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Semana 9 Eduardo Valladares (Rodrigo Pamplona) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

CRONOGRAMA 03/04 Semântica das palavras invariáveis 09:15 19:15 10/04 Semântica de conjunção 09:15 19:15 17/04 Semântica da conjunção 2, operadores argumentativos e coesão 09:15 19:15 24/04 Análise de questões no modelo ENEM 09:15 19:15

10 abr Semântica das conjunções 1 01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto

RESUMO Conjunções são palavras que ligam: termos de mesma na natureza (substantivo + substantivo, adjetivo + adjetivo, etc.); duas orações de natureza diversa, das quais a que é encabeçada pela conjunção completa a outra ou a determina. Elas podem ser classificadas em: coordenativas ou subordinativas. As coordenativas são cinco: Conjunções subordinativas Iniciam uma oração subordinada. Classificam-se em: causais, concessivas, condicionais, conformativas, comparativas, consecutivas, finais, proporcionais, temporais e integrantes. Causais expressam a ideia de causa. São: que, porque, porquanto, como, já que, desde que, pois que, visto como, uma vez que, etc. Aditivas relacionam pensamentos similares. São: e, nem. Ex: Todos permaneceram lá porque estava chovendo. A veterinária veio e telefonou mais tarde. A veterinária não veio, nem telefonou. Adversativas - relacionam pensamentos contrastantes. São: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. Gosto de dançar, mas prefiro atuar. Alternativas - relacionam pensamentos que se excluem. São: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, já... já, seja...seja. Dica: As conjunções como e se também são causais quando significarem já que e estiverem no início do período. Se você quer assim, nada mais posso fazer. Como você não veio, chamamos outro profissional. Concessivas Introduzem uma oração em que se admite um fato contrário ao anterior, mas incapaz de anulá-lo. São: Embora, conquanto, ainda que, posto que, se bem que, etc. 103 Ora age com parcimônia, ora com inconsequência. Comprei-lhe um presente sem que ela percebesse Conclusivas relacionam determinados pensamentos de forma que o segundo encerre o enunciado do primeiro. São: logo, pois, portanto, consequentemente, por conseguinte, etc. Foste indelicado com tua esposa; deves, pois, desculpar-te Explicativas relacionam pensamentos em sequência justificativa, de tal forma, que a segunda frase explica a razão de ser da primeira. São: que, pois, porque, porquanto. Espere um pouco, pois ela não demora. Embora seja verdade, há muitas coisas sem explicação nessa história. Condicionais iniciam uma oração que indica condição ou hipótese necessária para que se dê o fato principal. São: se, caso, contanto que, salvo se, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc. Caso você me abandone, eu vou chorar. Se a lua toca no mar, ela pode nos tocar Observação: a conjunção pode estar oculta! (Se) Fosse menos insensível, perceberia todo o afeto que recebe.

Conformativas iniciam uma oração em que é expressa a conformidade de um pensamento com um anteriormente apresentado. São: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. fim de que, porque (= para que), etc. A fim de que aprenda logo, você deve refazer todos os exercícios. Como todos sabem, amanhã é dia do casamento de Julia. Conforme é desejo de todos, amanhã parto para a Europa. Proporcionais iniciam uma oração em que se menciona um fato ocorrido ou que vai ocorrer concomitantemente a outro expresso anteriormente. São: à mediada que, ao passo que, à proporção que, etc. Comparativas iniciam uma oração que encerra o segundo elemento de uma comparação, de um confronto. São: que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor e pior), tal qual, tanto quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem. O carnaval do Brasil é mais animado do que o europeu. À proporção que envelhece, mais idiota fica o homem. Temporais iniciam uma oração que indica circunstância de tempo. São: quando, antes que, assim que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (= desde que), etc. Consecutivas - iniciam uma oração na qual se indica a consequência do que dito anteriormente. São: que (combinada com uma das palavras: tal, tanto, tão ou tamanho, presentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, etc. Sua sorte era tanta, que ganhou cem vezes na loteria. Finais - iniciam uma oração que indica a finalidade do que foi dito anteriormente. São: para que, a Ele saiu quando entrei. 10. Integrantes iniciam uma oração que pode funcionar como sujeito, objetos direto ou indireto, predicativo, complemento nominal, ou aposto de outra oração. São que e se. Percebi que alguém entrou na sala (objeto direto) 104 EXERCÍCIO DE AULA 1. Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas:

a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto. b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase. c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase. d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor. e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso. 2. Parágrafo do editorial Nossas crianças, hoje. Oportunamente serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e tantos outros indicadores terríveis. Gazeta de Alagoas, seção Opinião, 12 out. 2010. Em que alternativa a seguir, a conjunção enquanto apresenta o mesmo sentido expresso no parágrafo? a) Enquanto era jovem, viveu intensamente. b) Dorme enquanto eu velo... (Fernando Pessoa) c) João enriquece, enquanto o irmão cai na miséria. d) A gramática é o estudo da língua enquanto sistema... (Sílvio Elia) e) Eu trabalhava enquanto ele dormia a sono solto. 105 3. O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio-campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio. montado pelo Botafogo na frente da sua área. No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que: a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça. b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo. c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica de ocorrência. d) mesmo traz ideia de concessão, já que com mais posse de bola ter dificuldade não é algo naturalmente esperado. e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio.

4. O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir. Isso não é verdade? Disponível em http:// globonews.globo.com. Acesso em 31 maio 2012 (adaptado) Não. O riso básico - o da brincadeira, da diversão, da expressão física do riso, do movimento da face e da vocalização nós compartilhamos com diversos animais. Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas - que nós não somos capazes de perceber - e que eles emitem quando estão brincando de rolar no chão. Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que está sendo atacado. O que nos diferencia dos animais é que não temos apenas esse mecanismo básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como nós, mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro deles, não é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada. A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre as partes do texto. Analisando o trecho Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro, verifica-se que ele estabelece com a oração seguinte uma relação de a) finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por finalidade provocar a falta de vocalização dos ratos. b) oposição, visto que o dano causado em um local específico no cérebro é contrário à vocalização dos ratos. c) condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no cérebro para que não haja vocalização dos ratos. d) consequência, uma vez que o motivo de não haver mais vocalização dos ratos é o dano causado no cérebro. e) proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro não é mais possível que haja vocalização dos ratos. 106 5. Tarefa Morder o fruto amargo e não cuspir Mas avisar aos outros quanto é amargo Cumprir o trato injusto e não falhar Mas avisar aos outros quanto é injusto Sofrer o esquema falso e não ceder Mas avisar aos outros quanto é falso Dizer também que são coisas mutáveis... E quando em muitos a não pulsar do amargo e injusto e falso por mudar então confiar à gente exausta o plano de um mundo novo e muito mais humano. CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.

Na organização do poema, os empregos da conjunção mas articulam, para além de sua função sintática, a) a ligação entre verbos semanticamente semelhantes. b) a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis. c) a introdução do argumento mais forte de uma sequência. d) o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório. e) a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo. EXERCÍCIO DE CASA 1. O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área. Disponível em: http:// momentodofutebol.blogspot. com (adaptado). No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que 107 a) enquanto: conecta duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo. b) após: é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça. c) por causa de: indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio. d) mesmo: traz ideia de concessão, ja que com mais posse de bola, ter dificuldade não é algo naturalmente esperado. e) no entanto: tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica de ocorrência. 2. Disponível em: http:// clubedamafalda.blogspot. com.br. Acesso em: 21 set. 2011. (Foto: Reprodução)

Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a) a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final. b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações. c) retomada do substantivo mãe, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos. d) utilização da forma pronominal la, que reflete um tratamento formal do filho em relação à mãe. e) repetição da forma verbal é, que reforça a relação de adição existente entre as orações. 3. Os tiranos e os autocratas sempre compreenderam que a capacidade de ler, o conhecimento, os livros e os jornais são potencialmente perigosos. Podem insuflar idéias independentes e até rebeldes nas cabeças de seus súditos. O governador real britânico da colônia de Virgínia escreveu em 1671: Graças a Deus não há escolas, nem imprensa livre; e espero que não [as] tenhamos nestes [próximos] cem anos; pois o conhecimento introduziu no mundo a desobediência, a heresia e as seitas, e a imprensa divulgou-as e publicou os libelos contra os melhores governos. Que Deus nos guarde de ambos! Mas os colonizadores norte-americanos, compreendendo em que consiste a liberdade, não pensavam assim. Em seus primeiros anos, os Estados Unidos se vangloriavam de ter um dos índices mais elevados - talvez o mais elevado - de cidadãos alfabetizados no mundo. Atualmente, os Estados Unidos não são o líder mundial em alfabetização. Muitos dos que são alfabetizados não conseguem ler, nem compreender material muito simples - muito menos um livro da sexta série, um manual de instruções, um horário de ônibus, o documento de uma hipoteca ou um programa eleitoral. As rodas dentadas da pobreza, ignorância, falta de esperança e baixa autoestima se engrenam para criar um tipo de máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos o preço de mantê- -la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha. Ainda que endureçamos os nossos corações diante da vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas, o ônus do analfabetismo é muito alto para todos os demais - o custo de despesas médicas e hospitalização, o custo de crimes e prisões, o custo de programas de educação especial, o custo da produtividade perdida e de inteligências potencialmente brilhantes que poderiam ajudar a solucionar os dilemas que nos perseguem. Frederick Douglass ensinou que a alfabetização é o caminho da escravidão para a liberdade. Há muitos tipos de escravidão e muitos tipos de liberdade. Mas saber ler ainda é o caminho. 108 Carl Sagan, O caminho para a liberdade. Em O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro. Adaptado

Ainda que endureçamos os nossos corações diante da vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas, o ônus do analfabetismo é muito alto para todos os demais. A locução ainda que e o advérbio muito estabelecem, nesse enunciado, relações de sentido, respectivamente, de a) restrição e quantidade. b) causa e modo. c) tempo e meio. d) concessão e intensidade. e) condição e especificação. 4. No período: Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo, a palavra destacada expressa uma ideia de: 5. a) explicação b) concessão c) comparação d) modo e) consequência Em: ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas a partícula como expressa uma ideia de: a) comparação b) causa c) explicação d) conclusão e) proporção 109 6. Observe os períodos abaixo e escolha a alternativa correta em relação à idéia expressa, respectivamente, pelas conjunções ou locuções SEM QUE, POR MAIS QUE, COMO, CONQUANTO, PARA QUE. 1. Sem que respeites pai e mãe, não serás feliz. 2. Por mais que corresse, não chegou a tempo. 3. Como não tivesse certeza, preferiu não responder. 4. Conquanto a enchente lhe ameaçasse a vida, Gertrudes negou-se a abandonar a casa. 5. Mandamos colocar grades em todas as janelas para que as crianças tivessem mais segurança. a) Condição, concessão, causa, concessão, finalidade. b) Concessão, causa, concessão, finalidade, condição. c) Causa, concessão, finalidade, condição, concessão. d) Condição, finalidade, condição, concessão, causa. e) Finalidade, condição, concessão, causa, concessão.

7. Mas eu o exasperava tanto QUE se tornara doloroso para mim ser o objeto do ódio daquele homem QUE de certo modo eu amava. Há no período duas orações que se iniciam com o conectivo QUE. A primeira dá idéia de: a) condição b) consequência c) concessão d) causa e) tempo QUESTÃO CONTEXTO Leia atentamente a tirinha abaixo: 110 (Fonte: https:// versaodebolso.wordpress. com/2014/06/13/nao-tenhopreconceito-mas/) Há uma crítica social no texto que é desencadeada pela reação de uma das personagens ao perceber o uso de um elemento linguístico no discurso de sua amiga. Que crítica é essa? Qual é o elemento linguístico e por que ele desencadeia o silenciamento de uma das personagens pela outra?

GABARITO 01. Exercício de aula 1. e 2. d 3. d 4. c 5. c 02. Exercício de casa 1. d 2. a 3. d 4. b 5. a 6. a 7. b 03. Questão Contexto A crítica social contida no texto é a perpetuação de um preconceito social racismo, nesse caso através de justificativas sociais amplamente reproduzidas pelos grupos que fazem a manutenção desse preconceito. O elemento linguístico central da tirinha é a conjunção adversativa mas, que introduz uma ideia oposta a que foi dita anteriormente e, por isso, ao vir posposta a eu não sou racista, uma das personagens se choca, afinal não há justifica alguma para tal comportamento. 111