REGULAMENTO ANAC Condições de operação aplicáveis à utilização do espaço aéreo pelos sistemas de aeronaves civis pilotadas remotamente ( Drones

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Transcrição:

1

REGULAMENTO ANAC Condições de operação aplicáveis à utilização do espaço aéreo pelos sistemas de aeronaves civis pilotadas remotamente ( Drones )

OBJETO O Regulamento destina-se a estabelecer exclusivamente as regras de voo e condições de utilização do espaço aéreo por aeronaves pilotadas remotamente (RPA Remotely Piloted Aircraft), usualmente designadas por Drones. 3

OBJETIVO Permitir a integração correta e ordenada das RPA no espaço aéreo, garantindo a segurança da navegação aérea, designadamente das aeronaves tripuladas. 4

ÂMBITO DE APLICAÇÃO Aplica-se a todas as RPA, incluindo os aeromodelos e as aeronaves brinquedo, com exceção das seguintes: EXCLUSÕES: AERONAVES DE ESTADO DRONES UTILIZADOS EM ESPAÇOS FECHADOS OU COBERTOS

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CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO REGRAS GERAIS REGRAS ESPECÍFICAS Liberdade para efetuar voos diurnos à linha de vista até uma altura de 120 m (400 pés) Voos nas proximidades de infraestruturas Aeromodelos Aeronaves brinquedo Voos sujeitos a autorização expressa da ANAC Restrições à operação ou voos (entre outras regras) 7

REGRAS GERAIS A. Liberdade para efetuar voos diurnos até uma altura de 120 m (400 pés), sem prejuízo das autorizações excecionais previstas no Regulamento (regras específicas) B. Distância segura de pessoas e bens C. Prioridade a aeronaves tripuladas com obrigação de afastamento destas D. Estado físico e mental do piloto adequado à operação E. Garantia das condições operacionais da aeronave e do sistema F. Existindo observadores, estes devem manter contacto visual direto com a aeronave e estar permanentemente em condições de estabelecer comunicações bilaterais G. Em operações à linha de vista, não pode ser operada mais do que uma aeronave em simultâneo H. Utilização obrigatória e permanente de luzes de identificação (voos diurnos e noturnos) 8

VOOS NA PROXIMIDADE DE INFRAESTRUTURAS CIVIS Aeródromos com CTR associada Aeródromos com ATZ associada ou TRMZ Aeródromos sem CTR ou ATZ associada Restantes aeródromos, incluindo heliportos Áreas de utilização especifica para aeromodelos, publicadas em AIP Pistas de ultraleves 9

Aplicam-se as regras e restrições constantes do Anexo ao Regulamento (Áreas de proteção operacional) VOOS NA PROXIMIDADE DE INFRAESTRUTURAS CIVIS com CTR associada Regras comuns a todas as RPA Aeromodelos Aeronaves brinquedo A RPA deve ter capacidade para fornecer informação, em tempo real, ao piloto remoto sobre a altura a que está a voar. Na ausência de tal equipamento, não deve voar acima do obstáculo natural ou artificial mais próximo da aeronave num raio de 75 metros Se estiverem a voar no interior de uma área especificamente criada para o efeito e publicitada no AIP (após autorização da ANAC) podem evoluir até ao limite máximo vertical de tal área Em caso algum podem exceder 30 metros acima da superfície 10

Carecem de permissão prévia da entidade responsável pela prestação dos serviços de informação de voo do aeródromo, salvo se a RPA não exceder a altura do edifício ou obstáculo natural ou artificial mais próximo num raio de 75 metros, centrado na aeronave, e não abranger o espaço aéreo sobrejacente ao aeródromo, delimitado pelos limites geográficos da respetiva infraestrutura aeroportuária VOOS NA PROXIMIDADE DE INFRAESTRUTURAS CIVIS Regras comuns para todas as RPA O piloto do RPA deve disponibilizar à entidade responsável pela prestação dos serviços de informação de voo do aeródromo um contacto direto para a eventual necessidade de estabelecimento de comunicações imediatas e urgentes No interior da ATZ: as RPA podem voar até à altura correspondente ao limite máximo vertical da respetiva ATZ com ATZ associada ou TRMZ Regra especial para aeronaves brinquedo No interior da TRMZ: As RPA podem voar até 120 metros acima da superfície (400 pés) Em caso algum podem exceder 30 metros acima da superfície

VOOS NA PROXIMIDADE DE INFRAESTRUTURAS CIVIS sem CTR ou ATZ associada Regras comuns para todas as RPA Regra especial para aeronaves brinquedo Os voos de RPA, até 120 metros acima da superfície (400 pés), realizados num círculo de 2,5 km de raio centrado no ponto de referência do aeródromo ou no ponto de referência de uma pista de ultraleves, carecem de autorização expressa do diretor de Aeródromo ou do responsável pela pista de ultraleves, exceto se não excederem a altura do obstáculo natural ou artificial mais próximo num raio de 75 metros, centrado na aeronave, e não abrangerem o espaço aéreo sobrejacente ao aeródromo ou à pista de ultraleves, delimitado pelos limites geográficos da respetiva infraestrutura aeroportuária. O diretor do aeródromo ou o responsável pela pista de ultraleves deve assegurar que, no período abrangido pelo voo da RPA, não existem em simultâneo aeronaves tripuladas a evoluir de e para o aeródromo ou pista de ultraleves. Se estiverem a voar no interior de uma área especificamente criada para o efeito e publicitada no AIP (após autorização da ANAC) podem as RPA (com exceção das aeronaves brinquedo) evoluir até ao limite máximo vertical de tal área. Em caso algum podem exceder 30 metros acima da superfície.

RESUMO AEROMODELOS A) Em áreas de utilização específica para aeromodelos (aprovadas e publicadas em AIP) estas aeronaves podem efetuar voos diurnos, em operações VLOS (à linha de vista: contacto visual direto com a aeronave, sem ajudas) até ao limite máximo vertical de tais áreas B) Em infraestruturas civis com CTR associada: aplicam-se as regras e restrições constantes do Anexo ao Regulamento (Áreas de proteção operacional), e as demais regras do Regulamento, salvo se estiverem a voar no interior de uma área especificamente criada para o efeito e publicitada no AIP (após autorização da ANAC) neste último caso podem evoluir até ao limite máximo vertical de tal área 13

RESUMO AEROMODELOS C. Na proximidade de infraestruturas civis com ATZ associada ou TRMZ: 1) Carecem de permissão prévia da entidade responsável pela prestação dos serviços de informação de voo do aeródromo 2) No interior da ATZ: as RPA podem voar até à altura correspondente ao limite máximo vertical da respetiva ATZ 3) No interior da TRMZ: as RPA podem voar até 120 metros acima da superfície (400 pés) 14

RESUMO AEROMODELOS D. Em infraestruturas civis sem CTR ou ATZ associada: 1) Podem realizar voos num círculo de 2,5 km de raio centrado no ponto de referência do aeródromo ou no ponto de referência de uma pista de ultraleves, até 120 metros acima da superfície (400 pés) e após autorização do diretor ou do responsável da pista 2) Os voos no interior do mesmo círculo mas acima da altura de 120 metros (400 pés) são permitidos nas seguintes condições cumulativas: 1) Com autorização prévia do diretor do Aeródromo ou do responsável da pista de ultraleves; 2) Se a área, com os correspondentes limites laterais e verticais, estiver publicada no AIP, (a publicitação é efetuada a pedido do diretor ou do responsável de pista) 15

RESUMO AERONAVES BRINQUEDO A. Em caso algum podem voar acima dos 30 metros acima da superfície (100 pés) B. Estão sujeitas às restrições aplicáveis a todas as RPA (designadamente às proibições) C. Estão sujeitas às regras para voos nas proximidades de infraestruturas aeroportuárias D. Só podem realizar voos diurnos, em operações VLOS (à linha de vista: contacto visual direto com a aeronave sem ajudas) E. No interior das áreas de proteção operacional dos aeródromos constantes do Anexo ao Regulamento (os que têm CTR associada), aplicam-se-lhes todas as regras e restrições aí descritas, salvo quanto à altura máxima de voo, que, em caso algum, deve exceder os 30 metros acima da superfície (100 pés) 16

RESUMO AERONAVES BRINQUEDO F. Em infraestruturas civis com ATZ associada ou TRMZ: 1) No interior da ATZ e da TRMZ em caso algum podem voar acima de 30 metros acima da superfície (100 pés) 2) Se o obstáculo natural ou artificial mais próximo num raio de 75 metros, (centrado na aeronave) for inferior a 30 metros acima da superfície (100 pés), podem voar sem permissão prévia da entidade responsável pela prestação dos serviços de informação de voo do aeródromo, desde que não ultrapassem o limite desse obstáculo e não se encontrem a voar no espaço aéreo sobrejacente ao aeródromo, delimitado pelos limites geográficos da respetiva infraestrutura aeroportuária 3) Caso ultrapassem o limite desse obstáculo (inferior a 30 metros) ou pretendam voar no espaço aéreo sobrejacente ao aeródromo necessitam de solicitar permissão prévia à entidade responsável pela prestação dos serviços de informação de voo do aeródromo 17

RESUMO AERONAVES BRINQUEDO G. Não podem voar sobre pessoas H. Devem manter uma distância mínima horizontal, em relação a pessoas e bens, de 30 metros. 18

AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DA ANAC 19

AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DA ANAC EXCEÇÕES: Voos acima de 120 metros acima da superfície (400 pés) Sem autorização expressa No interior de áreas identificadas em AIP podem evoluir até ao limite máximo vertical de tais áreas No interior da ATZ: as RPA podem voar até à altura correspondente ao limite máximo vertical da respetiva ATZ 20

AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DA ANAC Não excedam a altura de cinco metros acima do nível da superfície (16 pés) EXCEÇÕES: Operações BVLOS com aeronaves RPA com massa máxima operacional igual ou inferior a 1kg Sem autorização expressa Estejam munidas de equipamento FPV (o piloto remoto monitoriza a posição da aeronave através de uma câmara instalada na mesma) A RPA voe afastada de pessoas e bens O voo seja realizado em espaço delimitado que evite o risco de colisão com pessoas e bens de terceiros O voo se situe num círculo de raio de 100 metros, com centro no piloto remoto 21

RESTRIÇÕES À OPERAÇÃO OU VOO REGRA GERAL DE PROIBIÇÃO A. Nas áreas definidas no Anexo ao Regulamento como sendo proibidas B. Sobre concentrações de pessoas ao ar livre (mais do que 12 pessoas) C. Em zonas de sinistro onde se encontrem a decorrer operações de proteção e socorro D. Áreas proibidas, perigosas, restritas, reservadas e temporariamente reservadas de espaço aéreo, publicadas no AIP 22

RESTRIÇÕES À OPERAÇÃO OU VOO REGRA GERAL DE PROIBIÇÃO E. Instalações onde se encontrem sedeados: 1. Órgãos de soberania 2. Embaixadas e representações consulares 3. Instalações militares 4. Instalações das forças e serviços de segurança 5. Locais onde decorram missões policiais 6. Estabelecimentos prisionais e centros educativos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais 23

RESTRIÇÕES À OPERAÇÃO OU VOO REGRA GERAL DE PROIBIÇÃO F. Num círculo de 1 km de raio centrado no ponto de referência de: 1. Heliportos utilizados por meios aéreos em missões de proteção civil 2. Heliportos sob gestão, comando ou responsabilidade de entidades públicas às quais estejam cometidas funções de manutenção da ordem pública, segurança, fiscalização e investigação criminal 3. Heliportos hospitalares utilizados exclusivamente em missões de emergência médica 24

EXCEÇÕES ÀS RESTRIÇÕES Com autorização expressa da ANAC, as RPA podem voar: a) Sobre concentrações de pessoas ao ar livre (mais do que 12 pessoas) b) Num círculo de 1 km de raio centrado no ponto de referência, de: i. Heliportos utilizados por meios aéreos em missões de proteção civil ii. Heliportos sob gestão, comando ou responsabilidade de entidades públicas às quais estejam cometidas funções de manutenção da ordem pública, segurança, fiscalização e investigação criminal iii. Heliportos hospitalares utilizados exclusivamente em missões de emergência médica 25

EXCEÇÕES ÀS RESTRIÇÕES Com autorização expressa do comandante das operações de socorro, as RPA podem voar em zonas de sinistro onde se encontrem a decorrer operações de proteção e socorro, desde que seja assegurado : a) O cumprimento das regras do Regulamento, nomeadamente as respeitantes às alturas máximas de voo permitidas b) Que nenhuma aeronave tripulada se encontre, simultaneamente, a sobrevoar a zona de sinistro 26

EXCEÇÕES ÀS RESTRIÇÕES Com autorização expressa das entidades competentes, as RPA podem voar em: A. Áreas proibidas B. Áreas perigosas C. Áreas restritas D. Áreas reservadas e temporariamente reservadas de espaço aéreo 27

EXCEÇÕES ÀS RESTRIÇÕES Podem ser realizados voos nas áreas proibidas das áreas de proteção operacional dos aeródromos com CTR: a) Voos da responsabilidade do operador de aeródromo, no âmbito do funcionamento dos respetivos serviços, e no espaço aéreo sobrejacente ao próprio aeródromo, delimitado pelos limites geográficos da respetiva infraestrutura aeroportuária e com autorização prévia do órgão de tráfego aéreo b) Voos efetuados com base num protocolo outorgado entre o prestador de serviços de tráfego aéreo e o operador responsável pelos voos, bem como entre este último e a entidade gestora da infraestrutura aeroportuária, para a realização de atividades de investigação e desenvolvimento, de interesse ou utilidade pública, desde que a ANAC se tenha pronunciado previamente sobre o teor de tais protocolos, através da emissão de parecer, o qual é obrigatório e vinculativo c) Outras situações excecionais e pontuais, previamente autorizadas pela ANAC, que não afetem a segurança da navegação aérea 28

OUTROS REGIMES JURÍDICOS ESPECÍFICOS ADICIONAIS Os operadores e pilotos devem cumprir regimes jurídicos adicionais aplicáveis, como sejam, entre outros, os que regulamentam: a) A recolha de imagens, que importa a necessidade de cumprimento do disposto na Lei de Proteção de Dados Pessoais b) Levantamentos aéreos, nomeadamente fotografia, filmagem aérea, e respetiva divulgação, que carece de autorização da Autoridade Aeronáutica Nacional c) A utilização de infraestruturas e espaço aéreo sob jurisdição militar, que carece de autorização da AAN 29

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES A ANAC disponibilizará na sua página eletrónica (www.anac.pt) e (www.voanaboa.pt): a) Os contactos dos diretores dos aeródromos civis sem ATZ e sem CTR b) Os contactos dos responsáveis das pistas de ultraleves c) Os contactos dos prestadores de serviços de informação de voo de aeródromos civis com ATZ d) Mapas com informação relativa às infraestruturas aeroportuárias, a áreas restritas, proibidas e perigosas e a áreas de natureza militar e) A lista de áreas perigosas, proibidas, reservadas e temporariamente reservadas f) Lista dos aeródromos certificados, com e sem CTR ou ATZ g) Lista das infraestruturas utilizadas em missões de proteção civil ou de emergência médica h) As coordenadas das áreas de proteção operacional dos aeródromos civis com CTR associadas 30

REGIME SANCIONATÓRIO A violação de determinações, instruções ou ordens da ANAC constantes do regulamento e de todas aquelas que sejam inerentes ao cumprimento do mesmo, constitui contraordenação aeronáutica civil grave ou muito grave, nos termos do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 10/2004, de 9 de janeiro 31

REGIME SANCIONATÓRIO A fiscalização do cumprimento das normas relativas à aviação civil compete às entidades seguintes: a) ANAC b) AAN c) Direção Regional dos Aeroportos da Madeira, nas áreas dos aeródromos regionais cuja gestão lhe esteja concedida d) Organismo do Governo Regional dos Açores, nas áreas dos aeródromos regionais cuja gestão lhe esteja concedida e) Diretores de aeródromos e responsáveis pelas entidades que tenham a seu cargo a gestão e o controlo das infraestruturas aeroportuárias nas respetivas áreas de competência f) A Guarda Nacional Republicana g) A Polícia de Segurança Pública h) Órgãos da Autoridade Marítima 32

REGIME SANCIONATÓRIO Auto de notícia ou participação Estas entidades devem levantar auto de notícia quando verifiquem ou comprovem, pessoal e diretamente, ainda que por forma não imediata, qualquer contraordenação aeronáutica civil. Se a verificação não foi comprovada pessoalmente, deverá ser elaborada participação instruída com os elementos de prova de que disponha e acompanhada de rol de testemunhas, limitado ao máximo de três testemunhas por cada infração. O auto de notícia ou a participação são remetidos à ANAC no prazo máximo de oito dias úteis. 33

REGIME SANCIONATÓRIO Apreensão de elementos de prova Estas entidades podem, ainda fazer apreensão cautelar de bens e quaisquer elementos que permitam realizar prova, nos termos do Regime Geral das Contraordenações. Para o efeito, será elaborado o respetivo auto de apreensão, sendo os elementos apreendidos entregues na ANAC, acompanhados de auto de entrega e do auto de apreensão. Após denúncia compete à ANAC instruir os processos e proceder à aplicação das coimas e das sanções acessórias. 34

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