1. Elabore um mapa de conceitos sobre o tema As rochas, arquivos que relatam a história da Terra.

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Transcrição:

1. Elabore um mapa de conceitos sobre o tema As rochas, arquivos que relatam a história da Terra. 2. Apresente os dados que já possui para: 2.1. medir do tempo geológico 2.2. contar a história da Terra

Qual é a figura que apresenta a época mais antiga? Unidade de tempo para o último século Unidade de tempo para o estudo da civilização romana Unidade de tempo para o estudo da pré-história Unidade de tempo no domínio da Geologia Ano Séculos Milhar de anos MILHÕES DE ANOS (M.a.)

O tempo em geologia tem uma dimensão diferente daquela habitualmente usada por qualquer ser humano. Os físicos e químicos estudam processos que decorrem em fracções de segundo! Os geólogos estudam processos que podem durar longos períodos Reacções químicas, propagação das ondas sonoras, etc. Reacções químicas, propagação das ondas sonoras, etc. Orogénese (formação de montanhas), expansão dos fundos oceânicos, erosão, etc.

Mas será que todos os fenómenos geológicos são lentos à escala humana? Sismos Erupção vulcânica Avalanches Impacto de um meteorito Inundações

Querem ter uma noção? Imagina uma ampulheta gigante cheia de grãos de arroz! 1Kg de arroz tem 5000 grãos A idade da Terra corresponderia a uma ampulheta com 91 000 Kg de arroz em que, por ano, caía um grão Por ano, é arrancado dos Himalaias e por acção dos agentes erosivos, 1 mm de material Ao fim de 1 M.a. Já 1Km foi arrancado!!!!

Existem datas mais antigas para minerais isolados provenientes do Oeste da Austrália, mas estas são as rochas mais antigas que se conhece até agora, disse num comunicado Richard Carlson, investigador do Departamento de Magnetismo Terrestre em Washington. ( ) Os investigadores estudaram as amostras de uma cintura de rochas metamórficas chamadas Nuvvuagittuq. Ao medirem a composição dos isótopos de neodímio e de samário, elementos químicos raros que existem nestas rochas, conseguiram datar as amostras entre os 3,8 e os 4,28 milhões de anos. A Terra tem 4,6 mil M.a. e é raro encontrar-se restos da crosta original, a maior parte da qual foi esmagada e reciclada no interior do planeta várias vezes ( ). Adaptado de O Público 2008 1. A história da Terra encontra-se escrita nas rochas. Justifique a afirmação tendo em conta a frase a negrito. 2. Explique coo se podem determinar as idades das rochas. 3. Descreva como foram datadas as amostras de rocha de Nuvvuagittuq. 3.1. Classifique essa datação.

Corresponde ao estabelecimento da idade por comparação entre rochas, entre estratos ou entre formações litológicas.

permite determinar a idade da rocha em termos de milhões de anos. É uma datação mais exacta.

1. Utilize a imagem para distinguir datação relativa de datação absoluta. 2. A partir do exemplo da imagem, explique como se pode determinar a idade de uma sequência de rochas. 3. Ao observar diferentes tipos de rocha, cada um com características peculiares, estamos a recuar no tempo e a deduzir as condições ambientais, físicas ou químicas, que terão estado na sua origem. Justifique a afirmação realçando os aspetos que permitem contar a história da Terra.

A B

definido por Nicolau Steno, que refere que a deposição dos sedimentos ocorre numa posição horizontal ou perto desta. Qualquer fenómeno que altere a horizontalidade das camadas é sempre posterior à sedimentação um estrato sedimentar, que não tenha sofrido alterações na sua posição, será mais recente que o estrato inferior e mais antigo que o estrato superior. Este pressuposto permite analisar um perfil vertical de camadas como uma linha de tempo vertical.

No século XIX, William Smith, um engenheiro inglês que verificou que rochas com localizações geográficas afastadas podiam apresentar o mesmo conteúdo fóssil. dois estratos que contenham o mesmo fóssil de idade, apresentam a mesma idade (e tiveram a sua origem em ambientes semelhantes.)

Fóssil (substantivo masculino):todo e qualquer vestígio identificável, corpóreo ou de actividade orgânica, de organismos do passado, conservado em contextos geológicos, isto é, nas rochas. Os fósseis são também importantes no estabelecimento das relações entre os diferentes estratos, permitindo a atribuição de uma datação relativa.

ATENÇÃO: Nem todos os fósseis possuem as características ideais para datações relativas dos estratos. 1 -Curto período de duração 2 -Ampla distribuição geográfica 3 Capacidade de reprodução 4 Estruturas fossilizáveis Fósseis de Idade Scaphites hippocrepis

Um fragmento incorporado num outro estrato, é mais antigo que este.

Estruturas geológicas que intersectam outras (como as fracturas, as falhas e as intrusões magmáticas), são mais recentes que estas.

Em diferentes pontos da Terra, pode haver a mesma sequência estratigráfica, isto é, há correlação entre estratos distanciados lateralmente.

1. Ordene os estratos do esquema A, a partir do mais antigo. 2. Agrupe a(s) série(s) de estratos do esquema A, de acordo com as características de deformação que apresentam. 3. Refira sobre que série de estratos do esquema A, ocorreu uma fase erosiva. 4. Explique os fenómenos observados no esquema B. 5. Nos esquemas B e C não se aplica o Princípio da Sobreposição. Justifique a afirmação. 6. Utilize as letras para ordenar os estratos nos esquemas B e C a partir do mais antigo.

A radioactividade é uma das principais fontes de energia térmica interna da Terra!

Os átomos fazem parte da constituição da matéria (de tudo aquilo que existe)! Nas rochas também existem átomos! Alguns deles (urânio, rádio, etc) são radioactivos, isto é, ao longo dos tempos, e naturalmente, os seus núcleos vão-se desintegrando espontaneamente para se tornarem mais estáveis. Quando isso acontece liberta-se energia!

O ambiente no qual vivemos é naturalmente radioactivo. Por exemplo, respiramos carbono-14, que é radioactivo; comemos bananas que apresentam na sua composição potássio-40, com núcleo instável, nos nossos ossos e sangue existe rádio-226 Vivendo em um ambiente radioactivo, os seres humanos, e todos os demais seres vivos, são naturalmente radioactivos

A datação absoluta pode também ser chamada de Isótopos O mesmo elementos químico (carbono, por exemplo), pode ter no núcleo do átomo: O mesmo número de protões e neutrões (6P + 6N) C12 Diferente número de protões e neutrões (6P + 7N) C13 Diferente número de protões e neutrões (6P + 8N) C14 ESTÁVEL ESTÁVEL INSTÁVEL Nota: C12, C13 e C14 são isótopos de carbono!

Os isótopos de urânio são muito frequentes nas rochas (1g por cada 1000 Kg de rocha)! Estes isótopos são muito instáveis os seus núcleos desintegram-se espontaneamente formando um átomo de um elemento químico diferente, o Chumbo- 206 ou o Chumbo-207, mais estável! Urânio submetido a radiação U.V. Átomo inicial: ISÓTOPO PAI (instável) Átomo formado após desintegração: ISÓTOPO FILHO (mais estável) Nota: O isótopo Rubídio-87 forma o isótopo de Estrôncio-87 quando se desintegra!

A taxa de decaimento radioactivo (desintegração dos isótopos-pai em isótopos-filho) é constante para cada isótopo! (não varia com condições de pressão, temperatura ou outros aspectos associados aos processos geológicos) A desintegração é irreversível: o isótopo-pai não volta a adquirir as propriedades iniciais! Quando a rocha se forma adquire elementos radioactivos que se começam a desintegrar marcando o momento de formação daquela rocha!

Espectrometro de massa: consegue detectar quantidades diminutas de isótopos!

o conceito mais importante Período de semi-vida ou período de semitransformação Tempo decorrido para que metade do número de isótopos-pai radioactivos sofra desintegração, transformando-se em isótopos-filho. No final de um período de semi-vida, 50% dos isótopos-pai já foram transformados em isótopos-filho No final do 2º período de semivida, metade da metade que restou (¼) do nº original de isótopospai ainda permanecem na rocha No 3º período de semi-vida 1/8 e assim por diante! (restará sempre uma quantidade residual de isótopos-pai na rocha)

Basta conhecer o período de semi-vida e o nº de isótopos-pai e filho existentes na rocha para que se possa calcular o tempo decorrido desde que o processo de desintegração se iniciou.

A quantidade de árgon 40 acumulada é uma medida do tempo decorrido desde a formação da rocha. Decorridos 1,26 mil milhões de anos, o rácio será 50-50. Ao fim de mais 1,26 mil milhões de anos, metade do potássio 40 remanescente terá sido convertido em árgon 40, e assim por diante.

Com o passar do tempo, aumenta na rocha o número de isótopos-filho e diminui o número de isótopos-pai! A margem de erro é de apenas alguns M.a.

Na altura em que a rocha se formou os isótopos ficaram incorporados nos minerais e, nesse momento inicial, apenas existiam isótopos-pai e nenhuns isótopos-filho!

O que inferir quando a quantidade de isótopos-filho e isótopos-pai é igual? Passou um período de semi-vida! O que inferir quando a quantidade de isótopos-filho é 3 vezes superior à quantidade de isótopos-pai? Passaram dois período de semi-vida!

Qual o melhor isótopo para datar rochas jovens? É que se a rocha for velha e a taxa de decaimento for rápida, os isótopos-pai já se transformaram quase todos em isótopos-filho: sabemos que o relógio isotópico parou, não sabemos é há quanto tempo isso aconteceu! O Carbono-14 é muito usado na arqueologia e é o ideal para datar fósseis ou quaisquer outros resíduos orgânicos Porquê?

Não permite datar rochas sedimentares! Este método pressupõe que as rochas sejam sistemas fechados, não existindo entradas ou saídas de isótopos. Mas, se as rochas sofrerem erosão ou meteorização, podem ocorrer perdas de isótopos (pais e filhos) o que irá influenciar a idade atribuída!. Assim, em matéria de cronometragem, a rocha sedimentar é uma confusão. Não serve! Atribuí uma idade ao metamorfismo e não à rocha antes de o sofrer! Se tivermos em conta que as rochas metamórficas resultam de modificações, devidas a pressão e temperatura, sofridas por outras rochas, o metamorfismo que as afetou não elimina os átomos-filho que elas possam conter nesse momento e, dessa forma, obtém-se uma idade superior à que deveria corresponder à última fase de metamorfismo. Nem sempre as rochas contêm grandes quantidades dos isótopos necessários à sua datação.

As rochas ígneas costumam conter muitos isótopos radioactivos diferentes. A solidificação das rochas ígneas dá-se bruscamente, o que tem uma consequência feliz: todos os isótopos-pai de um dado fragmento de rocha são integrados em simultâneo. Apenas as rochas ígneas proporcionam bons marcadores radioactivos!

As rochas que estão constantemente a ser recicladas e transformadas noutras é impossível datá-las por completo!

O melhor que há a fazer é combinar todos os métodos de datação para que se consiga elaborar um calendário da história da Terra!

A- Uma determinada rocha com cerca de 3900 M.a. Apresenta na sua constituição isótopos radioativos de potássio 40. Sabendo que o período de semivida destes isótopos é de 1300 M.a., indique: 1. O número de períodos de semivida que decorreram desde a formação da rocha; 2. A percentagem previsível de átomos-pai de potássio 40; 3. A percentagem previsível de átomos-filho de árgon 40; 4. Que idade terá a rocha quando a sua análise indicar que apresenta 93,75% de árgon 40.

B- Analise o seguinte gráfico a as informações da tabela. Átomos-pai Átomos-filho Período de Semivida Carbono 14 Azoto 14 5700 anos 1. Identifique as retas A e B do gráfico. 2. Indique a quantos períodos de semivida corresponde o momento t2 do gráfico. 3. Calcule o valor percentual de átomos-filho no momento t4. 4. Refira a idade da rocha que apresenta na sua constituição carbono 14, se a datação radiométrica indicar que ela apresenta 75% de azoto 14. 5. Explique em que princípio se baseou para responder à questão 4.