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Transcrição:

DENSIFICAÇÃO DA REDE DE REFERÊNCIA CADASTRAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS UTILIZANDO TECNOLOGIA GNSS (POSICIONAMENTO POR SATÉLITE) EM APOIO AS OPERAÇÕES GEODÉSICAS DESENVOLVIDAS NO MUNICÍPIO E REGIÃO. J. L. A. Trabanco, D. C. Costa, M. T. Françoso, J. Rocco, E. F. Innocente RESUMO Em 1996 a Prefeitura Municipal de Campinas- PMC implantou uma rede de vértices pelo sistema GNSS constituída de 12 pares de marcos materializados por pilares estáveis, localizados em áreas protegidas e de fácil acesso, que até então serviram como referência para todos os levantamentos topográficos e geodésicos realizados no Município. No ano de 2006, 40 novas estações GNNS foram implantadas visando a densificação da Rede e a elaboração de uma carta geoidal para o município. Ressalta-se que nestas 40 novas estações foram obtidas as altitudes ortométricas através de nivelamento geométrico de precisão, bem como foi realizado um levantamento gravimétrico. Posteriormente, em 2008, foram implantados mais 120 estações, de tal forma que todos tivessem pelo menos um marco com intervissibilidade, que pudesse ser usado de base para levantamentos topográficos convencionais. Este trabalho apresenta todas as fases de processamento e ajustamento dos dados obtidos. 1 INTRODUÇÃO O trabalho apresenta as etapas das atividades de campo e escritório desenvolvidas visando a densificação da Rede de Referência Cadastral do Município de Campinas Estado de São Paulo. A rede de referencia cadastral inicialmente era composta por 12 pares de marcos materializados através de pilares com dispositivos para centragem forçada e rastreados pelo sistema NAVSTAR/GPS. A densificação da referida rede tem como objetivo principal, propiciar aos usuários um arcabouço de marcos com distribuição homogênea e em número suficiente para atender a demanda de um município com mais de 1 milhão de habitantes. 2 PROCEDIMENTOS Numa primeira etapa foram reocupados os 12 pilares que compõem a Rede de Referência Cadastral de Campinas, com a finalidade de se implantar 40 novos vértices, tendo como objetivo estabelecer o adensamento de pontos de apoio. Estes marcos tiveram suas determinações horizontais e verticais baseadas no rastreio de satélites do sistema GPS, nivelamento geométrico e levantamentos gravimétricos. As coordenadas desses vértices foram vinculadas à Rede Geodésica GPS do Estado de São Paulo através da estação Valinhos 91609 (IBGE Estação Planimétrica SAT). Nas operações de campo para reocupação dos 12 vértices da rede de referência cadastral do município foram utilizados 06 receptores GPS dotados de duas freqüências, das marcas Topcon e Trimble. Nas operações de campo para ocupação dos 40 novos vértices, foram utilizados 11 receptores GPS das marcas Topcon e Trimble, sendo sete dotados de duas

freqüências L 1 e L 2 e quatro de uma freqüência L 1.O processamento e ajustamento das observações foram efetuados através do software Topcom Tools, versão 7.11, utilizando-se dados planimétricos e altimétricos nos data SAD 69 e SIRGAS 2000 (MC 45º). Nas operações geodésicas com emprego de nivelamento geométrico, para determinar as altitudes ortométricas dos vértices, foram utilizados níveis Leica, Nikon e Carl Zeiss. As altitudes ortométricas dos vértices são importantes, pois possibilitam a determinação direta da ondulação geoidal pela simples diferença entre as altitudes geométricas e ortométrica. Salienta-se que para isso foi realizada uma correção do número do geopotencial. O levantamento gravimétrico foi efetuado utilizando-se gravímetros LaCoste & Romberg, modelo G, cedidos pelo IBGE e PTR/USP. A determinação da aceleração da gravidade nos vértices teve como fundamento básico a utilização desses dados na elaboração da carta geoidal da cidade de Campinas. A configuração da Rede Gravimétrica Municipal tem a mesma abrangência espacial, conformada na malha urbana da cidade de Campinas. Foi utilizada a estação gravimétrica absoluta Vinhedo (Fig. 1), instalada no Observatório Abrahão de Morais do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, localizado no Município de Vinhedo como referência para os levantamentos gravimétricos. Essa estação faz parte da Rede Nacional de Estações Gravimétricas Absolutas RENEGA e seus dados são: Gravidade (g): 978.563,778 mgal Erro padrão: 0,010 mgal Latitude: - 23,0004 Longitude: - 46,9645 Altitude: 863 m Fig 1 - Estação gravimétrica absoluta Vinhedo Os procedimentos para ocupação gravimétrica dos vértices obedeceram as especificações técnicas de levantamentos gravimétricos para o estabelecimento de estações gravimétricas básicas, conforme preconiza as normas estabelecidas pelo IBGE. Os três gravímetros empregados foram do tipo LaCoste & Romberg modelo G a saber: G114, G145 e G146, devidamente calibrados, com respectivos fatores de escala atualizados e concomitantemente utilizados nas mensurações. O programa utilizado para tratamento dos dados foi o GRAVI96, com módulos para entrada de dados e processamento. A referida rede foi ajustada utilizando-se o programa GRAVSYS, desenvolvido no Gravity Data Centre of Canadá. Apesar desta nova configuração da rede, em 2008, verificou-se que a distribuição espacial da mesma, composta por 12 pares de pilares com centragem forçada e 40 novos vértices, não atendia plenamente aos trabalhos de cadastramento, desmembramento etc. realizados

no município. Diante disso, uma nova densificação foi realizada, agora, com 120 novos vértices. A nova distribuição da rede permitirá que, de qualquer parte do município, se tenha uma base de pontos, intervisíveis, que possam servir de referência para os trabalhos topográficos. 3 RESULTADOS OBTIDOS O processamento e ajustamento das observações da reocupação da rede de referência cadastral básica de Campinas resultaram nas coordenadas contidas na Tabela 1 e respectivos desvios padrões apresentados na Tabela 2. Inicialmente calculou-se os vértices UNIC e MERC, através do vértice fundamental Valinhos. Tendo os vértices VALI, MERC e UNIC como pontos de injunção, efetuou- se o cálculo e ajustamento dos vértices ANEL, ATAL, CEMI, CHAP, IPAU, MIRT, PALM, PREF, TELE e TREV. O processamento e ajustamento das observações dos vértices, foram efetuados utilizandose os vértices VALI, MERC e UNIC como pontos injuncionados. A configuração espacial da nova rede ajustada por ser vista na figura 02. Tabela 1 Coordenadas de parte da rede de referência cadastral Name Grid Northing Grid Easting Elevation Code Merc 7454782,625 283436,067 668,937 Base Unic 7475538,599 288852,658 664,022 Base Vali 7454993,911 298531,585 863,883 Base Adjusted Points Name Grid Northing Grid Easting Elevation Code Anel 7459472,318 292467,363 785,217 Atal 7474474,958 303834,010 807,416 Cemi 7455860,048 277009,610 618,870 Chap 7466964,186 285682,746 685,201 Ipau 7462501,851 281853,953 653,690 Itatinga 7456243,252 284012,434 674,222 Merc 7454782,625 283436,067 668,937 Base Mirt 7480341,253 292202,443 698,091 PMC 1008 7470700,244 297456,188 781,931 PMC 1011 7473404,027 289345,967 695,987 PMC 2003 7474991,296 285401,143 617,982 PMC 2005 7476669,479 287267,647 599,881 PMC 2007 7468801,165 286762,246 690,694 PMC 2014 7471219,255 291870,463 631,037 PMC 2020 7462950,427 291591,211 744,456 PMC 2036 7467807,578 300249,720 691,978 PMC 2045 7475377,220 292008,326 671,527 PMC 2055 7458439,466 278228,486 596,275 Palm 7466557,347 294006,704 719,821 Pref 7466067,759 289007,487 732,905 RN 01 7484157,099 292865,062 571,837

Tabela 2 Desvios padrão - rede geodésica de referência cadastral do município Nome Std Dev n Std Dev e Std Dev u MERC 0,00126 0,001108 0,00455 UNIC 0,00144 0,0013 0,00531 ANEL 0,00145 0,00135 0,00415 ATAL 0,00188 0,00172 0,00572 CEMI 0,00143 0,00123 0,00487 CHAP 0,00114 0,00102 0,00407 IPAU 0,00126 0,00111 0,00433 MIRT 0,0018 0,00164 0,00553 PALM 0,00132 0,00123 0,0041 PREF 0,00111 0,00097 0,00455 TELE 0,00233 0,00214 0,00681 TREV 0,00146 0,00135 0,00457 Fig. 2: Vértices da Rede de Referência Cadastral Básica de Campinas Os dados oriundos do levantamento gravimétrico foram reduzidos através do programa GRAVI96 obtendo-se, assim, a aceleração da gravidade em cada vértice. A Tabela 3 apresenta, parcialmente, os resultados obtidos.

Tabela 3 Aceleração da gravidade - parciais dos marcos que compõe a Rede de Referencia Cadastral do Município Dados das estações Nome g observado em mgal VALINHOS 978563.78 PMC2020 978590.41 SAN13 978598.63 SAN12 978591.94 PMC2036 978583.76 PMC1008 978568.82 PMC2007 978597.45 UNICAMP 978603.00 PMC2045 978592.81 SAN04 978597.24 SAN05 978609.06 PMC2003 978605.15 SAN06 978610.89 RN2871A IBGE 978609.16 O emprego de gravímetros LaCoste & Romberg modelo G na determinação da aceleração da gravidade nos vértices da rede tem como fundamento básico a utilização desses dados na elaboração da carta geoidal para cidade de Campinas (figuras 03 e 04), compondo a Rede Gravimétrica Municipal. Fig. 3: Modelo Geoidal da cidade de Campinas SAD69

Fig. 4: Pontos de teste do Modelo Geoidal da Cidade de Campinas Sad69 4 CONCLUSÃO E COMENTÁRIOS FINAIS A ocupação com receptores GPS e o respectivo cálculo/ajustamento dos 12 vértices da rede de referência cadastral básica de Campinas propiciou a adequação dos valores das coordenadas aos valores oficiais, divulgados pelo IBGE, do vértice Valinhos. A logística para execução das operações de campo e a escolha do posicionamento GPS relativo estático mostrou-se adequado aos propósitos dos trabalhos, produzindo uma rede rígida e confiável. O tempo de rastreio foi fator preponderante para os resultados atingidos. Deve-se ressaltar que tal rede viabilizará a determinação do número geopotencial para a aplicação nos nivelamentos geométricos. Outras possibilidades são estudos e modelagem em geofísica da região.

Observando os problemas enfrentados e pela experiência adquirida na elaboração deste trabalho, apresenta-se a seguir, recomendações que possam ser úteis visando a continuidade da pesquisa: Continuar o refinamento do modelo geoidal objetivando o uso satisfatório da tecnologia de posicionamento por satélite na obtenção de altitudes com sentido físico na região de Campinas; Executar levantamentos para preencher os vazios com informações gravimétricas e observações GPS/nivelamento e, para tanto, é de vital importância esforços conjuntos das entidades públicas e privadas; Que a SANASA e Prefeitura Municipal de Campinas efetuem nivelamentos geométricos dos vértices da rede de referência cadastral básica de Campinas, assim como providenciem melhor acabamento para o topo desses vértices; Efetuar novo processamento com as observações GPS utilizando programa científico; Elaborar página na internet visando disponibilizar a consulta e utilização via web dos modelos geoidais e monografias dos vértices da Rede de Referencia Cadastral Municipal. 5. REFERÊNCIAS ARANA, J. M. (2000) O Uso do GPS na Elaboração de Carta Geoidal. Tese (Doutorado) Universidade Federal do Paraná, Curitiba. GEMAEL, C. (1986) Marés Terrestres: Aplicações Geodésicas. Curitiba: Curso de Pós- Graduação em Ciências Geodésicas, Cadernos Técnicos. JUNIOR, C. A. C. e C. (2005) Contribuição ao Estabelecimento de um Sistema Gravimétrico para a América do Sul. Dissertação (Mestrado) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo. LOBIANCO, M. C. B. (2005) Determinação das alturas do geóide no Brasil. Tese (Doutorado) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo. MONICO, J. F. G. (2000) Posicionamento pelo NAVSTAR-GPS: Descrição, Fundamentos e aplicações. São Paulo: Editora UNESP. SILVA, M. A. (2002) Obtenção de um Modelo Geoidal para o Estado de São Paulo. Dissertação (Mestrado) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo. TRABANCO, J.L.A. (1995) Ajustamento e Homogeneização de Redes Gravimétricas Fundamentais Regionais. Dissertação (Mestrado) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo. 6. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a participação da SANASA, Prefeitura Municipal de Campinas, EMBRATOP, PTR USP e IBGE.