Reformar Hoje para Garantir o Amanhã

Documentos relacionados
Audiência Pública sobre Propostas de Reforma para a Previdência

Reunião do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social. Brasília, 17 de Fevereiro de 2016

Reforma da Previdência. Dezembro de 2016

Reforma da Previdência

Uma visão geral do processo de reforma da previdência. Manoel Pires SPE/MF

Uma visão geral do processo de reforma da previdência. Manoel Pires SPE/MF

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: POR QUE FAZER? EFEITOS DA DEMOGRAFIA EXIGEM AJUSTE DE REGRAS

Reforma da Previdência

REFORMA DA PREVIDÊNCIA E SEUS BENEFÍCIOS SOCIOECONÔMICOS

Previdência: premissas da reforma e análise sobre o impacto econômico

Reforma da Previdência: Análise da PEC Reforma da Previdência PEC 287/2016. Brasília, 21 de fevereiro de 2017

Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 6/2019

PEC 287/ REFORMA DA PREVIDÊNCIA SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - SINDCVM

MITOS E VERDADES SOBRE A PREVIDÊNCIA. Crédito da Foto: Agência Senado

Envelhecimento Populacional e seus impactos sobre Previdência: A necessidade de reforma

Previdência Social Reformar para Preservar

PEC 287/2016 Reformar Hoje para Garantir o Amanhã. Deputado Federal Vice-Líder do Governo na Câmara dos Deputados

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

REFORMAS PARA O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL. DYOGO HENRIQUE DE OLIVEIRA Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

Reformas nos Regimes de Previdência de Servidores Públicos Civis na OCDE e PEC 287 no Brasil

Medida Provisória nº 676. Brasília, setembro de

A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Além da previdência, a proposta também altera regras da Assistência Social, reduzindo a abrangência e a capacidade de proteção social.

O país vem passando por um processo acelerado de envelhecimento populacional, em função da queda da taxa de fecundidade e do aumento da expectativa

Reforma da Previdência. Abril de 2017

A reforma da Previdência (PEC 287/16), em discussão na Câmara dos Deputados, teve muitas alterações no substitutivo aprovado na comissão e, na

Substitutivo à PEC 287/2016 Reforma da Previdência. Antônio Augusto de Queiroz Diretor de Documentação do DIAP

A Previdência Social ao redor do mundo

A NOVA PREVIDÊNCIA. Rogério Marinho Secretário Especial de Previdência e Trabalho

REFORMA DA PREVIDÊNCIA AS PROPOSTAS DA REFORMA NO CONGRESSO

Reforma da Previdência: Análise da PEC Reforma da Previdência Análise da PEC 287/2016. Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 2017

Desafios da Previdência. FGV Rio de Janeiro, Março 2016

A Reforma da Previdência e a Economia Brasileira. Marcos de Barros Lisboa (INSPER) Paulo Tafner (IPEA)

Allan Gomes Moreira SEMINÁRIO SOBRE EQUILÍBRIO FISCAL CONTROLE DE DESPESAS COM ENFOQUE NOS DESAFIOS DA GESTÃO PREVIDENCIÁRIA

Golpe, Projeto Liberal e Reforma da Previdência

SUBSTITUTIVO DA PEC 287/2016 REFORMA DA PREVIDÊNCIA

PARA ENTENDER A Reforma da Previdência PARA ENTENDER A. Reforma da Previdência

PEC 287/ Reforma da Previdência

A Previdência Social e o Envelhecimento da População. Brasília, junho de 2015

PEC 6: desconstitucionalização e privatização da previdência social Impacto para os RPPS. Março 2019

Audiência Pública na Câmara dos Deputados Objetivo: colher subsídios relativos à PEC 287/2016

PEC 287/2016 Reforma da Previdência

Estrutura Demográfica e Despesa com Previdência: Comparação do Brasil com o Cenário Internacional

A Mulher e a Previdência Social

PEC 6: a desconstrução da da previdência social. Abril de 2019

Entenda ponto a ponto o que propõe o governo

Reforma Tributária Solidária Alternativa para preservar a seguridade social e promover a justiça fiscal

O IMPACTO DA REFORMA PREVIDENCIÁRIA PARA OS MUNICÍPIOS

Previdência Brasileira: cenários e perspectivas" Lindolfo Neto de Oliveira Sales Brasília, 23/03/2017

O Regime Geral de Previdência Social - RGPS e a PEC 287 de CURITIBA-PR, 14 DEZ 2016 Expositor: Luciano Fazio

REFORMA DA PREVIDÊNCIA PEC 06/2019

Análise Sintética das Reformas Previdenciárias no Mundo

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: COMO É HOJE; TEXTO ORIGINAL DA PEC; TEXTO SUBSTITUTIVO.

MODIFICAÇÕES DA ÚLTIMA PROPOSTA APRESENTADA PELO GOVERNO emenda aglutinativa global

DA CONTRARREFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

SUBSTITUTIVO DA PEC 287/2016 REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Tabela 1 Aposentadoria por tempo de contribuição Homem - Regras

REFORMA DA PREVIDÊNCIA CONQUISTA DOS PARLAMENTARES

PEC 287 A (SUBSTITUTIVO): A MINIMIZAÇÃO DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA SINPAF, DOURADOS/MS 10 DE MAIO DE 2017

COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO

PEC 6: desconstitucionalização e privatização da previdência social. ABRIL DE 2019 Jornada Nacional de Debates Rio Grande do Sul

SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA MINISTÉRIO DA FAZENDA. Brasília, dezembro de 2017

Regras previdenciárias dos servidores públicos Substitutivo à PEC 6/2019 aprovado na Comissão Especial. Antônio Augusto de Queiroz Julho de 2019

PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %)

DADOS SOBRE PENSÃO POR MORTE

PEC 287: A minimização da Previdência Pública

Palestra sobre a Reforma da Previdência (Substitutivo PEC 287) na reunião da Diretoria do Simec

Previdência Social no Brasil. Fundação Getulio Vargas

A previdência social no Brasil: Uma visão econômica

Princípios da Reforma

REFORMA PREVIDENCIÁRIA. PORTO ALEGRE, 11/04/2017 JANE LUCIA WILHELM BERWANGER

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MAIO 2017 P R EV ID ÊN C IA P EC 287

Saiba mais em

Por que é indispensável o Novo Regime Fiscal?

PEC 6: a desconstitucionalização e privatização da previdência social

Reforma da Previdência e o Impacto nos Municípios

Resumo sobre texto Extraoficial da Reforma da Previdência Versão 28 Janeiro

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Problema previdenciário estadual e a proposta de aumento da contribuição do governo Tarso. Darcy Francisco Carvalho dos Santos Economista maio/2012.

Nota Técnica: Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016

Saiba mais em

Princípios da Reforma

A PEC 287/2016 E O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

26/05 - Estudo do Dieese mostra que reforma da Previdência traz prejuízos para servidor federal

PEC 06/2019 A NOVA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Fevereiro 2019

O servidor na regra de transição da reforma de previdência

Reformas dos sistemas de previdência: visão da OIT a partir da experiência internacional

As mudanças na PREVIDÊNCIA SOCIAL. Vilson Antonio Romero

Sínteses da Reforma da Previdência

CONTRAREFORMA DA PREVIDÊNCIA PEC 287/2016. Ludimar Rafanhim

Previdência Social: Uma Conta Impagável

A PEC 287: Minimização da Previdência Pública

Fontes das Normas Previdenciárias

SUBCHEFIA DE ASSUNTOS PARLAMENTARES. Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: COMO É HOJE; TEXTO ORIGINAL DA PEC; TEXTO SUBSTITUTIVO.

QUADRO COMPARATIVO DA PEC 287/2016 SÍNTESE DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

PEC287/2016 Os impactos para os servidores Prof. Eduardo Rolim de Oliveira Presidente do PROIFES-Federação

Transcrição:

Reformar Hoje para Garantir o Amanhã Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 287, de 2016 1

Premissas da Reforma Garantir a sustentabilidade da Previdência Social, preparando-a para a transição demográfica dapopulação brasileira e incentivandoa contributividade; Respeitar os direitos adquiridos: reforma não afeta os aposentados e os trabalhadores que já reuniram as condições de acesso sob as regras atuais; Instituir regras de transição para quem está próximo de adquirir o direito de se aposentar, levandoemconta a expectativa de direito; Avançar rumo à harmonização dosregimes previdenciários; Convergir para as melhores práticas internacionais, incorporando as experiências exitosas de países que já enfrentaram uma transição demográfica, observada a realidade social e econômica do Brasil; Fortalecer o pilar distributivo da previdência, preservando a vinculação da aposentadoria aosalário mínimo; e Permitir que nossos filhos e netos possam viver num Brasil com menos inflação, juros e carga tributária. 2

Organização das Propostas por Principais Temas Previdenciários Regras de acesso: Igualar regras de idade para: Homens e mulheres Trabalhadores urbanos e rurais RGPS e RPPS Aposentadorias Especiais: Fim da aposentadoria especial para professores na educação infantil e no ensino fundamental e médio Fim da aposentadoria especial por exposição a risco (policiais civis) Manutenção das especiais por exposição a agente nocivo Limitação para redução da idade em até 10 anos para a pessoa com deficiência Fórmula de cálculo; Pensões por morte; e Benefício de Prestação Continuada (BPC). 3

Regras de Acesso 4

Introdução O Brasil ainda é um país jovem, com baixa proporção de idosos na população. Segundo previsões do IBGE, este retrato, está se modificando rapidamente. Atualmente, 1 entre cada 10 pessoas é idosa (60 anos ou mais). Em 2060, 3 entre cada 10 pessoas serão idosas. Além do aumento no contingente de aposentados, os idosos estão vivendo cada vez mais. Estas mudanças positivas pressionarão cada vez mais o resultado previdenciário, elevando os beneficiários da previdência social ante um menor contingente de contribuintes. Neste contexto, é importante observar as regras aplicadas por outros países que já passaram pelo fim do bônus demográfico. 5

Desafios do Envelhecimento Populacional As projeções populacionais mostram que, em 2060, teremos menos pessoas em idade ativa que hoje. Ao mesmo tempo, o número de idosos irá crescer 262,7% nesse mesmo período. Projeções da População Brasileira (em milhões de pessoas) 0 a 14 anos 15 a 64 anos 65 anos ou mais Idosos / Adultos 2015 47,4 140,9 16,1 11,5 2020 44,3 147,8 20,0 13,5 2030 39,3 153,9 30,0 19,5 2040 35,4 152,6 40,1 26,3 2050 31,8 143,2 51,3 35,8 2060 28,3 131,4 58,4 44,4 Variação % 2015 a 2060-40,3% -6,7% 262,7% 286,1% Fonte: IBGE/ Projeção da População de 2013 6

Elevação da Expectativa de Sobrevida A expectativa de sobrevida cresce em todos os segmentos etários, inclusive entre os mais idosos, o que implica maior duração no pagamento de benefícios. Nesse sentido, a idade de aposentadoria no nosso País já deveria ter sido atualizada, se tivéssemos levado em consideração o fator demográfico passado, tomando como base o ano de 1980. 28 26 24 22 20 18 16 14 12 10 8 15,2 12,0 9,2 Expectativa de sobrevida por faixa de idade (em anos)* 22,1 18,4 15,0 25,2 21,2 17,5 60 anos 65 anos 70 anos Fonte: IBGE/ Projeção da População de 2013. (*) Entre 1981(1992) e 1990(1997), as esperanças de vida ao nascer foram extraídas das tábuas de mortalidade interpoladas a partir das tábuas construídas para os anos de 1980(1991) e 1991(1998). 7

Estamos Vivendo Mais e Melhor A expectativa de sobrevida aos 65 anos no Brasil já se aproxima da dos países que já passaram pelo fim do bônus demográfico, sendo que nossa idade média de aposentadoria é bem mais baixa. 30 25 Expectativa de sobrevida em alguns países para a mulher aos 65 anos (em 2010-2015) 20 15 24,3 21,6 23,0 22,5 22,2 22,4 22,3 21,2 21,2 21,5 20,5 21,0 21,3 21,7 21,1 21,0 21,1 20,9 21,3 20,8 21,2 20,6 20,5 20,5 20,9 20,6 19,6 19,5 20,5 18,6 19,8 19,7 19,0 18,8 18,9 16,8 18,1 17,9 16,5 16,2 14,9 15,0 14,5 10 5 0 Japão Coreia França Espanha Itália Suíça Austrália Chile Áustria Finlândia Portugal Israel Suécia Canadá Islândia Luchemburgo Bélgica Alemanha Noruega OECD Nova Zelândia Irlanda Grécia Eslovênia Holanda Reino Unido México Brasil Estados Unidos Turquia Dinamarca Argentina Polônia República Tcheca Estônia Arábia Saudita Hungria Eslováquia China Rússia Africa do Sul Indonésia Índia Fonte: United Nations, World Population Prospects - 2012 Revision. Pensions at a Glance 2015 - OECD 2015 8

Modelo Atual Incentiva Aposentadorias Precoces Nosso modelo previdenciário atual incentiva que os trabalhadores saiam do mercado de trabalho no ápice da sua capacidade produtiva. Aposentadorias especiais e por tempo de contribuição contribuem para que a idade média de aposentadoria no Brasil esteja entre as mais baixas do mundo. 75,0 70,0 65,0 60,0 72,3 71,1 Idade média de aposentadoria dos homens nos países da OCDE e no Brasil 69,469,1 68,4 68,2 66,966,7 66,166,1 65,064,964,864,664,263,863,763,663,663,463,162,962,8 62,362,362,161,961,961,8 61,1 60,960,9 59,759,6 59,4 57,6 55,0 50,0 México Coréia Chile Japão Portugal Islândia Israel Nova Zelândia Suíça Suécia Estados Unidos Australia Noruega Irlanda OECD-34 média Canada Reino Unido Estônia Holanda Dinamarca República Tcheca Eslovênia Turquia Espanha Polônia Alemanha Grécia Austria Finlândia Itália República Eslovaquia Hungria França Bélgica Brasil Luxemburgo Fonte: OECD (dados 2012, média referente aos últimos cinco anos) e MTPS (dados 2015 dos concedidos) Obs.: Em 2012 a idade média de aposentadoria dos homens no Brasil era de 59,2 anos. 9

Alinhamento às Melhores Práticas Internacionais A maioria dos países já adotam a idade mínima de 65 anos ou mais como regra de acesso, com convergência entre homens e mulheres. Os países que atualmente tem diferenciação, já aprovaram regras para igualar as idades entre homens e mulheres até 2027, com exceção de Chile, Suíça e Israel. 69 idade mínima de 65 anos ou mais 67 65 63 61 59 57 55 Eslovênia Turquia Bélgica Luxemburgo Coreia França Grécia Eslováquia Hungria Itália Rep. Checa Estônia Áustria Chile Reino Unido Suíça Austrália Canadá Dinamarca Finlândia Alemanha Japão México Nova Zelândia Espanha Suécia Holanda Polônia Irlanda Portugal EUA Israel Islândia Noruega Idade Mínima para Homens, quando diferente da Mulher Idade Mínima

Maior Proteção Previdenciária à Mulher Cobertura previdenciária das mulheres aumentou substancialmente nas últimas décadas, tendo igualado a dos homens nos últimos anos, resultado da crescente inserção da mulher no mercado de trabalho. Evolução da Cobertura Previdenciária da População Ocupada de 16 a 59 anos, segundo Gênero Brasil (1992-2015) 74,0% 72,0% 70,0% 68,0% 69,3% 68,0% 67,0% 66,9% 67,8% 68,9% 71,3% 70,6% 69,6% 71,8% 71,3% 70,6% 72,6% 72,6% 72,7% 72,5% 72,5% 72,5% 72,3% 72,5% 72,3% 66,0% 66,4% 64,0% 62,0% 61,8% 60,0% 65,2% 60,9% 65,9% 65,5% 64,8% 64,1% 64,5% 63,8% 63,8% 63,4% 62,8% 61,3% 61,4% 61,0% 60,8% 60,6% 63,5% 62,9% 63,8% 64,3% 62,3% 61,7% 62,5% 62,5% 60,7% 60,0% 60,7% 60,2% 65,7% 64,9% 64,0% 63,4% 61,4% 61,8% 65,1% 62,7% 66,0% 63,6% 67,0% 64,6% 58,0% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: PNAD/IBGE 2015. Elaboração: CGEPR/SPPS/MF. Homens Mulheres Total 11

Melhores Condições de Trabalho para as Mulheres A diferença de rendimento entre mulheres e homens ao longo do tempo tem caído gradativamente. Assim, o rendimento das mulheres, que chegou a representar 78% do rendimento dos homens em 2005 atingiu 86% em 2015. Entre 16 e 24 anos, faixa de idade de entrada majoritária no mercado de trabalho, o rendimento da mulher é praticamente igual ao do homem. Adicionalmente, o rendimento das mulheres aproxima-se ao rendimento dos homens em cada faixa etária ao longo do tempo. 120% Razão do Rendimento entre Mulheres e Homens por Hora Trabalhada Brasil (2005 e 2015) 100% 80% 60% 103% 102% 95% 98% 88% 89% 88% 87% 83% 72% 65% 78% 62% 61% 86% 78% 40% 20% 0% 16 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou acima Total Fonte: PNAD/IBGE 2005 e 2015. Elaboração: CGEPR/SPPS/MF. 2005 2015 12

Poucos Países Adotam Aposentadorias por Tempo de Contribuição Na América Latina, apenas Brasil e Equador têm aposentadorias por tempo de contribuição. Dentre os países ricos, apenas Itália tem esse tipo de aposentadoria, sendo que esta modalidade está passando por reforma. País Concede Aposentadorias por Tempo de Contribuição (ATC) puras (Apenas TC)? Homens Mulheres Há restrições à atividade laboral? Argélia Sim; TC: 32 Sim; TC: 32 Inatividade Egito Sim; TC: 20 Sim; TC: 20 - Brasil Sim; TC: 35 Sim; TC: 30 - Equador Sim; TC: 40 Sim; TC: 40 - Bahrein Sim; TC: 20 Sim; TC: 15 Aposentadoria+Salário < Salário Médio dos últimos 2 anos. Irã Sim; TC: 35 Sim; TC: 35 Inatividade. Iraque Sim; TC: 30 Sim; TC: 30 Inatividade Arábia Saudita Sim; TC: 25 Sim; TC: 25 Inatividade Síria Sim; TC: 25 Sim; TC: 25 - Yemen Sim; TC: 30 Sim; TC: 25 - Hungria Sem direito. Sim; TC: 40 - Itália Sim; TC: 42,5 Sim; TC: 41,5 - Sérvia Sim; TC: 45 Sim; TC: 45 - Fonte: AISS Europa, Ásia e Pacífico (2014); África e Américas (2015)

Preservar a Rede de Proteção Social Déficit da Seguridade Social é maior do que da Previdência. Tão preocupante quanto o nível do déficit da seguridade é sua trajetória. Em 2016, a necessidade de financiamento da seguridade aumentou R$ 92,2 bilhões, alcançando R$ 258,7 bilhões. Ou seja, para que possamos continuar investindo mais em saúde e educação, precisamos estabilizar a despesa da previdência social. 0,0 Déficit da Seguridade Social (em R$ bilhões) -50,0-27,2-22,1-24,2-39,2-34,1-40,5-100,0-78,2-66,5-58,1-76,1-90,1 Fonte: SOF/MPDG -150,0-200,0-250,0-300,0-130,1-166,5-258,7 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 14

Objetivo: Proposta para o RGPS: Idade mínima de 65 anos Elevar a idade média de aposentadoria com convergência de regimes, tornando a previdência mais isonômica e alinhando nossa legislação previdenciária às melhores práticas internacionais. Antes da PEC Existem 2 modalidades voluntárias de aposentadoria: por idade: 65 anos se homem e 60 anos se mulher com tempo mínimo de contribuição de 15 anos; e por tempo de contribuição: 35 anos de contribuição se homem e 30 anos de contribuição se mulher, sem a exigência de idade mínima. Depois da PEC Regra permanente: Aposentadoria aos 65 anos de idade e 25 anos de contribuição Idade mínima passa a ser ajustável pela evolução demográfica (base fica: expectativa de sobrevida aos 65 anos) Vale para todos os homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos Regra de transição: Aplica-se pedágio de 50% sobre o tempo de contribuição faltante com base na regra antiga

Objetivo: Proposta para o RPPS: Idade mínima de 65 anos Elevar a idade média de aposentadoria com convergência de regimes, tornando a previdência mais isonômica e alinhando nossa legislação previdenciária às melhores práticas internacionais. Antes da PEC Depois da PEC Existem 2 modalidades voluntárias de aposentadoria: por idade: 65 anos se homem e 60 anos se mulher com tempo mínimo de 10 anos no serviço público e de 5 anos no cargo; e por tempo de contribuição: 35 anos de contribuição se homem e 30 anos de contribuição se mulher, com a exigência de idade mínima de 60 anos se homem e 55 se mulher. Regra permanente: Aposentadoriaaos 65 anos de idadee 25 de contribuição Idade mínima passa a ser ajustável pela evolução demográfica (base fica: expectativa de sobrevida aos 65 anos) Vale para todos os homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos Regra de transição: (homens - 50 anos e mulheres - 45 anos) Para os servidores públicos ingressados até 16/12/1998, a Reforma prevê a redução da idade mínima de 60 anos para homens, e 55 anos para mulheres, em 1 dia para cada dia de contribuição que exceder ao tempo necessário (35 anos para homens, e 30 para mulheres).

Proposta para Policiais Federais e Civis: Idade mínima de 65 anos Objetivo: Elevar a idade média de aposentadoria com convergência de regimes, tornando a previdência mais isonômica e alinhando nossa legislação previdenciária às melhores práticas internacionais. Antes da PEC Depois da PEC Existe 1 modalidade voluntária de aposentadoria: por tempo de contribuição: 30 anos de contribuição se homem e 25 anos de contribuição se mulher e com tempo de atividade policial de 20 anos se homem e 15 anos se mulher, sem a exigência de idade mínima Regra permanente: Aposentadoriaaos 65 anos de idadee 25 de contribuição Idade mínima passa a ser ajustável pela evolução demográfica (base fica: expectativa de sobrevida aos 65 anos) Vale para todos os homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos Regra de transição: Garantida a idade mínima de 55 anos para homens, e 50 anos para mulheres, comprovando 30 e 25 anos de contribuição, respectivamente, com 20 anos de atividade de natureza estritamente policial, e cumprido o pedágio de 50%.

Objetivo: Proposta para Professores: Idade mínima de 65 anos Elevar a idade média de aposentadoria com convergência de regimes, tornando a previdência mais isonômica e alinhando nossa legislação previdenciária às melhores práticas internacionais. Antes da PEC Modalidades voluntárias de aposentadoria para os RPPS e para o RGPS: 30 anos de contribuição se homem e 25 anos de contribuição se mulher e idade mínima de 55 anos se homem e 50 anos se mulher, para os RPPS (com tempo mínimo de 10 anos no serviço público e de 5 anos no cargo). 30 anos de contribuição se homem e 25 anos de contribuição se mulher, exclusivamente de efetivo exercício de atividade nas funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, para o RGPS, sem exigência de idade mínima. Depois da PEC Regra permanente: Aposentadoriaaos 65 anos de idadee 25 de contribuição Idade mínima passa a ser ajustável pela evolução demográfica (base fica: expectativa de sobrevida aos 65 anos) Vale para todos os homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos Regra de transição: (homens - 50 anos e mulheres - 45 anos) Garantida a idade mínima de 55 anos para homens, e 50 anos para mulheres, para os RPPS, comprovando 30 e 25 anos de contribuição, respectivamente, de atividade de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, e cumprido o pedágio de 50%.

Objetivo: Proposta para Congressistas: Idade mínima de 65 anos Elevar a idade média de aposentadoria com convergência de regimes, tornando a previdência mais isonômica e alinhando nossa legislação previdenciária às melhores práticas internacionais. Antes da PEC Depois da PEC Existem 2 modalidades voluntárias de aposentadoria: por idade: 65 anos se homem e 60 anos se mulher com tempo mínimo de 10 anos no serviço público e de 5 anos no cargo; e por tempo de contribuição: 35 anos de contribuição se homem e 30 anos de contribuição se mulher, com a exigência de idade mínima de 60 anos se homem e 55 se mulher. Regra permanente: Aposentadoriaaos 65 anos de idadee 25 de contribuição Idade mínima passa a ser ajustável pela evolução demográfica (base fica: expectativa de sobrevida aos 65 anos) Vale para todos os homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos Regra de transição: A ser estabelecida em lei de cada ente federativo, em relação aos diplomados após a promulgação da Emenda.

Previdência Rural 20

Introdução Fruto de preceito constitucional, a idade de aposentadoria do trabalhador rural é 5 anos inferior a do urbano. Em 2016, a previdência rural teve déficit de R$ 103,4 bi enquanto a urbana teve déficit de R$ 46,3 bi; 98% da arrecadação previdenciária é urbana e apenas 2% rural; A previdência rural concentra 28,1% do total dos beneficiários; Em 2016, 94,2% das aposentadorias rurais concedidas foram para segurados especiais; 30,2% das aposentadorias rurais concedidas pelo INSS foram decorrentes de judicialização; A quantidade de beneficiários rurais (9,5 milhões) é maior que a população rural com 55 anos ou mais (6,2 milhões), segundo a PNAD 2015. 21

O resultado da previdência rural é estruturalmente negativo, o que contribui para aumentar a necessidade de financiamento do RGPS, sobretudo em uma conjuntura na qual a previdência urbana apresenta redução do superávit. 40 20 0-20 -40-60 -80-100 -120-140 -160 Resultado da Previdência Urbana e Rural (Em R$ bilhões) -2,3-8,7-11,9-13,6-13,6-12,5-1,3 1,6 7,8 20,5 24,5 24,3 25,3 5,1-14,7-17 -17,7-20,1-24,0-28,5-32,3-34,9-44,5-50,7-56,1-65,4-26 -74,2-32 -82,0-38 -36-36 -42-45 -43-43 -41-50 -57 Urbana Rural Total -91,0-86 -46,3-103,4-150 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: MPS

Os benefícios rurais representaram 21,9% da despesa total no RGPS em 2016. 600 Despesa anual com benefícios da previdência urbana e rural (em R$ bilhões) 500 436 111 394 400 357 98 317 89 281 80 300 255 71 225 61 185 200 55 200 166 49 397 146 37 40 126 338 107 32 305 27 277 88 23 71 87 102 119 133 149 160 176 199 220 245 100 21 17 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Urbana Rural Total Fonte: MPS 508 23

Valor da contribuição rural representou 2% da receita total do RGPS em 2016, apesar do aumento do valor e quantum da produção agrícola. Receita anual da previdência urbana e rural, contribuição dos beneficiários (em R$ bilhões) 400 350 300 250 200 150 100 50 0 338 350 358 307 246 276 212 182 163 140 331 343 350 124 301 270 241 62 71 81 94 108 61 69 78 91 105 120 136 158 207 177 2 2 3 3 3 4 4 5 5 5 5 6 6 7 7 8 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: MPS Rural Urbana Total 24

Beneficiários rurais representaram 28,1% do total de beneficiários no RGPS em 2016. 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Evolução das aposentadorias Rurais e Urbanas (Em milhões de beneficiários) Urbana Rural Total 21,1 21,9 23,1 24,0 24,6 25,2 26,1 27,0 28,1 29,1 30,1 31,2 32,2 32,7 33,8 6,9 7,0 7,2 7,4 7,5 7,7 7,9 8,1 8,4 8,6 8,8 9,0 9,3 9,3 9,5 14,3 14,8 16,0 16,6 17,1 17,5 18,2 18,9 19,8 20,5 21,3 22,2 22,9 23,4 24,3 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: MPS 25

A quantidade de beneficiários da previdência rural é superior a população que se declara rural nas pesquisas do IBGE. População Rural com 55 anos ou mais (mudar na legenda também) e quantidade de benefícios (em milhões) 10 8 6 4 6,9 7,0 7,2 7,4 7,5 7,7 7,9 8,1 8,4 8,6 8,8 9,0 9,3 5,8 5,8 6,2 4,3 4,4 4,6 4,9 4,9 5,1 5,2 5,4 3,8 3,9 2 População Rural acima de 55 anos Benefícios rurais 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: PNAD/IBGE Vários anos. INSS. Elaboração: CGEPR/SPPS/MF.

A judicialização tem sido mais forte na concessão de aposentadoria rural, chegando a 30,2% em 2015. Impacto das Decisões do Poder Judiciário em 2015 Aposentadorias concedidas por via judicial / total geral (em %) Clientela Total Urbana 16,1 Rural 30,2 Total 20,2 Fonte: SPPS / Suibe 27

Objetivo: Previdência Rural (RGPS) Convergência entre as clientelas urbana e rural do RGPS, redução da judicialização, promoção do incentivo à contribuição do trabalhador rural com o intuito de equilibrar o resultado da previdência social. Antes da PEC Idade para acesso: 60 anos para homem e 55 para mulher Segurados especiais contribuem com uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção Não é necessário comprovar contribuição previdenciária para recebimento de benefícios. Basta provar que trabalhou 15 anos em atividade rural (pode ser própria ou de terceiros) Isenções de contribuições previdenciárias sobre as receitas decorrentes de exportações (grande produtor rural contribuição substitutiva de folha Depois da PEC Idade para acesso: 65 anos para homem e mulher Segurados especiais passarão a ter uma contribuição mínima individualizada com alíquota diferenciada incidente sobre o salário mínimo e periodicidade regular (Ex.: MEI); Fim das isenções de contribuições previdenciárias sobre as receitas decorrentes de exportações 28

Por que reformar? A melhoria das condições de vida e trabalho nas áreas rurais, o aumento da expectativa de vida de homens e mulheres, e o desequilíbrio entre arrecadação e despesas com benefícios rurais, justificam a alteração das regras para esses trabalhadores, especialmente o aumento da idade mínima e a forma de contribuição, com a substituição da contribuição atual sobre a comercialização. A proposta é igualar a idade mínima dos trabalhadores urbanos e rurais, bem como instituir uma cobrança individual mínima e periódica para o segurado especial, substituindo o modelo de recolhimento previdenciário sobre o resultado da comercialização da produção. Propõe-se a adoção de uma alíquota favorecida sobre o salário mínimo, adequada à realidade econômica e social do trabalhador rural. A modificação na forma de contribuição busca não apenas reduzir parcialmente o desequilíbrio entre as receitas e as despesas da previdência rural, mas também racionalizar e facilitar a comprovação do trabalho rural, evitando a judicialização excessiva desse benefício, como já exposto. Cada segurado especial, individualmente, terá que comprovar o recolhimento previdenciário mínimo como exigência para o reconhecimento do exercício de atividade rural, de forma semelhante aos demais segurados do RGPS, não sendo suficiente apenas comprovar o exercício do trabalho rural. Importante destacar que essa alteração de sistemática de contribuição do segurado especial se dará gradualmente, por meio de uma transição do modelo contributivo, sem afetar o reconhecimento do período de atividade rural anterior à data de promulgação da Emenda, com base na legislação então vigente.

Fórmula de Cálculo 30

Introdução Atualmente, tanto o RGPS quanto o RPPS dos servidores públicos civis contam com diferentes formas de cálculo, tornando complexo para o segurado ter a exata noção do quanto ele receberá, caso opte por se aposentar. Após preencher os requisitos de aposentadoria, o trabalhador do setor privado pode optar entre a regra de cálculo 85/95 ou o fator previdenciário, sendo comum o recebimento do valor da aposentadoria menordo que o salário médiode contribuição. No caso dos servidores públicos civis, a fórmula de cálculo varia de acordo com a sua data de ingresso no serviço público, podendo ser sobre a integralidade da última remuneração do cargo efetivo (aqueles ingressaram até 31/12/2003) oupela médiadas maiores remunerações. É nesse sentido que a Reforma da Previdência simplifica a forma de cálculo do benefício, tornando-a única tanto para o RGPS quanto para os RPPS, além de torná-la progressiva e proporcional ao tempo de contribuição. 31

Proposta: Fórmula de cálculo progressiva e proporcional ao tempo de contribuição O valor da aposentadoria corresponderá a 51% da média dos salários de contribuição e das remunerações utilizadas como base para as contribuições do segurado, acrescido de 1% para cada ano de contribuição considerado na concessão da aposentadoria, limitado a 100% da média e respeitado o teto do INSS. O valor da aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho, quando decorrente exclusivamente de acidente do trabalho, corresponderá a 100% damédia. Essa regra de cálculo não se aplica para quem ganha até 1 salário mínimo, ou seja, 68,6% do total de segurados. Tempo de Contribuição (anos) Percentual aos 65 anos de idade 25 26 27 28 29 30... 40 45 49 76% 77% 78% 79% 80% 81%... 91% 96% 100% 32

Brasil possui alta Taxa de Reposição A razão entre o valor da aposentadoria em relação ao salário de contribuição é elevada no Brasil, sendo o piso de aposentadoria (76%) inclusive maior do que a média dos países europeus (64,5%), demonstrando que o aposentado brasileiro tem um retorno sobre a sua contribuição maior do que os aposentados de países desenvolvidos. 125 Taxa de Reposição 100 GRR Low GRR High 75 50 64,5 47,8 25 0 Fonte: OCDE 33

Objetivo: Fórmula de Cálculo da Aposentadoria Simplificar a forma de cálculo do benefício, tornando-a única tanto para o RGPS quanto para os RPPS, além de torná-la progressiva e proporcional ao tempo de contribuição. Antes da PEC RGPS: Considera 80% das maiores contribuições e 2 formas de cálculo: com aplicação do fator previdenciário e aplicação da fórmula 85/95. RPPS: Considera 80% das maiores contribuições. RPPS: integralidade e paridade de aposentadoria para os servidores que ingressaram em cargo efetivo no serviço público até 31/12/2003. Depois da PEC Piso de 76% acrescido de 1p.p. por ano de contribuição nas aposentadorias programadas, limitado a 100%. Considera a média de todas as contribuições. RGPS: Fim do fator previdenciário e do 85/95 como regra de cálculo. RPPS: Extingue-se a integralidade e paridade dos servidores públicos com menos de 50H/45M anos na data da promulgação da PEC, mesmo que tenham ingressado antes da Emenda nº 41, de 2003. 34

Por que Reformar? Simplificar a fórmula de cálculo, tornando-a mais transparente e permitindo que o contribuinte possa fazer um melhor planejamento do seu futuro. Permitir que os trabalhadores que contribuem por mais tempo para a Previdência recebam um benefício maior, proporcionando maior justiça previdenciária. Harmonizar as regras de cálculo entre o RGPS e os RPPS, tornando o sistema mais isonômico. Tornar obrigatório o teto do INSS também para todos os RPPS, contribuindo para o aperfeiçoamento da gestão das finanças públicas estaduais e municipais. Criar incentivos para que os trabalhadores de renda mais elevada (notadamente os urbanos) contribuam por mais tempo de forma a favorecer os aposentados que recebem um salário mínimo (especialmente os rurais), fortalecendo, assim, a solidariedade do nosso Regime Previdenciário. 35

Pensões por morte 36

Introdução A pensão por morte é a terceira modalidade de benefício mais dispendiosa no RGPS, representando 24,3% do total das despesas em 2016. Ausência de regras que vedem a acumulação da pensão por morte com outros benefícios. O percentual de pensionistas que acumulavam pensão e aposentadoria cresceu de 9,9%, em 1992, para 32,2%, em 2015. Na América Latina, apenas Brasil e Colômbia concedem 100% do valor do benefício sem considerar o número de dependentes. A PEC 287 não altera o valor ou a possibilidade de acumulação de pensões dos atuais pensionistas, preservando o direito adquirido. 37

O Brasil deveria ter uma despesa menor que 1% do PIB se fosse considerado seu nível de envelhecimento populacional. Despesa de Pensões sobre PIB e Razão de Dependência dos Idosos Países Selecionados 2009 / 2010 3,5 Despesa com Pensões (%PNB/PIB) BRASIL 3,0 BÓSNIA E HERZEGOVINA ITÁLIA 2,5 2,0 1,5 JAPÃO 1,0 CHILE 0,5 TADJIQUISTÃO MÉXICO Fonte: Banco Mundial REINO UNIDO 0,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 Razão de Dependência dos Idosos Fonte: Banco Mundial 38

Na América Latina, apenas Brasil e Colômbia concedem benefícios integrais, independentemente do número de filhos. 39

O percentual de beneficiários que acumulavam pensão com aposentadoria triplicou entre 1992 e 2015. EVOLUÇÃO DA ACUMULAÇÃO DE PENSÃO E APOSENTADORIA ENTRE 1992 E 2015, SEGUNDO A PNAD/IBGE TOTAL (HOMENS E MULHERES) ITEM 1992 2015 * Total de Pensionistas 3.339.086 7.274.882 Pensionistas que acumularam aposentadoria 330.046 2.340.636 (2) / (1) em % 9,9 % 32,2 % Fonte: PNAD 1992 e 2015/IBGE. Elaboração DRGPS/SPPS/MF. Nota: * Em 2015 está incluída a área rural da Região Norte. 40

RGPS e RPPS: Distribuição dos Beneficiários que Acumulam Aposentadoria e Pensão por Morte, segundo Décimos de Rendimento Domiciliar per capita 2015 Em 2015, 71,8% dos beneficiários que acumulavam aposentadoria e pensão por porte situavam-se nos três décimos superiores da distribuição do rendimento domiciliar per capita (RDPC). 45,0% 40,0% 35,0% 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% Décimo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Aposentados e pensionistas (%) 0,0% 0,4% 1,7% 2,6% 5,8% 9,5% 8,2% 13,6% 38,7% 19,5% RDPC Mínima (valor R$) 0,0 197,3 300,3 400,0 520,0 650,5 788,2 1.000,0 1.322,0 2.050,0 RDPC Máxima (valor R$) 197,0 300,0 399,8 519,8 650,0 788,0 999,7 1.321,7 2.049,0 150.000,0 Fonte: PNAD/IBGE - 2015. Elaboração: CGEPR/SPP/MF. Nota: Os décimos da distribuição do rendimento domiciliar per capita foram construídos a partir do rendimento mensal de todas as fontes de toda população pertencente a domicílios onde todos os membros possuem rendimento de todas as fontes não ignorado. 41

Despesa anual (em R$) dos beneficiários que acumulam aposentadoria e pensão por morte, por faixa etária e renda - 2015 28,9% dos beneficiários que acumulam pensão e aposentadoria ganham mais que 5 salários mínimos. Faixa de renda proveniente da aposentadoria e pensão Até 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 ou mais Total Até 1 SM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Acima de 1 até 2 SM 41.640.456 80.907.944 219.737.882 3.788.382.676 3.788.382.676 5.328.984.024 6.008.130.427 6.233.363.955 9.312.438.928 32.862.852.048 Acima de 2 até 3 SM 20.003.256 41.977.208 121.708.730 976.023.893 976.023.893 1.265.143.165 1.565.532.930 1.426.179.716 1.913.060.006 7.589.919.012 Acima de 3 até 5 SM 19.311.760 76.055.044 145.301.936 768.031.524 768.031.524 1.732.116.607 1.105.659.321 1.651.715.975 1.578.215.431 7.709.670.774 Acima de 5 até 10 SM 0 83.850.000 80.016.300 1.507.356.981 1.507.356.981 2.158.564.252 1.988.811.786 1.637.503.907 2.134.702.999 10.217.464.465 Acima de 10 até 20 SM 0 0 0 870.738.713 870.738.713 1.449.142.994 781.682.928 612.032.200 2.139.381.036 6.042.088.871 Acima de 20 SM 0 0 0 418.497.300 418.497.300 189.865.000 495.088.425 669.396.000 1.277.240.900 3.359.443.477 Total 80.955.472 282.790.196 566.764.848 8.329.031.087 8.329.031.087 12.123.816.042 11.944.905.817 12.230.191.753 18.355.039.300 67.781.438.647 Fonte: PNAD/IBGE 2015. Elaboração CGEPR/SPPS/MF. Nota: Foram excluídos os beneficiários cuja idade e/ou rendimento de aposentadoria e pensão não foram declarados. 42

Despesa anual (em R$) dos beneficiários que acumulam aposentadoria e pensão por morte Brasil (1995, 2005 e 2015) INPC (set/2015) Em 20 anos, de 1995 a 2015, a despesa com pagamento dos benefícios acumulados cresceu quase 5 vezes. R$ 70.000.000.000 R$ 67.781.438.647 R$ 60.000.000.000 R$ 50.000.000.000 R$ 34.751.230.124 R$ 40.000.000.000 R$ 36.554.851.882 R$ 30.000.000.000 R$ 19.165.931.957 R$ 20.000.000.000 R$ 13.896.038.615 R$ 33.030.208.523 R$ 10.000.000.000 R$ 0 R$ 6.992.822.613 R$ 6.903.216.002 R$ 17.388.919.925 1995 2005 2015 Aposentadoria Pensão Fonte: PNAD/IBGE 1995, 2005 e 2015. Elaboração: CGEPR/SPPS/MF. Notas: 1. Foram excluídos os beneficiários cuja idade e/ou rendimento de aposentadoria e pensão não foram declarados. 2. Em 1995 exclui Área Rural da Região Norte, salvo Tocantins. 43

Objetivo: Pensões por Morte Aumentar a progressividade na concessão de pensões por morte levando em conta a quantidade de dependentes, harmonizar as regras dos servidores públicos com a dos trabalhadores da iniciativa privada e alinhar nossas regras às melhores práticas internacionais. RGPS: Antes da PEC O valor mensal da pensão por morte é de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Benefício não inferior ao salário-mínimo. É possível acumular aposentadorias de diferentes regimes ou aposentadoria do RGPS com pensão por morte. Com o fim da dependência de um pensionista, seu benefício é redistribuído entre os demais. Depois da PEC O valor mínimo recebido será de 60% da aposentadoria, no caso de um dependente: 50% é a cota familiar fixa; e 10% por dependente até o limite de 100%. Benefício não é vinculado ao salário mínimo. É vedado acumular duas pensões por morte, ou aposentadoria e pensão, pelo beneficiário cônjuge ou companheiro, oriundas de qualquer regime previdenciário, podendo optar pelo maior benefício. As cotas individuais cessarão com a perda da qualidade de dependente e não serão reversíveis aos demais beneficiários.

Objetivo: Antes da PEC Pensões por Morte Aumentar a progressividade na concessão de pensões por morte levando em conta a quantidade de dependentes, harmonizar as regras dos servidores públicos com a dos trabalhadores da iniciativa privada e alinhar nossas regras às melhores práticas internacionais. Depois da PEC RPPS: Valor: igual a totalidade do benefício do servidor falecido, até o limite máximo do RGPS, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite. Benefício não inferior ao salário-mínimo. É possível acumular aposentadorias de diferentes regimes ou aposentadoria com pensão por morte. Com o fim da dependência de um pensionista, seu benefício é redistribuído entre os demais. O valor mínimo recebido será de 60% da aposentadoria, no caso de um dependente: 50% é a cota familiar fixa. 10% por dependente até o limite de 100%. Benefício não é vinculado ao salário mínimo. É vedado acumular duas pensões por morte, ou aposentadoria e pensão, pelo beneficiário cônjuge ou companheiro, oriundas de qualquer regime previdenciário. As cotas individuais cessarão com a perda da qualidade de dependente e não serão reversíveis aos demais beneficiários.

Por que Reformar? Garantir a sustentabilidade da previdência em função do envelhecimento populacional. Eliminar excessos e corrigir distorções, fortalecendo a rede de proteçãosocial existente. Aumentar a progressividade na concessão de pensões por morte levando em conta a quantidade de dependentes e vedando a acumulação com outros benefícios. Harmonizar as regras dos servidores públicos com a dos trabalhadores da iniciativa privada. Alinhar nossas regras às melhores práticas internacionais, compatibilizando o nível da despesa à nossa realidade sociodemográfica. 46

Benefício de Prestação Continuada (BPC) 47

Introdução O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é o maior benefício assistencial do Brasil, tendo alcançado 4,4 milhões de pessoas a umcusto total anualizadode R$ 46,5 bilhões em2016; O aumento dessa despesa decorre da elevação na quantidade de beneficiários (efeito legislação/judicialização), e principalmente, pelo aumento do valor do benefício, que está diretamente atrelado à política de valorização do salário mínimo; Sucessivas reduções na idade de elegibilidade, gerando prolongamento do pagamento do benefício concedido ao idoso, haja vista o contínuo aumento na expectativa de sobrevida da população brasileira; Comparações internacionais com programas assistenciais semelhantes mostram que no Brasil o valor do benefício é alto emrelação à sua renda per capita. 48

O número de beneficiários mais que dobrou em 12 anos, ao passar de 2,1 milhões para 4,4 milhões. Do total, 55% é destinado para pessoas com deficiência e 45% para idosos. 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 2,1 2,3 2,5 2,7 0,9 1,1 1,2 1,3 BPC Emitidos (milhões de pessoas) 2,9 3,2 1,4 1,5 3,4 3,6 3,8 4,0 4,1 4,2 4,4 1,6 1,7 1,8 1,8 1,9 1,9 2,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,8 1,9 2,0 2,1 2,3 2,3 2,4 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Com deficiência idoso Total Fonte: BEPS 49

A despesa com o benefício mais que triplicou em 12 anos, ao passar de R$12,9 bilhões em2004 para R$46,5 bilhões em2016. 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Despesa anual do BPC (bilhões R$ de dez/2016) 37,2 40,3 42,1 42,5 46,5 31,1 32,9 13,6 14,8 15,5 17,3 18,5 20,8 27,9 19,2 19,3 24,1 19,1 21,4 15,5 12,9 9,1 10,4 11,7 7,1 8,3 9,9 11,1 12,4 14,3 16,2 17,5 20,0 21,8 23,0 23,3 25,7 5,8 7,3 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Com deficiência idoso Total Fonte: BEPS Nota: Valores deflacionados pelo IPCA/IBGE a preços de 2016 50

Nas últimas décadas, a idade de elegibilidade do BPC foi reduzida, o que está na contramão do envelhecimento populacional e do aumento da expectativa de sobrevida em curso no País. A PEC recupera a idade de elegibilidade instituída em 1974. Renda Mensal Vitalícia (RMV) Benefício de Prestação Continuada (BPC) Marco Legal Art. 1º da Lei nº 6.179, de 11 de dezembro de 1974 Art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (LOAS) Art. 1º da Lei nº 9.720, de 30 de novembro de 1998 Art. 34 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso) Art. 1º da Lei nº 12.435, de 6 de julho de 2011 Idade Mínima do LOAS > 70 anos 70 anos 67 anos 65 anos 65 anos Expectativa de Sobrevida a partir da Idade Mínima +8,5 anos(*) +10,4 anos(*) +12,8 anos +17,8 anos +18,1 anos (*) Baseado no comportamento das tábuas de sobrevida de 1998 em diante, estimou-se a sobrevida de indivíduos de 70 anos em 1993 e 1974. 51

Em 2004, 2,6% do total de benefícios era concedido de forma judicial. Em 2016, esse percentual saltou para 14,3%. 35 30 25 20 15 10 5-6,7 2,6 0,7 12,1 6,4 14,7 7,9 BPC concedidos judicialmente (% do total de emissões) 17,4 15,9 18,7 9,4 9,1 2,2 2,7 2,9 3,0 3,4 15,1 10,5 10,4 4,5 17,7 20,1 12,2 13,7 15,0 5,5 6,4 7,3 22,0 24,1 29,6 8,5 8,1 21,1 16,9 18,7 14,3 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Com deficiência idoso Total 6,7 Fonte: SUIBE/DATAPREV, dezembro de 2016 52

O valor dos benefícios assistenciais concedidos aos idosos em outros países não é vinculado ao salário mínimo. 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% 9% 11% Benefício ao Idoso - % do Salário Mínimo (dados referentes a 2013) Média = 45% 23% 31% 35% 36% 38% 41% 49% 55% 55% 57% 57% 58% 63% 64% 65% 65% 100% Fonte: OCDE e PensionWatch 53

Quando analisado o valor dos benefícios assistenciais em relação ao PIB per capita de cada país, conclui-se que o valor do BPC só é inferior ao programa homólogo da Bélgica Benefício ao Idoso - % do PIB per capita (dados referentes a 2013) 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 1% 2% 5% Média = 18,4% 9% 9% 12% 15% 16% 20% 21% 22% 24% 25% 27% 27% 29% 33% 33% 35% Fonte: OCDE e PensionWatch 54

Benefício de Prestação Continuada (BPC) Objetivo: Reduzir a judicialização e promover o alinhamento entre previdência e assistência, de forma a evitar a consequente migração do sistema previdenciário, que exige contribuição, para o assistencial, desequilibrando a seguridade social. Antes da PEC Idade para acesso das pessoas elegíveis ao benefício: 65 anos oumais O valor do benefício é vinculado ao salário mínimo Subjetividade em relação ao cômputo da renda familiar per capita e a possibilidade de acumulação do BPC com outros benefícios sociais Depois da PEC Idade para acesso das pessoas elegíveis ao benefício: elevação gradual até chegar aos 70 anos Progressão pela expectativa de sobrevida O valor do benefício é desvinculado do salário mínimo e será estabelecido em lei posterior. Cômputo da renda familiar: rendimentos de todas as fontes, ex. outro BPC, Bolsa Família, passam a ser considerados no cálculo da renda familiar. É vedada a acumulação do BPC com outros 55 benefícios sociais

PEC: elevação gradual da idade de concessão para o BPC Regra de transição gradual: 1 ano de idade a cada 2 anos. A partir de 2025, progressão pela expectativa de sobrevida aos 65 anos. Ano Idade de Concessão do Benefício 2017 66 2019 67 2021 68 2023 69 2025 70 e progressão pela expectativa de sobrevida A revisão periódica em razão do critério etário não abrangerá os atuais beneficiários. 56

Por que Reformar? Atender as recomendações do STF e reduzir a judicialização. Harmonizar as regras de elegibilidade do BPC com as da Previdência para evitar a migração de um benefício contributivo para outro nãocontributivo. Adequar a idade de elegibilidade do BPC ao envelhecimento populacionale aoaumentodaexpectativa de sobrevida. Desvincular a regra de acesso e valor do benefício do salário mínimo, alinhando o BPC às melhores práticas internacionais. Incentivar à inclusão de mais pessoas na Previdência, que além de pagar 13º salário, também tem outros benefícios além da aposentadoria: salário-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria porinvalidez. 57

58