A violência domés/ca não conhece fronteiras geográficas, culturais ou de natureza social.

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Transcrição:

A violência domés/ca não conhece fronteiras geográficas, culturais ou de natureza social. As suas caracterís/cas e as circunstâncias em que normalmente ocorre, fazem com que este seja um problema especialmente complexo, com facetas que entram na in/midade das famílias e das pessoas. Por isso, abordá-lo é delicado e combatê-lo é muito difcil. 2

No âmbito das polí/cas públicas de prevenção e combate à violência domés/ca e de género têm vindo a ser delineadas estratégias, definidas nos vários planos nacionais contra a violência domés/ca, no sen/do da proteção das ví/mas, da intervenção junto de agressores (as), do aprofundamento do conhecimento dos fenómenos associados, da prevenção dos mesmos, da qualificação dos (as) profissionais envolvidos (as) e do reforço da rede de estruturas de apoio e de atendimento às ví/mas existente no país. Com vista a uma atuação concertada e ar/culada entre os diversos serviços públicos para uma mais eficaz proteção das ví/mas de violência domés/ca, foram previstas, no V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Domés/ca e de Género 2014-2017 (V PNPCVDG) um conjunto de medidas a desenvolver por estes organismos, sendo o IEFP, IP responsável, em ar/culação com outras en/dades, pela execução da medida 29 Consolidar e alargar o acesso à formação profissional e integração laboral por parte das ví/mas de violência de género/violência domés/ca. 3

LEI Nº 112/2009, DE 16 DE SETEMBRO ESTABELECE O REGIME JURÍDICO APLICÁVEL À PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, À PROTEÇÃO E À ASSISTÊNCIA DAS SUAS VÍTIMAS E REVOGA A LEI Nº 107/99 E O DL N.º 323/2000 Art.º 48º - Acesso ao Emprego e à formação profissional 1 - À ví/ma de violência domés/ca deve ser assegurada prioridade no acesso às ofertas de emprego, à integração em programas de formação profissional ou em qualquer outra medida a/va de emprego. 2 - É igualmente assegurada à ví/ma, prioridade no atendimento nos Centros de emprego e formação profissional do Ins/tuto do Emprego e Formação Profissional, I. P. (IEFP, IP) que deve ser realizado em condições de privacidade.

Na sequência dos planos anteriores, a intervenção do IEFP, IP no âmbito do V PNPCVDG tem como principal obje/vo dar prioridade no atendimento às ví/mas de violência domés/ca ao nível: - da inscrição para emprego, - da par/cipação em intervenções técnicas, - do encaminhamento e integração em medidas a/vas de emprego e formação e - da colocação no mercado de trabalho. Nessa conformidade, o IEFP, IP, no âmbito das suas atribuições e competências, desenvolve um conjunto de procedimentos, ao nível das unidades orgânicas locais, de apoio às ví/mas de violência domés/ca, sendo esta intervenção alvo de monitorização trimestral. 5

A metodologia preconizada visa assegurar às ví/mas de violência domés/ca prioridade no acesso às ofertas de emprego e à integração em medidas a/vas de emprego e formação. De modo a evitar períodos de espera nos serviços de emprego, deverá ser, ainda, garan/da prioridade no atendimento à ví/ma. Os procedimentos constantes do referido norma/vo respeitam a: Iden/ficação, em cada serviço de emprego, de um técnico que se cons/tua como interlocutor privilegiado na ar/culação com as en/dades com atuação junto da população ví/ma de violência domés/ca e no atendimento prioritário destes utentes; Iden/ficação das en/dades que a nível local e regional apoiam as ví/mas de violência domés/ca e ar/culação com as mesmas no sen/do de serem referenciados e encaminhados os casos sempre que se jus/fique uma intervenção por parte do IEFP; Atendimento prioritário das ví/mas de violência domés/ca sinalizadas com vista à sua integração no mercado de trabalho, no mais curto espaço de tempo, ou caso não reúnam condições imediatas de inserção no mercado equacionar a integração das mesmas numa medida a/va de emprego e formação ou outra intervenção com o obje/vo de melhorar o seu perfil de empregabilidade. 6

I Respostas para ví/mas de violência domés/ca 2014 Atendimentos e Integrações Integrações Delegação Regional Atendimentos Posto de Trabalho Medidas de Emprego Medidas de Formação Profissional Estágios Outas Interve CEI e CEI+ Vida Ativa EFA Emprego medidas medidas nções Total Norte 152 15 1 18 9 30 11 7 13 104 Centro 139 10 4 7 0 42 4 3 7 77 Lisboa e Vale do Tejo 169 8 6 15 6 21 6 4 19 85 Alentejo 39 0 0 8 1 4 7 0 0 20 Algarve 15 0 0 1 0 4 4 0 0 9 Total 514 33 11 49 16 101 32 14 39 295 7

II Respostas para ví/mas de violência domés/ca 2015 Atendimentos e Integrações Integrações Delegação Regional Atendimentos Posto de Trabalho Estágios Emprego Medidas de Emprego CEI e CEI+ medidas Medidas de Formação Profissional Vida Ativa EFA Outas medidas Interve nções Total Norte 162 7 4 21 4 21 7 6 23 93 Centro 164 2 2 15 0 50 3 1 2 75 Lisboa e Vale do Tejo 259 17 1 26 3 36 7 9 8 107 Alentejo 84 2 0 12 0 10 5 4 1 34 Algarve 36 4 1 0 0 3 4 0 6 18 Total 705 32 8 74 7 120 26 20 40 327 8

III Respostas para ví/mas de violência domés/ca 2016 Atendimentos e Integrações (dados provisórios) Integrações Delegação Regional Atendimentos Posto de Trabalho Medidas de Emprego Medidas de Formação Profissional Estágios Outas Interve CEI e CEI+ Vida Ativa EFA Emprego medidas medidas nções Total Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve Total 79 6 0 9 2 8 0 6 9 40 100 5 1 13 0 9 4 1 5 38 225 21 1 11 6 9 5 3 12 68 51 2 1 1 1 4 0 2 1 12 14 3 0 0 0 2 0 0 4 9 469 37 3 34 9 32 9 12 31 167 9

A ação dos Centros de Emprego e Formação Profissional contribui para minorar os efeitos adversos da violência domés/ca e promover a melhor inserção socioprofissional das suas ví/mas. Esta é uma luta que tem que envolver toda a sociedade, para ajudar a combater este flagelo social! 10

Obrigada pela vossa atenção! Para mais informações consulte o site www.iefp.pt Ana Elisa Costa Santos - ana.sc.santos@iefp.pt DIRETORA DO CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE LISBOA DL 11