Art Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

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Transcrição:

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 1. CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL Estes crimes, assim como os crimes do capítulo anterior do CP, são crimes que possuem a administração pública como sujeito passivo, sempre, podendo haver, ainda, casos em que, eventualmente, algum particular também seja sujeito passivo do crime. Naqueles crimes, no entanto, exige-se que o sujeito ativo seja funcionário público, e tenha se valido do cargo para praticar o delito. Dizse, portanto, que são crimes próprios, embora seja admitido o concurso de pessoas, respondendo o particular pelo delito, desde que conheça a qualidade de funcionário público do agente. Aqui, os crimes são comuns, ou seja, podem ser praticados por qualquer pessoa. 1.1. Usurpação de função pública Este crime está previsto no art. 328 do CP: Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Aqui, diferentemente do que ocorre no crime de exercício funcional ilegal, o agente não possui qualquer vínculo com a administração pública ou, caso possua, suas funções são absolutamente estranhas à função usurpada. 1 CUIDADO! O funcionário público que exerce função na qual não fora investido comete este crime, pois nesse caso é considerado particular, já que a conduta não guarda qualquer relação com sua função pública. É necessário que o agente pratique atos inerentes à função. Não basta que apenas se apresente a terceiros como funcionário público. 2 A consumação se dá quando o agente pratica qualquer ato inerente à função, e a tentativa é plenamente possível, uma vez que se pode fracionar o iter criminis do delito. O único estabelece, ainda, uma forma qualificada do delito: Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 1 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 193 2 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 194 (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 4()23

Pena - reclusão, de um a três anos.! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 Além disso, o agente responde não só pelo crime de resistência, mas responde de maneira autônoma pela violência ou ameaça: 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. 1.3. Desobediência Está tipificado no art. 330 do CP: Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. Aqui o agente deixa de fazer algo que lhe fora determinado ou faz algo cuja abstenção lhe fora imposta mediante ordem de funcionário público competente. Trata-se, portanto, de crime omissivo ou comissivo, a depender da conduta do agente. Esse crime não se configura quando o réu desobedece a ordem que possa lhe incriminar, pois não está obrigado a contribuir para sua incriminação. 8 A tentativa só será admitida nas hipóteses de desobediência mediante atitude comissiva (ação). Diversas Leis Especiais preveem tipos penais que criminalizam condutas específicas de desobediência. Nesses casos, aplica-se a legislação especial, aplicando-se este artigo do CP apenas quando não houver lei específica tipificando a conduta. 1.4. Desacato Nos termos do art. 331 do CP: Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. É inegável que haverá o crime quando o desacato partir de um particular. Mas e se quem cometer o desacato for funcionário público? Três correntes existem: Não é possível A lei determina que somente o extraneus (particular) pode cometer este delito, pois ele se encontra no capítulo dos crimes praticados por particular; 8 CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 774 (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 2()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 da Doutrina entende que, por haver no núcleo do tipo também o verbo obter, nessa última modalidade, o crime seria material. 17 Se, por fim, o agente diz que parte da vantagem se destina ao funcionário público que deverá praticar o ato, em razão de essa conduta contribuir ainda mais para o descrédito da moralidade administrativa, sua pena é aumentada, nos termos do único do artigo 332 do CP: Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) 1.6. Corrupção ativa Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) Este crime pode ser cometido de duas formas diferentes (é, portanto, crime de ação múltipla): oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público. O elemento subjetivo é o dolo, exigindo-se que o agente possua a finalidade especial de agir consistente no objetivo de fazer com que, mediante a vantagem oferecida ou prometida, o funcionário público aja de tal ou qual maneira. Aqui, não se pune a corrupção subsequente. O que seria isto? Vejam que se exige que a promessa ou oferecimento seja anterior à prática do ato 18, não havendo o crime se o ato já fora praticado pelo funcionário público. Note-se que a existência da corrupção ativa independe da passiva, e vice-versa. Assim, pode acontecer de o agente oferecer ou prometer a vantagem e funcionário não a aceitar. Neste caso, haverá apenas corrupção ativa. CUIDADO! Se o funcionário público solicita a vantagem indevida e o particular a fornece (paga uma quantia, por exemplo), o particular NÃO comete o crime de corrupção ativa, eis que o tipo somente prevê os 17 CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 781 18 CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 783 (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 7()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 verbos de OFERECER e PROMETER vantagem indevida, que pressupõem que o particular tome a iniciativa. A Doutrina entende que o mero pedido de favor, o famoso jeitinho, não configura o crime de corrupção ativa. 19 O único estabelece, ainda, que se em razão da vantagem oferecida ou prometida o funcionário público age da maneira que não deveria, a pena é aumentada: Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. Existe, ainda, a figura da corrupção ativa em transação comercial, à qual se aplicam as mesmas regras, inclusive no que tange à causa de aumento de pena. Está prevista no art. 337-B do CP, e seu único: Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) Por fim, existe uma última modalidade de corrupção ativa especial prevista no CP, que é a corrupção ativa de testemunha, perito, tradutor, contador ou intérprete, que é um crime contra a administração da Justiça, previsto no art. 343 do CP: Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) Nesse caso, a única diferença em relação ao crime de corrupção ativa comum é que a causa de aumento da pena ocorre não quando o funcionário público age da maneira que não deveria, mas quando a corrupção ocorre 19 CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 783 (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 8()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 mercadoria proibida pela lei brasileira; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965) 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Existem, aqui, dois crimes distintos, cada um correspondente a um TIPO PENAL distinto. Tratarei ambos no mesmo tópico porque facilita nosso estudo e porque até bem pouco tempo ambos faziam parte do mesmo tipo penal. A figura do descaminho ocorre quando o agente ilude, no todo em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, saída ou consuma da mercadoria. O segundo crime é a conduta de importar ou exportar mercadoria proibida. Esta é a conduta do CONTRABANDO. No caso do contrabando, a mercadoria é ilícita, ou seja, a sua importação ou exportação, por si só, é vedada. No caso do descaminho, a importação, exportação ou consumo não são ilícitos. O que se pune, no descaminho, é a burla ao sistema tributário. Entretanto, estas são figuras típicas genéricas. Assim, o contrabando de substância entorpecente configura hipótese específica de contrabando, prevista no art. 40, I da Lei 11.343/05 (Tráfico internacional de Drogas). Havendo lei específica, aplica-se esta, e não o CP. Ambos são crimes comuns, ou seja, podem ser praticados por qualquer pessoa. Se algum funcionário público, valendo-se da função, concorrer para a prática do delito, não responde por este, mas pelo crime do art. 318 do CP (facilitação de contrabando ou descaminho), em verdadeira exceção à teoria monista do concurso de pessoas. O STF possui algumas decisões no sentido de que a mera omissão em declaração ao fisco, acerca da quantidade de mercadoria, configura o crime de descaminho. A consumação de cada um dos delitos ocorre em momento diferente. O contrabando se consuma quando a mercadoria ilícita ultrapassa a barreira alfandegária, sendo liberada pelas autoridades. Se o crime é praticado por via clandestina, exige-se, somente, que o agente ultrapasse a fronteira do país. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 1:()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 75/2012, por não possuir força legal, não tem o condão de modificar o patamar para aplicação do princípio da insignificância. (EREsp 1230325/RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2015, DJe 05/05/2015) Para fins de prova, a resposta vai depender da pergunta. Se a questão se referir ao STF, o entendimento é de que o patamar é de R$ 20.000,00. Se exigir o entendimento do STJ, o patamar é o de R$ 10.000,00. Existem algumas decisões no âmbito do STF entendendo que o pagamento do tributo devido, no caso do descaminho, antes do recebimento da denúncia, gera a extinção da punibilidade. O STJ até já proferiu alguns julgados nesse sentido. Entretanto, mais recentemente vem prevalecendo o entendimento (no STJ) de que o pagamento não pode gerar a extinção da punibilidade (no descaminho). 23 A Lei 13.008/14 alterou a disposição dos crimes de contrabando e descaminho, previstos no CP. Nada mudou quanto ao núcleo estrutural de cada um dos tipos penais; Contrabando continua sendo, basicamente, a importação ou exportação de mercadoria proibida; Descaminho continua sendo a conduta de tentar não pagar imposto que incidiria pela entrada, saída ou consumo de mercadoria. Contudo, embora as bases estruturais de ambos os delitos tenham permanecido inalteradas, algumas modificações interessantes foram realizadas. A primeira delas, já reclamada pela Doutrina há algum tempo, foi a SEPARAÇÃO dos crimes em dois tipos penais distintos. Antes, ambos se encontravam no tipo penal do art. 334 do CP. Com a nova redação, o crime de descaminho permanece no art. 334 e o crime de contrabando vai para o recém-criado art. 334-A. Vejamos: Descaminho (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) (...) Contrabando 23 (...) 3. Assim, o descaminho não pode ser equiparado aos crimes materiais contra a ordem tributária, o que revela a impossibilidade de que o agente tenha a sua punibilidade extinta pelo pagamento do tributo. (...) (RHC 43.558/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 05/02/2015, DJe 13/02/2015) (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 13()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Esta modificação, porém, não traz consequências relevantes para o sistema jurídico-penal, eis que não houve extinção e criação de crime, apenas continuidade típico-normativa (um delito passa a ser tratado em outro tipo penal). Contudo, podemos perceber a primeira alteração substancial da nova Lei: A pena para o delito de descaminho permanece a mesma (1 a 4 anos de reclusão), mas a pena do delito de contrabando foi AUMENTADA para 02 a 05 anos de reclusão. Essa alteração na quantidade da pena produz consequências negativas para o réu (e, portanto, sabemos que NÃO IRÁ RETROAGIR). Vejamos: lei. Não cabe mais suspensão condicional do processo (a pena mínima ultrapassa um ano) Passa a admitir prisão preventiva (antes só cabia em hipóteses excepcionais) O prazo prescricional passa de 08 para 12 anos (art. 109, III do CP) Podemos dizer que esta tenha sido a alteração mais sensível da nova A nova lei trouxe, ainda, algumas outras inovações. Tanto no crime de descaminho quanto no crime de contrabando, a redação anterior do CP considerava que a pena seria aplicada em dobro se o delito fosse cometido mediante transporte AÉREO. Pois bem, a nova lei estendeu esta previsão também para os transportes marítimos ou fluviais (mares ou rios). Vejamos: Art. 334 (...) 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) (...) Art. 334-A (...) 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Em relação ao crime de CONTRABANDO, foram inseridas duas novas formas equiparadas : Art. 334-A (...) 1o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) (...) (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 12()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Não há grandes considerações a fazer sobre estas figuras. No primeiro caso, podemos dizer que já havia tal previsão, ainda que implicitamente. Isto porque a importação ou exportação clandestina de uma mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização do órgão competente, na prática, é o mesmo que importar ou exportar uma mercadoria proibida, já que sem o registro, análise ou autorização sua importação ou exportação é vedada. De qualquer forma, isso agora está explícito. Um exemplo clássico em relação a esta figura é a importação de determinados produtos alimentícios sem autorização da Vigilância Sanitária (alguns queijos, por exemplo, que muita gente traz da Holanda). Em relação ao inciso III, podemos chegar à mesma conclusão, ou seja, se a reimportação de mercadoria destinada à exportação já era proibida, isso significa que tal conduta já estava inserida na vedação do caput do artigo (importação de mercadoria proibida), logo, entendo como desnecessária esta previsão. Esta figura tem por finalidade punir aqueles que trazem de volta ao país determinados produtos que são aqui fabricados e depois exportados e não podem ser aqui comercializados, especialmente por questões tributárias. Ex.: Alguns cigarros são fabricados no Brasil e exportados para o Paraguai. Alguns brasileiros reimportam de forma clandestina estes produtos, para aqui revendê-los. Como os cigarros foram destinados à exportação, possuem preço mais baixo, eis que o regime tributário é diferenciado. Assim, a compra de tais produtos fora do país é financeiramente mais vantajosa e, também, ilegal. CUIDADO! Importação clandestina de cigarros pode ser tanto descaminho quanto contrabando. Se a entrada destes produtos era LEGAL, e houve apenas finalidade de deixar de pagar o imposto devido pela importação, temos DESCAMINHO. Se a importação é VEDADA (no casso de cigarros legalmente exportados e ilegalmente reimportados), teremos CONTRABANDO. 1.8. Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 15()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à violência. A Doutrina entende que este artigo foi parcialmente revogado pela Lei 8.666/93, que estabeleceu diversos crimes em processos licitatórios. No entanto, é pacífico o entendimento de que o crime permanece em vigor em relação à conduta referente à venda em Hasta Pública, pois não se insere no bojo de procedimento licitatório. 24 As condutas podem ser de fraude, impedimento ou perturbação da própria venda em hasta pública, promovida pela administração federal, ou, ainda, de tentativa de afastamento de concorrente mediante fraude, vantagem, violência ou ameaça. Na primeira conduta, exige-se apenas o dolo. Na segunda, exige-se, ainda, a finalidade especial de agir, consistente na finalidade de afastar o concorrente do certame. Na primeira, trata-se de crime material, pois se exige que o agente efetivamente perturbe, impeça ou fraude a venda. Na segunda, temos um crime formal, pois se exige apenas que o agente empregue os meios narrados para afastar o concorrente, não se exigindo que consiga, efetivamente, afastá-lo. No entanto, o único estabelece que se o outro concorrente se abstiver de participar da venda em razão da VANTAGEM oferecida, incidirá nas mesmas penas: Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida. Assim, MUITO CUIDADO! Se o terceiro se abstém não em razão da vantagem, mas em razão da violência empregada pelo agente, ou ainda, em razão de grave ameaça ou fraude, não incide nas penas relativas a este crime. 1.9. Inutilização de edital ou de sinal Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Trata-se de duas condutas diversas. A primeira consiste em inutilizar (tornar inválido à finalidade destinada), conspurcar (sujar, de modo a impedir a leitura) ou rasgar de edital afixado por funcionário público. Pode ser edital judicial, administrativo, etc. Nesse caso, se o agente pratica 24 CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 798 (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 16()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) A conduta é a de suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária ou qualquer de seus acessórios, e pode ser praticada nas três modalidades diferentes previstas nos incisos I, II e III do art. 337-A do CP. Este crime NÃO É COMUM! Trata-se de CRIME PRÓPRIO! Somente o particular que tinha a incumbência de realizar corretamente o lançamento de informações, etc., é quem pode cometer o crime. 27 O sujeito passivo aqui é, mais precisamente, a previdência social. As condutas incriminadas são normas penais em branco, pois carecem de complementação, já que a lei não diz quais são os documentos que devem conter as informações, prazos, etc. A Doutrina majoritária entende tratar-se de crime omissivo. Entretanto, alguns doutrinadores (prestem atenção nisso!) entendem que se trata de crime comissivo, pois, na verdade, quando o agente deixa de lançar o tributo próprio, está lançando um errado. Quando omite receitas e lucros, está declarando outros, ou seja, está prestando declaração falsa. A Doutrina entende que este crime é material, ou seja, é necessária a efetiva ocorrência da obtenção da vantagem relativa à redução ou supressão da contribuição social devida. Se o agente, mesmo praticando as condutas, não obtém êxito, o crime é tentado. 28 Se antes do início da ação do fisco o agente se retrata e presta as informações corretas, extingue-se a punibilidade (não se exige o pagamento!). Nos termos do 1 : 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) ATENÇÃO! Existe outra hipótese de extinção da punibilidade para este delito, mas que pressupõe o PAGAMENTO INTEGRAL DO TRIBUTO ou contribuição social (inclusive acessórios). O pagamento poderá ocorrer mesmo depois de iniciada a ação do fisco, mas antes do recebimento da 27 CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 806 28 CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 809 (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 18()23

b) a desobediência. c) a resistência. d) a advocacia administrativa. e) o desacato.! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 06. (FCC - 2007 - MPU - ANALISTA PROCESSUAL) A respeito dos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar: a) Não configura o crime de contrabando a exportação de mercadoria proibida. b) Constitui crime de desobediência o não atendimento por funcionário público de ordem legal de outro funcionário público. c) Comete crime de corrupção ativa quem oferece vantagem indevida a funcionário público para determiná-lo a deixar de praticar medida ilegal. d) Pratica crime de resistência quem se opõe, mediante violência, ao cumprimento de mandado de prisão decorrente de sentença condenatória supostamente contrária à prova dos autos. e) Para a caracterização do crime de desacato não é necessário que o funcionário público esteja no exercício da função ou, não estando, que a ofensa se verifique em função dela. 07. (FCC 2007 AUDITOR -FISCAL DE TRIBUTOS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO) No crime de corrupção ativa a vantagem indevida a) deve ser recebida pelo funcionário público b) deve ser concedida a funcionário público c) pode ser oferecida a funcionário público d) é exigida pelo funcionário público e) é solicitada pelo funcionário público 08. (FCC - 2007 - TRF-4R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) Túlio assumiu o exercício de função pública sem ser nomeado ou designado, executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta caracteriza o crime de a) desobediência. b) tráfico de influência. c) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. d) advocacia administrativa. e) usurpação de função pública. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 47()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 09. (FCC - 2009 - TRT - 3ª REGIÃO (MG) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) O crime de desobediência A) só pode ser praticado por omissão. B) será punido apenas com multa, se for culposo. C) ocorre independentemente da legalidade da ordem. D) exige violência ou grave ameaça. E) não prescinde de dolo, ainda que eventual. 10. (FCC 2007 ISS/SP AUDITOR-FISCAL) Aquele que exige vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, comete o crime de a) tráfico de influência. b) advocacia administrativa. c) exploração de prestígio. d) condescendência criminosa. e) prevaricação. 11. (FCC 2011 - TRF1 ANALISTA JUDICIÁRIO) João, funcionário público no exercício de suas funções, em cumprimento de mandado de citação, abordou José, o citando, ordenando-lhe que ajoelhasse no chão para ouvir a leitura do teor do mandado. José recusouse a ajoelhar-se, dizendo que ouviria de pé. Nesse caso, José a) cometeu crime de desacato. b) cometeu crime de desobediência. c) não cometeu nenhum delito. d) cometeu crime de resistência simples. e) cometeu crime de resistência qualificada. 12. (FCC - 2013 - TCE-SP - AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) O crime de corrupção ativa a) caracteriza-se mesmo que a oferta de vantagem indevida seja feita após a prática do ato de ofício. b) deixa de existir quando a vantagem indevida é aceita pelo funcionário público, caracterizando-se, nesse caso, apenas o delito de corrupção passiva. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 48()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 d) pode ser reconhecido em críticas genéricas dirigidas publicamente a uma instituição. e) pode ser cometido por escrito, através de carta dirigida ao funcionário público. 16. (FCC 2011 TRE-RN ANALISTA JUDICIÁRIO) Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça ao funcionário competente para executá-lo, comete crime de a) resistência. b) desobediência. c) desacato. d) exercício arbitrário das próprias razões. e) coação no curso do processo. 17. (FCC 2010 TCE-AP PROCURADOR) NÃO constituem crimes praticados por particular contra a administração em geral a) o desacato e a fraude de concorrência. b) a condescendência criminosa e a advocacia administrativa. c) a corrupção ativa e a sonegação de contribuição previdenciária. d) o tráfico de influência e a resistência. e) a desobediência e o contrabando. 18. (FCC 2012 MPE-PE TÉCNICO) Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça a quem esteja prestando auxílio ao funcionário público competente para executá-lo, a) comete crime de desacato. b) comete crime de desobediência. c) comete crime de resistência. d) comete crime de tráfico de influência. e) não comete crime contra a Administração Pública. 19. (FCC 2011 TRE-PE ANALISTA JUDICIÁRIO) A conduta de iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria tipifica o crime de a) contrabando. b) descaminho. c) peculato. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 3:()23

d) prevaricação. e) excesso de exação.! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 20. (FCC 2013 MPE-MA ANALISTA MINISTERIAL) Ana doou um automóvel ao filho de um fiscal, para que não autuasse sua empresa por fraudes que havia constatado. Anita, oficial de justiça, exigiu R$ 5.000,00 de José, para não cumprir mandado de prisão que ordenava a sua prisão. Ângela decorou a casa de um policial para determiná-lo a deixar de investigar delito que havia praticado. Alice, médica de um posto de saúde, solicitou R$ 1.000,00 para fornecer atestado falso a pessoa interessada em justificar faltas ao serviço. Amanda, perita judicial, recebeu R$ 5.000,00 de uma das partes para favorecê-la no laudo pericial que estava elaborando. O crime de corrupção ativa será imputável somente a a) Anita, Alice e Amanda. b) Ana e Ângela. c) Alice e Amanda. d) Alice. e) Ana, Alice e Ângela 21. (FCC 2013 TRT15 TÉCNICO) No momento em que um policial, em cumprimento a mandado judicial, deu voz de prisão a Brutus, seu irmão Paulus interveio e impediu a execução do ato, agredindo o policial a socos e pontapés, causando-lhe ferimentos leves. Paulus responderá a) pelo crime de desobediência. b) somente pelo crime de lesões corporais leves. c) somente pelo crime de resistência. d) pelos crimes de resistência e lesões corporais leves. e) pelos crimes de desobediência e resistência. 4. EXERCÍCIOS COMENTADOS 01. (FCC 2015 TRE-RR ANALISTA JUDICIÁRIO) Paulo é estudante de uma determinada faculdade do Estado de Roraima, cursando o primeiro semestre. No início deste ano de 2015 Paulo é submetido a um trote acadêmico violento e, amarrado, é obrigado a consumir à força bebida alcoólica e substância entorpecente. Após o trote, Paulo, completamente embriagado e incapacitado de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento por conta desta embriaguez e do uso de droga, desloca-se até uma Delegacia de (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 31()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 03. (FCC 2015 TCM-GO AUDITOR) José ofereceu R$ 1.000,00 para João, Oficial de Justiça, deixar de citá-lo numa ação cível. João aceitou a oferta, mas José deixou de honrá-la. Nesse caso, José responderá por corrupção ativa a) consumada e João por corrupção ativa tentada. b) tentada e João por prevaricação. c) tentada e João por corrupção ativa consumada. d) consumada e João por corrupção passiva consumada. e) tentada e João por corrupção ativa tentada. COMENTÁRIOS: José responderá por corrupção ATIVA CONSUMADA (pois o mero oferecimento já consuma o delito), nos termos do art. 333 do CP. João, por sua vez, responderá pelo delito de corrupção PASSIVA CONSUMADA, pois a mera aceitação da vantagem já consuma o delito, nos termos do art. 317 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 04. (FCC 2015 TCM-GO AUDITOR) Paulo, sócio administrador de agência de turismo, ofereceu uma viagem à Europa a Jack, agente fiscal de rendas, para determiná-lo a não autuá-lo por sonegação de tributo estadual. Jack aceitou a oferta, viajou e, quando voltou, foi até a empresa e lavrou auto de infração pela sonegação do referido tributo. Nesse caso, a) Paulo responderá por corrupção ativa e Jack não responderá por nenhum delito por ter lavrado o auto de infração. b) Jack responderá por corrupção passiva e Paulo por prevaricação. c) Paulo responderá por corrupção ativa e Jack por prevaricação. d) não há crime, porque o auto de infração foi lavrado, não tendo havido prejuízo para a Administração pública. e) Jack responderá por corrupção passiva e Paulo por corrupção ativa. COMENTÁRIOS: Paulo responderá por corrupção ATIVA CONSUMADA (pois o mero oferecimento já consuma o delito), nos termos do art. 333 do CP. Jack, por sua vez, responderá pelo delito de corrupção PASSIVA CONSUMADA, pois a mera aceitação da vantagem já consuma o delito. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 33()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 ERRADA: Cuidado com a pegadinha! Se a medida que o funcionário público ia praticar era ilegal, não há crime de corrupção ativa, pois se exige que o ato que o funcionário público iria praticar seja legal, nos termos do art. 333 do CP: d) Pratica crime de resistência quem se opõe, mediante violência, ao cumprimento de mandado de prisão decorrente de sentença condenatória supostamente contrária à prova dos autos. CORRETA: O fato de a sentença judicial que embasa o mandado de prisão ser considerada injusta não desconfigura o crime, pois o modo correto para o agente questionar a sentença é a via recursal. Nesse caso, o ato praticado pelo funcionário público (oficial de justiça) é plenamente legal, pois se fundamenta em decisão judicial válida, que pode, no entanto, ser atacada pela via do recurso. e) Para a caracterização do crime de desacato não é necessário que o funcionário público esteja no exercício da função ou, não estando, que a ofensa se verifique em função dela. ERRADA: É necessário que a ofensa seja proferida, em qualquer caso, em razão da função pública, esteja ou não o funcionário público no exercício da função no momento do crime. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 07. (FCC 2007 AUDITOR -FISCAL DE TRIBUTOS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO) No crime de corrupção ativa a vantagem indevida a) deve ser recebida pelo funcionário público b) deve ser concedida a funcionário público c) pode ser oferecida a funcionário público d) é exigida pelo funcionário público e) é solicitada pelo funcionário público COMENTÁRIOS: No crime de corrupção ativa, a vantagem é oferecida ou prometida a um funcionário público por um particular, não sendo exigida pelo funcionário público, o que caracterizaria o crime de concussão (art. 316 do CP). Também não é solicitada pelo funcionário público, o que caracterizaria crime de corrupção passiva (art. 317 do CP). A vantagem, por sua vez, não necessita ser concedida ou recebida, pois no crime de corrupção ativa, há um crime formal, em que a ocorrência do resultado (obtenção da vantagem) é mero exaurimento, não sendo necessário à configuração do delito. Por fim, a vantagem pode ser oferecida a funcionário público, pois esta não é a única conduta descrita no núcleo do tipo, que incrimina também a conduta de prometer vantagem. ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 35()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 08. (FCC - 2007 - TRF-4R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) Túlio assumiu o exercício de função pública sem ser nomeado ou designado, executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta caracteriza o crime de a) desobediência. b) tráfico de influência. c) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. d) advocacia administrativa. e) usurpação de função pública. COMENTÁRIOS: Como Túlio não possuía qualquer vínculo com a administração pública, o exercício da função pública, neste caso, configura o crime de usurpação de função pública, nos termos do art. 328 do CP. O crime de exercício funcional ilegalmente antecipado só se configuraria se Túlio tivesse sido nomeado mas ainda não empossado no cargo, o que não ocorreu. ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 09. (FCC - 2009 - TRT - 3ª REGIÃO (MG) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) O crime de desobediência A) só pode ser praticado por omissão. B) será punido apenas com multa, se for culposo. C) ocorre independentemente da legalidade da ordem. D) exige violência ou grave ameaça. E) não prescinde de dolo, ainda que eventual. COMENTÁRIOS: O crime de desobediência só é punível na modalidade dolosa, motivo pelo qual a existência desse elemento subjetivo do tipo é INDISPENSÁVEL. PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 10. (FCC 2007 ISS/SP AUDITOR-FISCAL) Aquele que exige vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, comete o crime de a) tráfico de influência. b) advocacia administrativa. c) exploração de prestígio. d) condescendência criminosa. e) prevaricação. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 36()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 COMENTÁRIOS: A conduta de exigir vantagem a pretexto de influir em ato a ser praticado por funcionário público pode caracterizar o delito de TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. Vejamos o art. 332 do CP: Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 11. (FCC 2011 - TRF1 ANALISTA JUDICIÁRIO) João, funcionário público no exercício de suas funções, em cumprimento de mandado de citação, abordou José, o citando, ordenando-lhe que ajoelhasse no chão para ouvir a leitura do teor do mandado. José recusou-se a ajoelhar-se, dizendo que ouviria de pé. Nesse caso, José a) cometeu crime de desacato. b) cometeu crime de desobediência. c) não cometeu nenhum delito. d) cometeu crime de resistência simples. e) cometeu crime de resistência qualificada. COMENTÁRIOS: José, neste caso, não cometeu qualquer delito, pois a ordem do funcionário público não foi legal, ou seja, não possuía qualquer amparo legal, de forma que foi plenamente válida a conduta de José. Inclusive, vejamos o tipo penal do crime de desobediência: Desobediência Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. Vê-se, assim, que sendo ilegal a ordem emanada do funcionário público, inexigível seu cumprimento. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 12. (FCC - 2013 - TCE-SP - AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) O crime de corrupção ativa a) caracteriza-se mesmo que a oferta de vantagem indevida seja feita após a prática do ato de ofício. b) deixa de existir quando a vantagem indevida é aceita pelo funcionário público, caracterizando-se, nesse caso, apenas o delito de corrupção passiva. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 37()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 (D) inexistiu o crime de resistência, desde que a absolvição quanto ao roubo tenha afirmado a inexistência ou o atipicidade do fato respectivo. (E) caracteriza-se o crime de resistência. COMENTÁRIOS: Neste caso restou PLENAMENTE caracterizado o delito de resistência, pois o agente, mediante violência, resistiu ao cumprimento de ato legal por parte de funcionário público. Vejamos: Resistência Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de dois meses a dois anos. O fato de, posteriormente, o acusado ser absolvido da acusação criminosa (em relação ao delito que gerou o mandado de prisão) não torna ilegal a prisão realizada e, portanto, não afasta o delito de resistência. PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 14. (FCC 2013 TJ-PE TITULAR NOTARIAL) Desacato implica a) usurpação. b) aviltamento. c) resistência. d) coação. e) desobediência. COMENTÁRIOS: O crime de desacato implica aviltamento ao funcionário público e à própria função pública em si, não sendo necessário que haja resistência ao cumprimento de ordem, tampouco coação ou desobediência. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 15. (FCC 2011 TCE-SE ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) O crime de desacato a) pode ser cometido através de ofensa feita a funcionário público pelo telefone. b) só se caracteriza se o funcionário, estando no local, ouça ou veja a ofensa que lhe é dirigida, em razão de suas funções. c) caracteriza-se mesmo que a ofensa feita ao funcionário público não diga respeito ao exercício de suas funções. d) pode ser reconhecido em críticas genéricas dirigidas publicamente a uma instituição. e) pode ser cometido por escrito, através de carta dirigida ao funcionário público. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 39()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 COMENTÁRIOS: Para a caracterização do crime de desacato é necessário, conforme doutrina majoritária, que a conduta seja praticada NA PRESENÇA do funcionário público. Assim, incorretas as alternativas A e E. A alternativa B é a correta, eis que além de dever ser praticada na presença do funcionário público, a ofensa deve se relacionar com as funções exercidas pelo funcionário. As alternativas C e D estão incorretas, eis que as ofensas devem ter relação com as funções exercidas, não caracterizando o delito meras críticas genéricas a uma Instituição (Ex.: A Polícia está uma droga, o Ministério Público não faz seu trabalho, etc.). Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 16. (FCC 2011 TRE-RN ANALISTA JUDICIÁRIO) Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça ao funcionário competente para executá-lo, comete crime de a) resistência. b) desobediência. c) desacato. d) exercício arbitrário das próprias razões. e) coação no curso do processo. COMENTÁRIOS: Tal pessoa estará praticando o delito de resistência, nos termos do art. 329 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 17. (FCC 2010 TCE-AP PROCURADOR) NÃO constituem crimes praticados por particular contra a administração em geral a) o desacato e a fraude de concorrência. b) a condescendência criminosa e a advocacia administrativa. c) a corrupção ativa e a sonegação de contribuição previdenciária. d) o tráfico de influência e a resistência. e) a desobediência e o contrabando. COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra B traz crimes que não constituem crimes praticado por particular contra a Administração em geral, eis que tais delitos são crimes praticados por FUNCIONÁRIO PÚBLICO contra a administração em geral, nos termos do art. 320 e do art. 321, ambos do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 18. (FCC 2012 MPE-PE TÉCNICO) (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 2:()23

! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça a quem esteja prestando auxílio ao funcionário público competente para executá-lo, a) comete crime de desacato. b) comete crime de desobediência. c) comete crime de resistência. d) comete crime de tráfico de influência. e) não comete crime contra a Administração Pública. COMENTÁRIOS: Tal pessoa estará praticando o delito de resistência, nos termos do art. 329 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 19. (FCC 2011 TRE-PE ANALISTA JUDICIÁRIO) A conduta de iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria tipifica o crime de a) contrabando. b) descaminho. c) peculato. d) prevaricação. e) excesso de exação. COMENTÁRIOS: Tal conduta configura o delito de descaminho, previsto no art. 334 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 20. (FCC 2013 MPE-MA ANALISTA MINISTERIAL) Ana doou um automóvel ao filho de um fiscal, para que não autuasse sua empresa por fraudes que havia constatado. Anita, oficial de justiça, exigiu R$ 5.000,00 de José, para não cumprir mandado de prisão que ordenava a sua prisão. Ângela decorou a casa de um policial para determiná-lo a deixar de investigar delito que havia praticado. Alice, médica de um posto de saúde, solicitou R$ 1.000,00 para fornecer atestado falso a pessoa interessada em justificar faltas ao serviço. Amanda, perita judicial, recebeu R$ 5.000,00 de uma das partes para favorecê-la no laudo pericial que estava elaborando. O crime de corrupção ativa será imputável somente a a) Anita, Alice e Amanda. b) Ana e Ângela. c) Alice e Amanda. d) Alice. (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 21()23

e) Ana, Alice e Ângela! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 COMENTÁRIOS: Somente Ana e Ângela praticaram crime de corrupção ativa, pois concederam vantagem indevida a funcionário público, a fim de determina-lo a deixar de praticar ato de ofício, nos termos do art. 333 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 21. (FCC 2013 TRT15 TÉCNICO) No momento em que um policial, em cumprimento a mandado judicial, deu voz de prisão a Brutus, seu irmão Paulus interveio e impediu a execução do ato, agredindo o policial a socos e pontapés, causando-lhe ferimentos leves. Paulus responderá a) pelo crime de desobediência. b) somente pelo crime de lesões corporais leves. c) somente pelo crime de resistência. d) pelos crimes de resistência e lesões corporais leves. e) pelos crimes de desobediência e resistência. COMENTÁRIOS: Paulus praticou, neste caso, o delito de resistência, nos termos do art. 329 do CP, pois se opôs a execução de ato legal por parte do funcionário público. Paulus praticou, ainda, o delito de lesões corporais leves, eis que o delito de resistência não engloba punição pela violência praticada, de maneira que o agente responde por ambos os delitos em concurso material, nos termos do art. 329, 2º do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 5. GABARITO 1. ALTERNATIVA B 2. ALTERNATIVA D 3. ALTERNATIVA D 4. ALTERNATIVA E 5. ALTERNATIVA D 6. ALTERNATIVA D 7. ALTERNATIVA C 8. ALTERNATIVA E 9. ALTERNATIVA E 10. ALTERNATIVA A (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 24()23

11. ALTERNATIVA C 12. ALTERNATIVA D 13. ALTERNATIVA E 14. ALTERNATIVA B 15. ALTERNATIVA B 16. ALTERNATIVA A 17. ALTERNATIVA B 18. ALTERNATIVA C 19. ALTERNATIVA B 20. ALTERNATIVA B 21. ALTERNATIVA D! # %&( ) +,%#./# 0 1&2.3456 (Α:ΗΙ#<ΕΧΕ ΑΧϑΚ: # %& (& ) (+, +. %,%#+,/#0 # %& 23()23