MIRIAN GLÁUCEA MACHADO DE MELO TEREZINHA APARECIDA TITON

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Transcrição:

MIRIAN GLÁUCEA MACHADO DE MELO TEREZINHA APARECIDA TITON PREVALÊNCIA DE BRUXISMO EM CRIANÇAS DE 3 A 12 ANOS DE IDADE ATENDIDAS NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS Porto Velho - RO 2016

1 MIRIAN GLÁUCEA MACHADO DE MELO TEREZINHA APARECIDA TITON PREVALÊNCIA DE BRUXISMO EM CRIANÇAS DE 3 A 12 ANOS DE IDADE ATENDIDAS NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS Artigo apresentado à banca examinadora do Centro Universitário São Lucas, como requisito de aprovação para obtenção do título de bacharel em Odontologia. Orientador: Prof. Esp. Dino Lopes de Almeida Porto Velho - RO 2016

2

3 PREVALÊNCIA DE BRUXISMO EM CRIANÇAS DE 3 A 12 ANOS DE IDADE ATENDIDAS NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS 1 BRUXISM PREVALENCE IN CHILDREN FROM 3 TO 12 YEARS OF AGE SERVED IN CLINICAL DENTAL COLLEGE CENTER ST LUKE Mirian Gláucea Machado De Melo 2 Terezinha Aparecida Titon 3 RESUMO: O bruxismo do sono é o ato de ranger os dentes durante o sono, ele pode surgir na infância e persistir durante toda a vida adulta, comprometendo assim, o sistema estomatognático. A etiologia deste hábito parafuncional é multifatorial e podem estar associados a fatores funcionais, como a má oclusão, hábitos de morder objetos e interferências oclusais que se desenvolvem naturalmente durante a irrupção dos dentes. O presente artigo tem por objetivo avaliar a prevalência do bruxismo em crianças de 3 a 12 anos de idade, atendidas no Centro Odontológico do Centro Universitário São Lucas, no município de Porto Velho Rondônia. A prevalência do hábito parafuncional de ranger os dentes durante o sono foi de 44,26%, do total da amostra 77,04% foram considerados ansiosos pelos pais, a maioria das crianças apresentavam hábito de onicofagia 43,44% e 7,37% com hábito de sucção digital. Especula-se que os fatos psicossociais e os hábitos parafuncionais tenham forte relação com o hábito parafuncional. Diante disso sugere-se que sejam realizados novos estudos para avaliar essa associação. Ressalta-se a importância do acompanhamento e tratamento multidisciplinar. Palavras-chave: Transtornos do comportamento infantil. Bruxismo. Prevalência. ABSTRACT: Sleep bruxism is the act of grinding teeth during sleep, it can arise in childhood and persist throughout adult life, thus compromising the stomatognathic system. The etiology of this parafunctional habit is multifactorial and may be associated with functional factors such as malocclusion, biting habits and occlusal interferences that develop naturally during tooth eruption. The objective of this study was to evaluate the prevalence of bruxism in children aged 3 to 12 years old, who were attending the Centro Universitário São Lucas, in the city of Porto Velho - Rondônia. The prevalence of the parafunctional habit of teeth grinding during sleep was 44.26%, of the total sample 77.04% were considered anxious by the parents, most of the children presented habit of onicofagia 43,44% and 7.37% With a digital suction habit. It is speculated that psychosocial facts and parafunctional habits are strongly related to the parafunctional habit. Therefore, it is suggested that new studies be carried out to evaluate this association. The importance of multidisciplinary follow-up and treatment is emphasized. Keywords: Disorder of child behavior. Bruxism. Prevalence. 1 Artigo apresentado no Curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas, como requisito parcial para conclusão do curso, sob orientação do Prof. Esp. Dino Lopes de Almeida. dino.almeida@saolucas.edu.br 2 Mirian Gláucea Machado De Melo, graduanda do Curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas, 2016.mglaucea@yahoo.com.br 3 Terezinha Aparecida Titon, graduanda do Curso de Odontologia pelo Centro Universitário São Lucas, 2016.terezinhatiton@hotmail.com

4 1. INTRODUÇÃO O bruxismo é uma atividade involuntária parafuncional, espasmódica do sistema mastigatório que produz contrações rítmicas ou tônicas do masseter e de vários músculos mandibulares. O bruxismo diurno é caracterizado pelo ato de apertar os dentes durante o dia, já o bruxismo noturno acontece a noite durante o sono (DINIZ et al., 2009). Alguns trabalhos sugerem que essa atividade inicia durante a infância e pode persistir por toda a vida, comprometendo o sistema estomatognático (GONÇALVES et al., 2010, NOR, 1991). A prevalência do bruxismo em crianças pode variar de 7 a 15% segundo alguns trabalhos, podendo afetar mais meninas do que meninos em ambas as formas de bruxismo (VALENÇA et al., 2001). O diagnóstico do bruxismo tem sido baseado no relato dos pais das crianças que rangem os dentes durante o sono associado à dor ou tensão nos músculos da face ao acordar (FERNANDES et al., 2012; THILANDER et al., 2002). Clinicamente pode ser observado faces de desgaste anormal dos dentes e a hipertrofia do músculo masseter (MACEDO, 2008). A etiologia do bruxismo é complexa, podendo estar associada à fatores locais, como a má oclusão, parafunção de morder objetos, interferências oclusais que se desenvolvem naturalmente durante a irrupção dos dentes (SERRA-NEGRA et al., 2012). O bruxismo em crianças tem sido preocupante principalmente pelos riscos de desenvolvimento de disfunções temporomandibulares, tem causado um desgaste nos dentes ou até traumas dentários. Pesquisas recentes têm apontado para uma associação entre o bruxismo e as alterações respiratórias, repercutindo na motricidade orofacial, funções da mastigação e fala (JUNQUEIRA et al., 2006; CARIOLA, 2006). O conhecimento prévio das patologias que acometem as crianças possibilita ao odontopediatra proporcionar condições de ordem psicológicas e fisiológicas relacionados ao desenvolvimento e crescimento dos arcos dentários e seu relacionamento com o sistema estomatognático (DINIZ et al., 2009; SANTOS et al., 2006).

5 Acredita-se que os fatores cognitivos comportamentais estão diretamente relacionados, tais como aspectos emocionais, o estresse e ansiedade, e os traços de personalidade, ganhando assim, uma devida atenção (DINIZ et al., 2012; GONÇALVES et al., 2010; INADA et al., 2002; KATO et al., 2003; LOBBEZOO, NAEIJE, 2001). E alguns alimentos podem influenciar consideravelmente durante o sono, pela presença de substâncias estimulantes (ZENARI, 2010). O objetivo deste trabalho foi avaliar em crianças de 3 a 12 anos de idade a presença de bruxismo, atendidas no centro odontológico no Centro Universitário São Lucas, na disciplina de clínica infantil II e III, no município de Porto Velho Rondônia. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizado um estudo transversal com as crianças de 3 a 12 anos de idade atendidas no centro odontológico do Centro Universitário São Lucas UNISL, Porto Velho/RO. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CEP) da faculdade de Odontologia de Araçatuba/SP (FOA/UNESP) com o parecer de aprovação número 1.604.317. O levantamento das informações foi realizado pelo preenchimento de um questionário com informações socioeconômicas com variáveis como: idade, sexo, condição de saúde geral e outros hábitos bucais parafuncionais relacionados à saúde bucal e bruxismo pelos pais e responsáveis. A participação da pesquisa foi realizada através da autorização dos pais e mediante a assinatura do TCLE, foram explicadas todas as informações da pesquisa, a partir da leitura do termo de consentimento livre e esclarecido aos pais ou responsável, e em seguida a assinatura. A análise dos resultados foi do tipo descritiva, descrevendo o número e a porcentagem das variáveis, essa tabulação foi realizada utilizando o programa Excel 2010. 3. RESULTADO A tabela 1 associação entre as variáveis demográficas, fatores socioeconômicos e a prevalência de bruxismo nas crianças. Participaram da pesquisa cento e vinte e duas crianças de 3 a 12 anos, 52,46% do gênero feminino e

6 47,54% do gênero masculino, a idade média dos participantes foi de 8 (oito) anos. Em relação à raça dos participantes mais da metade da amostra se declarou como não brancos (87,70%). Em relação ao status socioeconômicos 80,32% dos participantes declaram receber menos que 2 salários mínimos brasileiros. 100% do pais e 95,08% das mães declaram menos de 8 anos de estudo. 80,32% do pais estão empregados e um pouco mais da metade 54,91% das mães estão desempregadas. Tabela 1 - Características demográficas e socioeconômicas da amostra: N=122 VARIÁVEL N (%) Características demográficas Sexo 122 100% Menina 64 52,46% Menino 58 47,54 % Cor da pele 122 Branco 15 12,30% Não branco 107 87,70% Status socioeconômico 122 2 salários mínimos brasileiros (R$ 880,00) 24 19,67% 2 salários mínimos brasileiros 98 80,32% Educação materna 122 Ensino primário completo ( 8 anos) 6 4,91% Ensino primário incompleto ( 8 anos) 116 95,08% Educação paterna 122 Ensino primário completo ( 8 anos) 0 ----- Ensino primário incompleto ( 8 anos) 122 100% Estatus ocupacional da mãe 122 Empregado 55 45,08% Desempregado 67 54,91% Estatus ocupacional do pai 122 Empregado 98 80,32% Desempregado 24 19,67% Crianças que rangem os dentes 122 Sim 54 44,26% Não 68 55,73% Crianças ansiosas 122

7 Menina 49 40,16% Menino 45 36,88% Fonte: Próprio Pesquisador. A tabela 2 apresenta a prevalência do bruxismo na amostra que foi de 45,08%. Não foram encontradas diferenças significativas entre o sexo e a idade dos participantes. Um pouco mais da metade dos participantes 59,83% foram considerados ansiosos, sem diferença significativa entre os gêneros. Entre os hábitos parafuncionais 43,44% dos participantes apresentaram hábito de onicofagia, 7,37% de sucção digital, 6,55% usam mamadeira e 0,81% chupam chupeta. Sendo que as meninas apresentaram mais hábitos parafuncionais 33,60% do que os meninos 24,59%. Do total da amostra apenas 54,91% nunca foram ao dentista. A idade média das mães quando as crianças nasceram foi de 24 anos. Tabela 2 Prevalência do bruxismo e hábitos parafuncionais. Hábitos Parafuncionais Onicofagia Mamadeira Chupeta Sucção digital Menina 27 6 1 7 41 33,60% Menino 26 2 0 2 30 24,59% 53 (43,44%) 8 (6,55%) 1 (0,81%) 9 (7,37%) Criança que já foram ao dentista Sim 55 45,08% Nunca 67 54,91% Idade média das mães 24 anos de idade 31 25,40% 24 anos de idade 91 74,59% Fonte: Próprio Pesquisador. 4. DISCUSSÃO A prevalência do bruxismo do sono nesse estudo foi de 44,26%, sem diferença significativa entre os sexos. Segundo uma revisão sistemática, a prevalência do bruxismo do sono em criança pode variar de 3,5% a 40,6% com uma diminuição comumente descrita com a idade e sem diferenças de gênero, isso se deve ao fato da diferença de auto-relato e dos grupos etários (MANFREDINI, 2013). De acordo com os resultados desse estudo a ansiedade entre as crianças foi de (77,69%) do total das crianças avaliadas, sendo (40,16%) em meninas e (36,88%) em meninos. Apresentando semelhança com estudo que relata a associação entre o bruxismo e o estado emocional das crianças como ansiedade,

8 trauma e hábitos bucais como onicofagia, sucção digital, mamadeiras e chupetas (NEVES, 2010). Em um estudo a ansiedade foi relatada como a principal causa da ocorrência do bruxismo na primeira infância. (HERRERA et al., 2006; LAVIGNE et al., 2008). A identificação de problemas de comportamento e estresse emocional pode melhorar a compreensão da interação desses fatores no desenvolvimento ou agravamento de bruxismo. Sentimentos de frustração, ansiedade ou medo pode desencadear apertamento dos dentes, podendo estar relacionado a sinais de agressividade, níveis mais elevados de hostilidade, depressão e a susceptibilidade ao stress. Crianças com bruxismo são mais ansiosas do que aqueles sem essa parafunção (OKESON, 2008; SOARES et al., 2011; BACCI, CARDOSO, SERRANO, 2012). A onicofagia foi o hábito parafuncional mais presente nessa pesquisa 43,44%. Segundo um estudo a onicofagia é considerada a atividade parafuncional mais danosa para o sistema estomatognático e está diretamente relacionado à má qualidade do sono (KOYANO et al., 2008). Outro estudo com 93 crianças, sendo 48 do gênero feminino e 45 do gênero masculino, demonstrou que 40% das crianças realizavam o hábito de onicofagia e que esse também foi o mais frequente na pesquisa (Borghoff, Mombelli, Murakami, Goldenberg e Bommarito (2005). A onicofagia, também foi o hábito de maior prevalência (31,8%) na pesquisa de Melo e Pontes (2014), que buscaram caracterizar os hábitos orais deletérios em crianças de três a cinco anos de idade. Gonçalves, Toledo e Otero (2010) obtiveram como hábito mais prevalente, a onicofagia, seguido dos hábitos de mordida e por último os hábitos de sucção. Assim, também foi o encontrado por Vasconcelos et al. (2009), que buscaram conhecer a frequência e os tipos de hábitos orais deletérios em um grupo de crianças de 5 a 12 anos. Entre os hábitos parafuncionais, a onicofagia é um hábito comum entre as crianças com bruxismo, sendo caracterizada por repetidas injúrias ao leito ungueal da unha e na infância pode manifestar-se como alivio da ansiedade, solidão e inatividade (DALANORA, 2007). Cavaggioni e Romano (2003) definem que este hábito pode ser considerado um comportamento patológico presente em diversas doenças, e não às desordens alimentares.

9 Muitos dentistas compartilham a opinião de que o bruxismo, diurno ou noturno, é associado com ansiedade e maus hábitos (NEVES, 2010), de acordo com os achados desse estudo. Assim, Zenari e Bitar (2010), também concordam que as ansiedades em crianças aumentam o risco de bruxismo. Diferente de Cheifetz et al. (2005) relataram que as crianças com hábito de sucção de dedo tinham menor chance de apresentarem bruxismo. Os resultados da pesquisa demonstraram relação positiva com o bruxismo, pois os fatores funcionais, estruturais e psicológicos podem estar envolvidos com a presença do mesmo. Assim, é considerado que o diagnóstico de bruxismo tem sido grande desafio para a odontologia, devido a presença de hábitos parafuncionais, alterações sistêmicas e neurológicas, estresse emocional estilo de vida, qualidade de vida, relacionamentos familiares e sociais do paciente, aliado a um exame abrangente de sinais e sintomas clínicos constituídos com o protocolo de avaliação padrão para o diagnóstico (BACCI et al., 2012). 5. CONCLUSÃO Através dos resultados obtidos quanto a pesquisa, verificou-se que a prevalência desse hábito parafuncional de ranger os dentes durante o sono, foi de 44,26%, em meninas (21,31%) e meninos (22,95%), juntamente com ansiedade, onicofagia, e hábitos de sucção. Novos estudos são necessários para avaliar essa parafunção em crianças, cuja ordem patológica traz um conjunto de fatores consequenciais graves e permanentes. Ressalta-se a importância do tratamento multidisciplinar como estratégia de proteção dos dentes ajudando assim os sintomas que o mesmo pode produzir. REFERÊNCIAS BACCI, A.V.F.; CARDOSO C.L.C.; SERRANO, V.D; Os problemas de comportamento e estresse emocional em crianças com bruxismo. Braz. Dent. J. vol. 23, n.3 - Ribeirão Preto, 2012.

10 BORGHOFF, M. J.; MOMBELLI, M. L.; MURAKAMI, R. M.; GOLDENBERG, F. C.; BOMMARITO, S. Aleitamento materno e sua inter-relação com hábitos bucais deletérios e más oclusões na dentição mista. Revista Odonto, São Bernardo do Campo, n. 26, p. 95-104, jul./dez., 2005. CARIOLA, T.C. O desenho da figura humana de crianças com bruxismo. Boletim de psicologia, 2006. CAVAGGIONI, G; ROMANO, F. Pysicodynamics ofonichophagists. Eat weight Disord., n.8, p.62-7, 2003 CHEIFETZ AT, OSGANIAN SK, ALLRED EN, NEEDLEMAN HL. Prevalence of bruxism and associate correlates in children as reported by parents. J Dent Child. 2005 May-Aug; 72(2):67-73. DINIZ, M.B.; SILVA, R.C.; ZUANON, A.C. Bruxismo na infância: um sinal de alerta para odontopediatras e pediatras. Rev Paul Pediatr v. 27, n. 3, p. 329-334, 2009. DALANORA, A et al. Destruição das falanges provocada por onicofagia. An Bras. Dermatol., v.82, n.5, set/out, 2007. DEGAN, V. V.; PUPPIN-RON FERNANDES G, FRANCO AL, SIQUEIRA JT, GONÇALVES DA, CAMPARIS CM. Sleep bruxism increases the risk for painful temporomandibular disorder, depression and non-specific physical symptoms. J Oral Rehabil. 2012;39(7):538-44. FERREIRA MIDT, TOLEDO, OA. Relação entre tempo de aleitamento materno e hábitos bucais. Rev ABO Nac. 1997; 5: 317-20. GALVÃO ACUR, MENEZES SFL, NEMR K. Correlação de hábitos orais deletérios entre crianças de 4 a 6 anos de escola pública e escola particular da cidade de Manaus - AM. Rev CEFAC. 2006;8(3):328-36. GARCIA PP, CORONA AS, SANTOS-PINTO A, SAKIMA T. Verificação da incidência de bruxismo em pré-escolares. Odontol Clin, 1995; 5:119-22.

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13 VALENÇA, A.M.G.; VASCONCELOS, F.G.G.; CAVALCANTI, A.L.; DUARTE, R.C. Prevalência e características de hábitos orais em crianças. Pesqui Bras Odontoped Clin Integr v. 1, n. 1, p. 17-24, 2001. VASCONCELOS FMN, MASSONI ACLT, FERRREIRA AMB, KATZ CRT, ROSENBLAT A. Ocorrência de hábitos bucais deletérios em crianças da região metropolitana do Recife, Pernambuco, Brasil. Pesq. Bras Odontoped Clin Integr. 2009;9(3):327-32. ZENARI, MARCIA SIMÕES, BITAR, M.L. Fatores associados ao bruxismo em crianças de 4 a 6 anos. Pró-Fono R. Atual. Cient. vol. 22, n. 4, Barueri, Oct./Dec., 2010.

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15 ANEXO B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL LEGAL PELO SUJEITO DA PESQUISA 1.NOME DO PACIENTE... DOCUMENTO DE IDENTIDADE Nº :... SEXO: M (...) F (...) DATA NASCIMENTO:.../.../... ENDEREÇO... Nº... APTO:... BAIRRO:... CIDADE... CEP:... TELEFONE: DDD (...)... 2.RESPONSÁVEL LEGAL... NATUREZA (grau de parentesco, tutor, curador etc.)... DOCUMENTO DE IDENTIDADE :... SEXO: M (...) F (...) DATA NASCIMENTO.:.../.../... ENDEREÇO:...Nº... APTO:... BAIRRO:... CIDADE:... CEP:... TELEFONE: DDD (...)... II - CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO Acredito ter sido suficientemente informado (a) a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo AVALIAÇÃO DO PERFIL PSICOLÓGICO E ORTODÔNTICO DE CRIANÇAS PORTADORAS DE BRUXISMO ATENDIDAS NO CENTRO ODONTOLÓGICO DA FACULDADE SÃO LUCAS. Eu discuti com o professor Dino Lopes de Almeida, responsável pela pesquisa, residente à rua Vicente Rondon, 4464, Bairro Rio Madeira, com telefone (69) 9245-8556 e com e-mail dino.almeida@saolucas.edu.br, sobre a decisão da minha participação no estudo. Ficaram claros para mim o propósito do estudo, que é avaliar a influência dos desgaste dos dentes no bem estar das pessoas. Os procedimentos a serem realizados são: fazer exames bucais, sob a luz do refletor da cadeira odontológica, utilizando uma espátula de madeira (tipo palito de picolé) e um pequeno espelho clínico esterilizado, para identificar o posicionamento dos dentes e a presença de desgastes dentários. E que todos estes procedimentos serão conduzidos respeitando as normas de biossegurança. Fui informado (a) que o procedimento consistirá na entrega de uma cópia do questionário para mim, o qual terei que responder, assinalando uma das alternativas abaixo da pergunta e devolver. Os riscos e os desconfortos serão mínimos. As garantias de confidencialidade e de esclarecimento permanente ficaram claras. Também ficou claro que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia de acesso a tratamento hospitalar ou psicológico se necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou que possa advir como resultado do estudo. Porto Velho/RO, de de. Assinatura Sujeito da Pesquisa Assinatura e carimbo do pesquisador responsável

16 ANEXO C Questionário socioeconômico para os responsáveis Nome : Data de Nascimento: / / Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) 1) Seu filho range os dentes quando está dormindo? Sempre ( ) às vezes ( ) nunca ( ) 2) Você considera seu filho ansioso? ( ) sim ( ) não 3) Que idade a mãe tinha quando a criança nasceu? anos 4) Seu filho rói unha? ( ) sim não ( ) 5) Seu filho toma mamadeira? ( ) sim não ( ) 6) Seu filho chupa o dedo? ( ) sim não ( ) 7) Seu filho usa chupeta? ( ) sim não ( ) 8) Você considera seu filho da raça? ( ) branca ( ) negra ( ) mulato ( )outro (oriental, índio) 9) Seu filho mora com?pai e mãe( ); só com a mãe( ); só com o pai ( ); outros( ) 10) Quantos cômodos tem a casa (exceto banheiro)? 11) Renda familiar: reais 12) Quantos irmãos tem? 13) O pai trabalha? Sim ( ) não ( ) A mãe trabalha? Sim ( ) não ( ) 14) A mãe estudou até: não estudou( ); até 1 grau ( ); até 2 grau ( ); Terminou faculdade ( ) 15) O pai estudou até: não estudou( ); até 1 grau ( ); até 2 grau ( ); terminou faculdade ( ) 16) A criança já foi no dentista alguma vez? ( ) sim não ( ) 17) Se sim, qual foi a idade da primeira consulta? 18) A criança foi no dentista nos últimos 6 meses? 19) Quando foi a última visita? ( ) até 3 meses ( ) 3 a 6 meses ( ) 6 meses a 1 ano ( ) mais que 1 ano; 20) Motivo da última consulta? ( )dor de dente; ( ) dor na boca ( ) batidas e quedas ( )exame e rotina ( ) outros: 21) Tipo de serviço que você levou seu filho na última consulta? ( ) dentista particular ( ) dentista público (posto de saúde, faculdade, escola) 22) Você diria que a saúde dos dentes, lábios, maxilares e boca do seu filho é? ( ) excelente ( ) muito boa ( ) boa ( ) regular ( ) ruim 23) Comparado com as outras crianças que seu filho convive, você diria que a saúde dos dentes, lábios, maxilares e boca do seu filho é: ( ) melhor que a deles ( )pior que a deles ( ) igual a deles 24) Com que frequência você costuma participar de alguma destas atividades? Reuniões da escola? ( ) frequentemente ( ) raramente ( )nunca Ir à igreja? ( ) frequentemente ( ) raramente ( )nunca

ANEXO D 17

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