Testes e protocolos para avaliação física do idoso

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Transcrição:

Testes e protocolos para avaliação física do idoso

A aplicação de testes é importante para avaliar a eficiência dos programas de atividades físicas destinados aos idosos; Devido as suas características e especificidades, há necessidade de conhecimento de testes específicos para a realização de avaliações dos idosos, em termos funcionais e físicos; É importante que os alunos passem por uma avaliação prévia, visando conhecer suas condições de condicionamento físico e saúde. Mazo, Lopes e Benedetti, 2009; Safons e Pereira, 2007.

A aplicação de testes para avaliar a aptidão funcional dos idosos tem como objetivos: Diagnosticar e verificar a eficiência dos programas de exercícios físicos; Planejar e avaliar os programas de intervenção para idosos; Verificar a evolução da aptidão funcional em relação ao processo de envelhecimento; Determinar a aptidão funcional que deve ser priorizada na elaboração dos programas de intervenção; Fornecer aos idosos parâmetros da sua evolução diante dos programas de intervenção. Mazo, Lopes e Benedetti, 2009.

Deve-se solicitar um atestado médico no qual deverão estar explicitadas suas condições físicas; É recomendado a aplicação do questionário PAR-Q, se o idoso responder um SIM no questionário deverá ser encaminhado para um médico que deverá investigar o item identificado. Mazo, Lopes e Benedetti, 2009.

Após a realização do exame médico, deverão ser selecionados os testes de aptidão física próprios para idosos. E devem: - Levar em consideração o nível de AVDs dos idosos; - Utilizar testes que tenham boa reprodutibilidade e validade; - Ser aplicado por profissional previamente treinado; - Ser seguros; - Enfatizar aos idosos para realizar da melhor maneira possível, mas que nunca ultrapassem suas capacidades e respeitem seus limites. Mazo, Lopes e Benedetti, 2009.

Avaliação antropométrica 1) Avaliação do percentual de gordura; 2) Avaliação do índice de massa corporal. Fonte: OPAS, 2002 citado por Mainardi et al., 2012. Mazo, Lopes e Benedetti, 2009; Safons e Pereira, 2007.

Avaliação antropométrica 3) Avaliação da relação cintura quadril (RCQ) Fonte: Bray e Gray (1988) citado por Marins e Giannichi, 2003. Mazo, Lopes e Benedetti, 2009; Safons e Pereira, 2007.

Avaliação antropométrica 4) Avaliação da circunferência de cintura Mazo, Lopes e Benedetti, 2009.

Bateria de testes de aptidão física de idosos Senior Fitness Test Desenvolvido e validado por Rickli & Jones (1999); Avalia a capacidade fisiológica para desempenhar atividades normais do dia a dia de forma segura e independente, sem que haja uma fadiga indevida; Esta bateria tem algumas facilidades: pode ser aplicado a um grande número de idosos, pode ser aplicado em idosos que se encontram desde uma margem próxima da fragilidade até a situação de aptidão física boa; Fácil de administrar e classificar; Requer espaço e equipamentos mínimos. Mazo, Lopes e Benedetti, 2009.

Antes do início dos testes, os participantes devem realizar 5 a 8 minutos de aquecimento e alongamento. 1) Teste de levantar e sentar na cadeira Objetivo: Avaliar a força dos membros inferiores. Equipamento: cronômetros, cadeira com encosto e sem braços, com altura do assento de aproximadamente 43 cm. Recomendações de segurança: apoiar a cadeira contra a parede; prestar atenção a problemas de equilíbrio; interromper o teste imediatamente se o participante se queixar de dor.

Procedimento: O avaliado senta no meio do assento com as costas retas, pés no chão e braços cruzados com o dedo médio em direção ao acrômio. Ao sinal o participante ergue-se e fica totalmente em pé e então retorna a posição sentada. Estimular a levantar e sentar o máximo de vezes possível em 30 segundos. Antes do teste, o avaliado realiza uma ou duas vezes para aprender a forma correta. Fonte: Safons e Pereira, 2007.

Pontuação: Número correto de execuções num intervalo de 30 segundos. Se o participante estiver no meio da elevação no final dos 30 segundos, deve-se contar como uma execução. Fonte: Rickli e Jones citado por Safons e Pereira, 2007.

2) Teste de flexão de braço Objetivo: Medir a força dos membros superiores. Equipamento: cronômetros, cadeira sem braço, peso de 2,27 kg para mulheres e 3,63 kg para homens. Já validado no Brasil 2 kg para mulheres e 4 kg para homens. Recomendações de segurança: Interromper o teste imediatamente se o participante se queixar de dor.

Procedimento: O avaliado senta na cadeira com as costas retas, pés no chão e o lado dominante do corpo próximo a borda da cadeira. É importante que a região superior do braço permaneça parada durante o teste. Partindo da posição com o braço estendido, o braço é flexionado em direção ao ombro, com a palma da mão gradativamente voltando para cima. O participante deve fazer o teste uma ou duas vezes sem o peso para aprender a forma correta. Fonte: Safons e Pereira, 2007.

Pontuação: Número correto de flexões em um intervalo de 30 segundos. Se ao final dos 30 segundos o antebraço estiver em meia flexão, conta-se como flexão total. Fonte: Rickli e Jones citado por Safons e Pereira, 2007.

3) Teste de marcha estacionária de 2 minutos Objetivo: Fornecer uma alternativa para o teste de resistência aeróbica. Equipamento: cronômetros, fita métrica e fita adesiva. Recomendações de segurança: Os participantes com problemas de equilíbrio devem ficar em pé próximo a uma parede, porta ou cadeira e monitorados com atenção. Monitorar todos os participantes com atenção para sinais de esforço excessivo. Ao final do teste pedir para continuar marchando durante mais de um minuto para recuperação.

Preparação: Começar marcando a altura mínima de elevação do joelho (ponto médio entre a patela e a crista ilíaca). Procedimento: Ao comando o avaliado começa a marchar no lugar (sem correr), completando tantas elevações quanto conseguir em 2 minutos. Quando a altura do joelho não puder ser mantida, o avaliado é orientado a parar, ou parar e descansar até que a forma apropriada possa ser readquirida.

Pontuação: O escore correspondente ao número de passos realizados em 2 minutos, isto é, o número de vezes que a perna direita atinge a altura assinalada. Fonte: Rickli e Jones, 2008.

4) Teste de sentar e alcançar os pés Objetivo: Avaliar a flexibilidade de membros inferiores (principalmente os músculos posteriores da coxa). Equipamento: Cadeira com a altura do assento de 43,18cm e com as pernas inclinadas para frente, e uma régua de 50 centímetros. Precauções de segurança: Colocar a cadeira contra a parede para que não escorregue durante o teste. Lembrar os avaliados de expirar a medida que se curvam para frente e de evitar impulsos. Os avaliados devem estender o braço até o ponto de ligeiro desconforto, nunca até o ponto de dor. Não aplicar o teste em pessoas com osteoporose grave ou que sentem dor ao curvar-se para frente.

Procedimento: O avaliado senta-se na beirada da cadeira, a dobra entre a linha inguinal e os glúteos devem coincidir com a beirada da cadeira. Uma das pernas ficam fletidas com os pés no chão. A outra é estendida o máximo possível na frente do quadril, com o calcanhar no chão e pé fletido em aproximadamente 90º. Fonte: Safons e Pereira, 2007.

Atividade Física no Envelhecimento Procedimento: Com as mãos sobrepostas e os dedos médios na mesma altura, o participante se curva lentamente para frente, mantendo a coluna o mais ereta possível e a cabeça alinhada com a coluna. Se o joelho começar a flexionar solicitar ao participante para recuar as costas até que o joelho fique estendido. O alcance máximo deve ser sustentado por 2 segundos.

Pontuação: Após o participantes ter praticado duas vezes com a perna selecionada. Aplicar duas tentativas e registrar o melhor escore. Registrar a distância da ponta dos dedos até a ponta do tênis, e anotar o número de centímetros mais próximo. O meio do hálux na extremidade do sapato representa o zero. Escore negativo: mãos não alcançaram o ponto; Escore zero: sobre o ponto central; Escore positivo: mão ultrapassaram o ponto. Fonte: Rickli e Jones citado por Safons e Pereira, 2007.

5) Teste de alcançar as costas Objetivo: Avaliar a flexibilidade dos membros superiores (ombro). Equipamento: régua de 50 centímetros. Recomendações de segurança: Interromper o teste se o participante sentir dor. Lembrá-los de continuar respirando enquanto se alongam e de evitar impulso ou movimentos rápidos.

Fonte: Safons e Pereira, 2007. Procedimento: Em pé, o avaliado coloca a mão preferida sobre o mesmo ombro, com a palma e os dedos estendidos, tentando alcançar a parte central das costas. A outra mão deve ser colocada para trás, com a palma da mão para cima, tentando fazer com que os dedos de ambas as mãos se toquem ou sobreponham. Seguindo a demonstração, o avaliado determina a mão preferida e são feitas duas tentativas de aprendizagem, seguidos pelo teste (2 tentativas).

Pontuação: Medir a distância de sobreposição ou a distância entre as pontas dos dedos médios, indicando o melhor escore. Atribuir valor negativo se os dedos não se tocarem, escore zero se os dedos médios se tocarem ligeiramente e escore positivo se os dedos médios se sobrepuserem. Fonte: Rickli e Jones citado por Safons e Pereira, 2007.

6) Levantar e caminhar Objetivo: Avaliar a agilidade e o equilíbrio dinâmico. Equipamento: Cronômetro, cadeira com altura do assento de aproximadamente 43cm, trena e cone. Recomendações de segurança: Indivíduos mais frágeis requerem atenção especial no momento de sentar e levantar da cadeira. Um dos assistentes deve colocar-se entre a cadeira e o cone para ajudar os participantes em caso de desequilíbrio.

Preparação: A cadeira deve ser posicionada contra a parede, voltada diretamente para um cone colocado à distância de 2,44 metros medida a partir da parte anterior do cone até um ponto no chão situado no mesmo nível da parte da frente da cadeira. Fonte: Safons e Pereira, 2007.

Procedimento: O avaliado começa em uma posição sentada na cadeira com uma postura ereta, mãos nas coxas e os pés no chão com um pé levemente na frente do outro. Ao comando o avaliado deve levantar-se da cadeira, caminhar o mais rápido possível até o cone, contorná-lo e voltar para a cadeira, sentando-se novamente. Acionar o cronômetro no iniciar e pará-lo no exato instante em que a pessoa sentar na cadeira outra vez. Avaliador demonstra o teste, e após o avaliado deve ensaiar o teste uma vez para praticar e, então realizar duas tentativas.

Pontuação: Registra o tempo dos dois escores do teste para o décimo de segundo mais próximo. Sendo o melhor tempo considerado para avaliar o desempenho. Fonte: Rickli e Jones citado por Safons e Pereira, 2007.

7) Teste de caminhada de 6 minutos Objetivo: Avaliar a resistência aeróbica. Equipamento: trena, cronômetros, 4 cones, fita adesiva, ficha de anotação. Recomendações de segurança: Selecionar uma área bem iluminada, com superfície não escorregadia e nivelada. Colocar cadeiras em vários pontos do lado de fora da área de percurso. Interromper o teste ao sinal de esforço excessivo.

Organização do percurso: Armar um percurso de 45,7 metros, marcados em segmentos de 4,57 metros com giz ou fita. Procedimento: Ao sinal os participantes caminham o mais rápido possível (sem correr) em volta do percurso quantas vezes eles puderem, dentro do limite de 6 minutos. Durante o teste os participantes podem parar e descansar, e depois voltar a caminhar. Realizar um minuto de recuperação, através de caminhada. Fonte: Safons e Pereira, 2007.

Pontuação: A distância percorrida em 6 minutos. Fonte: Rickli e Jones citado por Safons e Pereira, 2007.

Referências Utilizadas: MARINS, J.C.B. e GIANNICHI, R.S. Avaliação e Prescrição de Atividade Física: Guia Prático. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003. MAZO, G. Z.; LOPES, M. A. e BENEDETTI, T. B. Atividade física e o idoso: concepção gerontológica. Porto Alegre: Sulina, 2001. RICKLI, R.E.; JONES, C.J. Teste de aptidão física para idosos. Barueri, SP: Manole, 2008. SAFONS, M.P.; PEREIRA, M.M. Princípios metodológicos da atividade física para idosos. Brasília: CREF/DF FEF/UnB/GEPAFI, 2007.