SEMINÁRIO SAS SUSTENTABILIDADE ALIMENTAÇÃO SAÚDE 1 26/11/10
Comunicação e Propaganda em busca de uma agenda positiva 2
Constatações na atualidade: sobrepeso e obesidade como problema de saúde pública. preocupação com a sustentabilidade e preservação do meio ambiente. 3
Importância de hábitos saudáveis sobre a expectativa e qualidade de vida. Importância de adoção de postura proativa: redução de impactos de produção e consumo, conscientização para práticas coletivas e individuais de preservação e/ou redução de impactos ambientais (alguns reflexos na publicidade: reprovação da apresentação de condutas lesivas/predatórias e estímulo à adoção de práticas positivas, 4 crescimento do marketing verde ).
Debate e preocupação da sociedade. Multiplicidade de fatores: alimentação imprópria e sedentarismo apontados como principais causas. Durante tal discussão, publicidade suscitada como uma das causas. 5
Na OMS Organização Mundial da Saúde (World Health Organization) amplas discussões postura de abordagem ampla e relacionada a múltiplos fatores. No Brasil debate sobre o problema por vezes aponta soluções simplistas e de abordagem unilateral tentativas de supressão (ou de adoção de medidas inviabilizadoras) da publicidade de diversos segmentos de produtos. 6
ANVISA Edição da Res. RDC n 24/2010. Inserção obrigatória de alertas nos moldes (nome comercial) contém muito açúcar e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de obesidade e cárie dentária. Recomendação de suspensão pela AGU. Notícia de que Resolução 24 está suspensa por ordem da Justiça Federal (para os sócios da entidade que propôs processo judicial). 7
ANVISA Edição da Res. RDC n 24/2010. Entendimento de Irregularidade de forma (atribuição para legislar sobre propaganda é do Congresso Nacional) de conteúdo: não se pode implementar norma que na prática implique na supressão de direito fundamental. Inviabilização da comunicação publicitária de determinado segmento. 8
ANVISA Edição da Res. RDC n 24/2010. Entendimento de Irregularidade direito à informação por parte dos consumidores e direito de liberdade de expressão, de iniciativa e de desempenho de atividade profissional e econômica não podem ser desconsiderados. 9
ANVISA Edição da Res. RDC n 24/2010. Inevitabilidade de levar em conta em qualquer elaboração de proposta (por quaisquer dos poderes públicos) os seguintes fatores: considerar as múltiplas causas; considerar os múltiplos direitos afetados por uma proposta; 10
ANVISA Edição da Res. RDC n 24/2010. impossibilidade de redução completa ou supressão de um direito fundamental; proporcionalidade e razoabilidade; informação é essencial para cidadãos e consumidores (estímulo das capacidades críticas individuais). 11
Autorregulamentação: Alta relevância é consenso entre juristas e doutrinadores. Possibilidade de atuar melhor frente a globalização do mercado de produção e consumo e das comunicações. Resolução de controvérsias fora do judiciário é necessidade incontestável 12
CONAR: Desde 1980 portanto há 30 anos - fiscaliza de ofício, recebe denúncias de consumidores, autoridades e de empresas, visando à manutenção da regularidade das mensagens publicitárias, tudo isso sem qualquer custo para o particular ou para os cofres públicos. Sensibilidade e acolhimento das demandas frente aos problemas sociais e ambientais constatados e alterações das regras de autorregulamentação. 13
CONAR: No Brasil - sistema misto de disciplina do teor da publicidade: legislação e autorregulamentação; Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBAP): estabelece conjunto de regras sobre o teor da publicidade de Alimentos - Anexo H, e sobre anúncios que envolvam a questão ambiental artigo 36. 14
Alimentos, Refrigerantes, Sucos e Bebidas Assemelhadas A publicidade de alimentos, refrigerantes e sucos não deve: encorajar o consumo excessivo; menosprezar a importância da alimentação saudável; apresentar produtos como substitutos das refeições; 15
Alimentos, Refrigerantes, Sucos e Bebidas Assemelhadas A publicidade de alimentos, refrigerantes e sucos não deve: empregar apelos de consumo ligados a status, êxito social e sexual, etc.; desmerecer o papel dos pais e educadores como orientadores de hábitos saudáveis; no caso de público infanto-juvenil não deve usar apelo imperativo e não deve ser feita durante programa dirigido a tal público, sendo possível neste caso a apresentação durante o intervalo comercial, evitando-se confusão entre conteúdo editorial e espaço publicitário. 16
Alimentos, Refrigerantes, Sucos e Bebidas Assemelhadas Os anúncios devem: restringir as afirmações relativas aos benefícios à saúde e nutrição àquelas que forem compatíveis com o licenciamento oficial e fazê-las em linguagem acessível; ser clara em relação às características dos produtos. As alusões às propriedades funcionais devem ser comprovadas; 17
Alimentos, Refrigerantes, Sucos e Bebidas Assemelhadas Os anúncios devem: evitar confusão quanto à sua qualidade, valor calórico, se natural ou artificial; usar terminologia que corresponda ao licenciamento oficial do produto: diet, light, etc.; valorizar a prática de atividades físicas. 18
Meio Ambiente Art. 36 Não podendo a publicidade ficar alheia às atuais e prementes preocupações de toda a humanidade com os problemas relacionados com a qualidade de vida e a proteção do meio ambiente, serão vigorosamente combatidos os anúncios que direta ou indiretamente estimulem: 19
Meio Ambiente Art. 36 a. a poluição do ar, das águas, das matas e dos demais recursos naturais; b. a poluição do ambiente urbano; c. a depredação da fauna, da flora e dos demais recursos naturais; d. a poluição visual dos campos e da cidade; e. a poluição sonora; f. o desperdício de recursos naturais. 20