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Transcrição:

fls. 1 Registro: 2015.0000954158 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0000909-70.2014.8.26.0222, da Comarca de Guariba, em que é apelante MARIA DA CONCEICAO GOMES EUGENIO (JUSTIÇA GRATUITA), é apelado JUÍZO DA COMARCA. ACORDAM, em 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ARALDO TELLES (Presidente sem voto), CARLOS ALBERTO GARBI E JOÃO CARLOS SALETTI., 15 de dezembro de 2015 J.B. PAULA LIMA RELATOR Assinatura Eletrônica

fls. 2 APELAÇÃO CÍVEL n 0000909-70.2014.8.26.0222 Comarca: Foro de Guariba 1ª Vara Cível Apelante: Maria da Conceição Gomes Eugênio Voto n 2449 Apelação. Retificação de documento público. Regime de bens do casamento. Ausência de pacto antenupcial. Casamento contraído na vigência da Lei nº 6.515/77. Erro no registro de casamento. Sentença reformada. Recurso provido. Trata-se de recurso de apelação contra sentença de fls. 24/24-v, de relatório adotado, que julgou improcedente o pedido inicial formulado pela autora por inexistir erro material a ser sanado na certidão de casamento, tendo em vista os documentos de fls. 15/19. Inconformada, a autora apela (fls. 28/31) ratificando, em suma, os termos da inicial, e alegando que o erro apontado resulta na impossibilidade de inventariar os bens do falecido cônjuge, visto que não há pacto antenupcial entre partes e o casamento foi contraído em 1980, na vigência da Lei nº 6.515/77. da sentença e desprovimento do recurso (fls. 34/35). O Ministério Público opinou pela manutenção A D. Procuradoria Geral de Justiça, por sua vez, aponta o erro material no assento de casamento, oferecendo parecer no sentido da correção do documento público para que passe a constar regime de comunhão parcial de bens, pois os contraentes não celebraram pacto antenupcial. Assim, opina pelo provimento do recurso, por se tratar de erro do registrador, e não alteração de regime matrimonial de bens (fls. 39/42). Apelação nº 0000909-70.2014.8.26.0222 - Guariba - VOTO Nº 2449-2/6

fls. 3 É o relatório. Primeiramente, cumpre pontuar que a autora e o falecido cônjuge contraíram matrimônio em 13/08/1980 (fls. 09), portanto, já na vigência da Lei nº 6.515/77. A autora alega que está impossibilitada de inventariar os bens deixados pelo falecido, pois o casamento contraído sob o regime de comunhão universal de bens exigia, àquele tempo, convenção antenupcial, inexistente no caso concreto. Ademais, o ofício de fl. 15 do referido Cartório de Registro Civil de José Gonçalves de Minas, em Minas Gerais, atesta a ausência de pacto antenupcial entre a promovente e seu falecido cônjuge, afirmando, ainda, que não eram lavrados pactos antenupciais entre 1976 e 1980 naquela serventia. A Lei do Divórcio, que alterou profundamente o Código Civil, especialmente no tocante ao regime de bens entre cônjuges, foi publicada em 27 de dezembro de 1977, portanto mais de dois anos antes do casamento da autora. Assim, o regime de casamento, ante a ausência do pacto antenupcial, é o da comunhão parcial de bens, por disposição expressa da referida lei, que já estava em vigor. Apelação nº 0000909-70.2014.8.26.0222 - Guariba - VOTO Nº 2449-3/6

fls. 4 Portanto, impõe-se reconhecer que, apesar de constar da certidão referência da adoção do regime "comunhão de bens" (fls. 09), o matrimônio entre a autora e seu falecido marido, no tocante aos bens, foi legal, isto é, o da comunhão parcial de bens, diante da ausência do pacto antenupcial. Por fim, ressalta-se que o referido Cartório de Registro Civil consultou seu Corregedor Permanente (fls. 18), visto que vários cônjuges encontram dificuldades atualmente para identificar o regime de bens em razão não celebração de pacto antenupcial quanto aos casamentos realizados nos anos de 1976 e 1980, sendo que recebeu orientação no sentido de que, não havendo convenção antenupcial, é de se adotar o regime da comunhão parcial de bens (fls. 19). Nesse sentido, também, precedentes do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais na análise de casos bastante semelhantes: EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS. RECURSO ESPECIAL ACOLHIDO. ACÓRDÃO CASSADO. REEXAME DOS EMBARGOS. OMISSÕES E CONTRADIÇÕES. VÍCIO SANADO. CASAMENTO. DIREITO DE HABITAÇÃO. VIGÊNCIA DO CC/16. REGIME DE BENS. DIREITO NÃO RECONHECIDO. SENTENÇA MANTIDA. Nos termos do art. 535 do CPC, cabem embargos de declaração quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição ou, ainda, quando for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou Tribunal. Constatada a Apelação nº 0000909-70.2014.8.26.0222 - Guariba - VOTO Nº 2449-4/6

fls. 5 presença de quaisquer dos vícios, impõe-se o acolhimento dos embargos para sanar os vícios apontados. A partir da vigência da Lei n. 6.515, de 1977, o regime legal é o da comunhão parcial de bens; afigurando-se necessário, para prevalecer o regime da comunhão de bens, a existência e o registro do pacto antenupcial de bens. Em que pese constar da certidão de casamento como regime a "comunhão de bens", inexistindo provas acerca do pacto antenupcial, impera o regime da "comunhão parcial de bens" (que era o legal). (...) Embargos acolhidos para esclarecer alguns pontos, mas mantida a sentença.. (TJ/MG. Embargos de Declaração 1.0079.07.353320-4/002. Rel. Des. Manoel dos Reis Morais. Julgado em 24/03/2015) (grifo nosso). Apelação cível. Ação de retificação de registro civil. Casamento celebrado em 1978. Regime de bens. Ausência de escolha pelos nubentes. Regime legal supletivo da comunhão parcial. Erro existente no registro civil. Retificação devida. Recurso provido. 1. O regime de bens do casamento, não havendo imposição da separação obrigatória, é de livre escolha dos nubentes. 2. A escolha deve ser feita através de escritura pública de pacto antenupcial. 3. Não tendo os cônjuges feito a escolha, prevalece o regime legal supletivo e que é o da comunhão parcial de bens para os casamentos celebrados após o início de vigência da Lei nº 6.515, de 1977. 4. É evidente o erro no registro de casamento celebrado em 1978, sem pacto antenupcial, e consistente em constar o regime da comunhão Apelação nº 0000909-70.2014.8.26.0222 - Guariba - VOTO Nº 2449-5/6

fls. 6 universal de bens. Presente o erro, há de ser devidamente retificado porque o registro civil deve espelhar a verdade, ressalvados os eventuais direito de terceiros. 5. Apelação conhecida e provida. (TJ/MG. Apelação nº 1.0000.00.337362-8/000. Rel. Des. Caetano Levi Lopes. Julgado em 26/08/2003) (grifo nosso). Por derradeiro, para evitar a costumeira oposição de embargos declaratórios voltados ao prequestionamento, tenho por expressamente ventilados, neste grau de jurisdição, todos os dispositivos constitucionais e legais citados em sede recursal. Vale lembrar que a função do juiz é decidir a lide e apontar, direta e objetivamente, os fundamentos que, para julgar, pareceram-lhe suficientes. Não é necessário apreciar todos os argumentos deduzidos pelas partes, um a um, como que respondendo a um questionário (STF, RT 703/226; STJ-Corte Especial, RSTJ 157/27 e, ainda, EDcl no REsp 161.419). Sobre o tema, confiram-se também: EDcl no REsp 497.941, FRANCIULLI NETTO; EDcl no AgRg no Ag 522.074, DENISE ARRUDA. Ante o exposto, DOU PROVIMENTO ao recurso para determinar a retificação de documento público, para que passe a constar no respectivo assento a celebração do casamento sob o regime da comunhão parcial de bens. J.B.PAULA LIMA -Relator- Apelação nº 0000909-70.2014.8.26.0222 - Guariba - VOTO Nº 2449-6/6