Financiamento da Saúde Fortaleza, 15 de maio de 2015.
BASE LEGAL Constituição Federal Lei 8080 / 8142 Lei Complementar n. 141 (Regulamentação EC 29) EC 86
Linha do tempo do financiamento do SUS EC Nº 29 LC nº 141 CF 1988 3
Regra de Aplicação em Ações e Serviços Públicos de Saúde A regra foi definida pela Emenda Constitucional nº. 29/2000 e ratificada pela LC nº 141/2012 e MODIFICADA pela EC 86/2015: União - o montante aplicado no ano anterior corrigido pela variação nominal do PIB. A partir de 2016 a forma de cálculo será alterada para percentuais da Receita Corrente Liquida alcançando em 2020 15% da RCL. EC 86/2015 Estados - 12% da receita de impostos estaduais. Municípios - 15% da receita de impostos municipais. 4
Receitas Vinculadas às ASPS Receitas de Impostos Próprios Estaduais: ICMS, IPVA, ITCMD, IRRF (+) Multa e Juros de Mora, Dívida Ativa e Multas e Juros de Mora e Outros Encargos da Dívida Ativa de Impostos Próprios Estaduais (+) Receitas de Transferências da União: Cota-Parte do FPE, IPI Exportação, ICMS Exportação (Lei Kandir LC 87/96) (-) Transferências Constitucionais e Legais a Municípios ICMS (25%) IPVA (50%) ESTADUAL IPI Exportação (25%) MUNICIPAL Receitas de Impostos Próprios Municipais: IPTU, ISS, ITBI, ITR, IRRF (+) Multa e Juros de Mora, Dívida Ativa e Multas e Juros de Mora e Outros Encargos da Dívida Ativa de Impostos Próprios Municipais (+) Receitas de Transferências da União. Cota-Parte do FPM, ITR, ICMS Exportação (Lei Kandir LC 87/96) (+) Receitas de Transferências do Estado Cota-Parte do ICMS, Cota-Parte do IPVA e Cota-Parte do IPI Exportação 5
Conceito de ASPS LC 141 Sejam destinadas às ações e serviços públicos de saúde de acesso universal, igualitário e gratuito; Estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde de cada ente da Federação; e Sejam de responsabilidade específica do setor da saúde, não se aplicando a despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam sobre determinantes sociais e econômicos, ainda que incidentes sobre as condições de saúde da população. Seus recursos sejam movimentados por meios dos respectivos fundos de saúde. 6
Alguns exemplos considerados em ASPS Ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e imprescindíveis à execução das Ações e Serviços Públicos de Saúde; Atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais; Capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS); Desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS; Produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos; Remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais; Saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos; e, Vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária. Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças; 7
Alguns exemplos NÃO considerados como ASPS Ações de assistência social; Ações e Serviços Públicos de Saúde custeados com recursos distintos dos especificados na base de cálculo definida na Lei Complementar ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da saúde. Assistência à saúde que não atenda ao princípio de acesso universal; Limpeza urbana e remoção de resíduos; Merenda escolar e outros programas de alimentação, ainda que executados em unidades do SUS; Obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de saúde; Pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive dos servidores da saúde; Pagamento de pessoal ativo da área de saúde quando em atividade alheia à referida área; Preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelos órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por entidades não governamentais; Saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa finalidade. 8
CONSOLIDADO APLICAÇÃO % EC 29 ESFERA MUNICIPAL - NACIONAL 23 22,5 22,11 22,83 22 21,5 21 20,5 20 19,5 20,37 20,47 21,38 19 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: SIOPS/MS % APLICACAO MUNICIPAL
CONSOLIDADO APLICAÇÃO % EC 29 ESFERA MUNICIPAL - CEARÁ 25 24,71 24 23,87 23 22 21,41 21,64 21,95 21 20 19 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: SIOPS/MS
CONSOLIDADO APLICAÇÃO % EC 29 ESFERA ESTADUAL EC 29 ESTADOS 2014 13,47 2013 13,16 2012 12,68 2011 2010 12,87 12,87 12,2 12,4 12,6 12,8 13 13,2 13,4 13,6 Fonte: SIOPS/MS EC 29 ESTADOS
CONSOLIDADO APLICAÇÃO % EC 29 ESFERA ESTADUAL GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ 24 22 20 18 16 16,11 15,51 15,77 14 13,77 13,83 12 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: SIOPS/MS Ceará
Composição do Gasto Público em Saúde 2010 2014 Ano 2010 2011 2012 2013 2014 R$ (Bilhões) % R$ (Bilhões) % R$ (Bilhões) % R$ (Bilhões) % R$ (Bilhões) % União R$61,97 44,73% R$72,33 45,26% R$80,06 45,25% R$83,05 42,53% R$92,24 42,83% Estado R$37,26 26,90% R$41,49 25,96% R$44,82 25,33% R$52,25 26,76% R$57,37 26,64% Município R$39,29 28,36% R$46,01 28,79% R$52,04 29,41% R$59,97 30,71% R$65,74 30,53% Gasto Publico Total R$138,52 100% R$159,83 100% R$176,92 100% R$195,28 100% R$215,35 100% Fonte: SIOPS/MS SPO e FNS/MS
Gastos Públicos em Saúde - 2014 Município, R$65,74, 30% União, R$92,24, 43% Estado, R$57,37, 27% União Estado Município Fonte: SIOPS/MS SPO e FNS/MS
Consolidado de Receitas e Despesas Municipais e Estaduais 2010-2014 (R$ Bilhão Correntes) ANO ESTADO MUNICIPIO 2010 2011 2012 2013 2014 12%(A) R$34,74 R$28,94 Despesa Realizada(B) R$37,26 R$39,29 Aplicação Adicional (B-A) R$2,53 R$10,35 12%(A) R$38,70 R$33,71 Despesa Realizada(B) R$41,49 R$46,01 Aplicação Adicional (B-A) R$2,79 R$12,30 12%(A) R$42,40 R$36,50 Despesa Realizada(B) R$44,82 R$52,04 Aplicação Adicional (B-A) R$2,42 R$15,54 12%(A) R$47,66 R$40,69 Despesa Realizada(B) R$52,25 R$59,97 Aplicação Adicional (B-A) R$4,59 R$19,28 12%(A) R$51,09 R$43,20 Despesa Realizada(B) R$57,37 R$65,74 Aplicação Adicional (B-A) R$6,28 R$22,55 2010-2014 SOMATORIA APLICAÇAO ADICIONAL R$18,61 R$80,02 Fonte: SIOPS/MS
Variação Crescimento Receita e Despesa (2010 2014) Município Estado Receita Despesa Receita Despesa 49% 67% 47% 54% Fonte: SIOPS/MS
Gastos Federais (R$ bilhões) União R$100,00 R$92,24 R$90,00 R$80,00 R$72,33 R$80,06 R$83,05 R$70,00 R$61,97 R$60,00 R$50,00 R$40,00 R$30,00 R$20,00 R$10,00 R$- 2010 2011 2012 2013 2014 União Fonte: SIOPS/MS SPO e FNS/MS
Transferências de Recursos Federais Repasses federais baseados em valor per capita ou valor global. Portaria 204/2007: Regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento. I - Atenção Básica; II - Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar; III - Vigilância em Saúde; IV - Assistência Farmacêutica; V - Gestão do SUS e VI- Investimentos na Rede de Serviços de Saúde
Incentivos Financeiros Repasses Federais Este critério se propõe claramente a ser um instrumento para estimular os municípios a desenvolver e expandir as ações e serviços de saúde,entretanto, eleva o comprometimento do orçamento municipal, uma vez que a indução feita pelo incentivos demarca a obrigatoriedade das despesas em saúde em determinadas ações.
TRANSFERÊNCIAS FEDERAIS FUNDO A FUNDO A MUNICIPIOS Portaria GM 204 de 29 de janeiro de 2007 BLOCOS 6 COMPONENTES 23 REPASSES INCENTIVOS 195 Fonte: FNS/MS DADOS EXERCÍCIO 2013
Repasses federais fundo a fundo realizados a Municípios por Blocos em 2013 NOME DO BLOCO Quantidade de Componentes Quantidade de REPASSES/INCENTIVOS Assistência Farmaceutica 2 6 Atenção Basica 2 35 Gestão do SUS 2 20 Investimento 13 37 Media e Alta Complexidade 2 72 FAEC =42 Vigilância em Saude 4 25 TOTAL 25 195 Fonte: FNS/MS DADOS EXERCÍCIO 2013
Tese CONASEMS FINANCIAMENTO PÚBLICO E ALOCAÇÃO DE RECURSOS DIRETRIZES: Aumentar os recursos financeiros destinados à saúde Melhorar as formas de alocação de recursos financeiros das três esferas de governo Melhorar a eficiência dos gastos públicos em saúde
Carta de Serra - 2014 Construir, de forma solidária, participativa e responsável, caminhos para viabilizar a aprovação pelo Congresso Nacional da vinculação do percentual de 10% das Receitas Correntes Brutas da União para a saúde, conforme defendido pelo movimento saúde + 10 ; Defender uma reforma tributária equânime que garanta justiça fiscal para os municípios brasileiros;
Carta de Serra - 2014 Firmar pactos interfederativos que priorizem o financiamento tripartite, em especial para a atenção básica, a promoção da saúde e a vigilância em saúde visando ao alcance de modelo de atenção à saúde integral sem fragmentação e a organização da rede de atenção à saúde articulada em ambito municipal, regional e estadual, com responsabilização para o ente que não cumprir;
Carta de Serra - 2014 Pactuar metodologia para o rateio de recursos entre os entes federados, conforme previsão legal da lei Complementar 141, de modo a garantir equidade federativa, em especial nas regioes da Amazonia e do Nordeste;
LUTAMOS PARA QUE TODOS POSSAM VIVER MAIS E MELHOR E PARA ISSO PRECISAMOS DE RECURSOS. Gilson Carvalho
Muito Obrigado! MAURO GUIMARÃES DIRETOR FINANCEIRO DO CONASEMS PRESIDENTE COSEMS MG presidente@cosemsmg.org.br