Cuidados com as crianças ao viajar: medidas preventivas para a saúde e para acidentes Giane Marques Barbosa Chaves * Viajar em férias é sempre um grande prazer. Mas para as pessoas que estão viajando com crianças pela primeira vez, a nova experiência pode ser sentida quase como uma aventura. Dúvidas começam a pipocar na mente. E se a criança adoecer? O que é preciso saber numa situação assim? O que é preciso levar? O que é preciso prevenir? Existem cuidados especiais necessários? Cada tipo de passeio demanda conhecimentos e cuidados específicos, e também cada criança tem sua necessidade própria. Litoral, montanhas ou exterior, cada viagem tem suas peculiaridades, assim como o meio de transporte escolhido, se ônibus, automóvel, trem, avião ou navio. Crianças extrovertidas e sapecas demandarão maior vigilância, crianças mais quietas, tímidas e introvertidas podem necessitar estímulos para maior participação nos passeios, às vezes deverão ser encorajadas a vencer seus medos, enquanto as outras necessitarão de limites para sua impulsividade... É importante buscar informações sobre o destino, seus pontos positivos e negativos, planejar os passeios, atender às necessidades de cada um, e aproveitar para divertir e aprender com os novos locais e com as novidades que cada um tem a oferecer. Segurança é básico, propicia o bom aproveitamento do passeio, e assim prevalece o dito das avós: é melhor prevenir que remediar. Em viagens para o litoral do Brasil, uma grande preocupação é com a prevenção da diarreia e da desidratação. Essa prevenção já se inicia com a escolha do destino. Evite praias sabidamente contaminadas, as que têm esgoto próximo e as próximas a locais que tiveram inundações recentes. Os cuidados com a hidratação da criança e com a higiene dos alimentos são muito importantes. Para bebês que já não estiverem mais em aleitamento materno exclusivo é bom oferecer água várias vezes nos intervalos das refeições, principalmente se o tempo estiver muito quente. Adequar a vestimenta ao clima. Existem hotéis no país que oferecem cozinha especial aos hóspedes para o preparo do alimento infantil. Se houver dúvida na procedência ou dificuldade na elaboração, manuseio ou conservação dos alimentos que serão oferecidos durante a estadia, os sucos, papinhas de frutas e de legumes em conservação a vácuo, que são comprados em supermercados, são uma opção. Frutas que podem ser descascadas, como a banana, por exemplo, também são tranquilamente oferecidas. A oferta de sucos naturais também dependerá da qualidade do preparo, pois além da qualidade da fruta e de sua higienização adequada, são também importantes a qualidade da água e a higiene ambiental e pessoal do preparador. Água de coco natural já pode vir contaminada da própria natureza e é melhor que não seja oferecida para bebês. As mamadeiras devem ser preparadas na hora. Vale uma garrafa térmica com água morna previamente fervida para isso, se for o caso. Não levar mamadeiras prontas para serem oferecidas ao longo do percurso da viagem ou ao longo do dia nos passeios. Os restinhos que ficam na mamadeira ao término da mamada deverão ser desprezados, pois não podem ser oferecidos à criança mais tarde. Na praia observe atentamente a procedência e a conservação dos alimentos que serão oferecidos às crianças. Aqueles que estão há horas trafegando pela praia fora da geladeira, expostos a perdigotos e manuseados com a mesma mão que recebe o dinheiro não são uma boa opção. Protetor solar não pode ser esquecido. FPS 30 ou mais, aplicar generosamente 15 a 30 minutos antes de ir para a praia, e lá estando, reaplicar de 2/2h. Não há protetor
solar disponível no mercado para crianças menores de seis meses. Elas não devem permanecer na orla marítima, pois mesmo sob barraca ou árvores a radiação é suficiente para desencadear queimaduras e predispor a pele a câncer, pois tanto a água quanto a areia são refletores. Ao adquirir um protetor solar infantil verifique na embalagem se ele é adequado para a faixa etária da criança. Alguns são indicados para acima de seis meses (protetores físicos, baby ou mineral) e outros para acima de dois anos (químicos e físicos). Antes de aplicar no corpo todo aplique em uma pequena área do braço por uns três dias, antes de viajar, e observe se a criança não apresentará reações alérgicas no local ou no corpo, como erupções, inchaços ou coceiras. É também importante saber que barracas de material compacto, como a lona, oferecem proteção contra radiação muito melhor que as barracas de tecido fino. Bonés são recomendáveis, de preferência aqueles que têm uma proteção adicional para as orelhas. Prefira a praia antes de 10 ou após 16h. Em relação à medicação, leve os sintomáticos que já tiverem sido prescritos para o bebê, como remédios para febre, por exemplo. Todos deverão estar em sua embalagem original, não descarte ou troque de embalagem, e leve também as bulas. Sempre confira o prazo de validade e confira também se o frasco está correto, se é mesmo aquela medicação que necessita administrar, e à noite acenda a luz para isso, não administre medicamentos no escuro. Parece óbvio, mas são pequenos detalhes que fazem a diferença. Os medicamentos deverão ficar em frasqueira com chave, e a chave fora do alcance das crianças. Não deixar a frasqueira exposta ao sol. Em viagens aéreas internacionais não é permitido portar frascos líquidos na bagagem de mão (verifique o volume máximo permitido) e é necessário portar a receita médica dos medicamentos. Durante a estadia é sempre bom ter às mãos soro oral para ser oferecido à criança em caso de vômitos ou diarréia. Os que vêm embalados em pacotinhos na forma de sal para diluição ou os que vêm em flaconetes com concentrado para diluição são os melhores para transporte, pois pesam muito pouco e não ocupam muito espaço na bagagem. Se for necessária sua utilização, devem ser diluídos em água, e pode ser mineral, que é fácil encontrar nos hotéis. São encontrados nas farmácias nas concentrações de 45, 50, 60, ou 90, mas veja na embalagem o volume necessário para a diluição. Bebidas isotônicas não substituem o soro na diarreia franca, pois não possuem a concentração necessária de sais minerais. O volume a ser oferecido à criança em caso de perdas é livre, conforme a aceitação dela. Se a aceitação for baixa, deve ser oferecido aos pouquinhos, de 15 em 15 minutos. É importante manter a criança com bastante saliva na boca e com diurese clara e abundante, pois esses são bons parâmetros para avaliar o estado de hidratação. Em caso de diarréia ou vômitos o soro oral deve ser iniciado imediatamente e mantido até que você possa conseguir atendimento médico para a criança. Fezes líquidas e brancas, semelhantes à água de arroz, indicam necessidade de atendimento médico imediato em caráter de urgência, qualquer que seja o estado da criança. Outros medicamentos podem ser importantes. Para crianças que têm epilepsia, os medicamentos que são de uso diário para controle das crises convulsivas devem ser levados na bagagem de mão, no caso de viagens de avião. As crises devem estar bem controladas. No caso de crises recentes, consulte o especialista da criança para avaliar suas condições para voo. Em casos de crianças que têm asma ou bronquite, os medicamentos, as receitas e os aparelhos relacionados ao tratamento também não devem ser esquecidos. Também devem ser levados preferencialmente na bagagem de mão. A criança deverá estar fora de crise para viajar de avião. Em caso de crise recente, também é indicada avaliação médica prévia. Em alguns casos vale levar capa antiácaro pelo menos para o travesseiro. Para o asmático, escolher a cama onde haja incidência direta de sol sobre o colchão. Mantenha o quarto ventilado ao longo do dia. Os pais de crianças que são portadoras de problemas crônicos de saúde devem levar os relatórios médicos e receitas em sua bagagem. É
necessário agendar com boa antecedência da viagem uma consulta médica para atualização das dosagens dos medicamentos e atualização do cartão de vacinas, principalmente se a criança estiver apresentando quaisquer sintomas prolongados, mesmo que leves. Crianças que habitualmente vomitam quando são transportadas em veículos em longas distâncias podem ser medicadas preventivamente. O pediatra poderá orientar qual a melhor opção nesses casos. É bom também que se evite que essas crianças façam ingestão excessiva de alimentos imediatamente antes da viagem e durante seu percurso. Como há dengue em todo o Brasil, é bom fazer o máximo de esforço para evitar a picada de inseto em qualquer lugar que você vá. Tela na janela é ótimo, mosquiteiros poderão ser úteis. Mantenha-os livres de poeira. Se a criança não for alérgica, os inseticidas que utilizam a rede elétrica, ou seja, que exalam quando colocados na tomada, que têm por base os piretróides, podem ser utilizados. O uso de repelentes vai depender da faixa etária. Para menores de seis meses não há repelente disponível no mercado. Existem alguns que são liberados para seis meses a dois anos, e outros que são para uso em crianças acima de dois anos. Esteja atento aos rótulos, pois existem repelentes que são liberados apenas para uso em adolescentes acima de 12 anos e adultos. Aplicar em áreas expostas, não dormir com repelente na pele. Nenhum produto químico que se utiliza no ser humano é isento de riscos. E isto também é válido tanto para os inseticidas quanto para os repelentes. Todos eles podem desencadear alergias ou alterações no organismo, que podem vir até mesmo a serem sérias, embora raras, e há que se pesar o risco e o benefício conforme o local para onde você está indo: se há muito pernilongo, se seu filho tem uma predisposição alérgica muito grande, se a ocorrência recente de casos de dengue na localidade é significativa, ou há ocorrência de outras infecções transmitidas por picada de inseto (febre amarela, leishmaniose, febre maculosa, malária, etc). Na praia, em caso de contato da pele com a água-viva, o local acometido deve ser irrigado com vinagre. Compressas frias ajudam a aliviar a dor. O atendimento médico deverá ser procurado se necessário. No litoral norte e nordeste da Austrália há espécie capaz de causar acidente fatal para o ser humano. Para a prevenção do afogamento no mar, é necessário manter vigilância constante. As crianças que têm idade para compreender deverão ser esclarecidas quanto aos cuidados que elas mesmas podem tomar: informe até onde a superfície da água pode ficar no seu corpo, ou seja, qual profundidade máxima você considera mais segura, observar a força das ondas e se aproximar da areia se estiverem fortes para ela, nadar sempre em direção à praia, e não em direção ao fundo, se afastar de locais onde notar buraco na areia no fundo do mar, ficar longe das pessoas que estão surfando, etc. Se houver mais de uma pessoa responsável por perto, é imprescindível definir as responsabilidades: quem vai olhar a criança e até qual horário. Isso é muito importante para que não coincida de ambos não olharem pensando que o outro o está fazendo. Colete salva vidas é útil, mas as boias de braço não oferecem tanta segurança, pois as crianças sapecas se safam delas com facilidade, ou elas se desprendem, ou furam-se. Boias grandes são levadas pelas marés para locais fundos. Na praia, as irregularidades da areia sob as águas oferecem um risco adicional, e devem ser respeitadas as recomendações indicadas pelos profissionais salva vidas. Outro cuidado é com a permanência das crianças em frente aos pais. Enquanto brincam nas águas, elas vão se afastando pouco a pouco para as laterais, sem que percebam, levadas pelas marés devagarzinho. Quando o alinhamento é perdido, ao tentarem retornar ao ponto onde seus pais estão, caminhando em direção à areia em linha reta, elas não os encontram. Pode
ser necessário reposicionar as crianças, trazendo-as de volta para a sua frente várias vezes, para evitar que se percam. Mantenha-se o mais próximo possível. Mostre à criança pontos de referência fixos e altos, facilmente visíveis. Em caso de viagens para locais onde a criança terá a oportunidade de passear próxima a matas, em contato com a natureza, como fazendas, sítios, sedes campestres afastadas ou até mesmo alguns condomínios, é recomendado o uso de botas rígidas de cano longo. Tão logo possam compreender essas crianças também devem ser ensinadas a identificar os elementos da natureza que lhe oferecem riscos. Elas podem conhecer as aranhas que podem provocar acidentes, os escorpiões, as cobras e seus hábitos, as lagartas que queimam ou as venenosas, como a lonomia, que é comum no sul do Brasil. Há notificação de sua ocorrência em Minas Gerais desde 2002, inclusive na grande BH. Elas devem saber os cuidados necessários quando se vai a cachoeiras, que pedras com limo e úmidas são extremamente escorregadias, os riscos de mexer ou jogar pedras em caixas de marimbondos ou colmeias. Podem conhecer as plantas da região que são tóxicas, como a trombeteira, espirradeira, comigo ninguém pode, etc. Caso ocorra algum acidente, as pequenas escoriações deverão ser lavadas com água e sabão o quanto antes, sangramento deverá ser comprimido por 5 a 10 minutos para ser estancado, e em caso de mordeduras por qualquer animal o local também deverá ser abundantemente lavado com sabão imediatamente e um serviço de saúde deverá ser procurado no mesmo dia para orientação quanto à prevenção da raiva humana, mesmo que esse serviço esteja a quilômetros do local. O animal deverá ser vigiado por 10 dias se possível, não o mate. A vacinação para tétano (também presente nas vacinas tríplice bacteriana (DPT), dupla (dt ou DT), tetravalente bacteriana (DPT+HiB), pentavalente acelular, penta Brasil e hexavalente) deverá estar em dia, mas em caso de acidentes contaminados, como pisar em prego enferrujado e ferimentos acontecidos no curral, por exemplo, ou ferimentos extensos, poderá ser necessária uma dose de reforço. Outro ponto importante nas viagens é a segurança no transporte. Observar os critérios para uso da cadeirinha e mantê-la firme ao banco. Obedecer às leis de trânsito. Lembrar-se que em viagens com automóveis pelas estradas os itens mais importantes são a prudência do motorista e a manutenção adequada do automóvel, ressaltando nisso o estado de conservação dos pneus, seu alinhamento e balanceamento, e a manutenção dos freios. Motocicleta nunca é um meio de transporte seguro. Para viagens de ônibus, escolha empresas que obedecem as normas vigentes. Atenção redobrada às crianças nos pontos de parada quanto aos movimentos dos veículos no pátio, a higiene nos banheiros, a higienização das mãos antes de se alimentar e a qualidade dos alimentos oferecidos. Sempre ter agasalhos à mão, pois a temperatura ambiente pode variar muito ao longo da viagem. Agasalhos à mão também é bom em viagens de trem. Geralmente mais lentos no Brasil, a viagem longa pode se tornar cansativa para as crianças. Passatempos e jogos podem ser úteis. Para transportes sobre águas, observe se as normas de segurança são cumpridas, como ter coletes salva vidas para todos os passageiros, se há coletes para crianças, se o número de passageiros está de acordo com a lotação máxima permitida para a embarcação, etc. Há pessoas que não toleram navegar, e apresentam sintomas como náuseas e vertigem que podem inviabilizar a continuidade do passeio. Para o
primeiro cruzeiro marítimo, talvez valha a pena um que não seja muito longo e que seja em águas nacionais. Quando o meio de transporte escolhido é avião, pessoas que estão com conjuntivite, sinusite, otite ou com infecções pulmonares contagiosas em atividade (tuberculose e pneumonia) não devem viajar. A rinite alérgica deverá estar controlada. Pessoas submetidas a procedimentos cirúrgicos ou vítimas de traumatismos devem aguardar liberação médica para viajarem. O tempo para cada procedimento é variável e pode ser de várias semanas dependendo do agravo. Crianças portadoras de anemias de qualquer causa não podem viajar de avião sem liberação de seu médico, pois algumas poderão necessitar de oxigenioterapia suplementar. Deve-se evitar a viagem com recémnascidos, principalmente na primeira semana de vida. Durante o voo tenha atitude positiva e transmita confiança e segurança para a criança. Na pressurização e na despressurização estimule a criança a sugar ou mastigar. Importante também é não esquecer o cartão de vacinas, que deverá estar atualizado. Em caso de viagem para o exterior, verifique com bastante antecedência as exigências do país de destino em relação às vacinas para crianças e também para adultos. Verifique se há recomendações adicionais do Ministério da Saúde, da Vigilância Sanitária e Epidemiológica do Brasil em relação ao país de destino. Embora muitos locais exijam apenas a vacina contra febre amarela, há regiões no planeta que possuem doenças endêmicas que oferecem riscos aos viajantes, ou estão sendo assoladas por epidemias específicas. Nesses casos vacinas ou alguns cuidados adicionais poderão ser necessários para a proteção de toda a família. No continente africano há locais com malária como grande endemia, além da poliomielite que no Brasil já está erradicada. Em 2011/2012 houve epidemia de sarampo em países da Europa. Antes disso, em 2005, houve epidemia de vírus influenza com acometimento respiratório importante e letalidade alta em vários países asiáticos (gripe aviária). Esses são exemplos de como é importante conhecer a situação epidemiológica do destino. Verifique se sua cidade possui um serviço público de orientações ao viajante, onde tais informações são verificadas e são realizadas as imunizações e medidas necessárias. Em Belo Horizonte esse serviço funciona na Rua Paraíba, na Savassi. Em caso de viagens para países que estão na estação de inverno, quando sempre é mais intensa a circulação dos vírus que causam a gripe, devem-se observar as medidas para sua prevenção, que devem ser enfáticas para as pessoas que apresentam condições que favorecem a ocorrência de doença mais grave, como idosos, crianças menores de dois anos, mulheres grávidas e os portadores de doenças que afetam a imunidade. A proteção pela vacinação é importante, mas pode ser apenas parcial, pois pode haver circulação de sorotipos não incluídos na vacina, além de redução da proteção após poucos meses de sua aplicação. A vacina é fabricada com composição específica para cada ano e para cada hemisfério, sendo sua administração recomendada no período que antecede o inverno. A proteção da vacina se inicia após um período de 7 a 15 dias após sua aplicação. Ela não é administrada a crianças menores de seis meses, mas é recomendada a seus contatos domiciliares. Os principais cuidados para a prevenção da gripe em viajantes são: 1. Evitar contato com pessoas que apresentam os sintomas da doença. 2. Lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool gel sempre que necessário. 3. Proteger nariz e boca com lenço descartável ao tossir e ao espirrar.
4. Não viajar se estiver doente. A pessoa que apresentar os sintomas (febre acompanhada de tosse ou dor na garganta e dor de cabeça) deve procurar atendimento médico. Para ser eficaz é necessário que a medicação antiviral seja administrada precocemente, logo ao início da doença, quando houver indicação. Ritmo circadiano é um termo que se refere às variações neuro hormonais e psíquicas normais no organismo humano, que acompanham o ciclo dia-noite-dia, próprio da natureza. Mudanças de fuso horário em viagens internacionais levam a alteração desse dito ritmo circadiano, que pode determinar o surgimento de sintomas como sonolência, dificuldade para dormir, irritabilidade e incompatibilidade entre a fome e os horários das refeições. Tal fenômeno recebe o nome de jet lag. Para evitá-lo pode ser tentada uma adaptação gradativa ao novo horário 3 a 4 dias antes da viagem. Para finalizar, certifique-se de como é a assistência médica no local de seu destino. Se a viagem for internacional, qual o acesso à assistência que é viável a estrangeiros no local, se você poderá ter problemas para se comunicar devido ao idioma, qual o procedimento a ser adotado no caso de ter feito um seguro saúde para viagem, que é recomendável, e qual a cobertura dele. Se a viagem for nacional, verifique se há hospital público ou privado, se há posto de saúde, qual a distância do serviço de urgência mais próximo, se há meio de transporte viável se for necessário. Caso tenha um plano de saúde, verifique o nome e o endereço do hospital de referência para urgências em pediatria que você deve procurar se houver necessidade. Certifique-se de quais são as coberturas oferecidas. Confira se as mensalidades estão em dia e não esqueça as carteirinhas do convênio. Alguns planos de saúde pedem que a mudança de Estado seja comunicada a eles para que possam notificar os outros convênios com os quais trabalham em forma de parceria com reciprocidade. * pediatra e 1ª Secretária da Sociedade Mineira de Pediatra (2012-2015)