Quadro de Parceria entre África e União Europeia na Área da Energia (AEEP)

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Transcrição:

IE19028 61/34/12 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, Ethiopia P. O. Box 3243 Telephone: +251 11 551 7700 / Fax: +251 11 5 517 844 website: www.au.int PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DO COMITÉ TÉCNICO ESPECIALIZADO SOBRE TRANSPORTE, INFRA-ESTRUTURAS INTERCONTINENTAIS E INTER-REGIONAIS, ENERGIA E TURISMO, 13-17 DE Março de 2017 LOMÉ - TOGO Quadro de Parceria entre África e União Europeia na Área da Energia (AEEP)

Parcerias: Quadro da Parceria entre a África e a União Europeia na área de Energia (AEEP) 1. Antecedentes e Estrutura de Governação da AEEP A Parceria África-UE na área de Energia (AEEP) foi lançada como parte de oito parcerias da Estratégia Conjunta África-UE (JAES) em 2007, em Lisboa (Parágrafos 81-83 do http://www.africa-eu partnership.org/sites/default/files/documents/eas2007joint_strategy en.pdf). A AEEP é considerada como um quadro a longo prazo para um diálogo político estruturado e cooperação em assuntos de importância estratégica, inerentes à energia, reflectindo as necessidades Africanas e Europeias e tem uma Estrutura de Direcção que providencia a orientação estratégica para o Secretariado da AEEP, e é composta por representantes dos dois continentes. Entre 2007 e meados de 2014, a parceria era liderada por co-presidentes da Áustria e Alemanha, representando os parceiros Europeus e da Comissão da União Africana e Maurícias, da parte Africana. Desde os meados de 2014 e 2015, os co-presidentes são seis, incluindo a Comissão da União Africana, a Comissão Europeia, COMESA, Egipto, Alemanha e Itália. Este é considerado como sendo o órgão máximo da parceria na área de energia e subordinase ao Grupo de Referência da JAES (IRG) e, por conseguinte, extravasa-se para o Fórum Anual Conjunto (JAF) e para as reuniões de Comissário para Comissário (C2C) que têm lugar uma vez por ano. Para garantir a sustentabilidade e apropriação da parceria AEEP, bem como para ter uma parceria integrada que seja mantida e que precise de apoio político, AEEP usa as estruturas existentes para supervisionar as actividades da parceria na área de energia, i.e. a Conferência dos Ministros de Energia em África (CEMA) que é agora, desde o ano passado, substituído pelos Comités Técnicos Especializados (CTE) por parte da União Africana, e a as reuniões dos Estados-membros da Iniciativa de Energia da EU (IEUE/EUEI) por parte da União Europeia. Estas estruturas são usadas para a informação sobre os sucessos da AEEP aos respectivos países membros quer da parte Africana, quer da parte Europeia. Os intervenientes Africanos na AEEP são os representantes do sector público e do sector Privado, sociedade civil e a classe académica. Os 14 Estados-membros, todas as Comunidades Económicas Regionais (CER), todas as Redes de Energia e outras instituições especializadas na área de energia, para supervisionar as acções da AEEP. Os 14 Estados-membros neste grupo são África do Sul, Argélia, Benin, Burkina Faso, Burundi Camarões, Egipto, Etiópia, Gana, Maurícias, Moçambique, Nigéria, Togo e Uganda. 2. Objectivos O objective geral da AEEP é providenciar melhor acesso a serviços de energia que sejam fiáveis, seguros, acessíveis e custo-eficientes, favoráveis em relação ao clima e sustentáveis para ambos continentes. Para a consecução deste objectivo, a AEEP criou metas específicas durante a 1ª Reunião de Alto Nível da AEEP (HLM) em 1

2010 em Viena, especificada na Declaração de Viena da AEEP de 2010 para alcançar o seguinte até 2020: - Acesso a serviços de energia modernos e sustentáveis para pelo menos 100 milhões adicionais de Africanos; - Energia renovável: 10.000 MW de energia hidroeléctrica; 5.000 energia eólica, 500 MW de todas as formas de energia solar e triplicar outras fontes de energia, tais como energia geotérmica e biomassa moderna; - Aumentar a eficiência da energia em África em todos os sectores; - Segurança energética: duplicando as interconexões transfronteiriças de redes eléctricas; e duplicando o uso do gás natural, e as exportações de gás para a Europa. Na mesma Reunião de Alto Nível, foi lançado o Programa de Cooperação África-UE na área de Energias Renováveis (RECP), como um instrumento operativo para a promoção do desenvolvimento do mercado de energias renováveis em África. O actual plano de acção para a AEEP cobre um período de três anos, desde 2014 até 2017. Apesar do papel da AEEP ter continuado a ser o de uma plataforma para o diálogo político e estratégico e para a rede de interacção, sentiu-se a necessidade de também fortalecer os elos de ligação entre os instrumentos de implementação na Europa e em África que permitam sinergias, como é o caso de promover relações entre EG Energy e DG DEVCO. Como parte das melhorias, a AEEP criou uma série de segmentos de trabalhos com actividades claramente definidas nas áreas temáticas, em conformidade com as metas políticas, ou seja, acesso à energia, segurança energética, energia renovável, eficiência energética e cooperação regional. Há tarefas específicas e indicadores principais de desempenho, que dão clareza em relação aos mandatos e funções de cada grupo com diferentes conjuntos de actores vindos das várias partes interessadas da AEEP. 3. Sucessos até ao momento: Definição da agenda política e diálogo: Politicamente, a AEEP teve um grande impacto em termos de definir a agenda e o diálogo político, não menos em termos de abrir alas e inspirar a Iniciativa do Secretário-geral das Nações Unidas sobre Energia Sustentável para Todos. Os desafios contemporâneos globais em termos de energia posicionaram a África e a Europa num novo nível de uma forte cooperação conjunta para o desenvolvimento da energia sustentável. Ambos continentes criaram a AEEP para manter um diálogo contínuo, promover a consciencialização sobre o acesso à energia, energia renovável, segurança energética e cooperação regional. 2

O Comunicado de Adis Abeba (2014) Na 4ª Cimeira África-UE, os líderes concordaram sobre as áreas prioritárias para o período 2014 2017 a serem implementadas no âmbito da Estratégia Conjunta África-UE. O Roteiro da UE-África indica que a energia será uma das áreas principais de cooperação no âmbito da prioridade 4, ou seja, desenvolvimento sustentável e inclusivo, e crescimento e integração continental. De modo particular, o roteiro enfatiza que a UE e a África vão direccionar os seus esforços rumo a metas de 2020, da Parceria Energética entre África-UE no concernente ao Acesso à Energia, Segurança Energética e Energias Renováveis e à Eficiência Energética, com forte incidência no sector privado, interconexões, inclusive entre os dois continentes e a cooperação regional. O Relatório do ponto de situação da AEEP, de Maio de 2015 demonstrou que as metas serão alcançadas tal como foi indicado através de projectos em curso e também projectos em carteira que incluem 25.230MW de energia hidroeléctrica, 3.490MW de energia eólica, 3.100MW de energia solar, 4.570MW de energia geotérmica e 4.780MW de outras fontes como a bioenergia. Quer as entidades Europeias, quer as entidades Africanas estão deveras envolvidas na materialização destes desenvolvimentos com o Banco Europeu de Investimento e o Banco Africano de Desenvolvimento entre os que estão comprometidos em providenciar mais recursos. A percentagem de Metas Políticas implementadas no âmbito da AEEP aumentou consideravelmente e os dados actualizados serão comunicados em Março de 2017 quando se estiver a rever as metas estabelecidas; Capacitação: O envio de pessoal em comissão de serviço a longo prazo para a Comissão da UA foi considerado como primeiro passo no aumento da capacidade a nível do Departamento de Infra-estruturas e Energia. Porém haverá necessidade de se buscar solução no concernente a falta de capacidade e competência em outras instituições parceiras para implementar as decisões tomadas em várias reuniões. Para se poder criar mais ideias novas e implementá-las, a AEEP incorporou um sistema de gestão de conhecimentos com vista a disseminar conhecimentos a nível regional e nacional de modo a dar suporte à inovação e a aprendizagem efectivas a nível do continente. As intervenções da AEEP também contribuíram para maiores oportunidades para a capacitação na área de energias renováveis a nível das CER, através da criação do Centro para Energias Renováveis e Eficiência Energética (EACREEE) para a EAC, sedeado na Universidade de Makerere no Uganda e o Centro para Energias Renováveis e Eficiência Energética para a SADC, com sede na Namíbia, bem como a criação do programa internacional de Mestrados em energias renováveis na Universidade do Zimbabwe; As intervenções da AEEP incluem apoio a CUA e às CER na mobilização de recursos. Através deste apoio, a Comunidade da África Oriental (EAC) recebeu apoio da RECP para realizar um estudo para determinar o âmbito da capacidade técnica para o desenvolvimento de pequenas barragens hidroeléctricas com incidência no que

respeita a sua operação e manutenção. Com mais intervenções da AEEP, o Governo italiano concedeu uma doação à CUA para apoiar a implementação das recomendações do estudo da EAC para determinar o âmbito para o desenvolvimento de pequenas hidroeléctricas. Como resultado, foi realizada uma formação de formadores de nível terciário, incluindo o desenvolvimento de um curriculum de formação para as próximas sessões de treinamento, bem como um quadro para criar uma plataforma electrónica para troca de informações e formação. Na sequência do sucesso deste programa, a CUA tem em vista realizar capacitação idêntica noutras regiões. A AEEP continua a apoiar a CUA na implementação de uma série de diálogos sobre a coordenação efectiva e no exercício de mapeamento das iniciativas relativas à energia em África o primeiro relatório foi publicado em Maio de 2016. A AEEP continua a apoiar a parceria para co-organizar reuniões anuais do Grupo de Referência em termos de Infra-estruturas (IRG) e a última foi em Fevereiro de 2016; bem como as reuniões África-UE, de Comissário para Comissário (C2C), das quais a última foi em Abril de 2016; na ocasião os dois parceiros concordaram em continuar a apoiar a parceria na área de energia quer em termos políticos, quer em termos financeiros. Em Maio de 2016, a AEEP co-organizou o Segundo Fórum das partes Interessadas da Parceria Energética entre África-UE (AEEP), teve lugar em Milão, Itália, com o Governo Italiano, a comissão da União Africana (CUA) e a Comissão Europeia, sob o Tema Negócios e Ciência: Liderando o Caminho Rumo à Energia Sustentável. O Fórum reuniu mais de 500 participantes (aproximadamente 50% de África e 50% da Europa), incluindo Ministros Africanos e Europeus, Comissários e Funcionários Seniores da União Africana (UA) e da União Europeia (UE), e outros participantes de alto nível representando legisladores, instituições regionais, organizações internacionais, a indústria banqueira e financeira, sector privado, académicos, sociedade civil e os meios de comunicação. Este fórum demonstrou uma cooperação melhorada e o envolvimento de actores da arena política, da área de negócios com vista a promover investimentos e desenvolvimento da energia. Cientistas e empresários jovens apresentaram seus projectos inovadores, mostrando viabilidade económica e beneficiando as estratégias da UA que visam envolver os jovens nos programas de energia da Agenda 2063, que dá prioridade ao desenvolvimento de competências nas áreas de ciência e engenharia. O Fórum fez o levantamento do progresso e concordou sobre a forma como aumentar a inovação em termos de energias renováveis, capacitação e investimentos. 4. Grandes desafios e soluções propostas para a AEEP: O desfio de monitorar e avaliar o impacto da parceria da AEEP é reconhecido uma vez que há pouca ligação directa entre as actividades e os resultados da AEEP e as metas estabelecidas para 2020. Há uma grande necessidade de coordenação liderada pela África, entre as iniciativas relativas à energia e os doadores no que tange as intervenções no sector de energia em África. A AEEP desempenhou um papel de coordenação em termos de partilha de informação, mas não em 1

termos de coordenar as intervenções das várias iniciativas e fluxo de doadores. Isto deve ser assumido a nível nacional. O financiamento nacional, bem como o financiamento do sector privado para o desenvolvimento da energia renovável continuam muito limitados na maior parte dos países Africanos. O processo de adjudicação de contratos para a implementação do acordo de financiamento italiano levou demasiado tempo devido à falta de linhas de orientação devidamente escritas, em relação à equipa técnica, desde a Planificação Estratégica, Unidade de Aprovisionamento (Procurement) e o Departamento de Finanças. 5. Conclusões e Recomendações i) As Metas Políticas da AEEP estão deveras fora de prazo e devem ser actualizadas dado que o programa aproxima-se a 2020. Como declara o Comunicado das Partes Interessadas de Milão: Declaramos a necessidade de uma revisão das Metas para lidar com o progresso significativo já alcançado, para reflectir as mudanças no mercado e para alcançar metas ainda mais ambiciosas nos anos que se seguem. O processo devia ser interligado na próxima Reunião de Alto Nível que constitui a oportunidade ideal para se apresentar as novas metas políticas. ii) iii) iv) A prioridade da AEEP é continuar sendo, quem estipula a agenda no que concerne ao diálogo internacional e às iniciativas sobre o desenvolvimento do sector da energia em África. Assim sendo, a AEEP procurará ligação forte com os processos de outras iniciativas internacionais no sector de energia, nomeadamente G7, G20. Dado o facto de o Governo Italiano e o Governo Alemão assumirem as presidências dos respectivos fóruns globais, pode ser de particular interesse para a AEEP destacar a importância do desenvolvimento das energias renováveis em África e o acesso a energia, como dois tópicos destacados nos anos anteriores. Como a Iniciativa Africana de Energias Renováveis (AREI) continua a ganhar forma as actividades da AEEP oferecem complementaridade e possibilidade de se tornar um contributo para os processos da AREI. Esta ligação entre os dois programas pode ser explorada, dependendo dos resultados do COP22. Os próximos passos para o mapeamento da AEEP amplamente reconhecido no que concerne às Iniciativas e Programas relacionados com a Energia em África, em parceria com a SE4AALL Africa Hub também podem se expandir para as energias renováveis para a AREI. O processo de monitorização da AEEP deve contribuir para os processos continentais e a colaboração com a AFREC e a Divisão de Estatística da UA são recomendadas como possíveis modalidades para a cooperação 2

com plataformas internacionais de recolha de dados como SE4All, REN21, IEA, UNStats. v) As capacidades das instituições Africanas são limitadas em termos de poderem prestar serviços de forma adequada, e a AEEP devia considerar a possibilidade de actualizar o Apoio à Capacidade que é dado à CUA, sob forma de envio de pessoal em comissão de serviço, e explorar a possibilidade de a AEEP apoiar as principais instituições Africanas. o Apesar do processo relativo as áreas de trabalho temático estar a correr bem em termos de acesso à energia e eficiência energética, há necessidade de acelerar o trabalho dos grupos de acção das áreas temáticas no que concerne a energias renováveis e segurança energética. 3