa seus clientes esperando, não só na entrada, como a qualquer momento que precisam fazer algum tipo de solicitação. Afinal de contas, a todo clique um novo carregando aparece para facilitar a vida do usuário... Amazon (www.amazon.com): um site de enorme complexidade que consegue ter atenção a todos os detalhes que importam aos seus clientes: rápido, com uma tonelada de conteúdo relevante, busca excelente e atendimento perfeito. (Felipe Memória)

46 :: Webdesign Pecado II: seguir tendências não garante a originalidade do site Tulio Paiva - Diretor de criação digital - Giovanni+DraftFCB - www.giovannidraftfcb.com.br Entendo os sites como grandes peças de comunicação das marcas, verdadeiras plataformas para que os consumidores participem de experiências que reforcem a personalidade, os valores e os diferenciais de seus produtos e serviços. Mais: funcionam como pontos de partida e de chegada para processos de relacionamento e fidelização permanentes e retroalimentados. Nesse sentido, acredito que os erros mais comuns que podem comprometer a originalidade de sites são: a) Camisa de força - a obediência cega a guidelines, templates e afins, desenvolvidos para outras plataformas e utilizados sem critério ou senso crítico, comprometendo a dinâmica on-line e, conseqüentemente, a experiência. Identidade visual é uma coisa; gesso é outra. b) Falta de verdade - a busca da originalidade não pode fazer com que as marcas abandonem seu DNA. Há que se inovar sempre, mas sem perder a autenticidade jamais. c) Modismos - seguir tendências nem sempre é sinônimo de originalidade. Cuidado para o seu site não parecer um jovem de butique ou um punk de butique, por exemplo. d) Perder o foco - todo o poder emana do usuário e em seu nome será exercido. Se você piscar, pode se perder no overdesigning, no gadgetismo, no conteúdo colaborativo ou em outra armadilha qualquer. Lembre-se: você quer que o seu consumidor se sinta em casa, e que ele tenha vontade de voltar sempre para lá. e) Benchmarkismo - os sites da concorrência, de outros segmentos e até mesmo aqueles premiados em festivais, e que você naturalmente admira, são referências, não leis universais. Cada problema tem sua resposta específica. Red Bull Flugtag Flight Lab (www.redbull. com/flightlab): um ótimo exemplo de como integrar experiência, conceito, posicionamento da marca e entretenimento, utilizando todo o potencial do Flash 9 com Papervision. (Tulio Paiva)

reportagem - Banner :: 47

48 :: Webdesign Pecado III: negligenciar a semântica do código de um site Everaldo Bechara - Coordenador acadêmico - Centro de Treinamento ilearn - www.ilearn.com.br A não aplicação de boas práticas e dos padrões web recomendados pelo W3C podem trazer uma falta de produtividade para os desenvolvedores e transtornos aos seus usuários. Vamos comentar algumas questões. Um item extremamente importante, e que nem sempre é adotado pelos designers e desenvolvedores, é a validação dos documentos. Quando valida um documento, você detecta possíveis erros no desenvolvimento do seu código e tem a oportunidade de acertá-los. Um código bem construído e validado é fundamental para que os agentes do usuário (aplicativos que interpretam seu conteúdo) possam entender o que está escrito e interpretar seu site da melhor forma possível. Outra questão muitíssimo relevante, e que alguns designers e desenvolvedores, por muitas vezes não levam em consideração, é a semântica em seus códigos. Infelizmente, ainda existe uma legião de designers e desenvolvedores que desconhecem a importância de uma semântica correta. Uma vez aplicada, seu código passa a ter relevância para os agentes e conseqüentemente um melhor posicionamento no Google, por exemplo. A aplicação dos padrões (X)HTML e CSS, de forma semanticamente correta e a validação dos documentos, permitirá que seus projetos estejam preparados para vários dispositivos, possibilitando a convergência digital. Nada melhor que uma boa experiência para o usuário, tanto no seu computador tradicional como também para os dispositivos móveis. Outra questão fundamental, e que nunca devemos esquecer de implementar, é a acessibilidade. Projetos acessíveis aumentam sua audiência e, para o seu negócio, trazem a possibilidade de mais clientes consumidores, isso sem esquecer, é óbvio, dos direitos de todos os cidadãos ao acesso à informação. Uma coisa que observo é que apesar de escreverem em (X)HTML e CSS, muitos não se preocupam em fazer seus códigos semânticos e bem formados. Já passei por vários sites que estão presentes em galeria de imagens que são feitos com essas recomendações, mas cuja aplicação deixa muito a desejar, como, por exemplo, o uso errado de vários títulos <h1> em uma mesma página. W3C (www.w3c.org): podemos observar que o poder deste site está em sua codificação. É uma aula de semântica. Também há outros aspectos interessantes, como a codificação do documento como um verdadeiro XML. (Everaldo Bechara)

50 :: Webdesign Pecado IV: não pesquisar as necessidades do usuário Guilhermo Reis - Especialista em arquitetura de informação - Try Consultoria e Pesquisas - www.try.com.br A arquitetura de informação tem por objetivo criar uma interface (pode ser um site, um aplicativo para celular, um programa para computador desktop) que atenda as necessidades do usuário e seja viável. Assim, os erros mais comuns ocorrem quando o arquiteto não consegue atender bem essas duas questões. Para satisfazer as necessidades dos usuários, o primeiro passo é conhecê-lo: quais são as suas necessidades, seu comportamento, as informações que necessita para tomar decisão e qual é a sua linguagem, que termos e palavras ele utiliza. Para obter esses dados, as empresas precisam investir em pesquisa: ir a campo e entrevistar, conversar, observar, realizar estudos de usabilidade no site atual, nos concorrentes e em similares. Isso pode ser feito contratando consultorias especializadas no tema e também consultando informações internas da empresa. Conversas com vendedores, atendentes de call center, técnicos de campo, análise de relatórios internos (sugestões, reclamações, vendas, logs de mecanismos de busca) são formas também válidas para entender mais sobre o usuário e são conceitos básicos de um sistema de informação de marketing. Nem sempre o problema das empresas é só a falta de dinheiro para investir em pesquisa. Também é muito comum a falta de cultura. O segundo erro é não apresentar uma solução viável de ser implementada, e por viável eu tenho um conceito mais amplo. Primeiro, e mais óbvio, é a viabilidade técnica: é possível implementar o site proposto com a tecnologia disponível (domínio das linguagens de programação, integração com sistemas legados, servidores disponíveis para hospedar etc.)? Segundo é a viabilidade operacional: a empresa terá condições de administrar o site proposto (atualização das páginas, responder aos contatos etc.)? Terceiro é a viabilidade estratégica: o site está alinhado com as estratégias da empresa? Quarto, e não menos importante, o site tem boa usabilidade? É nesse quarto ponto onde entra toda a expertise dos arquitetos de informação para projetar interfaces com boa usabilidade e os testes de usabilidade como ferramenta para avaliar isso. UOL (www.uol.com.br) e Globo.com (www. globo.com): No fundo, a arquitetura de informação e a usabilidade são mais uma das forças que agem no projeto de um site e disputam espaço com as demais (custo, prazo, tecnologia, segurança, operação, design gráfico, redação etc.). Mas o que vejo nestes sites é que esses dois conceitos são respeitados e conseguem brigar em pé de igualdade com os demais. (Guilhermo Reis)

Sete pecados :: 51 Pecado V: não considerar a necessidade do negócio na escolha da tecnologia Fabio Seixas - Sócio-diretor do Camiseteria.com - www.camiseteria.com A escolha da tecnologia é um ponto crucial na definição de um projeto de internet. Apesar de eu ser agnóstico tecnológico, vejo que os principais erros são: - definir a tecnologia do projeto baseado apenas no conhecimento da equipe técnica ao invés de considerar as necessidades do negócio da empresa; - selecionar tecnologias que possuem escassez de profissionais no mercado, e, principalmente, tecnologias que não garantem uma boa escalabilidade (http://pt.wikipedia.org/wiki/escalabilidade). As conseqüências de tais ações são as mais variadas. Muitas vezes, elas podem inviabilizar o projeto ou prejudicar demais a imagem de uma empresa. YouTube (www.youtube.com): conseguiu, utilizando uma gama de tecnologias, criar um serviço altamente estável e que atende demandas de recursos de tecnologia altíssimas. Isso antes mesmo de ter sido comprado pelo Google, o que, a meu ver, é um feito e tanto no uso da tecnologia. (Fabio Seixas)

52 :: Webdesign Pecado VI: não justificar o uso de elementos na composição gráfica da interface Victor Sahate - Head of design - Agency Republic (Londres) - www.sahate.com.br O maior problema de falar sobre erros é que automaticamente temos que determinar parâmetros para o que entendemos como acertos. Sob um ponto de vista realista, certo e errado não existem, né? Sendo mais prático e levando em conta que precisamos nos basear em algo para atingir uma meta, o que chamamos ou entendemos como certo é, na verdade, um equilíbrio elegantemente focado nos possíveis resultados desta meta. Esta bonita relação, em design, está muito ligada a fatores de caráter emocional e funcional, que, por sua vez, estão sempre em movimento, nunca estáticos. Os erros mais comuns na busca desse equilíbrio em um website estão relacionados à ergonomia, funcionalidade e aspectos técnicos do meio, como resolução, calibragem gráfica em diferentes monitores, interface, peso do site em relação à banda de acesso do público-alvo e padrões de acessibilidade. Tudo isso é parte atuante e fundamental de um bom design e não deve ser deixado de lado nem pelos designers mais artistas. Falando então da parte artística e tratando apenas de puro design gráfico, supostamente o que tenho que responder aqui, os erros mais comuns, por incrível que pareça, acabam não sendo ligados à escolha de fontes e aos padrões de cores e sim a argumentação e a sensibilidade do designer perante estas escolhas. Não existem regras preestabelecidas para a definição tipográfica, a combinação cromática e as formas gráficas. Dependendo da intenção do designer, dos requisitos do projeto e do potencial da equipe de produção, diferentes soluções podem fazer sentido. O que o designer deve ter sempre em mente são os motivos claros de suas escolhas, sabendo argumentar muito bem tanto sob o ponto de vista funcional quanto emocional e, com isso, criar uma atmosfera sólida e consistente em volta de sua criação. The-Affair (www.the-affair.com): inovador em sua forma de mostrar camisetas; tecnologicamente bem feito e produzido; simples e esperto em sua forma de navegar. Não precisa de muita explicação e você já entende tudo que precisa fazer. Bom uso da tipografia, misturando fontes que trazem o mood da marca com fontes específicas para visualização em tela. (Victor Sahate)

Sete pecados :: 53 Pecado VII: tratar o conteúdo apenas como novidade Bruno Rodrigues - Consultor em informação para a mídia digital do website Petrobras - http://bruno-rodrigues.blog.uol.com.br Erro mais comum: achar que conteúdo é sinônimo de notícia, e por isso só merece destaque na página principal uma vez na vida. Nem todo conteúdo é material noticioso, então cuidado para não transformar seu site em um cemitério de informações, onde só a novidade merece destaque. Trabalhar todo o conteúdo de um site, em seu potencial máximo, é um dos segredos do sucesso. Outro problema: quando o conteúdo não é tratado com o raciocínio de camadas. Neste caso, tudo é entregue de uma vez, colocando por terra o trabalho de estímulo à navegação pelo site. Todo conteúdo deve ser visto como uma cebola, com diversas camadas, em que cada uma delas, você oferece o conteúdo aos poucos, da isca da primeira página ao resumo caprichado do texto principal e à informação expandida que surge dos leia ainda. É um trabalho de tapeçaria que merece todo cuidado, para tecer um todo que resulte eficaz. Além disso, esqueça as lendas urbanas, como a que diz que um texto web precisa ser curto: disso depende a camada de conteúdo em questão e o perfil do usuário. Não acredite em tudo o que ouve - acredite em pesquisas e testes, isso, sim. Site oficial da cidade de Buenos Aires (www. bue.gov.ar): com conteúdo elegante e equilibradíssimo, nele há doses perfeitas de informação e persuasão. Além disso, fotos e vídeos nunca deixam a informação em segundo plano, abrindo espaço, todo o tempo, para o objetivo final do site: ser um veículo de serviços, antes de tudo. (Bruno Rodrigues)