PROTOCOLO DE PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA UNIDADE COORDENADORA FUNCIONAL DO CHP VERTENTE DA SAUDE DA MULHER, MATERNA E NEONATAL

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Transcrição:

PROTOCOLO DE PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA UNIDADE COORDENADORA FUNCIONAL DO CHP VERTENTE DA SAUDE DA MULHER, MATERNA E NEONATAL

Protocolo de articulação de procriação medicamente assistida elaborado entre o Centro Hospitalar do Porto e os Centros de Saúde em cumprimento do ofício ACSP da ARS Norte de 27.08.2008 Protocolo de Prociação Medicamente Assistida 2

UNIDADE COORDENADORA FUNCIONAL DO CHP VERTENTE DA SAÚDE DA MULHER, MATERNA E NEONATAL PROTOCOLO (PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA) Protocolo de articulação entre o Centro Hospitalar do Porto e os Centros de saúde que integram a UCF do CHP em cumprimento do Ofício com a referência ACSP datado de 2008.08.27 enviado pela Administração Regional de Saúde do Norte ao Coordenador desta UCF, com conhecimento aos Directores dos respectivos Centros de Saúde através do Ofício ACSP/44734 de 2008.09.01. Este protocolo baseia-se na Circular Normativa Nº 02/DSMIA de 16/01/06 Prestação de Cuidados Pré-Concepcionais e no Programa Nacional de saúde Reprodutiva Infertilidade da Direcção Geral de Saúde de 08 de Julho de 2008. Protocolo de Prociação Medicamente Assistida 3

OBJECTIVOS Pretende-se com este protocolo: a) Organizar, coordenar e aperfeiçoar os procedimentos já existentes; b) Criar condições para a prestação de cuidados aos casais inférteis no menor tempo possível. FUNDAMENTAÇÃO A OMS defende a infertilidade como Ausência de gravidez após dois anos de relações sexuais regulares sem uso de contracepção. Existe, no entanto, consenso em considerar que após um ano, deve ser iniciado um processo de avaliação de eventuais factores envolvidos. A infertilidade tem sido considerada pela OMS como um problema de saúde pública. Embora não existam estatísticas específicas para Portugal, vários estudos referem que nos países ocidentais afecta um em cada sete casais em idade reprodutiva o que corresponde a cerca de 14% da população. É num contexto de prestação de cuidados integrados em saúde reprodutiva, que se insere a abordagem clínica e a orientação, no âmbito da medicina geral e familiar, dos casais que apresentam dificuldades em obter uma gravidez bem sucedida. Decorrido pelo menos um ano de relações sexuais regulares e sem contracepção, e não sendo possível identificar um factor de infertilidade, deverá ser proposta ao casal a realização de exames complementares de diagnóstico, antes da referência aos cuidados hospitalares. Protocolo de Prociação Medicamente Assistida 4

Assim os signatários acordam as seguintes clausulas: CLÁUSULA 1 DOS EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO a) Compete aos médicos de família a realização ao elemento feminino do casal, do rastreio serológico das infecções (rubéola, toxoplasmose, sífilis, hepatite B, infecção, pelo VIH, CMV e clamídia), caso estes exames tenham sido realizados há mais de um ano. b) O espermograma será realizado no Serviço de Química Clínica do Hospital Geral de Santo António, após marcação telefónica para o número 222077500, extensão 1842, sem necessidade de requisição própria. A colheita dos exames hormonais (FSH,LH e estradioll entre o 2º e o 5º dia do ciclo menstrual, prolactina e progesterona entre 21º e 23º dia do ciclo menstrual) será realizada na Central de Colheitas da Maternidade Júlio Dinis, após marcação prévia para o número 222077500, extensão 2215, administrativa D. Ivone, com as requisições necessárias emitidas pelos Médicos Assistentes e facturado à ARS Norte para o respectivo pagamento. c) Compete aos médicos de família a realização de ecografia endovaginal e citologia cervical se não tiverem sido realizados há menos de um ano. Protocolo de Prociação Medicamente Assistida 5

CLÁUSULA 2 DOS CRITÉRIOS DE REFERENCIAÇÃO O casal deve ser referenciado de acordo com os seguintes critérios: a) Imediatamente: * se for identificado algum factor alterado * se a mulher tiver idade igual ou superior a 35 anos. b) Após 24 meses de infertilidade, na ausência de alterações na avaliação clínica e laboratorial, se a mulher tiver idade inferior a 35 anos. Da referenciação deverá constar: a) Resumo da história clínica b) Resultados dos exames complementares realizados CLÁUSULA 3 DA EXECUÇÃO a) Os responsáveis pela divulgação e articulação deste protocolo, a nível hospitalar e a níveis dos Centros de Saúde, serão o Director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar, o Responsável da Unidade de Medicina de reprodução e os Directores dos Centros de saúde que integram esta UCF. Protocolo de Prociação Medicamente Assistida 6

b) A avaliação periódica da implementação e execução do presente protocolo será atribuição desta UCF, com emissão de relatórios trimestrais para a Direcção Clínica e Conselho de Administração. c) Deverá ainda esta UCF organizar as acções de formação tidas como necessárias para o desenvolvimento e melhoria do desempenho dos profissionais das instituições envolvidas. Protocolo de Prociação Medicamente Assistida 7