2º ano do Ensino Médio Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia Professor Vinícius Vanir Venturini
Comparativo internacional das matrizes de transporte
Custo de transporte Relação entre custo e distância dos principais meios de transporte Variação do custo dos diferentes meios de transporte com a distância no transporte de mercadorias Avião Distâncias Meio de transporte mais rentável Rodoviário Ferroviário Fluvial Curtas distâncias: até 150 km Médias e longas distâncias: 150 a 600 km Longas distâncias: mais de 600 km Rodoviário Ferroviário Fluvial 0 150 200 300 400 600 800 km Distância Distâncias Todas as distâncias Meio de transporte mais caro Avião
Diferente tipos de transporte Espaço ocupado por carga transportado entre diferentes tipos de transporte.
Diferente tipos de transporte Consumo de combustível para transportar 1 tonelada de carga por 1.000 km
Diferente tipos de transporte Emissão de CO2 para transportar 1 tonelada de carga por 1.000 km
Diferente tipos de transporte Custo aproximado para construção de 1 km de infraestrutura
Rodovias No Brasil, a extensa área, a disponibilidade hídrica, a longa faixa litorânea e os relevos pouco acidentados não impediram a adoção de uma política de transportes apoiada nas rodovias. Embora o sistema rodoviário, incrementado a partir da década de 60 com a expansão da indústria automobilística, seja oneroso (três vezes mais do que o ferroviário e nove vezes mais do que o fluvial, além de consumir 90% do diesel utilizado em transportes no país), responde por cerca de 64% da carga que circula no território. Como objetivou a integração interregional, seu desenvolvimento prejudicou a melhoria e a expansão dos transportes ferroviário e hidroviário.
Rodovias O principal meio de transporte no Brasil é o rodoviário, responsável por 62% dos deslocamentos de cargas. O transporte rodoviário é cerca de quatro vezes mais caro que o ferroviário e quase vinte vezes mais caro que o hidroviário. A enorme primazia do transporte rodoviário acarreta um excessivo gasto de energia, especialmente de petróleo. Além dos maiores custos, em comparação com o transporte ferroviário e com o hidroviário, o transporte rodoviário provoca mais poluição atmosférica e agrava os congestionamentos em algumas estradas e nas grandes metrópoles do país.
Plano rodoviário nacional Radiais: 001-099 Longitudinais: 101-199 Transversais: 201-299 Diagonal: 301-399
Ferrovias As ferrovias transportam 33% da carga (minério de ferro e granéis) e já apresentam expansão em sua malha. Para que haja uma rede de hidrovias eficiente (dada a rica e extensa hidrografia), são necessárias barragens e eclusas, além de a cabotagem precisar ser 13 reformulada dos navios aos portos.
Ferrovias As ferrovias já tiveram maior importância no Brasil. De 1950 até 2008 houve um decréscimo de quase 10 mil quilômetros nas ferrovias brasileiras, ou seja, foi maior a desativação do que 14 a construção de novas vias.
Hidrovias Além dos corredores de transportes (Araguaia-Tocantins, Leste, Fronteira Norte, Mercosul, Transmetropolitano, Nordeste, Oeste-Norte, São Francisco, Sudoeste), é fundamental abrir um caminho em direção ao oceano Pacífico (corredor bioceânico) para atingir os grandes mercados da Ásia e do Pacífico. Na realidade, o transporte multimodal é a melhor opção para o Brasil, pois a associação de vários sistemas de transporte e a criação de terminais rodoviários, ferroviários e hidroviários reduziriam os fretes, aumentariam a competitividade dos produtos e permitiriam uma maior integração territorial. 16
Hidrovias Apesar da riqueza das nossas bacias hidrográficas, que, em alguns casos, são navegáveis sem nenhuma obra de correção (como ocorre em grande parte das bacias Amazônica e do Paraguai), e que, em outros, poderiam ter as partes não navegáveis corrigidas com obras de eclusas, dragagem, aprofundamento de trechos do leito, etc., o transporte hidroviário é pouco importante. A maior parte dos 14% assinalados como transporte hidroviário no Brasil refere-se à navegação de cabotagem. Aliás, os portos, principal via para o comércio externo, geralmente têm custos por tonelada de carga (tanto no embarque quanto no desembarque) que chegam a ser cinco vezes maiores do que nos portos dos países desenvolvidos e mesmo de muitos países do Sul, como Cingapura e Hong Kong. 17
Tipos de transporte no Brasil
Biocombustíveis Os biocombustíveis, como o próprio nome já indica, são um tipo de combustível de origem biológica ou natural. Trata-se de uma fonte renovável de energia que é utilizada por meio da queima da biomassa ou de seus derivados, tais como o etanol (álcool para combustível), o biodiesel, o biogás, o óleo vegetal e outros. Os biocombustíveis correspondem a uma das formas sob as quais a biomassa pode ser empregada para reduzir a queima dos combustíveis fósseis. Geralmente, os tipos de biomassa utilizados como matériasprimas dos biocombustíveis são as plantas oleaginosas. Entre os vegetais mais comumente empregados, principalmente no Brasil, estão a cana-de-açúcar, a mamona, a palma, o girassol, o babaçu, a soja, o milho e outros. O milho é mais utilizado nos Estados Unidos, país que, assim como o Brasil, produz etanol em larga escala.
Biocombustível Obs.: a principal vantagem do uso de plantas oleaginosas sobre a cana-de-açúcar é o fim da limitação climática. Podendo ser produzido combustível em todas as regiões do Brasil;
Biocombustível (produção mundial de biocombustível 1975-2006 milhões de litros)
Vantagens dos biocombustíveis Possibilita o fechamento do ciclo do carbono (CO 2 ), contribuindo para a estabilização da concentração desse gás na atmosfera (isso contribui para frear o aquecimento global); No caso específico do Brasil, há grande área para cultivo de plantas que podem ser usadas para a produção de biocombustíveis; Geração de emprego e renda no campo (isso evita o inchaço das cidades); Menor investimento financeiro em pesquisas (as pesquisas de prospecção de petróleo são muito dispendiosas); O biodiesel substitui bem o óleo diesel sem necessidade de ajustes no motor; Redução do lixo no planeta (pode ser usado para produção de biocombustível); Manuseio e armazenamento mais seguros que os combustíveis fósseis.
Desvantagens dos biocombustíveis Aumento do consumo de água (para irrigação das culturas); Redução da biodiversidade; Devastação de áreas florestais (grandes consumidoras de CO 2 ) para plantio das culturas envolvidas na produção dos biocombustíveis; Possibilidade de redução da produção de alimentos em detrimento do aumento da produção de biocombustíveis; Contaminação de lençóis freáticos por nitritos e nitratos, provenientes de fertilizantes; A queima da cana libera grandes quantidades de gases nitrogenados, que retornam ao ambiente na forma de chuva seca de fertilizantes. Nos ambientes aquáticos, o efeito é muito rápido: proliferação de algas, com liberação de toxinas e consumo de quase todo oxigênio da água, o que provoca a morte de um grande número de espécies.
Críticas ao biocombustível Obs.: a grande crítica é que áreas originalmente destinadas a produção agrícola estariam sendo transformadas em fazendas de biocombustível, favorecendo a crise mundial de alimentos mundiais;
Efeito Estufa H 2 O, CO, CO 2, CH 4 e C 4 H 10 Obs.: calor, radiação solar entre e não sai, aprisionado por gases estufas (CO e CO 2 ); gases também liberados na atmosfera pela ação humana (precipitando/acelerando o aumento de temperatura);
Emissões de CO 2 per capita
Efeito Estufa Aquecimento da atmosfera Derretimento dos pólos; Elevação do nível do mar; Redução do índice de chuvas (pluviométrico), mais secas; Aumento no número de tornados e furacões; Maior número, ocorrência de queimadas, incêndios; Potencializando, pelo aquecimento outros problemas ambientais;
Chuva ácida (SO 2 e NO 2 ) Obs 1.: toda chuva é ácida pela existência de gás carbônico na atmosfera, sendo considerada chuva ácida, quando a chuva tiver Ph menor ou igual a 5,5; Obs 2.: os maiores emissores de gases ácidos na atmosfera estão relacionados a queima de carvão, indústria de base (siderúrgicas, metalúrgicas e petroquímica), como termoelétricas movidas a carvão;
Chuva ácida (SO 2 e NO 2 ) Obs.: áreas industriais ou zonas extratoras de carvão mineral apresentem maior ocorrência de chuva ácida;