ALTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS E COLORIMÉTRICAS DE GELÉIAS DE ARATICUM (Annona crassiflora)



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397 ISSN 1517-8595 ALTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS E COLORIMÉTRICAS DE GELÉIAS DE ARATICUM (Annona crassiflora) Aroldo Arévalo-Pinedo 1, Bruna Lorena Aguiar Carneiro 2, Abraham Damian Giraldo Zuniga 1, Zilda Doratiotto Salles Arévalo 1, Audirene Amorim Santana 3, Rosalinda Arévalo Pinedo 4 RESUMO O araticum é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, pertence à família das anonnacea a mesma da cherimoia, atemoia e fruta-do-conde. Este trabalho teve como objetivo estudar as alterações físicoquímicas e colorimétricas de geléias tipo convencional e light formuladas com polpa de araticum (Annona Crassiflora Mart). Durante o armazenamento as geléias foram avaliadas quanto às características físico-químicas (ph, acidez, Aw, ºBrix, açúcares redutores e totais), colorimétricas e microbiológicas (bolores e leveduras). Dos resultados observou-se que às características físicoquímicas apresentaram poucas variações na geléia light, entretanto, na convencional houve aumento no conteúdo dos açúcares redutores. Similarmente os parâmetros colorimétricos sofreram alterações, verificando-se constante diminuição da luminosidade na light. Microbiologicamente as geléias se mantiveram estáveis durante os 6 meses de armazenamento. Palavras-chave: araticum; geléia; processamento; estabilidade. PHYSICOCHEMICAL AND COLORIMETRIC CHANGES OF ARATICUM (Araticum crassiflora) JELLIES ABSTRACT Araticum (Annona crassiflora) is a native and exotic fruit of the Brazilian savanna region, which belongs to the anonnaceae botanical family, the same as cherimoya, sugar apple, and soursop. This study aimed to study of physicochemical and colorimetric changes of standard and low calorie jellies of araticum pulp (Annona crassiflora Mart). Standard and Low-calorie jelly was developed with sucralose sweetener. During storage were evaluated their physicochemical (ph, acidity, Aw, ºBrix, total and reducing sugars), colorimetric (L, a*and b*), and microbiological (yeasts and molds) characteristics. As for the physical-chemical characteristics, was observed little variation in the light jelly; however, in the conventional jelly, there was a pronounced increase in the content of reducing sugars. Their colorimetric parameters changed, and there was a constant luminosity reduction in the low-calorie jelly. Microbiologically, the jellies were stable during the 6 months of storage. Keywords: Annona crassiflora; jelly; processing; stability. Protocolo 14-2012-60 de 07/11/2012 1 Professor Doutor do Curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal do Tocantins, UFT, Av. NS 15, ALCNO 14, 7123-360, Palmas, TO, Brasil. E-mail: aroldo@uft.edu.br. Autor para correspondência 2 Aluna de graduação do Curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal do Tocantins, UFT, Av. NS 15, ALCNO 14, 7123-360, Palmas, TO, Brasil. 3 Aluna de doutorado da Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, 13083-875, Campinas, SP, Brasil. 4 Professora Doutora do Curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Federal da Grande Dourados, 79825-070, Dourados, MS, Brasil

INTRODUÇÃO A região dos cerrados é muito rica em espécies frutíferas nativas, oferecendo grande quantidade de frutas comestíveis, algumas com excelentes características nutricionais, cujo aproveitamento pela população humana dá-se desde os primórdios de sua ocupação. As frutas oferecem um elevado valor nutricional, além de atrativos sensoriais como, cor, sabor e aroma peculiares e intensos, ainda pouco explorados comercialmente. Algumas frutas nativas do cerrado, como o araticum, o buriti, a cagaita e o pequi, apresentam teores de vitaminas do complexo B, tais como as vitaminas B1, B2 e PP, equivalentes ou superiores aos encontrados em frutas como abacate, a banana e a goiaba, tradicionalmente consideradas como boas fontes destas vitaminas (Oliveira et al. 2008). Estudos realizados mostram que frutas de araticum procedentes de populações nativas do sul de Minas Gerais apresentaram teores de próvitamina A que variou entre 70 e 105 retinol equivalente por 100g de polpa, ph variando de 4,7 a 5,5. A geléia caseira de araticum, processada termicamente, conservou melhor os teores de carotenóides, de vitamina C e o potencial pró-vitamina A do que o licor caseiro que foi obtido por infusão alcoólica a frio (Almeida et al. 1997). O araticum (Annona crassiflora Mart.), também conhecido como marolo, bruto ou cabeça-de-negro, pertencente à família das Annonaceae, é muito utilizado na alimentação e apreciado por sua polpa doce, amarelada e de aroma bastante forte. Sendo considerada uma importante fonte de carotenóides (Silva et al. 2001). Portanto, dentre as frutas nativas brasileiras, o araticum é uma fruta que apresenta um alto índice de aproveitamento culinário. Sua importância está vinculada ao uso expressivo das frutas pela população local, tanto sob a forma de sucos, licores, doces, geléias, tortas e iogurtes, como pelo consumo in natura (Oliveira et al. 2008; Silva et al. 2001; Almeida et al. 1997). Portanto, o processamento da polpa do araticum na forma de geléia representa uma alternativa tecnológica para diversificação dos produtos derivados desta fruta nativa do cerrado brasileiro. No desenvolvimento da maioria dos produtos com reduzido teor ou ausência de açúcar, faz-se uso de edulcorantes como a sucralose e o acesulfame-k, por caracterizarem-se como substâncias não glicídicas e serem capazes de conferir sabor doce, com um mínimo ou ausência de calorias (Cardello e Damásio, 1997). A sucralose tem demonstrado vantagens em relação aos demais edulcorantes para uso em produtos alimentícios, pois apresenta sabor muito semelhante ao da sacarose, sem deixar residual desagradável, além de ser obtida por processo industrial relativamente simples, através da cloração seletiva da sacarose. Uma das características mais marcantes da sucralose é sua notável estabilidade, tanto a altas temperaturas quanto em grandes variações de ph (Wasik, 1991; Nachtigall et al., 2004a). Na elaboração de geléias, a pectina é empregada como agente geleificante, espessante e estabilizante. Nas geléias de baixo teor de sólidos solúveis, é utilizado pectina de baixo teor de metoxilação (BTM), a qual forma gel em presença de íons metálicos bivalentes, normalmente o cálcio, não sendo necessária a presença de açúcares. Em geléias convencionais utiliza-se pectina de alta metoxilação (ATM), as quais formam géis firmes e estáveis em meios que contenham conteúdo de sólidos solúveis superiores a 50%. No entanto, para formação de géis estáveis com pectina BTM ou com pectina ATM, se faz necessário o controle do ph do meio (Campos e Cândido, 1994; Nachtigall et al., 2004a, Nachtigall et al., 2004b). Granada et al. 2005, elaboraram geléias com reduzido teor calórico, utilizando como agentes de corpo diferentes combinações dos hidrocolóides xantana, carragena e locusta. Como comparativo utilizou-se uma formulação padrão de geléia de abacaxi (controle), elaborada com sacarose e xarope de glicose na proporção de 4:1 (p/p), e com teor final de sólidos solúveis de 65ºBrix. As quatro formulações light foram preparadas pela substituição de 50% da quantidade de açúcar da formulação controle, sendo que para equiparar a doçura, adicionaram o edulcorante sucralose. Os autores concluíram que o uso do edulcorante sucralose mostrou-se satisfatório no sentido de repor a doçura das geléias light e não inferiu em sabor característico diferenciado e que todas as formulações de geléia light se enquadraram na legislação quanto à redução de calorias e aos limites de contaminação microbiana. O objetivo desta pesquisa foi desenvolver o processamento e estudar a estabilidade da geléia light de araticum (Annona Crassiflora Mart) durante o armazenamento. Matéria-prima MATERIAIS E MÉTODOS

Alterações físico-químicas e colorimétricas de geléias de araticum (Annona crassiflora) Arévalo-Pinedo et al. 399 Os frutos de araticum foram provenientes das fazendas do município de Palmas, Tocantins. Os frutos foram colhidos maduros (coloração marrom), selecionados segundo à presença de injúrias mecânicas e sanidade, lavados em água corrente para retirada de sujidades grosseiras como areia e palha, imersos em solução de hipoclorito de sódio 400 ppm para sanitização e a seguir foram lavados em água corrente. Após lavagem, os frutos foram despolpados em despolpadeira de aço inoxidável com malha de 1,5 mm de diâmetro, tomando-se todos os cuidados de higiene e sanidade. Em seguida, a polpa foi acondicionada em sacos de plástico e armazenada em freezer a -18 ºC, até o momento dos experimentos. Elaboração das geléias A polpa foi descongelada e através de uma curva de titulação foi corrigido o ph para 3,2 com ácido cítrico. À polpa acidificada foi adicionada de sacarose e 0,5 % de pectina ATM (marca comercial Kelko, Brasil) para formulação da geléia convencional e de sacarose e sucralose e 1,5 % de pectina BTM para a geléia light. A formulação da geléia convencional utilizada como controle (F1) foi elaborada considerando as proporções para uma geléia do tipo extra, proporção 1:1 de polpa e sacarose (Mota, 2007). Para a formulação da geléia light (F2), foram substituídas 50% do açúcar pelo edulcorante sucralose, calculado considerando-se a doçura equivalente (600 vezes maior que a sacarose), porém respeitando o limite máximo de 45 mg de edulcorante por 100 g de produto final (Cândido e Campos, 1996; Granada et al., 2005). À formulação light também foi adicionado 55 mg de Ca 2+.g -1 (Cloreto de cálcio) de pectina BTM para auxiliar na formação do gel (Nachtigall et al. (2004b). As formulações foram concentradas em tacho aberto de aço inoxidável até 66 ºBrix para a geléia convencional e de 46 ºBrix para a light. Depois de atingido o ºBrix desejado foi adicionado a pectina e 0,05 % de sorbato de potássio como conservante. As geléias foram envasadas a quente (80 ºC) em embalagens de vidro com capacidade de 250 ml, previamente esterilizadas e estocadas em temperatura ambiente (Lago et al., 2006). Análises físico-químicas A polpa e a geléia de araticum após o processamento foram submetidas às análises físico-químicas de umidade, lipídeos, proteína e acidez, de acordo com métodos preconizados pela AOAC (1998); ph, açúcares redutores, açúcares totais e vitamina C pelos métodos do Instituto Adolfo Lutz (1985) e atividade de água. A cor foi determinada a 25 C usando um colorímetro digital (Minolta CR4000, fonte de luz D65 em espaço de cor L*a*b* do sistema CIE L*a*b). A calibração foi realizada com placa branca padrão, seguindo as instruções do fabricante. Os resultados foram expressos em L* (luminosidade) que varia de 0 (preto) a 100 (branco); o a* varia de -a* (verde;) a +a* (vermelho) e o b* de b* (azul) a +b* (amarelo). Estabilidade das geleias A estabilidade foi estudada por um período de 6 meses através de análises de ph, acidez total titulável, Brix, açúcares totais e redutores, presença de mesófilos, bolores e leveduras, coliformes totais e termotolerantes e colorimetria Hunter Lab, utilizando colorimetro Minolta CR-400. As análises microbiológicas das geléias foram realizadas quanto a presença de bolores e leveduras, coliformes totais e termotolerantes de acordo com a metodologia da APHA (Vanderzant e Splittstoesser, 1992). Os resultados foram avaliados por análise de variância e teste de Tukey quando adequado, ao nível de significância de 5 % de probabilidade (p<0,05), utilizando o programa Statistica 5.0 for Windows. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 1 apresenta os valores das análises físico-químicas da polpa e das geléias convencional e light formuladas com a polpa de araticum (Annona crassiflora Mart). De acordo com os dados da Tabela 1 a polpa apresenta alta aumidade (67 %), 26 % de sólidos slúveis, de 15,20 % e 13,69 % de açúcares redutores e totais e pouca acidez e alto ph (5,15 %). O valor de 4,54 % de gordura é superior ao reportado por (Almeida, 1998). Na polpa de araticum, cerca de 80% dos ácidos graxos são monoinsaturados; 16%, saturados e 4%, poliinsaturados, destacando-se os ácidos oléicos, palmíticos e linolênico, respectivamente (Almeida, 1998). O alto valor da relação ºBrix/acidez indica o alto grau de doçura da polpa, o que mostra a grande possibilidade do seu uso na fabricação de geléias e doces. A polpa contém também pouca quantidade de minerais refletida no conteúdo de

cinzas de 1,07 %. As geléias apresentaram valores de sólidos solúveis de 66,75 % e açúcares totais de 40 % para a convencional e de 46,0 % e 37,5 % para a light. A geléia convencional apresenta maior valor de sólidos solúveis e açúcares totais devido à maior quantidade de sacarose utilizado na formulação e ao maior tempo de concentração. Os valores de ph, acidez enquadram dentro dos valores apresentados por Granada et al. (2005) para geleía light de abacaxi e por Nachtigall et al. (2004) para geléias light de amora-preta. A polpa de araticum apresentou luminosidade L* de 22,82; de cromaticidade a* e b* de 4,72 e 13,78 respectivamente, que mostra uma polpa pouco clara, com predominante coloração vermelho-amarelada, devido à presença dos carotenóides (Roesler et al. 2007). Fazendo comparação com a polpa observou-se uma maior perda de coloração na geléia convencional que na light, com queda de mais de 56 % na luminosidade e alto aumento da coloração amarela (b* de 69,47). Tabela 1. Resultados das análises físico-químicas da polpa e das geléias de araticum. Análises Composição Polpa Geléia convencional Geléia light Umidade 67,0 18,96 44,60 Gorduras 4,54 - - Cinzas 1,07 0,18 0,24 Acidez total titulável 0,24 1,07 0,22 ºBrix 26,0 66,75 46,0 Açúcares redutores 15,20 13,44 11,85 Açúcares totais 13,69 40,0 37,5 Ph 5,15 3,19 4,60 Aw - 0,818 0,98 Cor: - - - L* 22,82 9,93 19,46 A* 4,72 8,73 3,29 B* 13,78 69,47 10,02 As Tabelas 2 e 3 mostram os resultados das análises físico-químicos, de colorimetria e das geléias convencional e light de araticum, que foram avaliados durante os 6 meses de armazenamento. Quando se aplica o teste de Tukey na comparação das médias para as características físico-químicas das geléias durante o armazenamento, verificou-se que, apesar de serem observadas poucas variações entre os valores durante o período de armazenamento, estatisticamente algumas delas foram significativas, como, por exemplo, nos valores de açúcares redutores e totais da geléia convencional (Tabela 2) e de açúcares redutores na geléia light (Tabela 3). Observou-se um aumento (p<0,5) de açúcares, redutores e totais, a partir do primeiro mês na geléia convencional e dos 2 meses de armazenamento na light, após este período os valores mantiveram-se praticamente constante. O aumento de açúcares redutores pode ser atribuído à hidrólise da sacarose em meio ácido, visto que não houve crescimento microbiano durante este período. Esta hidrólise pode ser atribuída a reações químicas ocasionadas pela presença de ácidos orgânicos, uma vez que açúcares não-redutores como a sacarose é hidrolisada em meio ácido (Yuyama et al. 2008). Estas variações nos açúcares também foram observados por Zambiazi et al. (2006) durante o estudo de vidade-prateleira de geléias light de morango e por Yuyama et al. 2008 durante o armazenamento de geléia de cubiú. Neste trabalho não se observou variações significativas da acidez e do ºBrix durante o armazenamento. Quanto ao ph das geléias de araticum verificou-se que ocorreram algumas diferenças significativas entre as condições de armazenamento (p 0,05) na geléia convencional, mantendo-se praticamente inalterado na light (Tabela 3). Verificou-se, primeiramente aumento do ph a partir dos 30 (ph de 3,19) até os 90 (ph de 3,34) dias na geléia convencional, quando depois diminui até atingir os valores iniciais e permanece constante até os 6 meses. Mesmo havendo variação, observa-se que o ph manteve-se dentro da faixa de formação de um gel consistente (Jackix, 1998). Silva (1999) relatou uma redução do ph nos primeiros 2 meses de armazenamento e posterior aumento ao final de 6 meses, em polpa de acerola tratada e não tratada

Alterações físico-químicas e colorimétricas de geléias de araticum (Annona crassiflora) Arévalo-Pinedo et al. 401 termicamente. Este autor atribui o aumento do ph à degradação do ácido ascórbico durante o armazenamento, uma vez que o maior aumento desta variável ocorreu nos tratamentos em que houve maior degradação do ácido ascórbico. A atividade de água na geléia convencional sofreu uma leve diminuição de 0,82 para 0,77 após 6 meses e de 0,98 a 0,92 após 3 meses, porém em ambas as amostras manteve-se praticamente constante durante todo o período de armazenamento. Das Tabela 2 e 3 pode-se oberservar as mudanças de coloração das geléias durante o armazenamento em condições ambientais por 6 meses. A cor dos alimentos expressa pelos parâmetros estudados de colorimetria, indica o índice de transformação natural dos alimentos frescos assim como as mudanças ocorridas no processo industrial (Pinheiro, Vilas-Boas, 2005). Em geléias de araticum a cor relaciona-se com os pigmentos carotenóides encontrados na polpa (Almeida et al. 1997). Os carotenóides são responsáveis por colorações que vão desde o amarelo ao vermelho, de fácil degradação. Sua estabilidade ao longo do tempo depende de uma serie de fatores, como temperatura, disponibilidade de O 2, transmissão de luz do material de embalagem, aw, entre outros (Azeredo et al. 2004). No início do armazenamento as geléias, convencional e light, apresentaram valores diferentes significativamente (p<0,05) de luminosidade de 9,93 e 19,46; de cromaticidade a* de 8,73 e 3,29; de b* de 69,47 e 10,02 respectivamente. Ambas as geléias apresentaram baixos valores de luminosidade que nos reporta que são produtos pouco translúcidos tendendo para escuro característico de produtos concentrados por calor, caso dos doces e geléias. Entretanto, um menor valor inicial de luminosidade da geléia convencional nos indica um maior escurecimento causado possivelmente pela perda dos pigmentos e pelo escurecimento não enzimático de caramelização da sacarose devido ao maior tempo de concentração dessa geléia. Durante o armazenamento as características relativas à luminosidade da geléia light modificaram significativamente (p<0,05), entretanto, não se observaram grandes mudanças de luminosidade na geléia convencional. Na light os valores de luminosidade variaram de 19,46 a 7,12 verificando-se um escurecimento gradual da geléia a partir dos 2 meses de armazenamento, causado pela perda dos pigmentos como mostra a queda da coloração amarela b* (de 10,02 a 5,15). Produtos de frutas, como sucos e geléias, são susceptíveis à deterioração na cor resultante de efeitos combinados da degradação dos pigmentos e da formação de pigmentos escuros (Skrede et al., 1992). Nas Tabelas 2 e 3, também, são apresentados os valores das análises microbiológicas (contagem de bolores e leveduras) realizadas nas geléias do tipo convencional e light de araticum quando armazenadas durante 6 meses a temperatura ambiente. Em relação ao tempo de armazenamento, todas as geléias permaneceram estáveis microbiologicamente, apresentando ausência de coliformes totais e contagem de bolores e leveduras <10 UFC/g de produto durante o armazenamento, de acordo com os padrões microbiológicos estabelecidos pela legislação vigente para este tipo de alimento, a qual estabelece uma tolerância de 10 4 UFC/g para bolores e leveduras (Brasil, 2001). Tabela 2. Determinações físico-químicas de geléia convencional de araticum durante o armazenamento à temperatura ambiente. Análises Tempo (meses) 0 1 2 3 4 6 ph 3,19 a - 3,34 b 3,33 b 3,16 a 3,21 a Acidez 1,07 a 1,11 a 1,15 a 1,11 a 1,01 b 1,04 a Aw 0,82 a 0,82 a 0,81 a 0,81 a 0,79 a 0,77 a ºBrix 66,75 a - - 66,47 a 66,5 a 66,3 a Açúcares redutores 13,44 a 20,59 b 20,96 b 23,10 b 38,33 c 39,82 c Açúcares totais 40,0 a 57,14 b 45,0 c 45,0 c 45,0 c 45,2 c Cor: L* 9,93 a 8,21 a 11,68 b 8,48 a 8,30 a 10,23 b A* 8,73 a 2,72 b 3,06 c 3,32 c 3,51 c 2,92 c B* 69,47 a 5,03 b 5,37 b 4,30 b 4,52 b 4,16 c Bolores e leveduras ausente ausente Ausente Ausente Ausente Ausente (UFC/g) Letras iguais na mesma linha significam que não há diferenças significativas entre os diferentes tempos de armazenamento (ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey, p<0,05).

Tabela 3. Determinações físico-químicas de geléia light de araticum durante o armazenamento à temperatura ambiente. Análises Tempo (meses) 0 1 2 3 4 6 ph 4,60 a 4,60 a 4,63 a 4,64 a 4,58 a 4,61 a Acidez 0,22 a 0,22 a 0,22 a 0,21 a 0,22 a 0,19 a Aw 0,98 a 0,98 a 0,93 b 0,93 b 0,93 b 0,92 b ºBrix 46,0 a - - 47,3 b 48,0 b 48,0 b Açúcares redutores 11,85 a 10,56 a 15,02 c 14,85 c 16,63 d 16,93 d Açúcares totais 37,50 a 31,91 b 38,09 c 37,22 a 37,50 a 32,50 b Cor: L* 19,46 a 19,47 a 13,26 b 12,17 b 10,09 b 7,12 d A* 3,29 a 2,70 b 6,90 c 4,42 d 4,48 d 4,36 d B* 10,02 a 6,11 b 11,05 a 5,66 b 5,89 b 5,15 b Bolores e leveduras (UFC/g) ausente ausente Ausente Ausente ausente ausente Letras iguais na mesma linha significam que não há diferenças significativas entre os diferentes tempos de armazenamento (ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey, p<0,05). CONCLUSÕES As características físico-químicas da polpa de araticum nos reportam que esta fruta é uma excelente matéria-prima para a fabricação de geléias, devido principalmente aos sólidos solúveis apresentados e ao aroma e cor atrativa avermelhada da polpa. As geléias do tipo convencional e light de araticum se mostraram estáveis físico-quimicamente e microbiologicamente durante o armazenamento a temperatura ambiente. Quanto a cor houve alteração durante o armazenamento, observando-se uma maior perda da coloração na geléia light. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AOAC. Association of Official Analytical Chemists. Official methods of analytical chemists. 20 ed. Washington. 1998, 1094 p. Almeida, S. P.; Proença, C. E. B.; Sano, S. M.; Ribeiro, J. F. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: Embrapa CPAC, 1998. 464 p. Almeida, S.P; Silva, J.A.; Ribeiro, J.F. Aproveitamento alimentar de espécies nativas dos cerrados: araticum, baru, cagaita e jatobá. Brasília, DF: EMBRAPA, CPAC, 1987. 83p. (Documentos, 26). Campos, A. M; Cândido, L.M.B. Comportamento de géis de pectinas amidadas em presença de diferentes adoçantes e teores de cálcio. Boletim do CEPPA, Curitiba, v. 12, n. 1, p.39-54, 1994. Cândido, L.M.B.; Campos, A.M. Alimentos para fins especiais: dietéticos. São Paulo: Varela, 1996. 411p. Cardello, H. M. A. B.; Damásio, M. H. Edulcorantes e suas características: revisão. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 31, n. 2, p. 241-248, 1997. Granada, G. G., Zambiazi, R. C., Mendonça, C. R. B., Silva, E. Caracterização física, química, microbiológica e sensorial de geléias light de abacaxi. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 25, n. 4, p. 629-635, 2005. Instituto Adolfo Lutz. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Métodos Químicos e Físicos para Análise de Alimentos. 3ª ed. São Paulo: IAL, 1985. 533p. Lago, E. S., Gomes, E., Silva, R. Produção de geléia de jambolão (Syzygium cumini Lamarck): Processamento, parâmetros físico-químicos e avaliação sensorial. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 26, n. 4, p. 847-852, 2006. Lobo, A. R.; Silva, G. M. L. Aspectos Tecnológicos de Produtos de Panificação e Massas Alimentícias com Teor Calórico Reduzido. Boletim do sbcta, v. 37, n. 1, p 1-8, 2003. Mariath, J. G. R., Lima, M. C. C., Santos, M. P. Vitamin A of buriti (Maurita vinifera Mart) and its effectiveness in treatment and prevention of xerophtalmia. American Journal of Clinical Nutrition, v. 49, p. 849-853, 1989. Mota, R. V. Características Químicas e Aceitabilidade de Geléias de Amora-preta de Baixo Teor de Sólidos Solúveis. Brazilian

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