Parecer Consultoria Tributária Segmentos Concessão de Vale Transporte.



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Transcrição:

Concessão de Vale Transporte. 23/05/2014

Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 4. Conclusão... 4 5. Informações Complementares... 5 6. Referências... 5 7. Histórico de alterações... 5 2

1. Questão Este parecer trata dos aspectos de concessão de vale transporte ao empregado. O Vale Transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa. 2. Normas apresentadas pelo cliente Não apresentou embasamento legal. Cliente questionou, quando ocorre o afastamento do empregado de suas atividades, por exemplo Férias, se a empregador deve ou não conceder vale-transporte? 3. Análise da Legislação A legislação em vigor não disciplina expressamente o critério de fornecimento e custeio do vale-transporte quando da ocorrência de quaisquer afastamentos do empregado no curso do mês, como, por exemplo, na hipótese de gozo de férias, licença-maternidade, prestação de serviço militar, doenças etc., situações em que o trabalhador não utilizará a quantidade habitual de vale-transporte, uma vez que não trabalhará o mês todo. A Lei nº 7.418, de 16 de Dezembro de 1985, estabelece que; Art. 1º Fica instituído o vale-transporte, (Vetado) que o empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residênciatrabalho e vice-versa, através do sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal e/ou interestadual com características semelhantes aos urbanos, geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos os serviços seletivos e os especiais Art. 4º - A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição pelo empregador dos Vales- Transporte necessários aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice-versa, no serviço de transporte que melhor se adequar. Parágrafo único - O empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico. Observe-se que o valor da parcela a ser suportado pelo beneficiário será descontado proporcionalmente à quantidade de valetransporte concedida para o período a que se refere o salário ou vencimento e por ocasião de seu pagamento, salvo estipulação em contrário em convenção ou acordo coletivo de trabalho que favoreça o beneficiário. 3

Utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho Título do documento e vice-versa; a) aquisição dos vales-transporte pelo empregador em número necessário aos deslocamentos do trabalhador para ir e voltar do trabalho; b) o empregado deve firmar compromisso de utilizar o vale-transporte exclusivamente para o seu efetivo deslocamento residência-trabalho e vice-versa, constituindo falta grave a declaração falsa, motivadora da rescisão contratual por justa causa; c) a quantidade de vale-transporte a ser adquirida pelo empregador deve observar aquela estritamente necessária ao atendimento dos beneficiários. Considerando as determinações anteriormente analisadas, conclui-se que, durante o período de afastamento do empregado, seja em decorrência de férias individuais, férias coletivas, doença, licença remunerada etc., não poderá ocorrer a utilização dos valetransporte nos termos da lei e, como o benefício não pode ser utilizado para outra finalidade senão a do deslocamento do trabalhador residência-trabalho e vice-versa, entendemos que se pode adotar a solução a seguir. Se o trabalhador já recebeu antecipadamente os vale-transporte para utilização no mês integral, quando do retorno do afastamento, a empresa concederá somente a diferença entre o número total de vales a serem utilizados no mês integral e a quantidade de vales que sobrou no mês do afastamento. Neste caso, no mês do afastamento, a parcela a ser suportada pelo trabalhador no custeio do benefício observará o salário básico integral. No mês do retorno, como a quantidade de vales fornecida foi inferior ao número habitualmente utilizado para o mês integral, a parcela a ser suportada pelo beneficiário será descontada proporcionalmente à quantidade de vale-transporte concedida para o período a que se refere o saldo de salário ou vencimento, salvo estipulação em contrário em convenção ou acordo coletivo de trabalho que favoreça o beneficiário. 4. Conclusão Diante as considerações acima, a legislação não disciplina expressamente o critério de fornecimento e custeio do vale-transporte, quando ocorre qualquer afastamento pelo empregado no curso do mês. Com base na legislação exposta acima, o vale-transporte não poderá ser utilizado para nenhuma outra finalidade, senão do deslocamento do empregado da residência-trabalho e vice-versa. Entendo que o empregado não sofrera o desconto do valetransporte sobre a remuneração das férias, da mesma forma não havendo a concessão. O desconto neste período será proporcional aos dias de efetivamente trabalhados, aplicando a regra descrita acima, quando já houve o fornecimento integral. 4

5. Informações Complementares Na visão dos processos junto ao ERP, terá impacto a forma de apuração do vale transporte concedido ao empregado quando houver situações de afastamento. 6. Referências http://www.iobonlineregulatorio.com.br/pages/coreonline/coreonlinedocuments.jsf?guid=i618afa00a2 20693CE040DE0A24AC2BF4&nota=1&tipodoc=3&esfera=FE&ls=2&index=1#pctrtb-0113-10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7418.htm 7. Histórico de alterações ID Data Versão Descrição Chamado FL 23/05/2014 1.00 Concessão de Vale Transporte TPQPZS 5